Caso Linda Cortille

Por: Jackson Camargo Comentários: 0

Este é o relatório final da investigação feita por George Hansen, Joe Stefula e Rich Butler sobre o caso Linda Cortille Napolitano, de Budd Hopkins.

Por Por George Hansen, Joe Stefula e Rich Butler

 

As revelações de Hopkins geraram enorme publicidade e foram mencionadas no New York Times, Omni, Wall Street Journal, e Paris Match, entre outros. Como esperado, este caso teve substancial impacto no campo da Ufologia.

Tanto as lideranças do Mutual UFO Network (MUFON) e do J. Allen Hynek Center for UFO Studies (CUFOS) se opuseram agressivamente às nossas investigações, e ambos se recusaram, previamente, a publicar nossas críticas. Isto levanta graves questionamentos sobre a integridade jornalista e científica do MUFON e do CUFOS.

Essas organizações têm muitos membros e nós não podemos fornecer mais do que algumas cópias destes documentos a terceiros. Pedimos que nos ajudem na distribuição. Sintam-se à vontade para fazer cópias deste artigo, colocá-las em BBSs ou na imprensa.

Uma Crítica Ao Caso De Budd Hopkins Sobre A Abdução De Linda Napolitano Por Um Ufo

por Joseph J. Stefula, Richard D. Butler, e George P. Hansen

RESUMO

Budd Hopkins fez uma série de apresentações públicas de um suposto caso de abdução com múltiplas testemunhas. A abduzida é Linda Napolitano, que mora num apartamento no lado leste de Manhattan (New York City).

Ela afirma ter sido abduzida por seres extraterrestres do seu apartamento no 12o andar, em novembro de 1989. Alega-se que três testemunhas num carro a dois quarteirões de distância viram Linda e seres alienígenas saírem flutuando de uma janela e subirem para dentro de uma nave. Uma das testemunhas era o Secretário Geral das Nações Unidas, general Javier Perez de Cuellar. Também uma mulher na Brooklyn Bridge teria observado a abdução.

Linda teve sangramentos pelo nariz onde os raios-X mostraram um implante.

Até o momento, Hopkins não forneceu nenhum relatório escrito detalhado, mas publicou algumas vezes um artigo de cinco páginas nos números de setembro e dezembro de 1992 do Mufon Ufo Journal e fez uma apresentação no simpósio do Mufon nesse mesmo ano. Usamos essas informações e entrevistamos a abduzida. Algumas questões sérias foram surgiram disso tudo. O caso tem muitos aspectos exóticos, e identificamos uma novela de ficção científica que pode ter servido de base para os elementos da história.

Vários líderes do campo da Ufologia se envolveram e seu comportamento e declarações foram muito curiosos. Alguns tentaram, agressivamente, suprimir evidências de uma suposta tentativa de homicídio.

Aqui discutimos as implicações para um entendimento da Ufologia.

Budd Hopkins é o maior responsável em atrair atenção ao problema de abduções por extraterrestres, por estimular tanto a mídia quanto a pesquisa científica devotadas ao problema. Ele escreveu dois livros populares (Missing Time, 1981, e Intruders, 1987), fundou a Intruders Foundation, e apareceu inúmeras vezes em palestras e na mídia.

Embora Hopkins não seja um terapeuta treinado, um acadêmico ou cientista, ele conseguiu envolver essas pessoas no seu trabalho. O médico John E. Mack, ganhador de um Prêmio Pulitzer e ex-chefe do departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Harvard, elogiou o trabalho de Hopkins e reconheceu que estava em dívida com ele (Mack, 1992a, 1992b). Hopkins colaborou com professores universitários ao ser co-autor de um artigo no livro Unusual Personal Experiences (1992), enviado a 100.000 profissionais de saúde mental. Prestou depoimento, na qualidade de especialista, numa audiência sobre a competência profissional de um médico que alegava ter sido abduzido (McKenna, 1992).

Em virtude de tão fortes referências e impressionantes afiliações, e por causa de seu incansável trabalho em favor dos abduzidos, Hopkins tornou-se a figura mais importante no campo das abduções por UFOs. Suas contribuições, positivas ou negativas, serão rapidamente notadas dentro e fora da Ufologia.

O caso Linda Napolitano gerou enorme interesse e atraiu a atenção internacional, tendo sido alvo de noticiário e artigos no Wall Street Journal (Jefferson, 1992), Omni (Baskin, 1992), Paris Match (De Brosses, 1992), The New York Times (Sontag, 1992), e no programa de televisão ”Inside Edition”, onde Hopkins e Napolitano apareceram. O Jornal do Mufon chamou-o de “A Abdução do Século” (Stacy, 1992, p. 9). Mesmo a revista técnica ”Advance”, para radiologistas, levou adiante um debate sobre o implante nasal de Linda (Hatfield, 1992). Enfim, a cobertura se deu não apenas na imprensa ufológica mas em geral.

Num breve artigo de 1992, antecedendo sua apresentação no simpósio do Mufon, ele escreveu: “Apresentarei o que acredito ser o mais importante caso jamais encontrado para estabelecer a realidade objetiva das abduções de ufos” (Hopkins, 1992, p. 20). Durante sua palestra no simpósio ele afirmou: “Este é provavelmente o caso mais importante da minha vida” (gravação, julho de 1992).

Na sinopse enviada à Conferência de Estudos de Abduções, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts de junho de 1992, ele escreveu: “A importância deste caso é imensurável, uma vez que apóia fortemente tanto a realidade objetiva das abduções por ufos, quanto a precisão da hipnose regressiva empregada com esta abduzida”. Por causa do renome de Hopkins, e pela sua avaliação, este caso merece um exame cuidadoso de nossa parte.

O Envolvimento do Autor

Os dois primeiros autores souberam do caso antes que Hopkins tivesse falado publicamente sobre ele, e decidiram monitorar a sua evolução. Eles regularmente informaram o terceiro autor enquanto as investigações progrediam. Quando o caso se tornou público, todos os três se preocuparam sobre os efeitos a longo prazo na pesquisa sobre abduções.

Por vários anos Richard Butler compareceu às reuniões informais de Hopkins organizadas por abduzidos e pesquisadores. Lá, Butler familiarizou-se com o caso e convidou Stefula para uma reunião no começo de outubro de 1991, quando Hopkins explicou o caso e posteriormente Stefula teve uma oportunidade de bater papo com Linda sobre a experiência. Butler e Stefula deram a Linda os números dos respectivos telefones dizendo que se ela necessitasse de qualquer assistência, que os contatasse.

Stefula disse ainda que tinha numerosos contatos com autoridades, o que podia ser de ajuda a Linda. A mesma informação foi fornecida a Hopkins.

Em 28 de janeiro de 1992, Linda marcou uma reunião com Richard Butler, e em 1o de fevereiro de 1992, Linda, Stefula e Butler encontraram-se em Nova York, e Linda deu detalhes adicionais sobre a sua experiência (descrita mais adiante) mas pediu que Hopkins não fosse informado dessa discussão. Na convenção do Mufon em julho de 1992, em Albuquerque, Novo México, Hopkins e Linda subiram ao pódio e apresentaram o caso. Stefula compareceu à convenção, assistiu ao relato e perguntas perturbadoras surgiram.

Algumas declarações eram contraditórias com o que Linda tinha dito anteriormente a Stefula e Butler. Contatamos Hopkins numa tentativa de resolver esse assunto, mas ele não quis se encontrar conosco dizendo que não queria discutir o caso antes que o manuscrito do seu livro fosse apresentado. Apesar da relutância inicial, uma reunião acabou sendo realizada em 3 de outubro de 1992 na casa de Hopkins, quando, então, mais alguns detalhes emergiram.

