OVNI teria pousado em um pântano nos arredores de Sydney, Austrália.

OVNI teria pousado em um pântano nos arredores de Sydney, Austrália.

Em fevereiro de 1966, dois estudantes descobriram em Bankstown, subúrbio de Sydney, um círculo misterioso idêntico ao do caso Tully, despertando suspeitas de um novo pouso de disco voador, reforçadas por relatos de luzes estranhas na região e pela falta de explicações naturais ou humanas para o fenômeno.


Neste artigo:


Introdução

Na manhã de 19 de janeiro de 1966, o fazendeiro George Pedley, de 28 anos, viu surgir de um pântano em Tully, no norte da Austrália, um objeto cinza em forma de disco que subiu rapidamente e desapareceu. No local, encontrou uma marca circular de cerca de 10 metros, com plantas dobradas e água girando lentamente. Testemunhas relataram comportamentos estranhos de animais e luzes incomuns, e a Força Aérea investigou, sem explicação conclusiva. Embora tenham sugerido causas naturais, como redemoinhos ou helicópteros, nada foi comprovado. O chamado “Caso Tully” permanece um dos mais enigmáticos relatos de possível pouso de OVNI na Austrália.

Apesar de o famoso “Disco Voador de Tully” ainda despertar fascínio e curiosidade entre o público, novas investigações revelaram outros locais semelhantes, totalizando sete “ninhos” misteriosos. Foi então que, em 14 de fevereiro de 1966, o subúrbio de Bankstown, em Sydney, ganhou destaque ao se tornar palco de mais um possível pouso de um disco voador. De acordo com os relatos divulgados pela imprensa, dois estudantes do ensino médio, Robert Denis e Larry Stewart, descobriram um estranho “ninho” em um pântano localizado a cerca de 1,6 km a leste do Aeroporto de Bankstown — mas mantiveram o achado em segredo por dez dias.

Segundo os jovens, o local chamava atenção por uma clareira perfeitamente circular, de aproximadamente 5,8 metros de diâmetro, onde os juncos estavam achatados no solo lamacento em sentido horário, sem estarem quebrados. O mais curioso é que não havia qualquer sinal de acesso ou saída na vegetação ao redor, como se algo tivesse pousado ali sem deixar rastro. Quando chegaram, os rapazes também perceberam um cheiro químico intenso e incomum, que não lembrava o odor natural do pântano — e que desapareceu completamente no dia seguinte.

Investigadores da UFOIC visitaram o local e confirmaram as observações iniciais, embora o “ninho” já estivesse parcialmente danificado devido à presença da mídia e de inúmeros curiosos. De acordo com o relatório, a área parecia ter sido comprimida por um enorme disco giratório ou por uma forte corrente de ar descendente. Testes feitos nos juncos mostraram que, embora estivessem dobrados, quebravam-se facilmente se forçados novamente, o que indicava uma pressão intensa, mas breve.

A descoberta colocou os estudiosos de OVNIs diante de um novo dilema: teria o “ninho” sido realmente deixado por uma nave espacial, mesmo sem que o objeto tivesse sido avistado? Ou existiria uma explicação mais simples — talvez um fenômeno natural, um acidente aéreo ou até uma farsa bem executada? Algumas hipóteses foram rapidamente descartadas. Como o local ficava próximo ao aeroporto e alinhado com a pista leste, sugeriu-se que poderia ser o resultado de um pouso de helicóptero ou de um pequeno avião. No entanto, moradores e trabalhadores da região asseguraram que nada semelhante havia ocorrido — e um evento desse tipo dificilmente passaria despercebido.

O estudante Robert Denis, dentro da marca encontrada em um pântano, nos arredores de Sidney, Austrália.

Também se considerou a possibilidade de fraude, mas as tentativas de reproduzir o efeito — com animais, ferramentas ou qualquer método manual — não conseguiram gerar resultados comparáveis. Além disso, o fato de o aeroporto ficar fechado durante a noite reforçava a hipótese de que qualquer objeto envolvido teria descido em silêncio absoluto.

Pouco depois da divulgação da notícia, surgiram novos depoimentos de moradores da região. Maureen Clunne, de Punchbowl, contou ter visto luzes brancas misteriosas sobrevoando o local por várias noites consecutivas, algumas permanecendo imóveis no céu por longos períodos. Seu vizinho, Reg Lawson, confirmou o relato e acrescentou ter visto até três luzes ao mesmo tempo. Outro morador, Jim Mats, de Darlinghurst, relatou ter observado luzes extremamente brilhantes pairando sobre Bankstown.

Essas evidências circunstanciais, somadas às semelhanças com o caso de Tully, levaram muitos pesquisadores a acreditar que o “ninho” de Bankstown poderia ser, de fato, outro ponto de pouso de um objeto voador não identificado — mais um mistério que, até hoje, desafia explicações convencionais.

 

Com informações de:


  • AUSTRALIAN FLYING SAUCER REVIEW. Boletim, [Melbourne: Victorian UFO Research Society], n. 9, p. 22, nov. 1966.

CATEGORIES
Share This

COMMENTS

Wordpress (0)
Disqus ( )