Hipóteses Sobre as Origens do Fenômeno UFO

Por: Jackson Camargo Comentários: 0

Qual seria a origem do Fenômeno UFO? Seriam meramente fraudes e alucinações? Seria tecnologia terrestre? Paranóia? Ou seria um fenômeno produzido por outras inteligências ignoradas pelo homem?.


Neste artigo:


Introdução

Desde os primórdios da pesquisa ufológica uma pergunta ronda a mente de ufólogos, céticos e demais interessados no Fenômeno: Qual a origem do Fenômeno OVNI? Seriam extraterrestres? Intraterrestres? Viajantes do tempo? Haveria uma causa natural ou uma explicação científica para estes impressionantes registros?

Assim, cada grupo, de acordo com sua ideologia, desenvolveu sua própria teoria visando explicar o fenômeno. Até o momento, nenhuma destas teorias foi plenamente comprovada, assim como nenhuma delas foi plenamente descartada. Curiosamente, o método científico, em que uma hipótese é formulada e posteriormente comprovada através de estudos diversos, não parece ser muito utilizado por aqueles que se aventuram neste campo. Na maioria das vezes formula-se apenas uma opinião, quase sempre infundada, em que prevalecem a ausência de análises sérias a partir dos fatos e evidências que permeiam o meio ufológico. Além disso, muitos pesquisadores, principalmente aqueles de linha mais cética, permitem que o pré-conceito (um conceito prévio) influencie em suas análises direcionando-os à hipóteses que visam negar a realidade do fenômeno. Assim, estes pesquisadores fecham os olhos à dados que podem ir de encontro com suas convicções científica ou religiosas descartando-os sem hesitação, por mais sólidos e confiáveis que estes sejam.

Definição

Neste artigo, faremos uma análise sobre as principais hipóteses, teorias e possibilidades sobre a origem do Fenômeno OVNI, procurando apontar os aspectos que parecem confirmar ou negar cada possibilidade. Em nossa pesquisa identificamos 14 hipóteses que classificamos em 5 grupos específicos, que subdividem-se de acordo com sua linha de trabalho:

  1. Tipo 1 – Hipóteses Paracientíficas
  2. Tipo 2 – Hipóteses Naturais
  3. Tipo 3 – Hipóteses Céticas
  4. Tipo 4 – Hipóteses Conspiratórias
  5. Tipo 5 – Hipóteses Espiritualistas
  6. Qual a Hipótese Verdadeira?

 

Vamos agora conhecer mais detalhadamente cada grupo e cada hipótese levantada para a explicação do Fenômeno OVNI. Estas 14 hipóteses abrangem todas as possibilidades possíveis como origem para o Fenômeno.

Hipóteses Paracientíficas

As hipóteses paracientíficas compreendem as possibilidades que não são aceitas oficialmente pela Ciência, embora alguns cientistas isolados aceitem algumas destas possibilidades.

 

Hipótese Extraterrestre

A hipótese extraterrestre, de longe é a mais aceita e difundida no mundo inteiro. Também é a mais bem fundamentada, através da casuística, além de ser a hipótese que mais explica a extensa cadeia de eventos em torno do fenômeno OVNI.

 

Pela lógica a possibilidade de vida em outros planetas do universo é extremamente alta. O Sol, nossa estrela central é apenas uma entre 200 bilhões de estrelas que compõem nossa galáxia. Levando em conta apenas nossa galáxia as chances são altíssimas. Se levarmos em conta as milhões de galáxias já registradas pela Astronomia, esta possibilidade torna-se praticamente uma certeza. Considerando apenas nossa Galáxia, se dissermos que 1% de todas elas tem planetas orbitando ao seu redor teríamos 20 bilhões de estrelas com planetas. Se destes sistemas apenas 1% tiver desenvolvido algum tipo de vida teríamos 20 milhões de planetas com vida apenas em nossa Galáxia. Se 1% destes planetas tiver desenvolvido vida inteligente teríamos aproximadamente 200 mil planetas com vida inteligente atuando no planeta. Se destes apenas 1% tiver alcançado nosso atual estágio de evolução teríamos algo em torno de 2000 planetas habitados por povos em um estágio de desenvolvimento semelhante ao nosso. E por fim, se 1% deles evoluírem a ponto de realizar viagens interestelares teríamos então 20 civilizações avançadas com tal capacidade. A julgar pelas descobertas científicas confirmando que planetas orbitando outras estrelas são fato comum então este numero tende a aumentar exponencialmente.

