Conheça a história do AATIP, o Programa Avançado de Identificação de Ameaças Aeroespaciais, uma iniciativa financiada pelo governo dos Estados Unidos para o estudo de objetos voadores não identificados.
Neste artigo:
- Introdução
- 2020 – UAPTF – UAP TASK FORCE
- 2017 – “Auras Brilhantes e dinheiro oculto: O Misterioso Programa de OVNIS do Pentágono”
- Os Slides de Chris Mellon sobre o AATIP
- Conclusão
- Fonte
Introdução
Por Gustavo Cornaccioni
Em 14 de junho de 2023, o norte americano David Grusch deixou de ser aos olhos do mundo um oficial da Força Aérea anônimo, veterano do Afeganistão e analista de inteligência militar do Escritório Nacional de Reconhecimento (National Reconnaisance Office, NRO) e tornou se um famoso denunciante. Em entrevista ao premiado jornalista investigativo australiano Ross Coulthart, produzida e transmitida pelo canal de mídia alternativa NewsNation, em conjunto com o portal The Debrief, Grusch apresentou uma série de afirmações chocantes, dentre elas:
- O governo americano possui, há anos, programas de recuperação de ovni abatidos, caidos ou “abandonados”;
- Alguns desses veículos apresentavam “orgânicos”, em referência a “seres vivos” ou “pilotos”;
- O governo americano tem posse de alguns corpos recuperados nessas ocasiões;
- O governo americano possui um acordo estabelecido com “Entidades Não Humanas”;
Tais alegações, dentre outras, conseguiram furar a bolha da comunidade ufológica, chegando não apenas à mídia mainstream mas também a membros do congresso americano.
Praticamente um mês depois, o mesmo David Grusch se viu prestando juramento sob pena de prisão, em uma audiência no congresso americano, ao lado de dois oficiais da marinha, o capitão e piloto David Fraveur e o tenente e também piloto Ryan Graves.
Os três ex oficiais das forças armadas foram inquiridos por um grupo de deputados formado por republicanos e democratas, a respeito de suas experiências e conhecimentos sobre o fenômeno UAP, durante seu tempo de serviço militar.
A UAPTF foi criada em 2020 pelo Pentágono, pelo Vice Secretário de Defesa David Norquist, e estava sob liderança da Marinha. Segundo o próprio site do Pentágono:
“O Departamento de Defesa estabeleceu a UAPTF para melhorar sua compreensão e obter informações sobre a natureza e as origens dos UAPs. A missão da força-tarefa é detectar, analisar e catalogar UAPs que possam representar uma ameaça à segurança nacional dos EUA. Tal como o DOD (Department of Defense) declarou anteriormente, a segurança do nosso pessoal e a segurança das nossas operações são de extrema preocupação. O Departamento de Defesa e os departamentos militares levam muito a sério quaisquer incursões de aeronaves não autorizadas em nossos campos de treinamento ou espaço aéreo designado e examinam cada relatório. Isto inclui exames de incursões que são inicialmente relatadas como OVNIs quando o observador não consegue identificar imediatamente o que está observando”.
O Pentágono estabeleceu que a UAPTF seria liderada por membros da comunidade de inteligência da Marinha, mas sua equipe contaria com membros selecionados e indicados das demais forças e agências de inteligência. David Grusch foi o membro indicado pela NRO para representa la na UAPTF, e assim, começou sua missão.
Antes de continuarmos, é preciso ressaltar um ponto: a UAPTF não foi o primeiro e nem o último programa sobre UAPs do governo americano. Desde os anos 40, iniciativas de pesquisa e investigação foram organizadas pelo USG (United States Government). E todaselas apresentaram basicamente o mesmo sumário executivo na descrição de suas missões: ampliar o entendimento sobre o fenômeno UAP, analisar, catalogar e identificar possíveis ameaças e oportunidades para o USG, etc. A UAPTF tinha todas essas funções, assim como seus programas predecessores e já conhecidos, os projetos Sign (1948/49), Grudge (1949/1951) e projeto BlueBook (1952/69). Porém, mais um item estava na lista de tarefas da UAPTF, e que a diferenciava dos programas anteriores: sua pesquisa não deveria ter como foco apenas o fenômeno, mas também o próprio governo. A UAPTF deveria ampliar o entendimento sobre o fenômeno, mas deveria também passar um pente fino na história do envolvimento do governo americano com UAPs.