Sumário do Caso

Para poder compilar este sumário dos alegados eventos, baseamo-nos nas declarações de Hopkins e Linda no pódio do simpósio do Mufon de 1992, em nossas entrevistas com Linda, na palestra de Hopkins na conferência sobre ufos em Portsmouth, New Hampshire, 13 de setembro de 1992, e nos dois artigos de cinco páginas de Hopkins publicados no Mufon Ufo Journal em setembro e dezembro.

Em abril de 1989 Hopkins recebeu uma carta de Linda Napolitano, que morava em New York City. Linda escreveu dizendo que tinha começado a ler o seu livro “Intruders” e lembrou-se de que há 13 anos tinha percebido um inchaço no nariz. Examinada por um médico, este teimou que ela tinha feito uma cirurgia nasal. Linda replicou que nunca tinha feito tal cirurgia, e até perguntou à mãe, que confirmou isso.

Hopkins interessou-se pelo caso porque havia uma possibilidade de evidência médica e porque Linda morava relativamente perto dele, o que facilitaria seus encontros. Linda visitou Hopkins e discutiu com ele suas experiências passadas. Ela se lembrou de alguns eventos pertinentes em sua vida, mas acreditava que não estava mais envolvida com qualquer fenômeno de abdução. Linda, então, começou a frequentar as reuniões do grupo de apoio de Hopkins a abduzidos.

Em 30 de novembro de 1989, Linda chamou Hopkins e relatou que tinha sido abduzida nas primeiras horas da manhã daquele dia, e deu alguns detalhes. Alguns dias depois foi submetida a hipnose regressiva e lembrou-se que tinha flutuado janela afora do seu apartamento no 12o andar e subido num raio de luz branco-azulada para dentro de uma nave que pairava sobre o edifício.

Richard e Dan

Mais de um ano depois (fevereiro de 1991), Hopkins recebeu uma carta assinada só com os nomes Richard e Dan (não temos nenhuma evidência física que “Richard” e “Dan” realmente existem; para não sobrecarregar o leitor, omitiremos a palavra “suposto” ao mencioná-los).

A carta afirmava que os dois eram policiais que estavam num carro embaixo de um viaduto na FDR Drive entre 3 e 3 e meia da manhã no final de novembro de 1989. Sobre um alto edifício de apartamentos eles viram um grande objeto brilhante de cor laranja-avermelhado com luzes verdes ao redor da borda. E viram uma mulher e várias figuras estranhas saírem flutuando por uma janela e subir na direção do objeto. Richard e Dan disseram que tinham encontrado o nome de Hopkins e resolveram escrever a ele.

E continuando disseram que estavam extremamente preocupados com o bem estar da mulher, queriam localizá-la , falar com ela e se assegurarem que ela estava viva e em segurança. Também mencionaram que podiam identificar o edifício e a janela pela qual ela saiu.

Ao receber a carta, Hopkins imediatamente chamou Linda e disse-lhe que ela deveria esperar uma visita dos dois policiais. Alguns dias depois, Linda telefonou a Hopkins para dizer que tinha sido visitada por Richard e Dan. Quando bateram à sua porta e se apresentaram como oficiais de polícia ela não ficou muito surpresa porque a polícia vinha frequentemente ao seu edifício procurando testemunhas de crimes.

Mesmo avisada por Hopkins ela não esperava que Richard e Dan realmente aparecessem. Quando eles chegaram e entraram no seu apartamento mostraram visíveis sinais de alívio por ela estar viva. Entretanto, Richard e Dan não estavam muito inclinados a se encontrar ou falar com Hopkins, a despeito do fato de já terem escrito a ele e apesar da solicitação de Linda para que fizessem isso. Richard, então, perguntou a Linda se estaria bem se eles escrevessem um depoimento e o gravassem numa fita.

Ela concordou e duas semanas depois Hopkins recebeu uma gravação em fita de Richard descrevendo a experiência.

Algum tempo depois, Hopkins recebeu uma carta de Dan com um pouco mais de informações. A carta dizia que Richard tinha tirado uma licença porque o contato imediato tinha sido emocionalmente muito traumático.

Dan também mencionou que Richard observava Linda secretamente (esta informação é da apresentação oral de Hopkins no simpósio do Mufon, em 1992, em Albuquerque. Na conferência de Portsmouth, New Hampshire, Hopkins disse que tinha recebido uma carta de Richard contando que Dan fora forçado a tirar licença. Não está claro se Hopkins trocou os nomes ou se os dois indivíduos tiraram licença).

Hopkins recebeu outra carta de Dan a qual dizia que ele e Richard não eram na verdade oficiais de polícia, mas oficiais de segurança que tinham acompanhado uma pessoa muito importante (VIP) a um heliporto de Manhattan quando ocorreu o avistamento. A carta dizia também que o carro deles tinha enguiçado e Richard o empurrara até debaixo do viaduto. Segundo Dan, o VIP também tinha testemunhado a abdução e tinha ficado histérico.

Os Sequestros

Linda disse que em abril de 1991 ela encontrou Richard na rua perto do seu apartamento. Foi convidada a entrar no carro que Dan estava dirigindo, mas recusou. Richard a agarrou e forçou-a, com alguma luta, a entrar no veículo. Ele dirigiu por 3 horas e meia, interrogando-a sobre os alienígenas e se ela trabalhava para o governo.

Linda foi obrigada a tirar os sapatos e teve os dedos do pé examinados para ver se ela era uma ET (disseram depois a ela que os alienígenas não têm dedos no pé). Ela também lembrou-se de outro carro envolvido no seqüestro e sob hipnose recordou a placa desse carro como também de parte da licença do carro no qual ela esteve. Hopkins disse que as licenças eram de certas “agências” (e não deu maiores detalhes).

No simpósio do Mufon, perguntaram a Linda se ela comunicou o sequestro à polícia, ao que ela respondeu que não pois o sequestro era legal porque se tratava de segurança nacional.

Em conversas com Butler no início de 1992, Linda manifestou preocupação com sua segurança pessoal. Foi marcada uma reunião com Stefula devido ao seu passado forense. Durante a tarde, até o anoitecer de 1o de fevereiro, os três se encontraram em Nova York, e Linda descreveu maiores detalhes do sequestro.

Ela contou que na manhã de 15 de outubro de 1991, Dan abordou-a na rua e empurrou-a para dentro de um Jaguar esporte vermelho. Linda carrega consigo um gravador e conseguiu disfarçadamente gravar alguns minutos do interrogatório a que Dan a submeteu, mas logo foi descoberta e Dan confiscou o gravador.

Dan dirigiu até uma casa na praia de Long Island. Lá ele mandou que Linda tirasse a roupa e vestisse uma camisola branca, similar àquela que ela usava na noite da abdução. Ele disse que queria fazer sexo com ela. Ela se recusou mas concordou em vestir a camisola sobre a roupa. Assim que fez isso, Dan caiu de joelhos e começou a falar incoerentemente algo sobre ela ser a “Dama das Areias”.

Ela saiu correndo da casa, mas Dan a agarrou na praia e dobrou seu braço para trás, colocando dois dedos na sua nuca, fazendo-a pensar que era uma arma. Ele a levou para dentro d´água e mergulhou sua cabeça duas vezes. Ele continuava enfurecido e delirava incoerentemente e quando ela teve a cabeça mergulhada dentro d´água pela terceira vez, pensou que não iria sair dessa.

