Caso LAP-702

Por: Fenomenum Comentários: 0

Em 8 de junho de 1991, um UFO é avistado por pilotos e passageiros de duas aeronaves comerciais e captado por radares, em Assunção, Paraguai.


Neste artigo:


Introdução

 

Em 1991, ocorreu um interessante caso ufológico envolvendo duas aeronaves comerciais, operadores de tráfego aéreo, passageiros e testemunhas em terra. O episódio ocorreu nas proximidades do Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, Paraguai.

Tudo aconteceu no início da noite de 8 de junho quando o co-piloto do vôo 702, um Boeing 707 da Lineas Aereas Paraguayas, com destino à Miami com destino à Miami avistou uma luz que algum objeto desconhecido em sentido convergente à sua rota, ou seja, vindo em sentido contrário. O comandante da aeronave, coronel Maciel havia se ausentando momentaneamente da cabine de comando para ir ao banheiro. Ali permaneceram o co-piloto Angel Farinã e o engenheiro de vôo. O co-piloto, então, entrou em contato com a torre de controle informando que estava vendo um tráfego a sua frente pedindo confirmações e instruções.

Angél Fariña, 1º Oficial do voo LAP-702.

 

A Torre de Controle do Aeroporto Silvio Pettirossi, de Assunção, detectou o estranho objeto mas não conseguiu identificá-lo. Diante da ausência de informações claras sobre o estranho objeto houve um pouco de tensão a bordo do vôo 702. Em virtude da insistência e do aparente nervosismo do piloto do avião da LAP, os controladores entraram em contato com o Controle de Tráfego Aéreo Boliviano na tentativa de obter informações que ajudassem na identificação do estranho objeto luminoso. Em entrevista posterior ao ufólogo paraguaio Jorge Afonso Ramirez, o co-piloto Farinã declarou que o estranho objeto tinha coloração avermelhada, formato oval e deslocava-se muito rapidamente.

Através do rádio, o coronel Fariña informou que o objeto chegou muito próximo da aeronave, primeiramente realizando uma manobra rápida para a esquerda, depois subindo e posicionando-se acima e a direita, logo a frente a da aeronave, na posição de 10 horas, no jargão aeronáutico. Pouco depois o objeto, intensamente iluminado, desceu novamente assustando a tripulação da aeronave. Logo posicionou-se sobre uma asa, passando rapidamente para a outra asa.

Cessna

Outros pilotos ouviam atentamente, por rádio, as comunicações entre o Boeing da LAP e a Torre de Controle de Assunção. Um deles era Cesar Escobar, piloto de um Cessna vindo de Concepción, com destino ao Aeroporto Internacional. Escobar ouviu atentamente a diálogo entre o avião da LAP e a Torre de Assunção, e em dado momento observou uma estranha e intensa luz azulada aproximando-se em alta velocidade de sua aeronave, deixando os instrumentos loucos e assustando os passageiros que também puderam observar todo o acontecimento.

“Eram mais ou menos dezoito horas quando decolei com o CESSNA, de uma fazenda localizada a poucos quilômetros de Concepción, levando dois passageiros, dois gringos (neste caso dois alemães). Um deles era o dono da fazenda e fui seu piloto por alguns anos.

Eu costumo sintonizar no rádio a frequência usada no aeroporto o tempo todo, para ouvir a comunicação de todos os aviões que estavam voando. Não sei exatamente quanto tempo se passou desde que sintonizei essa freqüência mas, enquanto conversava com os passageiros, comecei a prestar atenção na comunicação entre um avião da Linhas Aéreas Paraguaias (LAP) e o operador de tráfego aéreo de Assunção.

No começo a conversa transcorreu normalmente, mas o comandante da LAP começou a alterar a voz porque estava ficando nervoso. Primeiro pensei que fosse um avião perdido em sua rota, mas aí eu ouvi o operador na Torre de Controle perguntar ao piloto do avião da LAP se ainda podia ver o objeto à curta distância, ao que este respondeu afirmativa e agitadamente: ‘Eu o vejo bem na minha frente’, disse-lhes.