David Grusch alegou aos deputados em 2023 que em 2020 se sentiu frustrado ao ser constantemente barrado, sabotado, e mesmo ameaçado, por membros da Defesa e da Inteligência americana ao tentar realizar sua missão, e que isso o teria motivado a se tornar um denunciante. Outro fato saltou aos olhos de David Grusch: a tomada de consciência de que, ao contrário do que ele pensava, a UAPTF não foi a primeira iniciativa a realizar um escrutínio do envolvimento do governo com o fenômeno UAP. Houvera uma tentativa, por volta de uma década antes. Tratava se do Programa Avançado de Identificação de Ameaças Aeroespaciais, em inglês, Advanced Aerospatial, Threat Identification Program, ou como ficou mais popularmente conhecido, pelo acrônimo, AAATIP.
2017 – “AURAS BRILHANTES E DINHEIRO OCULTO: O MISTERIOSO PROGRAMA DE OVNIS DO PENTÁGONO”
Em 16 de dezembro de 2017, Leslie Kean, Helene Cooper e Ralph Blumenthal, veteranos jornalistas investigativos, publicaram no New York Times, uma matéria que teve o poder de renovar o ânimo dos ufólogos, e o interesse do público sobre o tema.
Vinha a público “Auras Brilhantes e Dinheiro Oculto: o misterioso programa de Ovnis do Pentágono”, hoje, uma matéria histórica. A extensa reportagem foi resultado de um ano e meio de pesquisa e investigação por parte dos três jornalistas, mas só se tornou possível porque duas pessoas fizeram, em 2017, o que David Grusch faria em 2023: vir a público com denúncias.
Estas duas pessoas eram Luiz Elizondo e Chris Mellon, e apesar dos nomes não significarem muito para “leigos no assunto”, são seus cargos e ocupações que deram credibilidade às alegações.
Luiz Elizondo é ex-agente especial de contra-espionagem e ex-diretor do Programa Avançado de Identificação de Ameaças Aeroespaciais (AATIP). Ele serviu no Exército dos EUA em inteligência por vinte anos, seguido por 9 anos de trabalho de inteligência de defesa no Pentágono. Em 2017, Elizondo renunciou ao cargo no Gabinete do Subsecretário de Defesa para Inteligência, citando a necessidade de mais exposição pública e cooperação governamental no estudo de OVNIs.
Chris Mellon tem mais de vinte anos de experiência em inteligência de defesa e assuntos de segurança nacional, inclusive atuando como vice-secretário adjunto de Defesa para Inteligência durante as administrações Clinton e George W. Bush. São 16 anos num cargo de alto escalão da inteligência americana, como consultor direto do Secretário de Defesa e do próprio Presidente. Duas vezes.
Citando a reportagem “o programa obscuro – partes dele permanecem confidenciais – começou em 2007 e inicialmente foi em grande parte financiado a pedido de Harry Reid, o democrata do Nevada que era o líder da maioria no Senado na altura e que há muito tem interesse nos fenômenos espaciais. A maior parte do dinheiro foi para uma empresa de pesquisa aeroespacial dirigida por um empresário bilionário e amigo de longa data de Reid, Robert Bigelow, que atualmente trabalha com a NASA para produzir naves expansíveis para uso humano no espaço”.
O falecido Senador Harry Reid, após intensos contatos e negociações secretas com membros da Casa Branca e do Pentágono, um orçamento de 22 milhões de dólares para o AATIP.
O programa existiu oficialmente durante 5 anos, de 2007 a 2012, e seu fim foi devido ao corte de seu financiamento, segundo seu diretor Luiz Elizondo. O AATIP gerou um relatório de 490 páginas não divulgado publicamente que documenta alegados avistamentos de OVNI ao redor do mundo por um período de várias décadas.
Em 2017, frustrado com a falta de transparência e interesse na pesquisa sobre o tema UAP, Luiz Elizondo entregou sua carta de demissão ao Pentágono, e junto a Chris Mellon, entraram em contato com os jornalistas do NYTimes, expondo a existência do programa e apresentando três vídeos de UAPs que o AATIP estudou. Os vídeos ficaram conhecidos como Gimball, Go Fast e FLIR1.
