Por Jamil Vila Nova, em artigo publicado na revista UFO Especial, edição 19, de setembro de 1997.
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Introdução
O Chupacabras causa surpresa e horror em vários países como Porto Rico, México, Guatemala, Costa Rica, Espanha, Chile e Estados Unidos. Recentemente no Brasil, especialistas, ufólogos e veterinários se debruçam em casos que vêm ocorrendo em várias partes do país. Os Estados mais afetados são Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, embora tenham registros atribuídos ao Chupacabras em Minas Gerais e Mato Grosso. Os ufólogos brasileiros, acostumados com o já conhecido enigma das mutilações de animais, supostamente dirigida aos UFOs, rapidamente se interessaram pelos misteriosos ataques, que na maioria das vezes não deixam a menor pista sobre sua classificação.
O primeiro caso pesquisado no litoral paulista aconteceu em 17 de julho de 1997, no Jardim Melvi, na periferia de Praia Grande. Os moradores Eufrázio e Isabel de Souza encontraram, por volta das 06:30 h, dez patos mortos. Os corpos dos animais estavam dilacerados com vísceras expostas. Um cão feroz, que costuma latir à menor aproximação de estranhos e que fica perto do viveiro das aves, permaneceu em silêncio durante o ataque. “Não pode ter sido gente, pois o cachorro daria sinal. Estou com medo de que ataque as galinhas”, disse Isabel.
O viveiro era totalmente cercado, e não se constatou dano algum na estrutura que justificasse o ataque de predadores. “Ninguém sabe de onde vem esse bicho, se pelo chão ou pelo ar”, completou. No viveiro havia várias galinhas, que não foram atacadas, e apenas um pato sobreviveu às investidas da fera. O interessante é que o único pato sobrevivente foi encontrado a uma quadra do local, bastante machucado e visivelmente assustado. Os pesquisadores Wallacy Albino e Hipólito Luiz não constataram pegadas, nem marcas de sangue no terreno.
“A forma como os patos foram abatidos é muito similar a de outros animais encontrados mortos misteriosamente no interior do Estado. Não foram detectadas pegadas diferentes das das aves criadas no viveiro, embora o terreno seja mole”, afirmou Wallacy. Outro investigador, Carlos Alberto Machado, presidente do Centro de Investigação e Pesquisas Exobiológicas (CIPE), que vem pesquisando ataques similares no Estado do Paraná, declarou: “As características dos animais atacados no Jardim Melvi coincidem com as que venho pesquisando no Paraná”.
Um casal do Jardim Samambaia, vizinho ao Jardim Melvi, relatou que naquela mesma noite seus dois cachorros, da raça fila, apresentaram um comportamento estranho, quando um vento muito forte invadiu o corredor de sua casa, após ter escutado um barulho no telhado. Os cães saíram em disparada para interceptar o que estava gerando aquele barulho, mas ao chegar à porta, retornaram com medo. A dona da casa ficou assustada e chamou seu marido para verificar o que estava acontecendo. Ao sair, seu esposo não detectou nada, a não ser um redemoinho causado pelo vento.
Na mesma noite, 12 pintos foram encontrados no quintal da casa de Nivaldo Carlos, no Bairro Jardim Real, em Praia Grande. Os 12 franguinhos mortos ficaram amontoados fora do galinheiro. Dentro há patos, galinhas e gansos, e no quintal existem quatro cães, mas nenhum deles se manifestou durante o ataque. Os moradores ficaram intrigados com fato pois não é a primeira vez que um ataque dessa natureza ocorre na região.
Há cerca de dois meses, no mesmo bairro, 16 galinhas e um pato foram atacados e mortos por um ser ainda não identificado. Na ocasião também havia cães de guarda, e nenhum deles se manifestou. O proprietário Franklin Alves da Cunha disse que saiu pela manhã e deixou sua mulher em casa na companhia dos filhos. Ao voltar, no final da tarde, Franklin encontrou os animais mortos e enfileirados, com perfurações no pescoço e debaixo das asas, no terreno onde ficavam as aves. Indignado, enterrou os bichos no quintal.
Um outro caso ocorreu em 24 de julho de 1997: o proprietário José Alves Cajueiro encontrou 11 patas mortas, com perfurações no pescoço, nas costas e embaixo das asas. Esse episódio se deu numa chácara em Caroara, na cidade de Santos (SP), próximo a Bertioga. No viveiro havia 46 galinhas, dois patos e 11 patas, sendo que só as patas foram atacadas. E não foram detectadas marcas de sangue no solo. Os pesquisadores Wallacy, Marcos Guimarães Salgado e Mário dos Santos Filho constataram que os patos sobreviventes tinham ficado bastante assustados.