Lembro-me perfeitamente que, num determinado momento, o piloto relatou à torre de controle que o objeto se movia violentamente em direção à esquerda. Então de repente, o objeto subiu um pouco, pelo que pude deduzir, porque o comandante estava dizendo que o tinha a dez horas naquele momento.

Depois disso, o objeto desceu novamente, mas só por pouco tempo, enquanto o comandante desesperado perguntava se aquilo era o inferno ou o que, uma luz que brilhava terrivelmente forte perto dele, segundo ele próprio disse à torre. Tudo aquilo era muito estranho.

O mais chocante foi ouvir o piloto informar que o objeto estava alinhado na direção do avião e passou sobre ele numa velocidade inacreditável.

Logo após este evento o piloto do CESSNA foi uma testemunha do estranho objeto:

“Aconteceu tão rapidamente que não tive tempo de entender coisa alguma – não acreditava que o objeto ao meu lado era o mesmo que passou pelo avião da LAP.

Avião semelhante ao que esteve envolvido com o Caso do Voo LAP-702.

 

Comecei a me preocupar quando os passageiros perguntaram o que era aquele objeto e porque estava voando tão perto de nós e eu não sabia o que responder a eles. Estavam agitados e começaram a ficar nervosos. Naquele momento recebi uma mensagem do operador de radar do Aeroporto de Assunção perguntando-me se havia algum tráfego aéreo à minha direita. Minha resposta foi afirmativa, quando então pediu-me para fazer uma descrição do que via. Eu então respondi que não conseguia descrevê-lo ainda.

Tive a impressão de que era oval, mas não posso afirmar com certeza. De qualquer forma, presumo que estava a um pouco menos que 400 metros do avião. Houve momentos em que fiquei realmente desesperado, porque o objeto se aproximava cada vez mais e mais , e todos os instrumentos ficaram loucos. Eu estava especialmente concentrado no visor de direção automática (ADF), que movia-se descontroladamente, sem especificar qualquer direção. Se continuasse dessa forma, eu teria muitos problemas para saber para onde estava indo.

Foi neste momento que a luz se deslocou um pouco mais para longe e tudo ficou bem novamente. Assim, repeti seu movimento algumas vezes, o que achava ser uma jogada esperta para, se houvesse alguém inteligente dentro do objeto, saber exatamente o que ele estava fazendo comigo. Mas nunca senti tanto medo em minha vida de aviador, pois jamais acreditei que essas coisas existissem.

A duração total da observação dos tripulantes e passageiros do CESSNA durou aproximadamente 25 minutos e terminou quando começaram os procedimentos para pouso em Assunção. O pouso ocorreu às 19:22 hs. Mesmo com o pouso do avião de Escobar, o objeto continuou sendo observado por pessoas presentes na região. Uma das testemunhas era Anibal Gabigan, controlador de vôo de plantão na noite de 8 de junho. Gabigan avistou o estranho objeto próximo ao CESSNA que aproximava-se para pouso e pediu que as luzes da pista de pouso fossem desligadas após o pouso da aeronave e depois ligadas novamente. O objeto então permaneceu estático a 600 metros de altura, sobre a pista do aeroporto, sendo confirmado através do radar. Gabigan subiu ao todo da Torre de Controle, onde havia uma plataforma, e de lá, com o auxílio de um binóculos pôde visualizar melhor o OVNI enquanto esteve parado sobre o campo e testemunhou os impressionantes movimentos executados pelo mesmo.

Aníbal Gabigan e seu assistente na noite de 8 de junho de 1991.

 

“Lembro-me perfeitamente dela, pois estava esfriando e o céu se encontrava completamente aberto e claro. Recebi uma chamada do controlador de radar dizendo que o CESSNA pilotado por Escobar estava pronto para aterrissar, que era acompanhado por um estranho objeto e me perguntando se eu podia vê-lo. Quase que imediatamente vi o objeto voador luminoso perto do CESSNA. Depois que o avião aterrissou, ordenei ao meu ajudante que desligasse todas as luzes do campo de pouso e as ligasse novamente para o objeto ver e ele assim o fez.

O homem do radar era o Chavez, que pedia confirmação visual do objeto e a quem respondi que podia ver o estranho objeto claramente.

