Contatos Ufológicos na Missão Apollo 11

Por: Jackson Camargo Comentários: 0

A Apollo 11 foi a primeira missão espacial tripulada a pousar na superfície da Lua. E durante essa importante missão, objetos espaciais não identificados fizeram-se presentes, acompanhando cada passo da missão.


Neste artigo:


Introdução

Em 20 de julho de 1969, um pequeno aparelho desceu e pousou sobre a superfície lunar. Deste objeto, horas depois, saiu uma estranha figura que, de forma desajeitada, caminhou pelo ambiente poeirento e monótono de nosso satélite natural.

Este foi o resultado direto do esforço conjunto de milhares de pessoas, unidas pelo ideal de tocar a face da nossa bela companheira celeste. E este é, até hoje, o maior feito já realizado pelo Homem.

O impacto dessa aventura repercute até nossos dias, pois hoje, ainda usufruímos dos vários avanços tecnológicos impulsionados por ela.

À época, pessoas do mundo inteiro acompanharam atentas, via televisão ou rádio, cada passo da missão. E embora tenham surgidos alguns questionamentos e certo ceticismo de alguns leigos, esta missão gerou farto conhecimento e muito material para estudos científicos.

No campo ufológico não foi diferente, pois a Apollo 11 é tida como uma das missões mais envolvidas com incidentes ufológicos no espaço. Aliás, esta missão foi o elemento catalisador da investigação aqui apresentada. Foi buscando confirmar as fotos de UFOs que teriam sido registradas durante esta missão que este autor deparou-se com o acervo de fotos do Lunar and Planetary Institute, e depois de uma busca detalhada neste vasto banco de imagens escreveu detalhado artigo na revista UFO brasileira, em sua edição 107, de fevereiro de 2005. Hoje, de posse de acervos e informações mais dinâmicas e detalhadas, pudemos aprofundar mais estes estudos, desvendando alguns mistérios, desfazendo alguns erros e encontrando fatos até então desconhecidos.

Esta é uma das alegrias proporcionadas pela investigação: o prazer da descoberta, que se consolida a cada novo dado, a cada nova informação. Foi assim nesta investigação e provavelmente foi assim naqueles dias repletos de trabalho, estudo, investigação, aventura e ousadia.

A investigação dos fatos ufológicos relacionados à Apollo 11 revelou dados interessantes. Algumas alegadas fotografias de UFOs, atribuídas aos astronautas desta missão, mostraram-se erros de interpretação ou um mesmo um registro obtido ao longo de outras missões Apollo. Além disso, constatamos algumas intervenções pontuais (leia-se: acobertamento) da NASA nos materiais disponibilizados por ela.

A primeira fase de nossa investigação, que começou em agosto de 2004, visava encontrar duas imagens até então atribuídas aos astronautas da Apollo 11, oficialmente identificadas como AS11-36-5319 e AS16-120-19238. Nosso objetivo inicial era encontrar imagens em boa resolução para ilustrar um artigo que estava em desenvolvimento para publicação no site que mantínhamos na época5.

Neste momento, ficamos surpresos ao nos depararmos com o acervo de fotos de todo o programa Apollo, disponível no site do Lunar and Planetary Institute (LPI). Ficamos ainda mais surpresos ao descobrir que o referido site era ligado à NASA e disponibilizava as fotografias que circulavam no meio ufológico e aparentemente, sem retoque algum, pois os UFOs estavam todos lá!

Isso nos intrigou, pois colocava em cheque as alegações de que a NASA adulterava as imagens, ocultando seus registros ufológicos. Empolgados, analisamos uma a uma todas as mais de 25 mil imagens disponíveis naquele acervo, descobrindo outras fotografias igualmente interessantes.

As melhores fotografias, incluindo a já citada AS11-36-5319, foram publicadas em nosso site e no já citado artigo Intrusos na Lua, publicado em fevereiro de 2005, na revista UFO. Anos depois, ao buscar novamente a referida imagem no site do LPI, descobrimos que ela havia sido deliberadamente adulterada, pois o misterioso objeto visível na fotografia havia sido apagado! Ao buscar a mesma fotografia em outro site ligado à NASA, percebemos que esta também estava adulterada. Para nossa sorte, nos sites ToTheMoon e do Flickr do Apollo Archive podemos ainda encontrar fotografia original, sem adulterações, pois ela, assim como as demais foi escaneada diretamente dos negativos originais.