Ainda dentro do campo teórico-científico, haveria o problema da distância e da barreira da velocidade da Luz previsto pela Teoria da Relatividade Geral, de Albert Einstein. Segundo esta teoria seria impossível viajar mais rápido do que a velocidade da luz. Sendo assim uma viagem interestelar seria inviável para nós e para possíveis extraterrestres. Será?

Imagem do Telescópio Spitzer, mostrando o centro da nossa Galáxia, a Via Láctea

 

Na história encontramos vários exemplos de situações declaradas impossíveis mas que com o tempo provaram-se perfeitamente possíveis. Em outros tempos, os sábios e cientistas de cada época afirmavam que a terra era plana, que seria impossível chegar até a Lua e que a barreira do som era intransponível. A história mostrou que estavam errados. Será que estamos diante de um novo equívoco de uma ciência que apenas engatinha?

Se analisarmos a casuística ufológica mundial estaremos diante de fatos que indicam um novo equívoco. Levando-se em conta a grande parcela de casos inexplicados e que permanecem irrefutados pelos céticos mais ferrenhos, encontramos inúmeros relatos de avistamento de discos, esferas e charutos voadores que demonstram uma tecnologia além da capacidade humana atual. Não raras vezes estes objetos pousam e mostram-se tripulados por seres de aspectos variados, que tanto podem ser semelhantes ao Homo sapiens terrestre, quanto diferentes no tamanho, nas dimensões corporais ou até mesmo no tamanho dos olhos, nariz, orelhas e boca.

Esta semelhança presente em alguns casos é realmente interessante pois sugere uma ligação biológica entre o ser humano e alguns tipos de tripulantes. Mas como isso seria possível? A resposta para esta pergunta parece estar na história da própria raça humana. Existem várias evidências que indicam uma relação entre determinados povos terrestres e “emissários das estrelas” que teriam orientado e em alguns casos influenciado a evolução dos povos antigos. Estas interferências teriam originado as primeiras crenças religiosas, algumas das quais presentes até hoje em nossa cultura.

A casuística ufológica atual parece confirmar estes fatos, pois em inúmeros casos os tripulantes dos OVNIs, em comunicação com testemunhas, declaram terem interferido, em alguns casos, na evolução humana e em outros permanecido como observadores. A grande quantidade de registros ufológicos ao longo da história da humanidade parecem confirmar esta possibilidade. Se isso for realmente verdade então explicar-se-ia o comportamento aparentemente científico dos OVNIs e seus tripulantes, pois na imensa maioria dos casos percebe-se algum tipo de estudo sistemático em praticamente todos os níveis, tanto no ambiente planetário (monitorando solo, água e ar) quanto na fauna e flora terrestre, com coleta de amostras diversas (podemos citar as famosas mutilações de gado como exemplo desta prática) e principalmente de caráter genético (observado nas abduções). O estudo da raça humana seria ainda mais aprofundado. Através da análise da casuística percebe-se que existe interesse profundo em vários aspectos que variam desde conhecimentos e experiências pessoais do abduzido, passando por biótipos específicos até aspectos emocionais e comportamentais das testemunhas. Tudo isto num contexto específico de espécimes de laboratório, digamos assim. Também existe um interesse extremo em nossa tecnologia, observado em freqüentes casos de acompanhamento de vôos e aparições próximos à grandes centros tecnológicos.

Se esta teoria for a correta, ou uma das corretas, torna-se difícil estabelecer um prazo para um contato definitivo com estes seres, pois a iniciativa do contato seria integralmente deles. Sendo um comportamento investigativo seria remota a possibilidade de um contato definitivo. Pelo menos por enquanto. Uma equipe de cientistas que repentinamente descobrem uma tribo de índios canibais perdida na Amazônia jamais vai pousar com seu helicóptero no centro da aldeia para estabelecer contato. Eles irão primeiramente observá-los de longe para entender sua cultura, seu modo de vida, suas crenças, atitudes, comportamentos, etc. Aos poucos eles vão aproximando-se, mostrando sua existência para que os nativos acostumem-se com eles para que um dia o contato seja possível. É um processo que leva muito tempo. Não é uma coisa repentina. Existe ainda a questão cultural. Comprovadamente através da história, sabemos que uma civilização, mais frágil, em contato com uma civilização aparentemente “superior”, acaba adotando esta cultura “superior” e sua própria acaba por desaparecer. Antigamente, na época das grandes navegações, e até bem pouco tempo atrás, não havia a consciência do respeito à outras culturas mais frágeis. Com a evolução de nossos conceitos a humanidade percebeu a importância de manter viva as culturas e tradições de um povo. Qual seria o posicionamento de uma civilização, teoricamente mais adiantada, sobre isso?