Então, uma “força” atingiu Dan e derrubou-o de costas na praia. Ela começou a correr e ouviu um som de arma sendo engatilhada. Ao olhar para trás viu Dan tirando uma foto dela (Linda mencionou que fotos da praia acabaram sendo mandadas para Hopkins). Ela continuou a correr, mas Richard subitamente apareceu a seu lado como se saísse do nada. Ele fez com que ela parasse e a convenceu a voltar à casa de praia dizendo que iria controlar Dan, fazendo-o beber um Mickey Finn (bebida alcoólica com narcótico disfarçado).

Ela concordou e, uma vez na casa, Richard colocou Dan debaixo do chuveiro para tirar o lodo e areia da praia. Isto deu a Linda uma chance de pegar suas coisas; ela recuperou o gravador e descobriu uns papéis com o timbre da Central Intelligence Agency (CIA).

Numa rápida conversa em 3 de outubro de 1992, Hopkins disse a Hansen que Linda foi ter com ele logo que ela voltou para Manhattan depois do seqüestro. Ela estava desgrenhada, tinha areia nos cabelos e estava traumatizada com a experiência.

Mais Contados com Richard e Dan

Durante a reunião de 1o de fevereiro com Butler e Stefula, Linda relatou que havia encontrado com Richard do lado de fora de um banco em Manhattan em 21 de novembro de 1991. Ele falou sobre as deterioradas condições mentais de Dan. Na época de Natal, Linda recebeu um cartão e uma carta de três páginas de Dan (datada de 14/12/91). A carta tinha um selo e um carimbo das Nações Unidas (o edifício da ONU em Nova York tem um posto dos correios que qualquer um pode utilizar). Dan escrevia dizendo que estava numa instituição mental e era mantido sob sedativos.

Ele manifestava um forte interesse romântico em Linda e em algumas passagens sugeria que iria raptá-la, tirá-la do país e casar com ela; Linda pareceu alarmada com isso (ela deu uma cópia da carta a Stefula e Butler).

 

Linda ainda afirmou que em 15 e 16 de dezembro de 1991, um dos homens tinha tentado fazer contato com ela na South Street Seaport. Ele dirigia uma grande sedã negro com placas da Arábia Saudita nas Nações Unidas. Para evitá-lo, Linda entrou numa loja. No segundo dia uma coisa parecida aconteceu e ela ficou parada perto de um grupo de homens de negócios até ele ir embora..

O Terceiro Homem

Na reunião de 1o de fevereiro Linda mencionou que Hopkins tinha recebido uma carta do “terceiro homem” (o VIP), e foi capaz de repetir literalmente sentenças inteiras da carta, que tratava do perigo ecológico ao planeta, e Linda revelou que os aliens estavam tentando acabar com a Guerra Fria. A carta terminava com uma advertência a Hopkins para que ele parasse de procurar o “terceiro homem” porque isso poderia causar danos à paz mundial.

Linda também relatou mais alguns detalhes da sua abdução em novembro de 1989. Ela disse que os homens no carro sentiram uma forte vibração no momento do avistamento. Disse também que numa posterior regressão hipnótica lembrou-se de ter estado na praia com Dan, Richard e o terceiro homem e pensou que, de algum modo, ela estava sendo usada pelos aliens para controlá-los.

Ela se comunicou com os homens telepaticamente e disse ter sentido que conhecia Richard antes da abdução, sugerindo que possivelmente eles dois tivessem sido abduzidos juntos anteriormente. Nós também ficamos sabendo que o terceiro homem era, na verdade, Javier Perez de Cuellar, então Secretário Geral das Nações Unidas. Linda alegou que os carros usados no seu seqüestro tinham sido identificados como pertencentes a várias missões estrangeiras nas Nações Unidas.

Na conferência de Portsmouth, New Hampshire, Hopkins falou sobre o terceiro homem, dizendo: “Estou fazendo o que posso para mexer com os brios dessa pessoa e fazê-la se apresentar”.

A Testemunha da Ponte do Brooklyn

No verão de 1991, um ano e meio depois da abdução, Hopkins recebeu uma carta de uma mulher, uma telefonista aposentada de Putnam County, New York (Hopkins deu a ela o pseudônimo de Janet Kimble). Ele nem se deu ao trabalho de abrir a carta. Mas em novembro de 1991 recebeu outra carta dela, com o seguinte texto no envelope: “CONFIDENCIAL, ASSUNTO: PONTE DO BROOKLYN”.

Esse estranho envelope e o fato dela escrever duas cartas não pareceu levantar nenhuma suspeita em Hopkins. A mulher, viúva, de aproximadamente 60 anos, contava que vinha dirigindo na Ponte do Brooklyn às 3h16 da madrugada do dia 30 de novembro de 1989, quando o carro parou e as luzes se apagaram. Pairando sobre um edifício havia um objeto brilhante, cuja luz era tão forte que ela teve que proteger os olhos, embora estivesse a uma distância de 400m.

Mesmo assim, ela conseguiu ver quatro figuras em posição fetal emergindo de uma janela. As figuras se endireitaram simultaneamente e então se dirigiram para a nave, onde entraram. A sra. Kimble ficou bastante assustada com o evento e as pessoas nos carros atrás dela “corriam ao redor dos carros com as mãos na cabeça gritando de horror e incredulidade” (citado em Hopkins, 1992d, p. 7). Ela afirmou: “Nunca mais voltei a Nova York depois do que vi e nunca mais voltarei por nenhum motivo” (Hopkins, 1992d, p. 5).

Apesar do intenso medo e toda a comoção, ela teve a presença de espírito de remexer na bolsa, tirar o isqueiro, acendê-lo e olhar no relógio para saber a hora.

Hopkins entrevistou essa mulher pessoalmente e por telefone. Ela disse que pegou o nome dele numa livraria, telefonou para o número de informações em Manhattan e depois procurou o endereço na lista Manhattan White Pages. Disse também que ficou um pouco relutante em falar do incidente e que só tinha contado isso ao filho, filha, irmã e cunhado.

A Radiografia do Nariz

Em novembro de 1991, um médico, o qual Hopkins descreve como “intimamente ligado a Linda”, fez-lhe uma radiografia da cabeça porque ela sabia do implante no nariz e frequentemente falava do problema. A chapa não foi revelada imediatamente.

Alguns dias depois o médico a trouxe para Linda, mas muito nervoso, sem querer discutir o assunto. Linda levou a chapa para Hopkins, que a mostrou a um amigo neurocirurgião. Este ficou aturdido; um objeto claramente não natural podia ser visto na área nasal. Hopkins mostrou nas suas apresentações um slide dessa chapa, onde até um leigo pode ver o implante. O objeto tinha uma haste de ± 0,63 cm de comprimento trazendo nas duas pontas fios trançados.

Outros Aspectos Incomuns do Caso

No nosso encontro de 1o de fevereiro, Linda nos forneceu detalhes variados que talvez possam ser pertinentes. Ela nos disse que acreditava estar sob vigilância e descreveu uma van prateada estacionada perto do seu apartamento. Também contou que tinha sido cantora profissional de sucesso, mas que perdera a voz no chuveiro. Acrescentou que fora dada a entender que seu sangue era bastante incomum.

Um médico a informara que suas células vermelhas não morriam, rejuvenesciam. Ela se perguntava se isso era alguma influência alienígena; algum tempo depois tentou encontrar esse médico mas não conseguiu. Linda parecia agora acreditar que ela era parte alienígena ou de algum modo teria trabalhado com eles. E também nos disse que tinha um acordo com Budd Hopkins para dividir meio a meio os lucros de um livro sobre o caso.

