Contatos Ufológicos na Missão Apollo 8

Por: Jackson Camargo Comentários: 0

Fotos e documentos oficiais comprovam que nunca estivemos sós na exploração espacial.

A Apollo 8 foi a primeira missão tripulada terrestre a deixar a órbita da Terra. A bordo, estavam os astronautas Frank Borman, James Lovell e Willian Anders.

O lançamento da Apollo 8 foi programado para às 7 horas e 51 minutos de 21 de dezembro de 1968. Naquela manhã, pessoas do mundo inteiro voltaram suas atenções para o Centro Espacial Kennedy. Ali havia mais de 1.200 jornalistas do mundo inteiro, incluindo soviéticos, cobrindo ao vivo a missão desde seus momentos iniciais.

O lançamento ocorreu normalmente. Em poucos minutos a Apollo 8 entrou em uma órbita estacionária, a 185 Km acima da superfície da Terra, onde permaneceu por 2 horas e 38 minutos, até que fossem realizados os cálculos necessários para a entrada na Trajetória de Injeção Translunar. Nesse meio tempo, os astronautas checaram todos os sistemas da nave, para certificar-se de que ela estava em perfeitas condições para a travessia. Ao fim deste intervalo, o motor do terceiro estágio do Saturno V foi acionado por exatos 318 segundos, acelerando a nave, permitindo que ela vencesse a gravidade terrestre e se colocasse a caminho da Lua.

Os incidentes ufológicos documentados nos programas Mercury e Gemini levaram a NASA a adotar medidas cautelares visando manter um maior sigilo sobre estes incidentes. Uma dessas medidas foi a adoção de termos e códigos para se referir aos UFOs durante as missões espaciais. Os termos Fire (fogo) e Bogey foram muito utilizados ao longo do programa Apollo. Outro termo utilizado foi Santa Claus (o equivalente à Papai Noel, em português). Ao iniciar os procedimentos para a Trajetória de Injeção Transterrena, James Lovell declarou ao Controle em Terra:

“Por favor, saibam que Papai Noel existe!”

Esta frase se tornou clássica no meio ufológico, quando o engenheiro da NASA, Maurice Chatellain, revelou que esse era um dos termos usados pela NASA para se referir à avistamentos ufológicos no espaço. Chatellain era especialista em comunicação do Centro Espacial Johnson, em Houston, Texas. Ele, que era como uma espécie de treinador psicológico dos astronautas norte-americanos declarou:

“Os astronautas viram coisas que não podem comentar com ninguém fora da NASA. No entanto, todos os voos das missões Apollo e Gemini foram seguidos por espaçonaves de origem extraterrestre.”

Analisando os arquivos de fotos destas missões, bem como as transcrições de diálogos travados nos espaço, facilmente se confirma essa afirmação. Os sites do LPIToTheMoon, o Apollo Journal e a página do Apollo Archives, no Flickr, disponibilizam as imagens tomadas pela tripulação da Apollo 8. As transcrições das comunicações estão disponíveis no site do Johnson Space Center.

Com base nas informações que obtivemos a partir deste grande acervo, podemos dizer que o primeiro avistamento dos astronautas da Apollo 8 ocorreu logo após a entrada na trajetória translunar. Um documento intitulado Analysis of Apollo 8 – Photography and Visual Observations, elaborado pela NASA e publicado em 1969, apresenta estudos detalhados, tanto das informações fornecidas pelos astronautas quanto outras oriundas de equipes de apoio do programa, distribuídas em diferentes pontos do planeta. No capítulo três, deste estudo, abordam-se dados relativos às observações astronômicas na Terra e no espaço. Para apoio ao programa, a NASA recrutou observatórios e cientistas, de vários países que deveriam apontar seus telescópios à Lua monitorando tanto a cápsula espacial quanto nosso satélite natural e vários deles conseguiram observar e fotografar a nave à caminho da Lua, sob determinadas condições. No dia seguinte ao lançamento, o U. S. Naval Observatory, situado em Washington D.C., observou e fotografou não apenas a Apollo 8, mas também quatro outros objetos luminosos acompanhando a cápsula com os astronautas.

Em busca de mais informações sobre este caso, acessamos os três arquivos de transcrições das comunicações, disponíveis no site do Johnson Space Center. Curiosamente, o arquivo com as comunicações de bordo apresenta-se incompleto, faltando apenas as comunicações ocorridas precisamente no dia em que estes objetos foram observados próximos à Apollo. Estranhas coincidências…

O registro obtido pelo U.S. Naval Observatory ocorreu na noite de 21 para 22 de dezembro de 1968. Naquela mesma noite, uma equipe brasileira, que era integrante desta rede de monitoramento, observou e registrou brilhos intensos na região da cratera Aristarchus. As observações foram realizadas a partir do Observatório Nacional, do Rio de Janeiro (RJ). Outra equipe, sediada na Califórnia (EUA) observou um fenômeno semelhante na região da cratera Grimaldi.