 

Hipótese Intraterrestre

A hipótese intraterrestre é bastante aceita no meio ufológico, principalmente em linhas de pesquisa mística-esotérica. Do ponto de vista técnico-científico esta hipótese não ganha muita credibilidade em função dos conhecimentos científicos atuais sobre a composição interna do nosso planeta e da evolução dos seres vivos. Entretanto, como vimos anteriormente, estes conceitos científicos podem mudar com o tempo em face de novos conhecimentos.

Atualmente existem poucos indícios à favor desta teoria. Em sua maioria tratam-se de relatos de abduzidos que estiveram em ambientes que nos remetem à grutas, ou testemunhas oculares que observam OVNIs saindo ou entrando em cavernas pelo mundo inteiro.

 

A julgar pelos conhecimentos atuais, a possibilidade de desenvolvimento de vida inteligente abaixo da crosta terrestre seria impossível por diversos fatores. O principal fator que impediria a evolução de vida inteligente seria o ambiente inóspito abaixo da superfície terrestre. São várias camadas com diferentes composições e temperaturas. Se algum tipo de vida desenvolvesse ali certamente ela teria de ser extremamente adaptada ao ambiente. O que vemos na casuística ufológica é uma grande variedade de seres adaptados ao nosso meio ambiente, ou seja, são seres que vivem em ambientes abertos, onde existe abundância de elementos essenciais à vida. Além disso surgiria a inevitável questão: Qual a utilidade de veículos voadores com as características observadas nos discos, esferas e charutos voadores, para supostos povos que viveriam em ambientes fechados? Não haveria muita lógica a menos que houvesse grandes espaços ocos no interior da Terra que justificassem o emprego de veículos voadores. Até o momento não existem dados que sugiram que existam tais espaços intraterrestres.

 

Viajantes do Tempo

A hipótese de o Fenômeno OVNI ser originado em viajantes do tempo vem ganhando cada vez mais espaço no meio ufológico. Esta teoria afirma que os extraterrestres observados atualmente seriam na verdade seres humanos do futuro, que por alguma razão estariam voltando no tempo. Esta teoria explicaria várias facetas do fenômeno ufológico. Entre eles: a similaridade entre a maioria dos biótipos de tripulantes observados durante os contatos imediatos, o modelo contínuo observados nos OVNIs ao longo da história, seu comportamento científico, a demonstração de conhecimento a respeito de fatos futuros da nossa história e a constante presença destes objetos em eventos históricos mundiais.

O primeiro item citado, do biótipo destes seres seria, em partes, bem explicado. Na casuística temos os tripulantes, denominados nos meios ufológicos como “nórdicos”, que tem aparência humana. O segundo grupo de tripulantes, e justamente o mais comum, são o de pequenos seres, conhecidos como “greys”, que em sua maioria possuem grandes crânios, corpos frágeis, olhos grandes e negros e boca diminuta. Geralmente têm pele muito clara, pálida ou cinza. Alguns estudiosos apontam que o ser humano, através dos séculos diminuirá de tamanho, e terá um aumento na caixa craniana. Devido à aspectos atuais como poluição, alterações ambientais e uso de tecnologia, nossas características estarão muito próximas deste grupo de alienígenas.

 

O segundo modelo, relacionado à característica dos OVNIs seria plenamente explicado. Se compararmos os discos voadores atuais com as representações históricas encontradas em cavernas, pinturas, aquarelas, afrescos, etc, iremos perceber que são idênticos. Seria de se esperar que os construtores destes objetos desenvolvessem novos modelos de naves, além de novos recursos tecnológicos para finalidades diversas, à exemplo do que aconteceu na aviação. Entretanto, deixaria de explicar alguns casos em que existem incongruências tecnológicas relatadas, como por exemplo o caso do comerciante de Vargem Grande (MG), Hermelindo da Silva, que sofreu uma tentativa de abdução em 1976. Neste caso, o disco voador posicionou-se sobre o comerciante e tentou abduzi-lo usando cabos com ganchos, numa espécie de pescaria. Um tripulante deste objeto desceu e tentou prender a testemunha aos cabos suspensos ao objeto. Hermelindo em pânico lutou contra o humanóide conseguindo se soltar e gritar por socorro. O disco então resolveu deixá-lo e acelerou rapidamente desaparecendo de vista. Este tipo de método abdutivo é primitivo primitivo demais para um povo que hipoteticamente teria desenvolvido tecnologia para viagens temporais.