“Eu fiquei abismado, porque não havia nenhuma pena tirada das aves e naquela noite eu fiquei quase o tempo inteiro acordado e não ouvi nenhum barulho, e os cachorros também não latiram, isso não é coisa deste mundo”, declarou o proprietário da chácara. Sua esposa, ainda absorta, completou: “A gente vê na televisão e não quer acreditar, não se vê um rastro de sangue, é incrível, não dá para acreditar”. As incisões feitas pelo suposto animal, todas em direção ao coração, chamaram bastante a atenção de José Alves. “Outro detalhe”, continuou, “…é que patos voam. Se uma ave fosse atacada, as outras iriam para fora do viveiro”.
“Não dá para definir ainda o que de fato atacou os animais. O ser só pode ter vindo de cima, voando, uma vez que o local era cercado por redes de pesca, de náilon. Além disso não foi constatado nenhum rasgo onde pudesse passar um animal e fazer tanta destruição”, disse Marcos Salgado. Wallacy, que esteve investigando in loco os casos na Praia Grande, afirmou: “As características em que foram encontrados os animais tanto em Caroara, quanto na Praia Grande, levam-nos a supor que se trata do mesmo predador. Afinal não havia marcas de sangue no local, e os animais tinham ferimentos no pescoço e não foram verificados ruídos durante os ataques”.
A vizinha Esmeralda Freitas acredita que o animal veio por cima e sem barulho, pois ninguém ouviu nada. Wallacy encaminhou espécimes dos animais mortos para a veterinária Inês Sumie Matsumoto que, em companhia da doutora Ana Carolina Cury, examinou e autopsiou três aves. O laudo atestou que as aves morreram por parada respiratória, devido hemorragia pulmonar bilateral. Os animais tinham lesões externas não profundas, provocadas por garras pontiagudas.
“Os ferimentos externos machucariam, mas não levariam os animais à morte, e a hemorragia interna pode ter sido causada por uma dor muito forte que os animais devem ter sentido. Ferimentos como esses eu nunca vi. Trata-se de um mistério, pois se as aves fossem atacadas por algum animal selvagem, elas teriam sido devoradas e algumas retiradas do local”, declarou a doutora Inês. Duas semanas antes do ataque no Bairro Caroara, eu, Wallacy, Mário, Marcos e Carlos investigamos o caso do ataque de um animal estranho em Guarujá.
A caseira Márcia Fernandes relatou que, por volta das 18:00 h, um animal atacou sua casa deixando marcas de garras na janela. Márcia e sua cunhada, apavoradas, trancaram-se no banheiro e começaram a gritar, enquanto ouviam o animal andando em cima do telhado. O chefe da segurança Odair socorreu-as, mas só viu marcas de garras na propriedade, pois o animal tinha sumido.
Após quatro dias, dois seguranças faziam ronda no local. Por volta das 02:00 h, eles foram perseguidos por um animal de porte médio que corria em quatro patas e os acompanhou durante 50 metros. “Ele tinha pele cinza escura e rabo peludo”, afirmou a testemunha. O interessante é que a distância entre Taguaíba, em Guarujá, e Caroara, em Santos, não chega a medir 1 km. Isso se passarmos uma linha reta imaginária pelo Canal da Bertioga.
As patas encontradas mortas no Jardim Melvi. Segundo laudo veterinário, os ferimentos foram provocados por algum tipo de garra pontiaguda.
A Evolução do Fenômeno O fenômeno Chupacabras surgiu oficialmente em Porto Rico, em 1995. Porém, antes disso já havia relatos de mortes de animais e estranhos predadores circulando no país. Após surgir, ou ressurgir em Porto Rico o fenômeno rapidamente se espalhou para outros países vitimando milhares ou milhões de animais e até seres humanos. |
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O Caso do Vampiro da Moca Em 1975, ocorreu uma onda de mortes de animais em circunstâncias estranhas na região de Moca, Porto Rico. Hoje, décadas depois, o mistério permanece. |
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Casos em Porto Rico e Outros Mistérios Em 1995, ocorreu uma grande onda de mortes de animais em circunstâncias estranhas. Não demorou e surgiram relatos sobre uma estranha criatura na ilha. |
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Casos no México O México foi o segundo ou terceiro país a registrar ataques do Chupacabras, e ali o predador se mostrou ainda mais voraz e agressivo do que em Porto Rico. E assim como na pequena ilha caribenha, o México já havia experimentado rápidos e misteriosos ataques anos antes. |
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Casos Mexicanos Mais Recentes O México foi o segundo ou terceiro país a registrar ataques do Chupacabras, e ali o predador se mostrou ainda mais voraz e agressivo do que em Porto Rico. E mesmo décadas depois, o fenômeno ainda continua vivo no país. |
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Casos em Países da América Central Os vários países da América Central foram palco de ataques de Chupacabras entre 1995 e 2020. |
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Ataques de Chupacabras no Estado do Paraná. Entre 1997 e 1999, o Estado do Paraná foi palco de várias dezenas de ataques do Chupacabras, que resultaram na morte de várias centenas de animais de criação |
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Relatório de Carlos Alberto Machado Estranhas mortes de animais na região metropolitana de Curitiba. Apesar das negativas oficiais das autoridades existem evidências fortes indicando que os ataques tem origem em um animal não catalogado pela Ciência. |
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Sitiante Viu Tudo e Desmente Laudo Carlos Messner, dono de vários animais atacados pelo Chupacabras denuncia acobertamento governamental. |