Chegando na plataforma, deitei-me no chão apoiando a cabeça num pequeno tijolo. Olhei para o objeto atentamente, com binóculos e sem eles durante 4 ou 5 minutos. O todo tempo em que permaneceu lá, o UFO emanava uma luz avermelhada, que podia ser vista sem nenhuma dificuldade.

Torre de controle do Aeroporto de Assunção.

 

“…aquela luz forte e avermelhada ainda estava lá, absolutamente parada quando, de repente, algo espetacular aconteceu. Vindo do lugar onde estava o objeto, um raio luminoso em direção oeste alcançou toda linha do horizonte. Aquele raio durou uma fração de segundos e era como se, apesar disso, estivesse desenhando linhas com um marcador – uma perfeita linha amarela indo até onde se podia ver, na direção oeste”.

“…era realmente atordoante. A velocidade do objeto era incrível. Eu estava chocado, pois nunca havia visto nada parecido. Desci imediatamente e ouvi Chavez me chamando desesperadamente, para perguntar se havia visto e ouvido tudo aquilo. O objeto deu uma volta registrada pelo radar em cinco segundos, e depois reduziu a velocidade para 150 milhas náuticas, que significa 210 Km/h.

Depois destas manobras o estranho objeto desapareceu em alta velocidade. O pesquisador paraguaio Jorge Afonso Ramirez investigou o caso e percebeu uma alta receptividade em relação ao assunto por parte das autoridades, por parte da Lineas Aereas Paraguaias e por parte dos envolvidos.

Entrevista

Maidana: “Você lembra o que aconteceu naquela noite?

Gabigan: “Era uma noite fria de outono, não havia nenhuma nuvem, era uma era uma noite muito clara. Em geral, as noites frias são muito calmas, não hả turbulência, não há nada. Um colega que estava na sala de radar e fazia o controle de rota, me chamou, dizendo-me para estar atento pois estava vindo uma aeronave do norte do país cujo piloto relatou um objeto estranho não identificado com umas luzes que não eram as de um avião, porque este tem as luzes bem identificadas, branca, vermelha e verde, e não correspondia a elas. 

 Maidana: “Por favor, fale mais a respeito”.

Gabigan: Este piloto relatou que o objeto vinha muito próximo dele, e o seguia há muito tempo. Eu temia que, em algum momento, o objeto tivesse algum contato com ele e causasse algum acidente. O nome do piloto é César Escobar”.

Maidana: “O senhor se lembra de algum detalhe?”

Gabigan: “Quando fiz o curso de pilotagem, César Escobar foi meu colega de curso. Eu o conhecia e sabia que era uma pessoa séria, responsável, um profissional de primeiríssimo nível, que continua voando até agora. Se ele manifestava esta preocupação, era por algum motivo”.

Maidana: “Segundo o piloto, a que distância o objeto se manifestou?”

Gabigan: “Ele disse que era uma distância mínima de 20 m, e uma distância máxima de 30 m, segundo a sua estimativa. Há que se levar em conta que o olho sofre algumas alterações na visão noturna. Não é a mesma coisa ver de dia e ver de noite, em termos aeronáuticos. Uma pessoa, à noite, muitas vezes acha que o objeto está muito longe, no entanto, está muito próximo, e vice-versa. Mas, assim, em uma avaliação de 20 a 30 m é impossível de haver um erro. O erro pode ser entre 100 m, mas menor de 30 não.

Moidana: “Para o senhor; a avaliação era real?”

Gabigan:”Sim, para mim a avaliação era real. Eu acredito que ele, justificadamente dizia ‘está muito próximo’, e ‘temo que se aproxime de mìm’ porque, segundo ele, o objeto se aproximava mais e voltava a se afastar, inclusive para as pessoas que vinham com ele, pois estava acompanhando. 

Maidana: “Como se interpreta essa aproximação dentro do Protocolo de Aeronáutica?” 

Gabigan: “Em uma aplicação da norma aeronáutica, isso é considerado um incidente”. A diferença entre acidente e incidente é que incidente há uma distância mínima até onde outra aeronave pode se aproximar, seja no solo, seja no ar. Se a aeronave transgride essa distância mínima, já há um risco de colisão. Por outro lado, no acidente iá há um contato fisico, que normalmente resulta em um acidente grave.