De acordo com os trechos de comunicação disponíveis, estes registros não foram repassados aos astronautas. Entretanto, uma mensagem aparentemente codificada foi enviada aos tripulantes, aproximadamente 40 horas após o lançamento:

 

Centro de Controle: Frank, você provavelmente já foi informado disso, mas você foi ótimo na TV hoje… Entretanto, uma pequena informação de casa… Na área de El Lago vocês foram surpreendidos por Papai Noel… Ele veio com um motor flamejante quase ao mesmo tempo em que vocês vieram… Depois, a maioria dos bichinhos se afastaram…
Frank Borman: Isso é bom. Eu gostaria que pudéssemos ter essa lente trabalhando. Gostaria de compartilhar a visão aqui que temos da Terra.

 

Se Maurice Chatellain estiver certo ao dizer que o termo Papai Noel refere-se à UFOs registrados no espaço, então aqui temos mais um caso ufológico envolvendo esta missão.

Oficialmente os astronautas da Apollo 8 contavam com duas câmeras Hasselblad 70mm, uma câmera Maurer 16mm e uma câmera de televisão em preto e branco. Ao longo da missão foram obtidas no total 865 fotografias, que foram distribuídas em sete magazines. O Magazine A é composto por 78 fotografias que registram os momentos iniciais do voo, a trajetória translunar e a entrada na órbita da Lua. Nesta coleção de imagens existe uma em especial, identificada como AS08-16-2611, onde observa-se a superfície da Lua e acima dela três objetos luminosos de cor azulada destacando-se contra o fundo escuro do espaço.

Durante o período em que permaneceram em órbita da Lua, outros avistamentos ocorreram e alguns deles foram registrados pelos astronautas. O Magazine B, por exemplo, contém 152 imagens coloridas, registrando a superfície da Lua e nosso planeta. Em uma das fotografias desta coleção, identificada como AS08-14-2515, observa-se parte da superfície lunar, tendo nosso planeta ao fundo. Em contraste contra o escuro do espaço temos um pequeno objeto ovalado, com brilho avermelhado, posicionado a relativa distância da cápsula com os astronautas.

Após a última transmissão ao vivo, direto da órbita da Lua, ocorreu o famoso avistamento de Jim Lovell e com base nas transcrições das comunicações, agora podemos estabelecer a sequencia correta dos fatos.

Este avistamento começou 88 horas após o início da missão, quando os astronautas passavam sobre a região da cratera Copernicus:

 

Willian Anders: Existe algo estranho lá embaixo.
James Lovell Jr.: Seria uma fogueira?
Willian Anders: Poderia ser um acampamento…
James Lovell Jr.: Como isso se parece?
Willian Anders: Acho que você vai estar apto a ver isso em breve.
James Lovell Jr.: Bom… Vou colocar e esperar.

 

Pouco depois, os astronautas passam pelo lado oculto da Lua e as comunicações com a Terra são interrompidas. Assim que o contato foi restabelecido, James Lovell imediatamente declarou:

 

James Lovell: Por favor, saibam que Papai Noel existe!
Centro de Controle: Afirmativo!… Vocês são os mais aptos a afirmar isso.

 

A resposta do Centro de Controle soa como uma confirmação de que os astronautas teriam total credibilidade para relatar seus avistamentos à NASA. Os trechos que se seguiram ao diálogo acima envolvem conversas envolvendo dados de voo e não houveram quaisquer comentários mais descontraídos ou mesmo referindo-se à data festiva que se comemorava naquele período.

 

Objeto luminoso, de cor avermelhada, fotografada entre a Terra e a Lua, por astronautas da Apollo 8.

 

Objeto luminoso, de cor esverdeada, fotografada entre a Terra e a Lua, por astronautas da Apollo 8.

 

Objeto luminoso, de cor azulada, fotografada entre a Terra e a Lua, por astronautas da Apollo 8.

 

Trechos de documento oficial com transcrição das comunicações da Apollo 8, onde a NASA informa a presença de OVNIs (apelidados de bichinos).

 

Trechos de documento oficial com transcrição das comunicações da Apollo 8, onde a NASA contém a conversa travada durante a observação de fenômeno luminoso na superfície da Lua.

 

Astronautas da Apollo 8. Frank Borman (esquerda), Willian Anders (centro) e James Lovell (direita).

 

 

 

Este estudo resultou na obra imperdível intitulada UFOs no Espaço e na Lua, de autoria de Jackson Luiz Camargo. O livro pode ser adquirido pelo Whatsapp/Telegram: (41) 98893-0383

 

Referências:


  1. CAMARGO, Jackson. Entre o Céu a Terra – Uma história de aventura, mistérios e UFOs. Curitiba: Clube de autores, 2018.
  2. CAMARGO, Jackson. UFOs no Espaço e na Lua. Curitiba: Coleção Biblioteca UFO, 2020.
  3. CAMARGO, Jackson Luiz. Intrusos na Lua. Revista UFO, Campo Grande, nº 107, p. 21-21, fevereiro 2005.
  4. Transcrição das comunicações – Jhonson Space Center
  5. Apollo 8 Onboard Voice Transcription
  6. Apollo 8 PAO Mission Commentary Transcript
  7. Apollo 8 Technical Air-to-Ground Voice Transcription

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