Problemas Iniciais com o Caso

Há muitas perguntas óbvias, mas não respondidas que levantam dúvidas imediatas sobre a credibilidade do caso. O mais sério problema é o de que as três supostas testemunhas principais (Richard, Dan, e Perez de Cuellar) não terem sido entrevistadas cara a cara por Hopkins, embora um ano e meio houvesse decorrido após o primeiro contato com Hopkins e mais de três anos desde a abdução.

Richard e Dan supostamente encontraram com Linda e escreveram cartas a Hopkins. Linda tem uma foto de Dan. Richard e Dan se recusam a falar diretamente com Hopkins. Nenhuma evidência concreta confirma se Richard e Dan sequer existem.

Embora mostrassem extrema preocupação sobre o bem estar de Linda, os supostos “Dan” e “Richard” esperaram mais de um ano para estabelecer contato com ela e com Hopkins. Por quê? Mais ainda, eles fizeram contato com Hopkins antes de visitarem Linda. Aonde leva tudo isso? Afinal, eles sabiam onde ficava o apartamento de Linda, assim parece que eles não teriam tido nenhuma razão para contatar Hopkins.

Por que, então se preocupar com ele? A mulher na ponte disse que antes de falar com Hopkins ela discutiu o assunto apenas com filho, filha, irmã e cunhado. Por que ela não contatou outros pesquisadores de ufos? Por que só Hopkins?

Se existe algum relatório sobre isso e se ela realmente procurou outros, tais hipóteses poderiam ser verificadas? Foi feita alguma investigação sobre essa mulher, como falar com seus vizinhos, amigos, família ou nos empregos anteriores? Quais são seus antecedentes?

Teria tido ela alguma relação com Linda? Estas perguntas não foram feitas, portanto a credibilidade da única testemunha direta permanece duvidosa.

Dan passou um tempo numa instituição de doenças mentais. Richard sofria de extrema angústia emocional, o que o forçou a tirar licença do emprego. Assumindo que estes dois realmente existam, deve-se ter cuidado ao aceitar seus depoimentos (mesmo dados de boa fé).

A despeito dos problemas mentais, pelo menos um deles tinha permissão de guiar um carro com licença das Nações Unidas. Devemos acreditar que eles voltaram ao serviço ativo num posição importante (presumivelmente portando armas de fogo) e tiveram permissão para usar um carro oficial?

Quem era o médico que fez as radiografias? Soubemos apenas que essa pessoa era intimamente ligada a Linda. Por que não há um relatório formal disponível? Dada a natureza alarmante do resultado, por que não foi feito um exame imediatamente? Linda disse que o médico estava “nervoso” e não quis falar sobre a radiografia.

Não está claro se Hopkins tenha alguma vez encontrado com esse suposto médico. Em vez disso, Hopkins mostrou a chapa radiográfica a um seu amigo. Algumas pessoas especulam se Linda não pôs ela mesma um pequeno objeto no nariz e pediu a algum amigo técnico que radiografasse. Não vimos nenhuma evidência que excluísse essa possibilidade.

Linda alega que foi duas vezes raptada, quase afogada e mais tarde molestada.

No entanto, ela se recusa a chamar a polícia, mesmo com veemente recomendação de Hopkins. Durante a reunião de 1o de fevereiro de 1992 com Stefula e Butler, Linda perguntou se ela teria amparo legal no caso de atirar em Dan caso ele tentasse outra vez seqüestrá-la à força. Stefula foi contra e recomendou que ela desse queixa na polícia.

Ela não quis. Se ela tinha medo, por que o seu marido não contatou as autoridades? A razão mais plausível é que se fosse feito um relatório e a sua história fosse considerada falsa ela poderia estar sujeita a um processo criminal. Esta falha de Linda levanta uma enorme dúvida sobre a credibilidade.

Nossa Investigação

A despeito dos numerosos problemas delineados acima, acreditamos que vale a pena obter mais informações adicionais porque muitas pessoas nos têm feito muitas perguntas. Em 19 de setembro de 1992, Stefula, Butler, e Hansen foram a Nova York visitar o lugar da alegada abdução. Vimos que o conjunto onde Linda mora tem um grande pátio com guarita de vigilância 24 horas.

Perguntamos ao guarda e ao seu supervisor se eles tinham ouvido falar do ufo perto do prédio. Eles não sabiam de nada. Também perguntamos se a polícia costuma ir ao prédio e perguntar de apartamento em apartamento sobre testemunhas de crimes. Eles disseram que isso acontecia raramente. Telefonamos para o administrador do apartamento que disse não saber nada sobre o avistamento nem tinha ouvido nada dos 1600 residentes no conjunto.

Visitamos também o local sob a rodovia onde Richard e Dan supostamente pararam o carro. Do outro lado da rua era o armazém de carga do jornal New York Post. Um empregado nos contou que havia movimento lá quase a noite toda. Alguns dias depois telefonamos para o New York Post e falamos com a pessoa que tinha sido encarregada da carga em 1989.

Ele nos informou que a doca fica em uso até as 5 da manhã e que há muitos caminhões indo e vindo nessa hora da madrugada. Mas ele não sabia nada a respeito do ufo que teria aparecido a apenas dois quarteirões adiante.

Também em setembro, um colega nosso contatou o heliporto no pier Seis do East River de Manhattan. É o único heliporto do lado leste de Manhattan entre o apartamento de Linda e a ponta da ilha. Ele foi informado que o horário normal de operação do heliporto é das 7 às 19h00. O agente de operações pesquisou os registros verificando que não tinha havido movimentação de helicópteros em 30 de novembro de 1989 após o horário normal.

Também disseram a ele que cerca de 6 meses antes um homem de cabelos brancos, aparentando estar na faixa dos 50 anos fez perguntas similares às autoridades do heliporto. O homem fez perguntas a respeito de um ufo que teria caído no East River.

A Reunião de 3 de Outubro

Nessa data encontramos com Hopkins e seus colegas na sua residência em Manhattan. Entre os presentes estavam David Jacobs, Walter H. Andrus e Jerome Clark. Uma porção de perguntas foi levantada durante a reunião, e algumas das respostas de Hopkins revelaram bastante sobre suas investigações assim como as atitudes de Jacobs, Andrus, e Clark. As declarações de Linda também nos disseram muito.

Perguntamos a Hopkins se ele havia falado com os guardas do conjunto de apartamentos sobre o ufo. Pelo que ele falou, ele não conversou com os guardas. Isto é surpreendente considerando que o ufo era tão brilhante que a mulher na ponte teve que cobrir os olhos mesmo estando a 400 metros de distância dele. É óbvio que se imagine que Hopkins tivesse feito perguntas aos guardas considerando a natureza espetacular do evento.

Tínhamos anotado que Linda declarara ser a visita da polícia aos apartamentos uma coisa rotineira. Perguntamos a Hopkins se ele verificou isso com os guardas ou com o administrador. Ele disse que não tinha julgado necessário. Embora este seja um ponto menor, é um dos poucos com possibilidade de checagem das declarações de Linda, mas Hopkins não tentou confirmá-lo.

Perguntamos sobre as condições do tempo na noite da abdução. Espantosamente Hopkins nos disse que ele não sabia das condições climáticas naquela ocasião. Este foi, talvez, um dos momentos mais reveladores, pois mostra a capacidade de Hopkins como investigador. Se houvesse nevoeiro, chuva ou neve, a visibilidade teria sido grandemente dificultada e a confiabilidade dos testemunhos teria que ser avaliada segundo esses fatores. Até como procedimento primário, o Manual do Investigador de Campo do Mufon exige informação sobre condições do tempo (Fowler, 1983, p. 30).

