Contatos Ufológicos na Missão Apollo 16

Por: Jackson Camargo Comentários: 0

Fotos e documentos oficiais comprovam que nunca estivemos sós na exploração espacial.

Inicialmente, o lançamento da missão estava programado para 17 de março de 1972, mas foi adiado devido a problemas técnicos com o sistema de separação entre os módulos. O lançamento da Apollo 16 finalmente ocorreu às 12 horas e 54 minutos (horário da Flórida), de 16 de abril daquele ano. Após um rápido descanso e adaptação à gravidade zero, os astronautas iniciaram as checagens dos sistemas em preparação para a entrada na Trajetória de Injeção Translunar, que ocorreu 2 horas e 39 minutos após o lançamento. O Módulo Lunar Orion foi extraído do adaptador e a manobra de acoplamento com o Módulo de Comando Casper, ocorreu sem problemas. O estágio S-IVB foi colocado em rota de colisão com a Lua e seu ponto de impacto seria próximo ao local de pouso da missão Apollo 12.

À exemplo das missões anteriores do Programa, os astronautas da Apollo 15 contavam com várias câmeras para registros ao longo da missão. A bordo do Módulo de Comando havia duas câmeras fotográficas: uma Nikkon F35mm e uma Hasselblad 60mm, com alimentação elétrica. Havia ainda uma câmera Maurer, para registros em vídeo. As câmeras disponíveis a bordo do Módulo Lunar eram duas Hasselblad 60mm, uma Hasselblad 500m, elétrica, e duas câmeras Maurer 16mm para registros em vídeo. Com estes equipamentos foram obtidas 2.808 fotografias, sendo 1.501 coloridas e 1.224 em preto e branco. Além destas, foram obtidas 83 fotografias em ultravioleta.

Neste fabuloso acervo fotográfico existem várias fotografias muito interessantes, que registram objetos espaciais não identificados no espaço ou mesmo sobre o local de pouso da Apollo 16.

Os primeiros registros ocorreram logo após a entrada na trajetória de injeção translunar, quando os astronautas realizavam a manobra de extração e acoplamento do Módulo Lunar. Em três fotografias sequenciais, identificadas como AS16-118-18882, AS16-118-18883 e AS16-118-18884 observa-se um objeto luminoso, no espaço, não muito longe da Apollo 16.

Mais tarde, ao entrar em órbita ao redor da Lua, os astronautas passaram a fotografar sua superfície. Uma destas fotografias, identificada como AS16-121-19434, registra dois objetos brilhantes sobre a superfície lunar, justamente em um local não iluminado pelo Sol.

Durante as manobras de separação entre os Módulos Orion e Casper, em preparação para a alunissagem, um objeto luminoso passou atrás do Módulo de Comando sendo acidentalmente fotografado pelos astronautas a partir do Módulo Lunar. Na fotografia, identificada como AS16-113-18291, pode-se observar um objeto luminoso, de cor azulada e formato esférico, contra o fundo escuro no espaço.

Após a alunissagem, iniciaram-se as atividades na superfície. Durante a segunda atividade extraveicular, os astronautas fizeram várias fotografias de suas atividades de exploração. Em cinco destas fotografias aparecem objetos voadores não identificados, de aspecto luminoso, com cor azulada e formato esférico, sobrevoando o local de pesquisa. Estas fotografias estão identificadas como AS16-107-17421, AS16-107-17428, AS16-107-17438, AS16-115-18483 e AS16-115-18498. Após a decolagem da superfície, foram obtidas duas outras fotografias onde podemos observar objetos espaciais não identificados. A fotografia AS16-120-19185, por exemplo, registra um objeto luminoso alongado, com brilho azulado, destacando-se contra o fundo escuro do espaço. A fotografia AS16-122-19555, por sua vez, registra um objeto espacial brilhante não muito longe da Apollo 16.

A análise das transcrições de diálogos ocorridos ao longo desta missão revelou momentos interessantes que podem ou não estar relacionados a outros avistamentos ocorridos durante o voo da Apollo 16. São trechos envolvendo descrição de luzes de origem desconhecida, que chamaram a atenção dos astronautas, mas que podem, talvez, ter uma origem natural.