 

Estranho objeto luminoso, fotografado pelos astronautas da Apollo 11. Esta fotografia encontra-se adulterada nos sites da NASA e do Lunar an Planetary Institute.

 

Em busca de respostas, nos deparamos com a explicação oficial da NASA, que alega que objeto registrado nesta imagem seria um detrito gerado pela separação entre a Apollo 11 e o último estágio do foguete Saturno V. Mas, analisando os fatos a partir dos dados fornecidos pela própria Agência Espacial, percebe-se que esta explicação não se sustenta e a própria imagem desmente esta versão. A separação citada ocorreu logo após a saída da órbita terrestre. A fotografia foi obtida bem depois dessa manobra, quando a distância entre a cápsula e nosso planeta era bem maior. Sabendo-se que as fagulhas geradas pelos retrofoguetes da Apollo são de curta duração, seria impossível que tal objeto registrado na fotografia tivesse esta origem.

Ao longo da investigação, encontramos outras imagens registrando objetos espaciais não identificados, documentados durante a histórica missão. Uma delas é particularmente interessante e foi obtida durante a rota de injeção translunar. Ela está identificada como AS11-36-5317 e foi obtida mais ou menos no mesmo horário da fotografia clássica citada há pouco. Nela observa-se um objeto avermelhado, de formato cilíndrico, a certa distância, mas ainda assim dentro do alcance visual da câmera.

Em 2005, o piloto do Módulo Lunar, Edwin Aldrin, prestou declarações públicas a respeito do fato.

Na Apollo 11, em rota para a Lua, eu observei uma luz fora da janela que aparentemente se moveu lado a lado conosco. Existem muitas possíveis explicações do que poderia ser. Uma nave de outro país ou de outro planeta. Ou poderia ser o foguete do qual nos separamos, ou os quatro painéis que foram tirados quando nós extraímos o módulo de dentro do adaptador e ficamos nariz com nariz das duas espaçonaves. Então, nas proximidades estavam os quatro painéis se afastando. E me eu senti absolutamente convencido que nós estávamos olhando para o Sol refletido em um destes painéis. O que era? Eu não sei. Então, a melhor definição seria ‘não identificado’ ”.

 

Em uma entrevista posterior para o programa First on the Moon, exibido no Discovery Channel, Aldrin forneceu maiores detalhes sobre o evento:

Havia algo lá fora que estava próximo o bastante para ser observado e o que poderia ser? Myke achou que poderia vê-lo pelo telescópio e ele era capaz disso. De uma posição, parecia ser uma série de elipses, mas não parecia ter uma forma definida. Às vezes parecia um “L”. Isso não nos dizia muito. É óbvio que nós três não iríamos gritar ‘Aí, Houston, tem algo se movendo ao nosso lado. Não sabemos o que é. Podem nos dizer o que é?’. Não faríamos isso, pois sabíamos que estas transmissões seriam ouvidas por outras pessoas. Alguém podia pensar que voltamos por causa de aliens ou outro motivo. Então não fizemos isso. Mas decidimos apenas perguntar cautelosamente a Houston onde… a que distância estava o S-IVB. E alguns segundos depois eles responderam e disseram que estava a uns 11.000 quilômetros por causa da manobra. Não achávamos que estávamos mesmo olhando para algo tão distante. Então decidimos que depois de vê-lo era hora de dormir e que não falaríamos mais nisso até voltarmos e respirarmos fundo”.

Em busca de mais informações referentes à esta sequencia de eventos, consultamos os três documentos contendo as transcrições das comunicações desta missão. O relatório Apollo 11 Onboard Voice Transcription-Command Module, August 1969 contém transcrições das comunicações entre os astronautas e os técnicos em Houston. Nele encontramos o momento em que o comandante Neil Armstrong questiona ao Centro de Controle sobre a posição do último estágio do Saturno V e sua posterior resposta:

Neil Armstrong: Houston, Apollo 11.
Centro de Controle: Prossiga, Onze. Câmbio
Neil Armstrong: Você tem alguma idéia de onde o SIV-B está em relação à nós?
Centro de Controle: Aguarde.
Centro de Controle: Apollo 11, Houston. O S-IVB está a 6.000 milhas náuticas de vocês. Câmbio.
Neil Armstrong: Ok. Obrigado.