Maidana: “Por favor, continue'”

Gabigan: “Se fosse uma aeronave com essa proximidade, de 20 a 30m, era muito grave, porque há distâncias longitudinais e também separações verticais em diferenças de nível. Nenhuma separação longitudinal  permite 20 a 30 m de proximidade, isso é categórico. Se vamos mergulhar fundo nos regulamentos. Uma separação mínima seria de três milhas náuticas e meia, que são 5 km, é o mínimo que uma aeronave pode passar por outro no mesmo nível. E têm que ser duas aeronaves do mesmo porte e que mantenham a mesma velocidade. Salvo as aeronaves militares que voam em esquadrilha, mas isto se encaixa em outro regulamento”.

Maidana: “Que proximidade pode haver entre elas nestas esquadrilhas militares?”

Gabigan: “Depende do exercício que fazem. Existem alguns exercícios que são assim, uma distância de de 50 a 60 cm de ponta de asa a outra, mas isto está fora do âmbito da aeronáutica civil. O piloto que voa assim está preparado, não levam qualquer um para fazer isto. Tem que ter uma preparação avançadíssima para voar em esquadrilha.”

Maidana: “O que voce fazia naquela noite na torre de controle?”

Gabigan: “Eu estava de plantão na torre, e o senhor Chávez estava de plantão em Aproximação e Rota, que é ACC-APP. O rádio da e tem um alcance de 4.3 milhas náuticas de rádio, e tudo o que entra do solo até 2.000 pés, que são 600 m é responsabilidade do controlador de torre, separar as aeronaves que saem e as aeronaves que chegam. E normalmente, a separação noturna é mais arriscada, e requer muito mais atenção do controlador, é um trabalho coordenado. Não deve existir a menor dúvida de que os aviões que se cruzam, devem passar respeitando o mínimo de separação, que está regulamentado até o último detalhe.

Maidana: “Apareceu algum traço no radar?”

Gabigan: “Acontece que o radar é um sistema analógico, não é digital. O primário é analógico e, normalmente, quando uma esquadrilha voa, o radar  mostra apenas um traço, como se fosse uma única aeronave. E, em uma distância de 20 a 30 metros é impossível que um radar mostre dois traços. Aparece como um traço, esse é um problema técnico, muita gente não sabe disso. No radar secundário, O que se faz é enviar um sinal e o avião envia uma resposta através de um dispositivo chamado ‘transponder’.

Maidana: “Há aeronaves sem transponder?”

Gabigan: Uma aeronave que não tem transponder, não pode responder ao sinal. Se há duas aeronaves que possuem o aparelho, codificados em formas diferentes, em uma distância de 20 m, pode haver dois sinais. Mas para isto, devem estar com o transponder ligado e com um código selecionado. Neste caso, eu entendi que, além do radar primário, o radar secundário que o senhor Escobar tinha em seu avião estava ligado, mas pela proximidade era impossível que houvesse outro traço primário.

Maidana: “Entendo. Por favor, prossiga'”.

Gabigan: “Se há dois objetos muito próximos, o radar primário sempre mostra o traço do que tem maior volume, neste caso, o avião. Mas a perseguição que o senhor Escobar sofreu durou muito tempo. Ele disse que, como ele, o objeto, estava à sua direita, dissimuladamente, fez uma curva imperceptível para a esquerda, e notou que o ‘outro’ mantinha a distância, não se afastava. Mas quando o controlador do radar lhe disse que não havia outra aeronave voando na região, foi quando percebeu que ele o acompanhava”.

Maidana: “Como o piloto descreveu o objeto?”

Gabigan: “Era como ele dizia. Em primeiro lugar; a aeronave tem dois faróis, um deles está no trem de aterrissagem, e o outro no lado direito da asa. De modo que o lugar onde está o facho de luz, da asa que está inclinada até o eixo do avião, um pouco para baixo, encontra-se com o feixe de luz do trem de aterrissagem, isso indica para o piloto o ponto onde tem que tocar a pista..