O documento Apollo 16 Onboard Voice Transcription-Command Module, apresenta os diálogos ocorridos do Módulo de Comando. O primeiro trecho interessante pode ser encontrado na página 72 deste documento. Duas horas após o lançamento e ainda acima da superfície da Terra, os astronautas observavam nosso planeta e faziam comentários a respeito das tempestades que atingiam algumas regiões.

Charles Duke – Eu nunca vi tantas tempestades…
Thomas Mattingly – Tem uma tempestade… Seja… Geralmente. A… A tempestade com trovão.
John Young – (Risadas)
Charles Duke – Eu não… Pergunto-me se esse não é um daqueles fogos.

Alguns trechos do diálogo acima não puderam ser transcritos devido a ruídos na gravação. Mas ainda assim podemos perceber que realmente havia regiões com tempestades de raios, mas uma delas tinha características diferentes, o que levou o astronauta Charles Duke a se questionar se isso não seria “um daqueles fogos (fire)”. O termo fire foi usado em várias missões para referir-se a objetos espaciais não identificados com aparência luminosa.

Na página 276, do mesmo documento, encontramos outro trecho que tanto pode estar relacionado com um evento ufológico quanto com eventos de flashes visuais descritos por variados astronautas em seus momentos de descanso.

Thomas Mattingly – Às 123: 07, eu estava olhando em uma área… Deixe-me ver aonde começou agora. Bem, eu não quero que isso saia, mas acho que você pode… você pode anotar em 123: 07, eu estava olhando pela janela, e eu estava olhando para o horizonte e havia um horizonte, e houve um flash brilhante que eu vi. Estava abaixo do horizonte. Agora, se isso era… Talvez eu tenha visto um desses flashes de luz que todos os outros estavam vendo o dia todo e que eu não vi ainda, ou talvez eu tenha visto um flash. Eu não sei. Foi um… foi um flash brilhante. Poderia ter sido um desses relâmpagos que todos vêem. Mas eu vou olhar para a mesma área novamente. Agora de volta à luz zodiacal. Blah. Tenho a sensação de ter estado o dia todo com o meu nariz preso à janela. Tentando obter esses padrões de estrelas aqui… Eu estava olhando… 30938, chegando no T-start. Ok…

 

 

Este mesmo documento apresenta, na página 513, outro diálogo interessante, ocorrido no décimo primeiro dia da missão, quando os astronautas retornavam a Terra. Aproveitando os momentos de tranquilidade na fase transterrena, a NASA realizou alguns questionamentos sobre as experiências dos astronautas ao longo da missão. Em dado momento, os controladores fazem algumas perguntas ao Piloto do Módulo de Comando, Thomas Mattingly, que revela ter observado algo muito luminoso na superfície lunar:

Centro de Controle – Suas observações do local de pouso. Você viu o Módulo Lunar ou o Rover, e você viu diferenças entre Cayley e Descartes?
Thomas Mattingly – Ok. Isso é… São duas questões distintas. Primeira coisa… Eu vi? Nós nunca apontamos o sextante no local de pouso de acordo com o Plano de Vôo por causa das alterações que tivemos. E houve duas ocasiões, uma vez, quando pensei ter pego um brilho de luz, o que não consegui reconhecer como sendo o Módulo Lunar, mas que veio do local onde acho que o Módulo Lunar provavelmente estava assentado. E isso foi muito próximo da posição no meu mapa que você leu comigo. E uma vez, quando o Rover estava chegando na Stone Mountain, eu apenas estava olhando quando eles passaram, e eu acho que você estava no turno, Hank, e me disse que eles estavam junto à Stone Mountain. E eu olhei para lá, e naquele momento eu consegui outro pequeno flash de luz, que é sobre tudo, com as óticas que temos, que… Acho que você poderia esperar ver. E em nenhum momento você pode ver algo que você poderia identificar.