O terceiro padrão citado, o do comportamento científico, também poderia ser plenamente explicado através desta teoria. A julgar pela situação atual, poderemos ter sérios problemas ambientais em nosso mundo futuramente. Alguns destes problemas poderiam exigir uma adaptação ao meio, como já ocorreu no passado quando ocorreram alterações no clima do planeta Terra. Para um povo avançado tecnologicamente, esta adaptação poderia ser facilitada artificialmente em laboratório aumentando resistências, detalhes anatômicos, melhorando funcionalidade de determinados órgãos ou até mesmo eliminando características desnecessárias. Dessa forma, a variedade de humanóides registrados pela Ufologia poderia ser explicada (pelo menos a grande maioria). Aqui entra uma outra questão polêmica: até que ponto a tecnologia deixa de ser benéfica para tornar-se prejudicial? Para entender essa questão vamos utilizar um exemplo comum comparando duas crianças que são criadas de modos diferentes. Uma delas cresce rodeada de mimos por parte dos pais, amigos e familiares. Outra é órfã, sendo criada em um ambiente sem amor de qualquer espécie. Ao invés de mimos, esta recebe cobranças e responsabilidades. Quando atingir a fase adulta teremos de um lado um homem que facilmente demonstra sua emoção e de outro um homem frio, que guarda suas emoções para si, muitas vezes reprimindo-as. Em uma sociedade tecnológica cada vez mais competitiva a emoção pode acabar perdendo espaço até possivelmente desaparecer. Se nossa civilização seguir este caminho, perder sua capacidade emocional, e possivelmente desenvolver um meio de voltar no tempo, certamente teria um grande interesse em recuperar estas emoções perdidas. Analisando agora pelos conhecimentos atuais, na área de abduções, parece realmente haver um grande interesse no aspecto emocional humano. Vários casos, alguns aparentemente sem muita lógica, poderiam ser plenamente explicados a partir deste ponto de vista. Observando o comportamento dos abdutores também poderemos chegar à mesma conclusão, pois na maioria dos casos eles mostram-se frios, sem demonstração de emoções como conhecemos.

O quarto padrão, que seria o conhecimento sobre eventos futuros, ocorre com menor intensidade na casuística, sendo observado apenas em alguns casos de contatados ou abduzidos. A maioria das previsões (geralmente tragédias, cataclismos, acidentes, etc) mostraram-se falhos. Alguns poucos casos podem terem sido corretamente previstos, ou quem sabe seja apenas fruto de coincidência. Um exemplo ocorreu no caso de Betty Andreanson, abduzida americana, que foi avisada pelos seus abdutores de que seus filhos morreriam em um acidente de carro. O acidente de fato ocorreu pouco tempo depois conforme a previsão.

O quinto padrão citado, a constante presença de OVNIs em grandes acontecimentos mundiais, poderia ser melhor entendido através desta teoria. Afinal, que cientista não gostaria de ter uma máquina que permitisse ir ao passado conhecer pessoalmente certas personalidades, testemunhar fatos históricos, ver um tigre dente-de-sabre ou simplesmente conhecer seus ancestrais no século XII? Ou mesmo a possibilidade de testemunhar o descobrimento da América? Sabe-se que a tripulação das caravelas de Cristóvão Colombo testemunhou a aparição de um objeto luminoso quando estavam prestes a descobrir a nova terra.

Por fim, esta teoria explica a ausência de contato efetivo por parte dos ufonautas levando-nos à deduzir que um contato direto, tão sonhado por ufólogos do mundo inteiro, jamais ocorra de fato.