Após deixar o Pentágono, Elizondo e Chris Mellon se tornaram associados da iniciativa To the Stars Academy, uma empresa criada pelo rockstar e ufólogo Tom Delonge, com o ex agente da Cia Jim Semivan e o cientista conhecido pela sua participação no Projeto Stargate Hall Putthoff. Em sua primeira encarnação, a To The Stars Academy (TTSA) tinha como objetivo atuar nos setores de entretenimento, pesquisa de materiais e lobby sobre o tema UAP.
OS SLIDES DE CHRIS MELLON SOBRE O AATIP
Após ser apresentado como novo membro da empresa, as pessoas começaram a prestar mais atenção em Chris Mellon. Foi quando encontraram no seu site pessoal, na sessão “Diversos”, vários documentos do AATIP. Tais Slides seriam parte de uma apresentação feita por Chris ao então Secretário de Defesa. Na mesma área do site constava a carta de demissão de Luiz Elizondo ao Pentágono. Posteriormente, Chris Mellon afirmou que tais slides foram apresentados em reunião confidencial no próprio Pentágono, não confirmando o ano, mas durante o período de operação do AATIP, ou seja, entre 2007 e 2012.
Foram encontrados sete slides da apresentação, e por eles é possível ter uma ideia bem abrangente da extensão do programa. Vamos agora analisa los individualmente. É importante frisar, que a apresentação completa é composta por nove slides, porém os slides cinco e seis, nunca foram encontrados.
Céticos afirmaram que a sigla AATIP significava Programa Avançado de Identificação de Ameaças à Aviação, mas no slide introdutório da apresentação de Chris Mellon o acrônimo apresenta a palavra “Aeroespacial”. Pode parecer apenas um detalhe semântico, porém, apontar a diferença entre os dois pode ser é importante, afinal, “ameaças à aviação” se refere exclusivamente a algo no céu, enquanto “ameaça aeroespacial” trata de algo tanto no céu quanto no espaço. no espaço, portanto, uma distinção importante.
Pelo nome, parece que o grupo considerava os objetos/veículos aeroespaciais avançados como uma “ameaça” e ao mesmo tempo queria identificar o que eram. À medida que avançamos nos slides, torna-se evidente que o AATIP estava analissandor as capacidades dos objetos e avaliando se deveriam ou não ser considerados um problema para a segurança nacional.
Este tem o título “Objetivo”, ou seja o objetivo da apresentação; fornecendo detalhes sobre o AATIP para os presentes na apresentação destes slides. Fica claro, portanto, que Chris Mellon tinha pleno conhecimento da existência e finalidade do programa e que repassou esses dados à cúpula do DOD.
Os objetivos da apresentação eram:
- Informar o Vice Secretário de Defesa das atividades contínuas do AATIP. (Pode se inferir que, no momento da apresentação o AATIP ainda estava em andamento)
- Solicitar a transformação do AATIP em um SAP (Special Acess Program, ou, Programa de Acesso Especial, ampliando assim, o acesso do AATIP a informações confidênciais prévias)
- Alocar recursos e pessoal dedicados exclusivamente ao programa, em um escritório de apoio ao AATIP dentro do DOD.
- Estabelecer uma cadeia de comando hierárquica para relatórios entre o AATIP e o DOD.
MISSÃO
“Identificar, compreender e aproveitar uma geração de tecnologias altamente avançada e princípios que podem ser empregados atualmente por outros países, atores ou entidades, e usar essa tecnologia para o benefício do Departamento, e oferecer aos EUA uma vantagem decisiva sobre adversários e ameaças”.
VISÃO
“Uma capacidade integrada que oferta ao Departamento compreensão de tecnologia “além da próxima geração”, particularmente no setor aeroespacial”.
A declaração completa da missão da AATIP: identificar as ameaças e aproveitar ao máximo a tecnologia que está sendo utilizada.
O slide não sugere a origem dos objetos, sugerindo apenas que eles são “empregados por outros países, atores ou entidades”. O DoD dos EUA queria usar a tecnologia para fins militares, uma vez que afirma que a compreensão da tecnologia “forneceria aos EUA uma vantagem decisiva sobre adversários e ameaças”.
O AATIP tratava tal tecnologia como “Além de Próxima Geração”, algo que é capaz de navegar no espaço e provavelmente também no ar. A tecnologia é considerada altamente avançada e provavelmente muito além de qualquer coisa que estava sendo usada na época em que os slides foram criados – e provavelmente também não agora.
A única indicação de por que os dispositivos são considerados uma ameaça aqui é que eles já consideram a tecnologia fora da capacidade do departamento.
