Política Oficial do Governo Australiano Frente aos UFOs

A Austrália é um dos poucos países à liberar documentos oficiais sobre ocorrências ufológicas em seu território. Desde 1982 o país vem realizando uma abertura gradativa em seus arquivos ufológicos. Nestes é possível encontrar documentos diversos que variam desde simples avistamentos, captações por radar e avistamentos ocorridos durante vôos comerciais.
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Por Equipe CIPEX

Sumário:

 

 

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Introdução

A Austrália é um dos poucos países à liberar documentos oficiais sobre ocorrências ufológicas em seu território. Desde 1982 o país vem realizando uma abertura gradativa em seus arquivos ufológicos. Nestes é possível encontrar documentos diversos que variam desde simples avistamentos, captações por radar e avistamentos ocorridos durante vôos comerciais.

Em 1982, o pesquisador Bill Charker tornou-se o primeiro pesquisador civil a ter acesso aos documentos oficiais australianos. Charker publicou, posteriormente, um livro intitulado "The OZ Files - The Australian UFO History" onde aponta suas descobertas e conclusões. Os documentos do governo australiano disponíveis no Arquivo Nacional da Austrália (National Archives of Austrália) e no escritório de Investigação de Segurança Aérea (Bureau of Air Safety Investigation), do Departamento de Aviação (Department of Aviation), revelam que o país ou mantém um eficiente sistema de acobertamento de fatos ufológicos ou considera a pesquisa do Fenômeno OVNI uma grande perda de tempo. Se levarmos em conta que a Austrália é palco de registros fantásticos de ocorrências ufológicas (como por exemplo o caso Friederich Valentich que desapareceu com seu avião após empreender uma perseguição à um gigantesco OVNI nos céus da Austrália) considera-se a primeira opção como verdadeira. Até 1980 a investigação oficial era realizada pela Força Aérea Australiana (RAAF). A partir deste ano essa responsabilidade passou para o Departamento de Defesa Policial.

Da mesma forma como na investigação oficial dos Governos Francês, Inglês e Canadense, uma pequena parcela dos casos registrados permaneceu inexplicada. A exemplo do Governo Americano, o Governo Australiano usou as mais diversas desculpas para explicar casos aparentemente sem explicação. Em vários dramáticos, em que ocorreu um aparente ataque por parte dos OVNIs ou de ocorrência de algum tipo de dano resultante das aparições de OVNIs era usado uma explicação até então inédita no meio ufológico governamental: Tornados. Esta desculpa foi muito utilizada até 1967. Neste ano surgiu uma outra explicação incomum: Plasma. Esta explicação foi pouco utilizada pois tornou-se obvio que alguém "QUERIA TAPAR O SOL COM A PENEIRA"...

Este tipo de atitude por parte da Real Australian Air Force gerou várias criticas de instituições nacionais e internacionais. Em 1976, o Departamento de Defesa Australiano enviou um relatório de casos catalogados e estudados pela Força Aérea. O Groupement d'Etudes des Phénomènes Aérospatiaux Non identifiés (GEPAN), entidade francesa ligada à agencia espacial responsável por investigação oficial de OVNIs na França, recebeu uma cópia deste relatório. Na época, Claude Poher, na época diretor do GEPAN, respondeu da seguinte maneira: "Posso sugerir, para transmitir ao pessoal responsável por este 'trabalho' que algumas das 'possíveis causas' mencionadas nestes sumários não são aceitáveis". O Dr. Poher citou, inclusive, um episódio ocorrido em Wickham, em 4 de abril de 1975, em que um objeto discóide prateado foi observado. A RAAF explicou o episódio como um simples erro de interpretação. O objeto avistado seria na verdade o Planeta Vênus! Poher fundamentou sua opinião no fato de que o Planeta Vênus não estava visível na direção e horários mencionados. Ele acrescentou que sem o endosso de especialistas de diferentes áreas, jornalistas ou simples curiosos poderão levar o nome do Departamento de Defesa ao ridículo.

A má vontade da RAAF em lidar com o assunto OVNIs está visível até mesmo na organização dos documentos gerados. O Sumário Anual de Casos ocorridos na Austrália começou com o nº1, que abrange os anos de 1960 à 1968. O segundo Sumário abrange o ano de 1969. O terceiro abrange os anos de 1970 e 1971. Do quarto ao nono sumário não existe uma ordem lógica. Isso gera confusão no momento em que os arquivos são consultados tanto na sede do Arquivo Nacional da Austrália, em Camberra, como no site da instituição. A consulta on-line disponível no site também apresenta muitas falhas. Os arquivos são classificados com várias palavras chaves diferentes: UFO, Unidentified flying object, flying saucer, flying saucers, UAS, Unusual Aerial Sightings. Um arquivo específico pode estar catalogado sob apenas uma palavra chave. Por exemplo: se um pesquisador digitar UFO aparecerão 11 registros, sendo 4 deles disponíveis on-line. Se este mesmo pesquisador digitar Flying Saucers no campo de pesquisa surgirão 49 registros, sendo 33 disponíveis on-line.