 

A análise deste trecho, presentes na página 190, do referido documento, levantou algumas dúvidas, pois Neil Armstrong contatou o Centro de Controle solicitando informações aproximadamente 60 horas e 45 minutos após o lançamento. Porém, percebe-se no documento a ausência de comunicações nos 18 minutos que antecederam ao diálogo transcrito. É impossível dizer se estas comunicações foram censuradas pela NASA ou se os próprios astronautas desligaram o sistema de registro de comunicações para debaterem o fato entre si. A julgar pelos outros registros, obtidos em outras missões, consideramos fortemente a hipótese de que os próprios astronautas teriam desligado os gravadores internos naquele momento.

Após este avistamento, se sucederam outros. Durante as primeiras checagens do Módulo Lunar, pouco antes da entrada na órbita da Lua, Neil Armstrong pegou a câmera e registrou Edwin Aldrin realizando verificações de rotina. Ele obteve outras duas fotografias, a partir das janelas do Módulo Lunar. E em uma delas, identificada como AS11-36-5395, podemos observar um objeto luminoso, de cor avermelhada, não muito distante da Apollo 11. Além desta luz vermelha observam-se outras duas luzes, de cor azulada, em aparente formação com a luz maior.

Após entrar na órbita lunar, e imediatamente antes de iniciar as operações de pouso, os astronautas registram um objeto luminoso em forma de disco, no espaço, não muito longe da Apollo 11. Este objeto luminoso aparece em duas imagens sequenciais, identificadas como AS11-37-5439 e AS11-37-5440. Após o pouso em solo lunar, Neil Armstrong assumiu a câmera e obteve a maioria das imagens obtidas durante as atividades na superfície. Entre as várias centenas de fotografias feitas na ocasião, em onze delas se observam estranhos objetos voadores. Algumas delas, pode-se dizer, são registros incontestáveis de UFOs, com tamanhos, cores e formatos variados, sozinhos ou mesmo em grupos.

A fotografia AS11-37-5456, por exemplo, foi feita de dentro do Módulo Lunar, logo após o pouso e antes da atividade extraveicular. Nesta imagem, podemos observar dois objetos esféricos acima da superfície. Outra fotografia feita na ocasião e identificada como AS11-40-5848, registra três luzes circulares com brilho azulado, pairando sobre a superfície lunar.

Neil Armstrong foi o primeiro homem a pisar a Lua. Ele operava a câmera fotográfica Hasselblad, para registrar em fotos as atividades realizadas na superfície lunar. Em uma sequencia de quatro fotografias, Armstrong documentou a saída de seu colega, Edwin Aldrin, do Módulo Lunar. Em uma destas fotografias, identificada pela NASA como AS11-40-5868, podemos observar Buzz Aldrin ainda nas escadas do módulo e ao fundo, sobre a superfície, um objeto alongado, de cor acinzentada. Mais tarde, Buzz Aldrin posou para uma foto que se tornou clássica no mundo inteiro. Do ponto de vista ufológico ela é muito interessante devido ao que se observa refletido no visor do capacete do astronauta. Nele observa-se a paisagem lunar, o Módulo Eagle pousado na Lua, alguns equipamentos instalados na superfície e acima, contra o fundo escuro do céu observa-se um objeto esférico luminoso. Naquele momento, o Sol estava posicionado à esquerda, acima do ombro do astronauta, eliminando a possibilidade de reflexo solar. Até hoje, a NASA nunca se pronunciou publicamente sobre o objeto registrado nesta imagem, identificada como AS11-40-5903.

 

Famosa foto do astronauta Edwin Aldrin, na superfície da Lua. Observa-se um objeto, esférico e luminoso, refletido no capacete.

 

 

Outras três fotografias, identificadas como AS11-40-5884, AS11-40-5888, AS11-40-5891 e AS11-40-5905, todas obtidas durante os trabalhos realizados na superfície lunar, mostram um ou mais objetos esféricos, de cor branca azulada, que aparentemente sobrevoavam o local de pouso da Apollo 11.

 

Dois objetos luminosos, de cor azulada, registrados sobre a superfície lunar.

 

Objeto voador, em forma de disco, sobre o local de pouso da Apollo 11.

 

Objeto voador luminoso avistado sobre o local de pouso da Apollo 11.