Maidana: “Como o senhor viu esta situação?”

Gabigan: “Bem, haviamos feito comentários, depois, como éramos colegas fora de todo protocolo, não acho que isto tenha sido registrado, nem disse para a pessoa que investigou, é que ele dizia, primeiramente pelo ângulo que ele, o UFO, mantinha, estava à minha direita, um pouco na frente, era impossível que minha luz o iluminasse, se ‘eu acendesse a luz, pois poderia ver o que era. Ele viu que era uma coisa redonda que girava e as luzes tinham várias cores”.

aidana: “De que cor eram as luzes? Ele Comentou sobre isto durante a comunicação por rádio?”

Gabigan: “Nesse momento, ele não comentou se as luzes eram desta ou daquela cor. Isto foi em uma conversa posterior. Disse que havia verde-claro, verde-escuro, um vermelho chegando para o fúcsia claro e escuro, e por último, um rosado também claro e escuro. Não havia amarelo, nem branco, de acordo com o que ele comentou. É preciso levar em conta a condição psicológica do piloto que está  voando à noite com uma coisa na sua frente, que a qualquer momento pode lhe cruzar e colidir. Não é para estar lembrando com detalhes”, colocando-se na situação do piloto.

Maidana: O que aconteceu em seguida?

Gabigan: “Mas me disse assim: ‘Eu me dei conta de que se acendesse a he, ele ia ver ‘. Ele tinha medo de que se acendesse a luz e o iluminasse, isso poderia causar uma geracão negativa, e considerar Escobar como um agressor e o atacasse”.

Maidana: “Quer dizer que o piloto considerou que o objeto estava sob controle inteligente?”

Gabigan: “Sim, considerou a possibilidade de agressão se acendesse a luz, avaliou isso. Pelo menos, mantinha sua distância, não havia nenhuma interferência no sistema de comunicação. Por isto, ele me disse: ‘é melhor eu ficar no padrão, e sigo. Se me deixam chegar até meu ponto de destino, em boa hora’, e foi o que aconteceu depois. Ele me disse: ‘Ponte, em meu lugar, o que vocês fariam?’ Porque ele sabia que eu era piloto. Faria o mesmo, ficar no padrão, não interferia com o meu voo, sigo. Porque ele comentou: ‘Em nenhum momento me obrigaram a desviar, diminuir a velocidade, simplesmente vieram’. Vai saber o que estavam estudando em mim?

Maidana: “Por favor, continue”

Gabigan: “O colega de trabalho me informou, através de um comunicador direto que temos, porque são áreas de e controle específicas diferentes até uma certa distância cabe a ele guiar o piloto, depois sou eu o responsável até fazê-lo aterrissar. Esse colega me sugeriu que subisse até o teto da torre, já que tinha um traço no radar, e o piloto insistia que um objeto o seguia. Insistiu que subisse com meu binóculo e verificasse o que estava ocorrendo.

Maidana: “Com quem estava?”.

Gabigan: “Estava com meu colega, Pedro Alvarez que realizava seus primeiros controles dentro da torre, porque naquele tempo fui seu instrutor, acompanhando-lhe até que considerasse que poderia fazer sozinho. Pedi-lhe que esperasse, enquanto subia para o teto da torre por uma escada e, de lá, ordenei que apagassem todas as luzes do aeroporto. Guiando-me pelas luzes de navegação do avião para tomar posições, depois lhe pedi que voltasse a acender a luz da pista e a luz de e aproximação do ALS que é um sinal visual que ajuda o piloto a se situar no eixo da pista, a uma distância de cinco a sete quilômetros. 

Maidana: “O que ocorreu quando pediu que apagasse?”

Gabigan: “Quando lhe pedi que apagasse, formou-se a escuridão que eu buscava, porque quando entra um facho de luz no binóculo, ele te cega. Então, ali eu olhei as luzes de navegação do avião e, de acordo com que escutava na frequência 128,4, orientei meu binóculo para onde Escobar dizia que estava o objeto e, evidentemente, havia algo que tinha luzes giratórias. Mas nặo se via com muita nitidez porque era de noite.

Maidana: A que distância o avião estava Naquele momento?