Nós havíamos checado e sabíamos que as condições do tempo não impediam a visibilidade. Mas o fato de Hopkins aparentemente não ter se importado com informações tão básicas como estas foi esclarecedor. Ele alega ter muitas evidências que não revelou a terceiros; entretanto, considerando essas falhas na verificação de fatos tão rudimentares, não depositamos nenhuma fé em tais “evidências” ocultas.

Durante as discussões, os partidários de Hopkins fizeram alusões a outras figuras mundiais envolvidas nesse evento, mas não deram nomes. Eles, que recebiam informações a nós negadas, pareciam crer que tinha havido uma grande carreata acompanhando Perez de Cuellar e esses outros altos dignitários nas primeiras horas da manhã de 30 de novembro de 1989. Na reunião apresentamos um consultor externo que tinha servido por muitos anos em serviços de segurança a autoridades estrangeiras.

Ele descreveu os exaustivos planejamentos necessários para o deslocamento de tais autoridades e a intrincada coordenação durante o movimento. Muitas pessoas e redes de segurança seriam alertadas se houvesse quaisquer problemas como o motor de um carro que morre, ou qualquer demora em passar por um ponto de verificação de segurança.

Essa apresentação detalhada pareceu pegar Hopkins de surpresa. O consultor enumerou vários termos especiais usados pelos serviços de segurança e sugeriu que Hopkins perguntasse a Richard e Dan o significado de tais termos como um teste de credibilidade. Até onde sabemos, Hopkins não conseguiu contatar Richard e Dan sobre o assunto.

No início da reunião de 3 de outubro, o marido de Linda respondeu (em voz muito baixa) algumas perguntas. Parecia ter dificuldade com algumas delas e Linda falava para “lembrá-lo”. Ele saiu da reunião muito mais cedo, embora Linda estivesse sob considerável stress, e a despeito de ela pedir em voz alta e ser ouvida por todos para que ele ficasse a seu lado. A saída dele deixou muitas perguntas na nossa cabeça.

Linda também respondeu perguntas na reunião. Logo no início, Hansen perguntou ao marido de Linda se ele era nascido e criado nos Estados Unidos, ao que ele respondeu que tinha vindo a esse país quando tinha 17 anos. Linda prontamente exclamou que sabia por que Hansen tinha feito a pergunta. Numa conversa telefônica anterior entre Linda e Hansen, Linda tinha afirmado que seu marido era nascido e criado em Nova York. Ela reconheceu que tinha deliberadamente mentido a Hansen.

Mais tarde foi levantada a questão sobre o acordo financeiro entre Linda e Hopkins. Stefula afirmou que Linda havia lhe contado que ela e Hopkins tinham um acordo para dividir os lucros de um livro. Hopkins negou tal acordo e Linda, então, revelou que tinha deliberadamente plantado a desinformação.

Foram ouvidos os relatórios de dois psicólogos que concluíam que a inteligência de Linda estava situada na faixa “média”. Um deles alegou que Linda precisaria da mente de um Bobby Fischer para planejar e executar uma farsa assim e que ela não seria capaz de administrar uma operação tão complicada. Embora estas fossem opiniões supostamente profissionais, não nos foram fornecidos os nomes dos psicólogos.

Penelope Franklin também compareceu à reunião. Ela é uma colega chegada a Hopkins e editora do IF–The Bulletin of the Intruders Foundation. Hopkins nos tinha previamente escrito informando que Ms. Franklin era coinvestigadora no caso Napolitano. Durante um intervalo, Franklin afirmou a Hansen que Linda estava absolutamente justificada em mentir sobre o caso. Esta notável declaração foi testemunhada por Vincent Creevy, que estava entre Franklin e Hansen.

Essas afirmações de Franklin levantam questões muito complicadas especialmente considerando a sua proeminência dentro do círculo de colegas de Hopkins. Tais declarações parecem violar todas as normas da integridade científica. Podemos apenas nos perguntar se Linda foi aconselhada a mentir por Hopkins ou pelos colegas deste. Será que a outros abduzidos foram dados conselhos semelhantes? Que espécie de ambiente social e ético estão Hopkins e Franklin criando para abduzidos?

Não podemos deixar de perguntar a nós mesmos se Hopkins e Franklin acham apropriado para si próprios mentir sobre o caso. Eles devem à comunidade ufológica uma explicação sobre as declarações de Franklin. Se isso não acontecer não podemos aceitá-los mais como investigadores confiáveis.

A Reação de Hopkins à Nossa Investigação

Concluindo seu artigo no Mufon UFO Journal, Hopkins escreveu: “se os rumores são verdadeiros e há agentes de inteligência oficialmente sancionados dentro das várias redes investigatórias de ufos, essas pessoas serão também mobilizadas para subverter o caso por dentro, antes mesmo que suas totais dimensões sejam publicamente conhecidas” (Hopkins, 1992c, p. 16). Hopkins aparentemente leva esta idéia muito a sério. Depois que soube de nossa investigação, ele advertiu Butler que suspeitava que tanto Butler como Stefula fossem agentes do governo e que pretendia informar outros de suas suspeitas.

Poucas semanas depois do nosso encontro de 3 de outubro, ele disse às pessoas que suspeitava que Hansen fosse um agente da CIA. Este não foi um comentário informal feito com um amigo; na verdade, foi uma afirmação feita a uma mulher que ele não conhecia e que estava numa de suas palestras (ela era membro do Mufon em Nova Jersey que temia futuras repercussões se tivesse o nome mencionado — comunicado pessoal, 7 de novembro de 1992).

Uma Possível Base Literária Para Os Elementos Da História

Este é um caso bastante exótico, mesmo tratando-se de uma abdução por ufo. Agentes do governo estão envolvidos, o Secretário Geral das Nações Unidas é testemunha-chave, Linda foi seqüestrada em nome da segurança nacional, preocupação com a paz mundial foi manifestada, A CIA tenta desacreditar o caso. e os ETs ajudaram a acabar com a Guerra Fria.

A história é verdadeiramente maravilhosa, e poderia se perguntar qual a sua origem. Queremos atrair a atenção do leitor para a novela de ficção científica “Nighteyes” [Olhos da Noite], de Garfield Reeves-Stevens. Este trabalho foi publicado inicialmente em abril de 1989, alguns meses antes de Linda queixar-se de que tinha sido abduzida no seu apartamento.

As experiências relatadas por Linda parecem ser uma composição das vividas pelos dois personagens em “Nighteyes”: Sarah e Wendy. As semelhanças são impactantes; algumas estão listadas na Tabela 1. Nem nos incomodamos em incluir as similaridades comumente relatadas em abduções (p.ex., implantes, exames corporais, toques, sondas etc.). Os paralelos são suficientemente numerosos para nos levar a suspeitar de que a novela serviu de base para a história de Linda. Queremos enfatizar que as semelhanças são com os elementos discretos do caso e não com a história em si.