 

Seres Interdimensionais

sta teoria é comumente aceita em linhas de pesquisa mística ou esotérica. Segundo ela, o fenômeno OVNI teria origem em universos ou dimensões paralelas semelhantes, em alguns aspectos, ao nosso. Em um universo ou dimensão paralela, por exemplo, poderia haver um planeta idêntico ao nosso, mas que tenha seguido uma história diferente. Segundo essa idéia, nesta outra “Terra” os dinossauros poderiam ter desenvolvido física e mentalmente permitindo o desenvolvimento de uma civilização. Esta evolução não seguiria exatamente o mesmo caminho seguido em nosso Universo pois haveriam leis diferentes atuando. Neste contexto, explicar-se-ia as diferenças tecnológicas que observamos em relatos ufológicos, como por exemplo o de Hermelindo da Silva, já citado. Entretanto, a existência de universos paralelos continua sendo uma teoria para a ciência, e uma certeza para espiritualistas, metafísicos e participantes de movimentos místicos e esotéricos, sem que exista um consenso definido sobre a questão. Devido à dificuldade em se entender e estudar hipotéticos universos ou dimensões paralelas, qualquer afirmação nesse sentido deverá ser entendida apenas como uma suposição sem base científica. Pelo menos por enquanto.

 

 

Seres Humanos que Deixaram Nosso Planeta na Antiguidade

Esta outra teoria é bastante polêmica e surgiu mais recentemente no meio ufológico. Ela afirma que a manifestação ufológica é originada por um povo terrestre que partiu há muito tempo e que agora retorna para verificar o estágio atual do nosso planeta e de nossa civilização. Isso explicaria a similaridade genética entre nós e eles, mas não oferece pistas sobre as intenções destes seres para conosco. Apesar de ser uma teoria interessante, alguns aspectos da casuística ufológica permanecem sem explicação. Um deles é a variedade de tipos de tripulantes observados em contatos imediatos. Levando em conta que eles teriam uma única origem, deveríamos esperar um único tipo de alienígena descrito na casuística. Casos como Sagrada Família, por exemplo, não se adéquam bem à esta teoria. Outro aspecto discutível é o profundo interesse destes seres em nossa genética. Se temos uma mesma origem genética, então o profundo interesse deles nessa área torna-se sem sentido.

 

Hipótese Holográfica

Esta é uma teoria bem mais recente, ainda desconhecida da maioria dos ufólogos e que parece explicar uma ampla gama de características do Fenômeno OVNI. Segundo esta teoria, o fenômeno OVNI não seria de natureza material, e sim energética. As experiências ufológicas seriam derivadas de manifestação holográfica projetada por inteligências cósmicas com o intuito de mostrar que estas existem. Essa hipótese, à luz dos fatos, acaba sendo bem frágil, pois deixa de explicar vários outros aspectos do fenômeno OVNI. Não seria explicado, por exemplo, o comportamento científico do fenômeno, nem a influência de sua manifestação no meio ambiente, seja através de efeitos físicos ou eletromagnéticos. Vestígios físicos e abduções não poderiam ser explicadas através da Hipótese Holográfica. Além disso, uma projeção holográfica consiste basicamente no uso de luz e particulas leves para a formação de imagens com contornos nítidos realísticos. Desta forma, para uma boa representação é imprescindível bom tempo, ausência de obstáculos, além de condições ideais de iluminação, temperatura e umidade. Se verificar na casuística ufológica encontramos registros ocorridos em todos os lugares do planeta, sob todas as condições atmosféricas, eliminando a possibilidade destes casos serem originados desta forma.

 

Tipo 2 – Hipóteses Naturais

As hipóteses naturais abrangem possíveis explicações a partir de fenômeno naturais.

Fenômenos Naturais

Existem vários fenômenos naturais raros e pouco estudados ocorrendo em nosso planeta que causam confusão e acabam sendo interpretados erroneamente por testemunhas e até por pesquisadores do Fenômeno OVNI. O exemplo mais conhecido é o chamado raio-bola, ou raios globulares, que consistem basicamente de gás ionizado, carregado eletricamente. Eles assemelham-se à uma bola brilhante (daí vem o seu nome) que duram alguns poucos segundos. Na maioria dos casos possuem coloração avermelhada, produzindo um som na maioria das vezes alto e ocorrem geralmente após um relâmpago convencional, em condições atmosféricas associadas à tempestades. Percebe-se que uma ínfima parcela dos casos ufológicos pode ser explicada como raios-bola. Alguns casos, embora possuam semelhança com raios globulares não puderam ser explicados como tal. Um exemplo é o caso de Capão Redondo, onde um objeto luminoso esférico foi observado e filmado por muito tempo sobre um bairro populoso de São Paulo. A duração do avistamento, muito acima da duração de um raio bola convencional, e seus movimentos claramente inteligentes nos levam à excluir esta possibilidade.