Intitulado “Avaliações Preliminares AATIP“, ou seja, as visões iniciais do programa sobre a tecnologia ou objetos que estão avaliando.
- Conclusão de que muitas das descobertas se usadas contra os Estados Unidos, podem se provar “viradas de jogo” decisivas para o país.
- Evidências preliminares indicam que os Estados Unidos é incapaz de se defender em relação a algumas dessas tecnologias.
- Várias descobertas não convencionais necessitam investigações mais aprofundadas para determinar o escopo completo das ameaças e suas capacidades para que sejam tanto exploradas como repelidas.
- A natureza dessas tecnologias e o fato de que os Estados Unidos não possui contra medidas é considerado Altamente Sensível.
Parte desta avaliação é que se a tecnologia fosse usada contra os EUA, seria considerada uma “virada de jogo” e isso não é de forma alguma positivo para os EUA, uma vez que o último item da página afirma que os EUA “não tem contramedidas” contra a tecnologia.
O conhecimento deste fato é listado como sendo considerado “altamente sensível” – pode se inferir uma possível resistência que a população em geral saiba até que ponto os militares são deficientes contra os objetos. Isto é ainda mais enfatizado no item dois, onde se afirma que as evidências indicavam que os militares não podem se defender.
Afirma-se também que alguns detalhes em torno da tecnologia são tão incomuns que podem ser considerados não convencionais.
Considerando que os gastos militares dos EUA são de longe os mais elevados entre as nações, é difícil presumir que qualquer outro país do mundo teria qualquer tecnologia avançada contra a qual os EUA, não tenham defesa.
Não há nenhuma elaboração específica sobre de onde se espera que venha tal ameaça e não parece que a identificação alguma vez tenha sido realizada.
Portanto, sabemos agora que os objetos ou tecnologia que estavam a ser avaliados pelo AATIP foram considerados muito além da capacidade de qualquer país ou grupo conhecido – tão além que alguns aspectos ainda eram desconhecidos e não podiam ser determinados.
Os slides 5 e 6 nunca foram encontrados.
Este slide apresenta o foco contratual do programa, ou seja, os artigos científicos que foram contratados a vários cientistas em todo o mundo, envolvendo as pesquisas do AATIP e suas descobertas ou hipóteses.
Estudos técnicos do AATIP nas seguintes áres:
- Sustentação
- Propulsão
- Controle
- Geração de energia
- Tradução espaço temporal
- Redução de assinatura óptica, infravermelha, radiofrequência, acústica
- Integração tecnológica
- Materiais
- Configuração, Estrutura
- Interface Humana
- Efeitos Humanos
- Armamentos
Ênfase em capacidades tecnológicas não convencionais, 40 anos no futuro e além (não extrapolação da tecnologia atual)
Legitimidade investigativa de fenômenos observados atualmente
É possível alcança los com a fisica e engenharia atual?
Caso não, que pesquisa é necessária para conseguir?
Obs:
- Tradução Espacial/Temporal: para que a tecnologia possa adaptar espaço e tempo.
A tecnologia pode mudar e manipular o próprio espaço ao seu redor e, presumivelmente, mover-se um pouco através do tempo. Ao ajustar a gravidade, os objetos também afetam o tempo.
- Redução de Assinatura: para que a tecnologia possa proporcionar uma quantidade significativa de discrição óptica, infravermelha, radiofrequência e acústica. Invisível aos olhos, ao radar e sonar.
- Interface Humana: como as naves são controladas especificamente.
Sugere que a interface seja com o próprio ser humano, e não por meio de alguma ferramenta relacionada ou dispositivo de direção. A tecnologia está em interface com a mente das pessoas próximas ou com os próprios pilotos.
- Efeitos Humanos: esta é uma referência a como o objeto afeta as pessoas próximas a eles e o impacto fisiológico em seus corpos.
- Armamento: refere-se diretamente às armas.
Especificamente a radiofrequência (RF) e as armas de energia dirigida (DEW) –
O slide termina com um comentário perguntando se as habilidades são alcançáveis usando nosso conhecimento atual de física e engenharia. Então, eles estão aceitando que o nosso conhecimento da física pode estar prestes a mudar fundamentalmente, assim que formos mais capazes de compreender estas tecnologias.
Os trabalhos relacionados que foram contratados para as equipes científicas, conforme especificado no slide anterior, apresentando o tema, o autor e a instituição a qual ele é afiliado.