Tabela 1 – Similaridades Entre O Caso Linda Napolitano E A Novel De Ficção Científica “Nighteyes”

* Linda foi abduzida para dentro de um ufo que pairava sobre o alto edifício onde ela morava em Nova York.
– Sarah foi abduzida para dentro de um ufo que pairava sobre o alto edifício onde ela morava em Nova York.
* Dan e Richard inicialmente afirmaram que tinham estado numa “campana” [vigilância policial] e se envolveram numa abdução durante a madrugada.
– De madrugada, em “Nighteyes”, dois agentes do governo estavam de “campana” e se envolveram com uma abdução durante a madrugada.
* Linda foi raptada e atirada dentro de um carro por Richard e Dan.
– Wendy foi raptada e atirada dentro de uma van por Derek e Merril.
* Linda alegou que esteve sob vigilância de alguém dentro de uma van.
– Vans eram usadas para vigilância em “Nighteyes”.
* Dan é uma agente de segurança e da inteligência.
– Derek era um agente do FBI.
* Dan foi hospitalizado por trauma emocional.
– Um dos agente do governo em “Nighteyes” foi hospitalizado por trauma emocional.
* Durante o rapto Dan levou Linda para uma casa segura.
– Durante o rapto Derek levou Wendy para uma casa segura.
* A casa era na praia.
– Em “Nighteyes”, uma casa era na praia.
* Antes desse sequestro, Linda falou com Budd Hopkins sobre a abdução.
– Antes do sequestro, Wendy falou com Charles Edward Starr sobre a abdução.
* Budd Hopkins é um renomado pesquisador de abduções por ufos morando em Nova York e autor de livros sobre o assunto.
– Charles Edward Starr era um renomado pesquisador de abduções por ufos morando em Nova York e autor de livros sobre o assunto.
* Linda e Dan foram abduzidos ao mesmo tempo e se comunicaram durante o evento.
– Wendy e Derek foram abduzidos ao mesmo tempo e se comunicaram durante o evento.
* Linda achou que “conhecia” Richard anteriormente.
– Wendy “conhecia” Derek anteriormente.
* Dan expressou um interesse romântico em Linda.
– Derek envolveu-se romanticamente com Wendy.
* Dan e Richard sentiram fortes vibrações durante o avistamento.
– Durante o pouso do ufo em “Nighteyes” houve muita vibração.
* Fotos de Linda foram tiradas na praia e enviadas a Hopkins.
– Em “Nighteyes”, as fotos tiradas numa praia têm papel importante.

A Reação da Liderança Ufológica

Um dos aspectos mais curiosos da nossa investigação foi a reação de eminentes líderes da Ufologia. Na verdade, a longo prazo, isto pode se tornar a parte mais importante de todo o caso.

Depois do simpósio do Mufon em julho, Stefula teve várias conversas com Walter Andrus, Diretor Internacional do Mufon. Andrus lhe disse que o Mufon não tinha nenhum interesse em publicar qualquer crítica sobre este caso, embora eles tivessem publicado um artigo intitulado “The Abduction Case of the Century” (A Abdução do Século).

Esta é uma declaração surpreendente vinda de um líder de uma organização que pretende ser científica. As declarações de Andrus levantariam questionamentos sobre a veracidade das alegações de que o Mufon usa métodos objetivos, científicos.

Em 14 de setembro de 1992, Hopkins passou um fax a Butler de uma carta dizendo que, como membro há muito tempo do Mufon, ele estava emitindo uma “ordem” (palavra dele). Ele “ordenou” que Stefula e Butler parassem as investigações do caso. Achamos isso muito curioso e imaginamos como Hopkins, como membro do Mufon, podia acreditar que tinha poder para dar tal “ordem”.

Sua carta parecia refletir uma mentalidade mais de líder de seita do que de um investigador em busca da verdade.

Para a reunião de 3 de outubro, em Nova York, Hopkins mandou seu amigo íntimo Jerome Clark, de Minnesota. Sob a influência de Hopkins, Clark enfatizou com veemência que gente de fora parasse com as investigações, parecendo, desse modo, reforçar a prévia “ordem” de Hopkins (apesar de que o caso já tinha saído no Wall Street Journal, Omni, Paris Match e no programa de televisão “Inside Edition”).

Clark (1992a) mais tarde comprometeu sua posição ao escrever que este caso, de fato, poderia envolver um figurão da política mundial e ter conseqüências internacionais.

Andrus e Clark são, provadamente, as duas mais influentes figuras da Ufologia americana. Andrus é Diretor Internacional do Mutual UFO Network (Mufon), e organiza a maior conferência anual sobre ufos no país e escreve regularmente na revista mensal do Mufon.

Clark é colunista da revista “Fate” (Destino), editor do UFO Reporter Internacional, vice-presidente do J. Allen Hynek Center for UFO Studies, e autor de livros e até de uma enciclopédia sobre ufos. Devido à sua importância, suas declarações deveriam ser de interesse especial à comunidade pesquisadora de ufos.

Na reunião de 3 de outubro foram discutidos o seqüestro e a tentativa de assassinato de Linda. Informamos Hopkins e os outros participantes de que estávamos preparados para requerer formalmente uma investigação federal dos agentes governamentais responsáveis pelos alegados crimes. Hopkins, Andrus e Clark entraram literalmente em pânico com essa sugestão e vigorosamente se opuseram a ela. Só podíamos concluir que eles queriam suprimir as evidências de uma tentativa de homicídio. Ficamos imaginando por que seria.

Esta situação parecia tão ultrajante que alguns dias depois Hansen chamou Andrus, Clark, John Mack, e David Jacobs para perguntar-lhes se eles realmente acreditavam na história de Linda sobre seu sequestro e tentativa de homicídio. Todos disseram que acreditavam nela. Fomos forçados a considerar seriamente suas opiniões porque eles receberam informações secretas não reveladas a nós. Durante as conversas telefônicas Andrus e Clark mais uma vez se opuseram firmemente à requisição de uma investigação por autoridades legais.

Uma Perspectiva Psico-Social

O caso Napolitano faz emergir relevantes sintomas de profundos problemas dentro da Ufologia: figuras importantes da comunidade ufológica tentaram agressivamente evitar evidências de uma pretensa tentativa de homicídio; Hopkins falhou em obter e verificar até as mais básicas informações investigatórias; sua co-investigadora, Penelope Franklin, aceitou que a testemunha principal mentisse; e os líderes do setor voluntariamente aceitaram e promoveram o caso a despeito de suas características exóticas e falta de evidência de apoio.

Esse estado de coisas levanta perplexidades e clama por uma explicação plausível. A maneira de pensar e as motivações dos líderes da Ufologia merecem pelo menos tanta atenção quanto a que os abduzidos chamam para si.

Acreditam esses líderes, como disseram, que houve uma tentativa de homicídio? Caso afirmativo, parece que eles não agiram como cidadãos responsáveis.

Entretanto, essas pessoas não nos parecem ser fraudadoras. São pessoas distintas na sociedade. Não parecem ser capazes de perpetrar uma farsa tipo aquelas de “jornalismo marrom” com levantar de sobrancelhas e cutucadas com o cotovelo, atitude de quem quer capitalizar uma glória temporária ou uma vantagem financeira.

Acreditamos que outros conceitos e fatores motivacionais fornecem melhor explicação e uma moldura para o entendimento dessas ações aparentemente bizarras. Sugeriríamos que, talvez, em algum nível inconsciente, esses indivíduos não acreditem realmente que suas investigações ufológicas se encaixem totalmente no “mundo real”.

Ao contrário, seu comportamento e declarações parecem ter mais consistência com algo ligado a um papel numa peça de fantasia, talvez semelhante ao jogo “Dungeons and Dragons” (D & D). Tanto a Ufologia como esse jogo permitem envolvimento direto, imediato, com poderosos seres de “outro mundo” e motivos mitológicos.

Ambos empreendedores são conhecidos por dominar (possuir?) os participantes, embora só ocasionalmente em seu detrimento. A maioria dos “jogadores” é capaz de desapegar-se com sucesso de qualquer envolvimento, mas ocasionalmente o “jogo” se torna obsessivo e interfere com a busca do “mundo real”. Este “desempenhar um papel” conecta a imagens arquetípicas de grande poder psicológico. Os arquétipos podem tornar-se imensamente atraentes, até criando dependência nos que jogam.