Outro exemplo de fenômeno raro que pode gerar relatos de falsos avistamentos é o chamado “Nuvens Noctilucentes”. Trata-se de nuvens que se formam em altas camadas da atmosfera. Elas podem ser vistas à noite devido à sua característica fosforescente, que deixa a nuvem com um aspecto brilhante.

O “Fogo de Santelmo”, por sua vez é uma descarga eletroluminescentes provocada pela ionização do ar em uma região com forte campo elétrico gerado por descargas elétricas. Embora seja erroneamente chamado de “fogo”, trata-se de um tipo de plasma gerado pela diferença de potencial atmosférico.

 

O “fogo-fátuo” é outro fenômeno comumente associados à OVNIs. Tratam-se de uma combustão espontânea de gases originados de decomposição de matéria orgânica. Ocorre geralmente em cemitérios, pântanos e brejos. Dura poucos segundos e geralmente tem coloração azulada.

Estes fenômenos raros só explicariam os casos ufológicos noturnos, de curta duração, em avistamentos a distância ou de luzes sem detalhes visíveis. Os casos de longa duração, ou que apresentam detalhes específicos como estrutura do objeto, movimentação inteligente, luzes de fuselagem, fachos de luz focadas em alvos específicos, etc, não poderiam ser explicados desta forma. Além disso haveriam os casos de discos, esferas e charutos voadores, de tamanhos variados e aspecto metálico observados durante o dia em todo o planeta. Também não se explicaria desta forma os casos de pouso e avistamento de tripulantes, ocorridos pelo mundo inteiro.

Hipóteses Céticas

As hipóteses céticas abrangem as teorias levantadas por céticos para explicar ou negar a realidade do Fenômeno OVNI.

Tecnologia Secreta Terrestre (HTST)

A hipótese de tecnologia secreta terrestre é muito explorada em meios céticos internacionais. Não se pode negar que as grandes potências mundiais dispõem de programas de desenvolvimento de tecnologia secreta e os testam ocasionalmente. Porém é tolice atribuir toda a casuística ufológica inexplicada como fruto de observação destes artefatos. Alguns poucos casos podem ser explicados desta maneira. Mas seria impossível explicar todos os casos desta mesma forma.

Podemos citar uma série de fatores que justificam nossa certeza:

  • A grande quantidade de casos ufológicos registrados desde a década de 1940.
  • A abrangência do Fenômeno, bem como os locais de sua manifestação a nível mundial.
  • Os detalhes específicos dos casos ufológicos que em muitos casos excluem a possibilidade de uma origem terrestre
  • O fator histórico, pois desde o surgimento da humanidade existem relatos de estranhos objetos voadores tripulados voando pelos céus.

O primeiro aspecto, a quantidade de casos, é um dos principais fatores que impossibilitam explicar estes casos como fruto de testes de tecnologia secreta. Desde 1940, são registrados milhares de casos ufológicos inexplicados, ao longo dos anos. Se compararmos esta casuística com as características de uso de uma tecnologia secreta vamos encontrar sérias contradições que inviabilizam a possibilidade de explicar todo o Fenômeno OVNI através da HTST. Um determinado protótipo leva tempo para ser desenvolvido. São feitos diversos estudos para determinar a viabilidade e utilidade do protótipo a ser desenvolvido. Depois são feitos modelos em pequena escala para novos testes. Com o sucesso destes testes é desenvolvido um primeiro protótipo, em tamanho real, que é testado. Após o teste ocorrem novos ajustes e depois de algum tempo ele é novamente testado, seguindo-se novos ajustes e novos testes. Através da casuística ufológica percebemos que os casos ocorrem diariamente, com vários avistamentos em diferentes lugares do mundo, incluindo alguns casos ocorridos no mesmo horário. Será que existem tantos protótipos assim sendo desenvolvidos secretamente por aí? Já são 62 anos de pesquisa ufológica com casos sendo registrados diariamente. Será que estas seis décadas não foram suficientes para desenvolver definitivamente estes projetos? Se por acaso estes objetos tiverem sido mesmo desenvolvidos e estiverem operacionais, eles já deveriam estar comerciais. Não teria sentido desenvolver um projeto durante 30 anos, concluí-lo de deixá-lo os próximos 30 anos enferrujando em hangares secretos só decolando ocasionalmente.