Exemplos:
Armamento baseado em pulso de força, Northop Grumman
Modificações no espaço tempo para aplicações em voos espaciais, por Hall Puthoff
Teoria e Experimentos de Camuflagem invisível, Univ Saint andrews
Buracos de Minhoca no Espaço Tempo, Eric Davis
Antigravidade para aplicações aeroespaciais, Eric Davis
Abordagem estatística elaborada da Equação de Drake
Dobra espacial,
Matéria programável, Instituto Prog Matter
Armamento Laser de Alta Energia,
Comunicações com entrelaçamento quântico
Propulsão nuclear avançada para o Espaço Profundo, Universidade de Nevada
CENÁRIO DE AMEAÇAS PARA O DOD
“Existe ciência para um inimigo dos EUA manipular tanto ambiente físicos como cognitivos para penetrar instalações americanas, influenciar os tomadores de decisão e comprometer a segurança nacional.
- Armas psicotrônicas
- Interface cognitiva humana
- Penetração em superfícies sólidas
- Desligamento instantâneo de sensores
- Alteração/Manipulação de organismos biológicos
- Anomalias no construto espaço/tempo
- Experiências únicas de interface cognitiva humana
VANTAGENS DO DOD
- DOD teve envolvimento com experimentos semelhantes no passado
- DOD tem relacionamento com renomados especialistas no tema
- DOD controla várias instalações onde atividades foram detectadas
O que antes era considerado “fenômeno” agora é física quântica.
O último slide da apresentação documenta como o DoD considera as naves como ameaças e a justificativa relacionada. O slide refere-se à nave como um “inimigo”, ou pelo menos um inimigo potencial, e faz referências ao facto de os EUA terem instalações onde foram detectadas atividades. Presumivelmente, as instalações nucleares frequentemente mencionadas. Isto é essencialmente uma confirmação de que estas naves estiveram envolvidas com estes locais e as atividades das naves (ligar/desligar armas nucleares?) fazem com que sejam consideradas ameaças. As naves são listadas como capazes de manipular ambientes físicos, por isso pode ser uma referência a casos em que os pilotos viram sua tecnologia sofrer interferência ou mesmo a eventos que ocorreram em instalações nucleares ou militares.
Eles também são listados como capazes de manipular “ambientes cognitivos”, por isso afetaram as experiências das pessoas a tal ponto que elas podem ter uma compreensão diferente de seus ambientes e talvez estarem sujeitas a comunicações novas ou bizarras.
Até hoje o túmulo de Alexandre o Grande não foi encontrado. Muito menos seu corpo. Alguém, porém, teria a audácia de questionar a existência dele, que foi talvez o maior conquistador militar da história humana? Quantas evidências existem que comprovam a existência dele? E como são essas evidências?
Nenhum físico, químico, astrônomo, biólogo, matemático ou astrofísico seria capaz de comprovar a existência de Alexandre O Grande. Tal desafio coube aos historiadores.
Enquanto para as ciências exatas, evidências e provas são colhidas em testes e experimentos, e aceitas após serem replicadas por pares, as ciências humanas possuem uma relação diferente com os sinais que antecedem uma verdade. Talvez por que laboratórios nao possuem o monopólio das grandes descobertas.
Por que documentos históricos teriam menor peso em relação a testes de laboratorio e evidências físicas na busca por conclusões? E, não seria um documento histórico uma evidência física também?
Se documentos históricos são aceitos para comprovar a existência de um lider militar chamado Alexandre o Grande, por exemplo, ou a revolução Farroupilha, ou a existência de Jesus Cristo, por que não podem ser aceitos como evidência da vida extraterrestre?
Por conveniência, talvez?
Há uma enorme quantidade de documentos oficiais já liberados que comprovam a existência de programas de pesquisa oficiais de diversos governos ao redor do mundo sobre o tema UAP. O próprio AATIP, tema desse artigo, já teve documentos tornados públicos. Porém, se a história é aceita na construção da realidade do passado da humanidade, teimosa ou convenientemente, ela é ignorada como caminho para a confirmação da vida alienígena.
Tal fato é lamentável, pois se por um lado faltam discos voadores ou corpos de ets nas mãos de físicos e biólogos, sobram documentos nas mãos de historiadores e jornalistas.
A verdade está lá fora, ok.
Mas a verdade também está nos arquivos, nas bibliotecas.
Basta saber procurar.
Com informações de:
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