As noções e imagens de figuras do poderoso “outro mundo” são parte da condição humana. Relatos assim são encontrados em todas as culturas no decorrer da História, sendo este um dos tradicionais domínios da religião. Mesmo os ateus e aqueles que negam a existência de tais seres, ainda têm que lutar em algum nível interior contra essas idéias, embora isso não seja reconhecido conscientemente pelo indivíduo.

No caso Napolitano, as figuras do “outro mundo” incluem não apenas os ETs aliens, mas também o panteon de agentes de uma conspiração governamental insondável e má determinada a impedir que a humanidade tome conhecimento dos ETs.

Intermediários entre os humanos de carne e osso e os poderosos mestres das místicas ordens superiores são onipresentes no domínio da religião. Anjos e demônios servem o bem e o mal. É aqui que vemos os invisíveis favoritos “Dan” e “Richard” e a misteriosa testemunha na ponte promovendo a causa da “Verdade”. Do mesmo modo, Hopkins discerne os investigadores céticos como agentes de um secular satã.

Assim, a interação de Hopkins e turma com esses jogadores é vista de conforme com as regras que historicamente controlam as interações entre homens e deuses. Humanos questionam e provocam a ação dos deuses quando estão em grande perigo. A abordagem adequada é apaziguar, abrandar e suplicar a essas “entidades”.

Não seria surpresa se os mais simples testes de veracidade da história de Linda Napolitano não tivessem sido feitos neste caso. A falha de Hopkins em não verificar as condições do tempo durante a abdução na realidade faz sentido no contexto desse raciocínio tipo culto. Assim como piolhos eram chamados de “pérolas do céu” pelos devotos religiosos medievais, as características desse evento-realidade físico na história de Linda são transmutados pelos que a apoiam.

Os papéis de sumo sacerdote e acólitos tornam-se óbvios apenas ao examinar-se o comportamento dos personagens Hopkins, Clark, Jacobs e Andrus. Estes machos brancos e em fase de envelhecimento referem-se com uma atitude de superioridade ao quociente intelectual “médio” de Linda, talvez para reassegurar a si mesmos que estão de fato no controle. Mesmo que a suma sacerdotisa tenha, com efeito, conseguido a cabeça divina (metaforicamente falando, é claro).

Há algumas diferenças entre o D& D e a busca ufológica. D & D tem regras mais restritivas e estruturadas. As fronteiras do comportamento adequado são claramente definidas. A Ufologia é mais “desestruturada”, há menos “regras” sobre o que é e o que não é possível, e os poderes das figuras do “outro mundo” são quase ilimitados. Esta relativa falta de estrutura faz o jogo dos ufos de certa forma mais “perigoso”. De maneira a abranger o fenômeno, os paradigmas adotados por muitos ufólogos “concretizaram” (i.e., estruturaram) os seres como ETs humanóides.

Ao desempenhar um papel na fantasia, as regras não são questionadas; são aceitas pelos jogadores desde o começo. Como no caso de Linda, a evidência básica não é para ser questionada. Andrus, Clark e Hopkins demandaram que os de fora parassem com a investigação (a despeito da enorme publicidade do caso). Este desafiar das “regras” leva à fragmentação do “jogo”, e os mestres precisam manter a ordem.

O confronto direto do “papel fantasia” com o “mundo-real” (i.e., alegações de tentativa de homicídio, verificação de detalhes dos testemunhos), normalmente não causam problemas, exceto quando os jogadores não agem de acordo com os consequentes interesses do “mundo-real”. Hopkins, Andrus, Clark, Mack e Jacobs parecem ter aceitado um sistema de crenças que levaram a uma colisão com o “mundo-real”. Eles foram incapazes de defender racionalmente seu comportamento, e o artigo “Torquemada”, de Jerome Clark (1992a), é talvez o único e melhor exemplo disso.

De fato, seu ataques emocionais a Hansen, rotulando-o de “Torquemada” (diretor da Inquisição Espanhola) ressuscita e reforça temas religiosos e, quem sabe, denuncie sentimentos inconscientes de perseguição religiosa.

O discutido acima deriva de uma perspectiva psico-social, e gostaríamos de encorajar os pesquisadores americanos a tornar mais familiares as ideias geradas a partir daquela abordagem. Admitimos que os teóricos psico-sociais falharam em recorrer a muitos aspectos da experiência de abdução em geral.

O uso exclusivo dessa perspectiva pode levar a colocações simplistas e explicações cientificamente estéreis. Por outro lado, os que evitam a perspectiva psico-social falham em reconhecer o poder explanatório que ela possui e sua habilidade de esclarecer os riscos enfrentados pelos investigadores. Os que quiserem mais informação sobre a perspectiva psico-social devem ler o livro “Angels and Aliens” (Anjos e Alienígenas), de Keith Thompson (1991) e a revista inglesa “Magonia”; isso sem falar nas obras de John Keel, também recomendadas.

Não estamos denegrindo a Ufologia com essas comparações feitas acima, nem estamos contestando a existência de entidades de “outros mundos”. Sem questionar se entidades ou ETs existem, as comparações são úteis e as conseqüências e os “insights” são aplicáveis. Uma análise comparativa não deve se limitar apenas a jogadores de D & D e ufólogos; comparações similares poderiam ser feitas por virtualmente qualquer um no “mundo real”. Elas podem ser de ajuda como advertência sobre tornarmo-nos complacentes demais ao acreditar em nossa própria “racionalidade”.

Discussão

O caso Napolitano parece cercado de uma esmagadora quantidade de problemas. Foi com alguns receios que embarcamos nesta investigação porque não queríamos ver a investigação de abduções por ufos desacreditadas. De fato, um de nós, Butler, tinha tido uma experiência de abdução ele próprio.

Julgamos que se não levantássemos esse tema para discussão pública, as abduções correriam um risco quanto à veracidade. É que o caso estava atraindo considerável atenção e isso poderia trazer más repercussões para o campo da Ufologia se fosse considerado falso.

Estávamos bastante despreparados para a reação que o nosso trabalho despertou nos líderes da Ufologia. Walter Andrus e Jerome Clark tentaram agressivamente dissuadir-nos de continuar a investigação e até o aquele momento não tinham publicado nada sobre o caso. Não sabíamos que tais atitudes beligerantes e tão anticientíficas prevaleciam nos mais altos níveis da Ufologia. Quando esses mesmos indivíduos tentaram suprimir evidências de uma alegada tentativa de homicídio, concluímos que suas crenças e suas ações eram incompatíveis com os fatos do “mundo real”.

Entretanto, não achamos que o rótulo de “iludidos” seja o caso para nós, e lembramos o leitor que esses indivíduos são apoiados por gente como o psiquiatra de Harvard, John Mack, e David Jacobs, professor de historia na Temple University.

A despeito de nosso desapontamento, nós apoiamos firmemente a pesquisa científica sobre o fenômeno de abdução e gostaríamos de chamar a atenção para estudos de alta qualidade nesse campo (p.ex. Ring & Rosing, 1990; Rodeghier, Goodpaster & Blatterbauer, 1992). Também acreditamos que o âmago da experiência de abdução não foi adequadamente explicado dentro dos moldes científicos normais. Recomendamos o trabalho de Hufford (1982) explorando temas similares.

O presente caso tem implicações significativas para acessar a verdadeira natureza do fenômeno da abdução. A idéia de que criaturas físicas extraterrestres reais estejam abduzindo pessoas tem sido destacada fortemente na literatura científica e na mídia. Jacobs externou esse ponto de vista no The New York Times (Hinds, 1992) e no Journal of UFO Studies [JUFOS] (Jacobs, 1992), sugerindo que os aliens estão visitando a Terra para obter esperma e óvulos humanos. No seu artigo no JUFOS, Jacobs fez ácidas críticas a Ring e Rosing, dizendo que eles ignoraram “casos de testemunhas que viram pessoas sendo abduzidas, isso quando não eram elas as abduzidas” (p. 162).