O segundo aspecto, da abrangência do fenômeno, também coloca em cheque a hipótese de tecnologia secreta para os OVNIs, pois este trata-se de um fenômeno mundial. É difícil aceitar que um protótipo secreto, desenvolvido na Área 51, por exemplo, seja testado no interior do Quênia, ou sobre o Oceano Atlântico. São lugares remotíssimos, onde existem dificuldades técnicas operacionais, de rastreamento, de abastecimento, controle de vôo ou mesmo resgate em caso de falha. Assim como ocorrem casos nestas áreas remotas existem casos ocorrendo sobre o centro de São Paulo, uma das cidades mais populosas do planeta. Quem em sã consciência vai testar um protótipo secreto sobre uma cidade densamente povoada? Se algo é secreto será testado em segredo e permanecerá oculto o máximo possível. Não existe lógica em testá-los sobre grandes centros populacionais. Além disso, qualquer tecnologia de ponta, está mais sujeito à problemas e falhas do que uma tecnologia já em uso. Testar uma aeronave experimental sobre grandes centros urbanos é muito arriscado pois coloca vidas de civis em risco.

Além disso, já no terceiro item, analisando detalhes específicos de centenas ou mesmo milhares de casos inexplicados teremos alguns fatores de difícil explicação para aqueles que acreditam na origem terrena para os OVNIs. O primeiro e principal deles é em relação à quantidade de objetos registrados. Existe uma infinidade de tipos diferentes de OVNIs, entre discos, esferas charutos e triângulos voadores, de variados tamanhos, com inúmeros detalhes circunstanciais originando inúmeros modelos diferentes [conhecer alguns modelos]. Qual a lógica de produzir milhares de protótipos experimentais e testá-los pelo mundo todo à vista de milhões de pessoas? De onde vem o dinheiro para isso tudo? Qual a finalidade de fazer isso por 62 anos sem qualquer beneficio aparente? São perguntas sem resposta por parte dos defensores desta teoria.

Outro aspecto importante é o tamanho registrado em alguns casos. OVNIs com mais de cem metros de diâmetro sendo observados por observadores experientes, captados por radar, como foi em maio de 1986, nos estados da Região Sudeste, no caso conhecido como a Noite Oficial dos OVNIs. Desenvolver protótipos de pequeno tamanho já é algo complicado e trabalhoso imagine então grandes objetos. O que levaria então o desenvolvimento de 21 protótipos com mais de 100 metros de diâmetro testando-os sobre grandes centros populacionais aqui no Brasil? Ainda surgem outras perguntas: Onde guardar estes milhares de protótipos de OVNIs de todos os tamanhos e formatos? Qual o benefício disso? São perguntas que céticos não sabem responder…

Outro detalhe importante que podemos comentar é a constante alegação de que tais projetos tecnológicos teriam sido desenvolvidos para espionagem. Vejamos. Uma aeronave espiã deve ter alguns requisitos essenciais. É indispensável que ela seja:

  • Pequena
  • Rápida e furtiva
  • Invisível ao radar
  • Não chame a atenção

No caso já citado, da Noite Oficial dos OVNIs tínhamos 21 objetos de contornos esféricos, luminosos e estima-se 100 metros de diâmetro. Isso condiz com uma missão de espionagem?

Missões de espionagem são arriscadas. Em caso de abate, um espião pode ser usado pelo inimigo como refém, moeda de troca, fonte de informações, provas de intenções hostis de quem espiona ou gerar uma guerra não desejada. Se for ver pela casuística temos relatos de naves com 50 metros de diâmetro, o equivalente à um avião comum de passageiros que transportam centenas de passageiros todos os dias. Um avião militar, de espionagem não precisa de algo com este comprimento.

O ultimo aspecto refere-se aos aspectos históricos do Fenômeno. Ao longo da história da humanidade discos voadores e seus tripulantes sempre se mostraram presentes, embora evitassem um contato direto. Na maioria dos casos atuaram como observadores, e em uma pequena minoria dos casos intervieram de alguma forma. Apresentamos aqui uma pequena lista de fatos ufológicos registrados ao longo da história [cronologia completa disponível na seção aspectos históricos] :

1043 – Neste ano, um estranho objeto é observado na Europa, voando no sentido Leste – Sul e mudando de direção sumiu no oeste, foi feita uma gravura deste episódio, que está exposta no Museu de Verdum, Alemanha.