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O Caso de Ortigueira (PR) O Caso de Ortigueira é um caso impressionante. Sessenta e seis ovelhas foram mortas e empilhadas em duas pilhas de 33 ovelhas cada, dentro do próprio aprisco, próximo à casa do proprietário. |
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Casos Ocorridos em 1999, no Paraná Um impressionante caso de ataque de Chupacabras em área urbana e densamente povoada, ocorrido na periferia da cidade de Curitiba (PR), em 1999. |
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A Volta do Chupacabras? Estranhas mortes de animais ocorridas na região de Curitiba. Seria a volta do Chupacabras ou ataque de animal predador comum? |
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Chupacabras no Estado de São Paulo O Estado de São Paulo registrou dezenas de casos com várias centenas de animais mortos, dentro da onda de ataques do Chupacabras, em 1997. |
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O Caso da Praia Grande (SP) Transcrição de artigo, publicado na Revista UFO Especial, edição 19, de setembro de 1997. |
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Ataques no Estado de São Paulo em 1999 Em 1999, ouve uma pequena onda de ataques atribuídos ao Chupacabras em diferentes localidades do estado de São Paulo. |
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Estranho Animal Ataca em Canoinha (SC) Transcrição de Reportagem do Jornal O Planalto, de 1 de agosto de 1997. |
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Ataques de Chupacabras no Mato Grosso do Sul Transcrição de artigo, publicado na Revista UFO, edição 53, de setembro de 1997. |
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Ataques no Rio de Janeiro se Confundem com Mutilação Transcrição de artigo, publicado na Revista UFO, edição 53, de setembro de 1997. |
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Matanças Caninas em Série Transcrição de artigo, publicado na Revista UFO, edição 53, de setembro de 1997. |
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Alienígenas Predadores: A Face Sinistra da Ufologia Transcrição de artigo, publicado na Revista UFO, edição 53, de setembro de 1997. |
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Casos no Chile O Chile foi outro país que registrou, durante anos, uma grande incidência de ataques do misterioso Chupacabras. |
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Casos na Argentina Diferentes de outros países sul-americanos, os casos de Chupacabras se confundem com as misteriosas mutilaçoes de gado associadas ao fenômeno UFO. |
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Casos no Paraguai Em todos os países da América Latina foram registrados ataques de Chupacabras. No Paraguai não foi diferente. Numerosos animais foram vitimados ali, pela estranha criatura. |
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Casos Ocorridos nos Estados Unidos Nos Estados Unidos também foram registrados casos de ataques de Chupacabras. Porém, o país agiu de forma eficiente acobertando fatos e ridicularizando o tema. |
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Casos na Colômbia Em 2016, uma onda de ataques ocorreu na Colombia, vitimando centenas de animais de criação. |
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Ataques à Humanos Em vários países onde o Chupacabras se manifestou, diversas pessoas tiveram a desagrável experiência de serem atacadas pela criatura. Alguns casos, de forma bastante trágica. |
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Acobertamento Em todos os países onde o Chupacabras se manifestou ocorreu um processo de acobertamento e ridicularização de fatos, por parte de autoridades, além de manobras de capturas, realizadas por militares. Muitas delas com sucesso. |
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Registros Fotográficos de Estranhos Animais Ao longo das ondas de ataques de Chupacabras surgiram fotografias que seriam registros fotográficos do estranho animal. Embora tais registros não sejam irrefutáveis, apresentamos aqui os mais importantes. |
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Hipóteses e Teorias Sobre Chupacabras Ao longo das ondas de ataques de Chupacabras surgiram fotografias que seriam registros fotográficos do estranho animal. Embora tais registros não sejam irrefutáveis, apresentamos aqui os mais importantes. |
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Padrões e Características em Ataques de Chupacabras Conheça as diferenças entre ataques de predadores convencionais e aqueles registrados em casos de ataques de Chupacabras. |
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Análises Laboratoriais Detalhes sobre análises laboratoriais realizadas em pêlos e fezes de animais estranhos, coletadas em locais de ataque de Chupacabras. |
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Entrevista com Fernando Grossman Durante a realização do IV EXPO-UFO (Exposição Ufológica do Guarujá – SP), realizada em 19 e 20 de julho de 1997, Fernando Grossman concedeu uma entrevista ao ufólogo Carlos Alberto Machado. |
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Entrevista com Madelyne Tolentino Madeline Tolentino é testemunha visual do Chupacabras em Porto Rico. Foi a primeira pessoa a relatar publicamente ter avistado a estranha criatura. |
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Entrevista com Daniel Pérez Daniel Pérez é uma das principais testemunhas de Chupacabras de Porto Rico. Ele foi entrevistado pelo ufólogo Jorge Martin. |
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