Surpreendentemente, Jacobs não fez nenhuma citação de qualquer destes casos. Hansen escreveu a Jacobs pedindo que fossem feitas tais citações, mas não recebeu resposta. O artigo de Jacobs era pródigo em elogios ao trabalho de Hopkins por isso suspeitamos que ele tinha em mente o caso Napolitano quando o escreveu. Gostaríamos de lembrar ao leitor que foi Hopkins (1992a) quem escreveu o seguinte: “A importância deste caso é virtualmente imensurável, uma vez que ele autentica tanto a realidade objetiva das abduções por ufos quanto a precisão da hipnose regressiva”.

Por estar esse argumento de “realidade objetiva das abduções por ufos” fortemente amarrado ao trabalho de Hopkins, nossas conclusões questionam inteiramente essa perspectiva teórica.

Segundo nosso entendimento, farsas conscientes são raras no campo da abdução. A grande maioria daqueles que afirmam ter sido abduzidos viveu alguma espécie de intensa experiência pessoal, qualquer que tenha sido a causa definitiva. Não obstante, fraudes e farsas há muito tempo são problemas na Ufologia, especialmente nos casos de grande visibilidade pública. E isto continuará.

Os pesquisadores precisam estar mais abertos para a possibilidade das farsas sem ser cegos aos fenômenos genuínos. Este é um equilíbrio difícil de manter.

Alguns imaginaram os possíveis motivos nesse caso; mas é impossível chegar a saber tudo sobre isso. Talvez Linda realmente tenha tido algum tipo de abdução (Butler acha que provavelmente foi assim).

Quando ela conheceu Hopkins e outros abduzidos, ela pode ter desejado defendê-los para salvá-los do ridículo e do menosprezo. Talvez o dinheiro tenha sido a única motivação. Possivelmente houve uma combinação de fatores. Parece que, se foi uma farsa, não foi perpetrada por um só indivíduo.

Pode ter havido colaboradores como a mulher na ponte, um radiologista e um homem (ou homens) preparando as gravações. Entretanto, queremos enfatizar que não temos nenhuma evidência direta para implicar Hopkins numa tentativa de fraude.

Os céticos podem criticar Hopkins dizendo que ele ignorou problemas óbvios porque estava motivado pelo dinheiro que ganharia com livros e direitos de filmagem. Mesmo que isso seja inconsciente, os críticos raramente reconhecerão que Hopkins nunca cobrou nada pelos seus serviços dos abduzidos (ao contrário de alguns “profissionais”). Hopkins gastou uma enorme quantidade do seu próprio tempo e dinheiro investigando o fenômeno. Mais ainda, ele não tem um emprego acadêmico subsidiado pelos contribuintes.

Não se deve invejá-lo pelos lucros obtidos com seus livros. Hopkins tem estado envolvido em consideráveis controvérsias e alguns contestaram seus métodos. Entretanto, ele fez bastante para chamar a atenção dos cientistas e comunidade da saúde mental, e seus esforços resultaram em que hoje é muito mais aceitável discutir esses estranhos contatos. Abduções são, com freqüência, emocionalmente traumáticas e os abduzidos necessitam de muito apoio. Hopkins sempre tentou dar a máxima ajuda possível.

O crítico que está de fora, não diretamente envolvido em tais atividades, quase nunca reconhece o quanto é difícil servir como terapeuta e como cientista. Os que tentam ajudar emocionalmente os abduzidos precisam dar acolhida, aceitação e confiança. O cientista, porém, precisa ser critico, mas também aberto e, de algum modo, desapegado e analítico.

As duas funções não são compatíveis em conjunto. Não podemos realisticamente esperar que um indivíduo seja 100% efetivo em ambos os papéis. Pelo esforço que é feito, os que tentam ajudar estão sujeitos à decepção.

Apêndice

Nota sobre as comunicações Hansen-Clark

Um dos aspectos mais divertidos deste caso foi o das cartas de Hansen (1992a, 1992b) e Clark (1992a, 1992b) que circularam amplamente e foram colocadas em BBSs. Incentivamos os interessados a obterem cópias.

A mais recente de Clark (1992b) merece um comentário.

Ele agora diz que não acredita nas afirmações de Linda sobre a abdução e tentativa de assassinato por parte dos agentes do governo. Entretanto, na conversa telefônica de 6 de outubro de 1992 ele disse a Hansen que acreditava. Hansen não gravou a conversa, mas quer fazer uma declaração juramentada sobre isso. Hansen também falou com Marcello Truzzi que, por sua vez, tinha falado com Clark quase ao mesmo tempo.

Truzzi entendeu que Clark acreditava na sinceridade de Linda e achava que ela estava dizendo a verdade da melhor maneira que podia.

Resumo dos Principais Pontos:

1. No simpósio do Mufon de 1992, Linda Napolitano falou para centenas de pessoas que tinha sido sequestrada por agentes do governo.

2. Clark disse a Hansen e Truzzi que aceitava a história de Linda (i.e., que ela estava contando a verdade da melhor maneira que podia).

3. Hopkins afirma ter evidência suficiente para identificar os culpados.

4. Hopkins mandou Clark para Nova York, após o que Clark agressivamente se meteu em tudo e se opôs obstinadamente em continuar uma investigação por fora e denunciar os alegados crimes às autoridades.

Ele defendeu esta posição escrevendo que “se esta história é verdade, não se trata apenas de um caso de ufo, mas de um evento ‘politicamente sensível’ porque supostamente envolve uma figura política de estatura internacional…e esmurrar as portas erradas poderia alertar a agência em questão de que dois de seus agentes estão deixando vazar um enorme segredo”. (Clark, 1992a, p. 1).

Deixaremos o leitor decidir se a posição inicial de Clark foi compatível com as considerações no “mundo real”.

Ficamos satisfeitos com o fato de Clark tenha dedicado tempo para comentar em profundidade esses assuntos no seu estilo típico de comentários desapaixonados. Avisamos o leitor que ele talvez esteja bastante desconcertado por ter feito aquela declaração no ponto 4 e queira esquecer isso. De qualquer modo, ficamos contentes, pois parece que ele fez uma catarse.

Vista aérea do local onde o caso ocorreu.

 

Vista da Ponte do Brooklin, do local onde a abdução ocorreu.

 

Fotografia do prédio onde mora Linda Cortile Napolitano.

 

Desenho feito por uma testemunha, presente na Ponte do Brooklin, no momento da abdução.

 

Desenho feito por uma testemunha, presente na Ponte do Brooklin, no momento da abdução.

 

Desenho feito por uma testemunha, presente na Ponte do Brooklin, no momento da abdução [Ampliação].
Desenho feito por uma testemunha, presente na Ponte do Brooklin, no momento da abdução.

 

Fotografia do prédio onde mora Linda Cortile Napolitano.

 

Fotografia do prédio onde mora Linda Cortile Napolitano.

 

Vista da Ponte do Brooklin, do local onde a abdução ocorreu.

 

Vista da Ponte do Brooklin, do local onde a abdução ocorreu.

 

Desenho do UFO que abduziu Linda Cortile Napolitano.

 

Representação do momento da abdução.

 

Fotograma de reportagem de televisão, onde supostamente Dan teria aparecido.

 

Mapa da região com a indicação da posição das testemunhas.

 

Radiografia da cabeça de Linda Cortile. O Raio-X detectou um elemento sólido preso à cavidade nasal da abduzida.

 

Referências:


 

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