Gabigan: “A 10 ou 11 km de distância da cabeceira da pista. Assim mesmo como o piloto disse que estava à sua direita'”.

Maidana: “O objeto chegava a iluminar parte da fuselagem do avião?”

Gabigan: “Sim, eu via o nariz do avião pelo reflexo das luzes coloridas que giravam. Era como um tubo metálico assim, mais volumoso no meio, girando. Era impossível precisar as dimensões”.

Maidana: “Era uma aeronave?”

Gabigan: “Não, não era uma aeronave. Disso tenho certeza Então, desci depois de ver, e comentei com Chávez que tinha visto o objeto, informei-lhe que ia subir novamente, pois esperava que ao estar mais próximo, poderia apreciar melhor com o binóculo. E como o piloto já tinha que aterrissar, pedi ao colega que acendesse as luzes, mas pusesse no mínimo que é de 396, e perguntei ao piloto se podia ver as luzes da pista. Este respondeu que podia ver a pista de aterrissagem, para não interferir com minha intenção de seguir observando o objeto. Quando o avião estava mais ou menos a três quilômetros da cabeceira, o objeto foi para oeste. Deixou como um rastro luminoso, como alguém que, com um lápis, traçou uma reta e desapareceu, ficando visível por alguns poucos segundos. Eu pude vê-lo quando notei que se moveu, e parei de usar o binóculo para apreciar o que acontecia'”.

Maidana: “Escutou algum som? Algum ‘estrondo sônico “? “

Gabigan: “Não, nada. Silêncio total. Quando, perguntei a Escobar se ouviu algo, ele me disse que não notou nada, só o alívio quando ele foi embora. Gritou de emoção na cabine com seus passageiros. O objeto se foi quando ele começou a aterrissar”.

Maidana: “Alguma vez você viu algo parecido com isso?”

Gabigan: “Não, depois disso, peguei o costume de apagar todas as luzes, subir com meu binóculo e olhar, por muito tempo. Mas nunca voltei a ver. Segui olhando porque isto é considerado ‘interferência ilícita’, além de termos, por regulamentação, a obrigação de registrá-lo no livro, a fim de investigar responsabilidades. Fiz isto, registrei imediatamente o livro de novidades o que havia acontecido. O controlador de radar viu quando houve uma separação e desapareceu. Vale lembrar que o radar tem um alcance de 256 kn, em um segundo saiu dessa cobertura.  Determinar qual era a sua velocidade já era outra questão.

Maidana: “Você como especialista no assunto, que velocidade se poderia traduzir, Mach 1, 2, 3?” 

Gabigan: “Não, no mínimo Mach 7. Cálculo fazendo uma avaliação grosseira, uns 11.000 km/h, as aeronaves comerciais voam a 0,84 Mach, que são 958 kmn/h”.

Maidana: “Existiam aeronaves que poderiam voar a esta velocidade naquela época?”

Gabigan: “[Risos] Não, até agora não existe uma aeronave que eu conheça, que se mova assim. E sou um estudioso das aeronaves. Mas para que uma aeronave alcance uma velocidade em um segundo, o melhor, percorra 256 km em um segundo, é muito”.

Maidana: “Você acha que o objeto era tripulado ou não?”

Gabigan: “Quem comanda? E se não está comandado, por que manteria uma distância regular da aeronave durante tanto tempo? Se não estava tripulado, tinha um sensor, que sei eu. Voltando ao tema da velocidade. O corpo humano em Mach 2 precisa de uma roupa de couro especial porque os fatores de gravidade de carga negativa fazem com que o sangue desça para os pés. E não há um corpo humano que aguente mais de Mach 3.

Maidana: “Então, tudo isto está perfeitamente documentado… 

Gabigan: “Sim, está. Obrigam-me a fazer isto. Por mim, estou disposto a dar informação a quem quer que investigue, sem nenhum interesse econômico, não me anima tirar qualquer vantagem econômica.

Maidana: “Por que você acredita que há certa relutância para que os pilotos informem este tipo de caso?

Gabigan: : Acho que por desconhecimento e falta de abertưra mental.

 

 

Com informações de:


 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

9 − 3 =