 

Objeto voador luminoso avistado sobre o local de pouso da Apollo 11.

 

Objeto voador luminoso avistado sobre o local de pouso da Apollo 11.

 

Uma das fotografias mais impressionantes, sem dúvidas, é a AS11-40-5938, feita por Armstrong, ainda durante as atividades na superfície. Nela observa-se um objeto idêntico à outro fotografado na Bélgica, em 15 de junho de 1990. Em ambos os casos temos um objeto triangular, com luzes em suas extremidades e uma em sua região central.

 

Objeto triangular, fotografado por Neil Armstrong, na superfície lunar. Tal objeto é muito semelhante à outros fotografados na Bélgica, no ano de 1990.

 

Já ao final da caminhada lunar, foram obtidas duas fotografias em sequencia, que são igualmente interessantes. Em ambas observa-se um conjunto de luzes multicoloridas sobre a superfície. Elas recebem a identificação AS11-40-5968 e AS11-40-5969. Em outra fotografia, obtida após a caminhada lunar e identificada como AS11-37-5515, observa-se um objeto luminoso, nas cores branca, vermelha e azul, acima da superfície da Lua.

 

Objeto multicolorido, fotografado acima da superfície lunar, pelos astronautas da Apollo 11.

 

Se na superfície da Lua, os astronautas Armstrong e Aldrin estavam acompanhados por UFOs de vários tamanhos, cores e formatos, em órbita o astronauta Michael Collins acompanhava tudo pelo rádio e informava ao Centro de Controle quaisquer situações anômalas. Em uma das comunicações, ele informou ter avistado um pequeno objeto branco, contra a superfície lunar:

Michael Collins: Houston, Columbia.
Centro de Controle: Columbia, aqui é Houston. Prossiga. Câmbio.
Michael Collins: Entendido. Nem sinal do Módulo Lunar até agora. Eu vi um pequeno e suspeito objeto branco, cujas coordenadas são…
Centro de Controle: Prossiga com as coordenadas do pequeno objeto branco.
Michael Collins: Fácil… Fácil… 0.3, 7.6, mas eu… Direito na extremidade sudoeste de uma cratera. Eu acho que eles saberiam se eles estavam em tal local. Está na parede sudoeste de uma pequena cratera.
Centro de Controle: Entendido. Copiamos Echo 0.3 e 7.6, e…

 

Esta transcrição consta na página 398, do documento Apollo 11 Onboard Voice Transcription-Command Module, August 1969. Como vimos, as imagens obtidas durante o voo da Apollo 11, bem como os próprios documentos da NASA confirmam que a Apollo 11 deparou-se com UFOs no espaço e na Lua. Também se confirma a realidade da política de acobertamento, promovida pela Agência Espacial Americana, frente a estes e outros fatos instigantes e misteriosos.

 

 

Objeto voador multicolorido, sobre a superfície da Lua.

 

Objeto voador multicolorido, sobre a superfície da Lua.

 

 

Astronautas da Apollo 11. Neil Armstrong (esquerda), MIchael Collins (centro) e Edwin Aldrin (direita).

 

Trecho do documento Apollo 11 Onboard Voice Transcription-Command Module, June 1969, contendo comunicações travadas durante avistamento ufológico.

 

Astronautas da Apollo 11. Neil Armstrong (esquerda), Michael Collins (centro) e Edwin Aldrin (direita).

 

Este estudo resultou na obra imperdível intitulada UFOs no Espaço e na Lua, de autoria de Jackson Luiz Camargo. O livro pode ser adquirido pelo Whatsapp/Telegram: (41) 98893-0383

 

 

Referências:


  1. CAMARGO, Jackson. Entre o Céu a Terra – Uma história de aventura, mistérios e UFOs. Curitiba: Clube de autores, 2018.
  2. CAMARGO, Jackson. UFOs no Espaço e na Lua. Curitiba: Coleção Biblioteca UFO, 2020.
  3. CAMARGO, Jackson Luiz. Intrusos na Lua. Revista UFO, Campo Grande, nº 107, p. 21-21, fevereiro 2005.
  4. Transcrição das comunicações – Jhonson Space Center
  5. Apollo 11 Onboard Voice Transcription-Command Module, August 1969
  6. Apollo 11 PAO Mission Commentary Transcript
  7. Apollo 11 Technical Air-to-Ground Voice Transcription

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