 

Outro documento, intitulado Apollo 16 Technical Air-to-Ground Voice Transcription, contém a maioria das comunicações entre astronautas e o Centro de Controle. Neste documento, encontramos novos diálogos que podem estar relacionados a eventos ufológicos. Na página 777, encontramos um interessante diálogo, ocorrido no sexto dia da missão e travado entre o Piloto do Módulo de Comando e o Centro de Controle, em Houston:

Thomas Mattingly – É muito interessante, Hank. Tenho algo estranho aqui atrás me seguindo. Deve ser um dos amigos do Casper.
Centro de Controle – Está certo. Bem…
Thomas Mattingly – Tenho apenas um pouco de luz batendo lá fora. Eu acho que ele está… Eu não tenho idéia de quão longe está, você sabe, no entanto – eu tenho a impressão de que está a 3 metros, mas podem ser de 30 metros ou 300 metros. Mas é aparentemente algo pequeno que está em órbita comigo, e está… Provavelmente está girando, porque está piscando. Eu vi pela primeira vez ontem à noite, e pensei ter visto alguma coisa no chão. Então eu percebi que eu estava… isso estava se movendo na mesma taxa que eu e de vez em quando eu olhava para fora e eu via essas partículas que estão brilhando ao redor de mim.
Centro de Controle – Se você ver um brilho azul é melhor se cobrir.

 

Este diálogo ocorreu no momento em que o astronauta encontrava sozinho a bordo do Módulo de Comando, pois seus companheiros já haviam realizado o pouso na superfície lunar. Mesmo com todo o treinamento que recebeu para realizar a missão e com todos os dados e experiências das missões anteriores não foi possível ao astronauta identificar a natureza do fenômeno luminoso, que se apresentava durante o dia e à noite, descartando a possibilidade de reflexo.

Dois objetos luminoso, de cor azulada, acima do local de pouso da Apollo 16.

 

Objeto luminoso fotografado acima do local de pouso da Apollo 16.

 

Objeto luminoso, de cor azulada, fotografado acima do local de pouso da Apollo 16.
Objeto luminoso multicolorido, fotografado pelos astronautas da Apollo 16.
Objeto luminoso, de cor azulada, fotografado acima do local de pouso da Apollo 16.
Objeto luminoso, de cor azulada, fotografado acima do local de pouso da Apollo 16.
Objeto luminoso fotografado na órbita da Lua, pelos astronautas da Apollo 16.
Objeto luminoso fotografado na órbita da Lua, pelos astronautas da Apollo 16.
Objeto luminoso fotografado na órbita da Lua, pelos astronautas da Apollo 16.
Objeto luminoso fotografado na órbita da Lua, pelos astronautas da Apollo 16.

 

Objetos luminosos fotografados da órbita da Lua, pelos astronautas da Apollo 16.

 

Astronautas da Apollo 16. Thomas Mattingly (esquerda), John Young (centro) e Charles Duke (direita).

 

Este estudo resultou na obra imperdível intitulada UFOs no Espaço e na Lua, de autoria de Jackson Luiz Camargo. O livro pode ser adquirido pelo Whatsapp/Telegram: (41) 98893-0383.

 

Referências:


  1. CAMARGO, Jackson. Entre o Céu a Terra – Uma história de aventura, mistérios e UFOs. Curitiba: Clube de autores, 2018.
  2. CAMARGO, Jackson. UFOs no Espaço e na Lua. Curitiba: Coleção Biblioteca UFO, 2020.
  3. CAMARGO, Jackson Luiz. Intrusos na Lua. Revista UFO, Campo Grande, nº 107, p. 21-21, fevereiro 2005.
  4. Transcrição das comunicações – Jhonson Space Center
  5. Apollo 16 Onboard Voice Transcription-Command Module
  6. Apollo 16 Onboard Voice Transcription-Lunar Module
  7. Apollo 16 Mission Commentary-Voice Transmissions
  8. Apollo 16 PAO Mission Commentary Transcript
  9. Apollo 16 Technical Air-to-Ground Voice Transcription

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