
Disco voador pousou em Kilmany, Austrália e deixou vestígios físicos.
Em 30 de setembro de 1980, o fazendeiro George Blackwell, de White Acres, Victoria (Austrália), testemunhou um objeto em forma de cúpula emitindo luzes azuis e laranjas pousar próximo a um tanque de água — deixando um círculo marrom no solo, o tanque quase vazio, gado aterrorizado e um mistério nunca explicado.
Neste artigo:
Introdução
Na tranquila madrugada de 30 de setembro de 1980, a fazenda “White Acres”, localizada a cerca de 19 quilômetros a oeste de Sale, em Victoria, Austrália, tornou-se palco de um dos encontros mais intrigantes já investigados pela Sociedade Vitoriana de Pesquisa de OVNIs. O ajudante de estação George Blackwell dormia em sua casa quando foi abruptamente despertado pelo som de seu cavalo galopando em pânico, o mugido inquieto do gado e um estranho assobio vindo do pasto. O relógio marcava 1h da manhã. Curioso e apreensivo, ele correu até a varanda dos fundos, tentando identificar o motivo da agitação dos animais.
Ao subir no corrimão para ter uma visão melhor, Blackwell viu algo que jamais esqueceria: um objeto voando baixo, a cerca de 168 metros de distância, vindo do sudoeste. Flutuava a apenas 1,8 metro do solo, emitindo um zumbido agudo e luzes que alternavam entre o azul e o laranja. De início, pensou se tratar de uma aeronave em queda, mas logo percebeu que o objeto tinha formato de cúpula e se movia de maneira controlada, diferente de qualquer avião conhecido.

O local onde o OVNI desceu.
O objeto, com aproximadamente 3 metros de altura e 8 metros de comprimento, avançou suavemente sobre as cercas da fazenda e pousou a cerca de 400 metros da casa, próximo a um tanque de água de concreto. Determinado a investigar, Blackwell vestiu-se às pressas, subiu em sua motocicleta e seguiu em direção ao local. Quando se aproximou de um portão, desceu para abri-lo e, mesmo à distância, pôde ver claramente o objeto pousado. O som de assobio continuava constante, enquanto as luzes giravam lentamente ao redor da estrutura em forma de sino — laranja com uma cúpula branca no topo.
Durante cerca de dez minutos, ele observou o fenômeno em silêncio, até que o objeto começou a se elevar novamente. Montado em sua moto, Blackwell avançou em direção a ele. Quando chegou a cerca de 45 metros, o som tornou-se ensurdecedor, semelhante ao de um motor a jato em marcha ré. O calor emanava do objeto, e o farol da moto iluminou a parte inferior da nave, revelando uma borda circular parecida com o tubo de sustentação de um hovercraft. Essa borda retraiu-se à medida que o objeto ganhava altitude. Subitamente, o ruído diminuiu e pedras e esterco de vaca caíram do ar, como se tivessem sido sugados e liberados pela nave. O UFO então moveu-se lentamente para o leste, desaparecendo aos poucos no céu noturno. Ao retornar à casa, eram 1h50.

Ufólogos investigando o local do pouso,
As horas seguintes trouxeram sintomas estranhos: dores de cabeça fortes e persistentes, algo incomum para George Blackwell, além de cansaço e dificuldade para dormir. Ao amanhecer, ele e o proprietário da fazenda notaram algo ainda mais perturbador — o tanque de 10 mil galões de água, que ficava próximo ao local do pouso, estava quase vazio sem explicação aparente. No chão, havia uma marca circular marrom com cerca de nove metros de diâmetro, circundada por uma faixa de 35 centímetros de largura. No interior do círculo, seis marcas em forma de meia-raia apontavam para o centro, onde a vegetação permanecia verde. A grama e o trevo ao redor não estavam queimados, mas pareciam envenenados, como se tivessem sido expostos a alguma substância química desconhecida.
O comportamento do gado também chamou atenção: os animais se recusavam a entrar no campo onde o círculo se formara, mesmo quando forçados. Uma linha de pedras e dejetos animais se estendia para o leste, como se algo os tivesse deslocado do ponto central. As análises mostraram que não havia radiação nem anomalias magnéticas, mas o mistério persistia.

A estranha marca deixada pelo OVNI.
Curiosamente, uma segunda testemunha, a jovem Kelly Postle, moradora de Kilmany, a cerca de 4 quilômetros dali, relatou ter visto, por volta das 12h12 da mesma noite, uma bola de fogo rosada movendo-se lentamente para o oeste, logo abaixo da constelação do Cruzeiro do Sul. O avistamento foi comunicado à base da Força Aérea Real Australiana (RAAF) em Sale, que designou o Tenente de Voo Philip para investigar o caso.
Quando os pesquisadores retornaram à fazenda em 31 de outubro, George Blackwell acrescentou um novo detalhe à sua lembrança: o objeto não havia pousado diretamente no solo de imediato — antes, pairou por alguns instantes sobre o tanque de água, como se o observasse ou interagisse com ele.
O “Encontro de White Acres” permanece até hoje sem explicação. Entre as hipóteses levantadas — de experimentos secretos a fenômenos naturais — nenhuma conseguiu justificar plenamente o conjunto de evidências físicas, o comportamento animal, o esvaziamento do tanque e os efeitos sobre a testemunha. Para os ufólogos, trata-se de mais um caso clássico em que o mistério do céu desce à Terra, deixando marcas reais e perguntas que permanecem sem resposta.
Com informações de:
- AUSTRALIAN ANNUAL FLYING SAUCER REVIEW. Boletim, p. 9–10, jun. 1981.