1277 – O poeta chinês Liou Ying observa a presença de três objetos luminosos nos céus da China. Este Caso ficou registrado no documento Sucesso Visto do Amanhecer.

1301 – Nesse ano, o historiador Dino Compagni observa um cruz vermelha no céu, sobre o Palácio dos Prioris. Este episódio ficou registrado no documento Crônica (capítulo XIX).

1350 – Um afresco encontrado no monastério Visoki Decana, em Kosovo, mostra a crucificação de Jesus Cristo. Na pintura pode-se notar a existência de objetos voadores. Dentro dos objetos voadores pode-se notar a existência de pessoas que mexem em algum tipo de controles.

1355 – Nesse ano, é observado uma nuvem preta no qual se moviam homens e cavalos. O caso ocorreu na China e ficou registrado no documento Notas da Vida Campestre.

1486 – A pintura A Anunciação, de Crivelli, representa a Virgem Maria sendo iluminada pelo Espírito Santo. Um raio de luz parte de um objeto de formato discoidal suspenso no céu e passa pela Pomba (que representa o Espírito Santo).

1513 – No manuscrito do Vice-Rei da Índia, dom Alfonso de Albuquerque, direcionado ao rei de Portugal, dom Manuel, lê-se: “E aguardamos ali alguns dias até que tivéssemos tempo de atravessar. E estando ali, naquele lugar, contra a terra do Cipreste João, apareceu no céu o sinal da cruz, muito claro e resplandecente. E vimos uma luz sobre ela que ao chegar até ela partiu-se em várias partes, sem tocar a cruz, nem cobrir sua claridade”.

Esta é apenas a ponta de um gigantesco Iceberg. Estes são apenas casos que chegaram ao nosso conhecimento. Imagine quantas pessoas que não tinham acesso à escrita, que foram testemunhas destes eventos. Imagine quantos registros se perderam. Devem ser milhares de casos a cada milênio. Então, a menos que alguém prove que alguns destes protótipos tem a capacidade de viajar no tempo devemos ter em mente que projetos secretos, por mais avançados que sejam, não podem explicar o fenômeno OVNI como um todo.

Para finalizar podemos questionar aos defensores desta hipótese sobre a infraestrutura de apoio à estes projetos.

  • Onde foram desenvolvidos? Seria necessário uma gigantesca indústria para gerar tantos objetos diferentes. Será que alguém poderia nos indicar onde estão estas instalações?
  • Se todos os OVNIs já registrados forem produtos de tecnologia secreta terrestre onde estão guardados? Seria necessário instalações gigantescas para armazenas tantos objetos desta natureza. Novamente pergunto: será que alguém poderia nos indicar onde estão estas instalações?
  • Onde está a infraestrutura de transporte, abastecimento, manutenção e resgate que deveriam acompanhar estes objetos em suas incursões pelo mundo? Teria de ser uma grande frota naval. Porque ninguém relata a presença de uma frota desta natureza próximo aos locais de contato?

Hipótese Psicossocial

A hipótese psico-social é uma hipótese aceita por alguns céticos que defendem que o fenômeno OVNI é originado a partir de vários fatores, como: histeria coletiva, alucinações coletivas ou fantasias influenciadas por ficção científica ou até mesmo pelo impacto da corrida espacial na população terrestre. Embora alguns poucos casos possam se enquadrar na explicação da Hipótese Psicossocial (HPS) continuarão a existir inúmeros casos que só encontram uma explicação satisfatória através das Hipóteses Paracientíficas.

Existem vários exemplos básicos de incorreções nesta teoria. A primeira e principal delas é a manifestação histórica do fenômeno. Desde os primórdios da raça humana o fenômeno OVNI está presente sendo registrado de acordo com os conceitos de cada povo e de cada época. Alguns poucos casos a testemunha descreveu o que viu, em uma linguagem clara que em nada difere dos casos atuais, embora através das linguagens e conhecimentos de cada época. E com certeza na época em que foram escritos não estavam influenciados por ficção científica ou pela corrida espacial.

 

Outro aspecto que podemos citar é o fato de em vários casos existirem vários tipos de registros e testemunhas em diferentes pontos testemunhando um mesmo fenômeno. Isso exclui a possibilidade de alucinações coletivas, em função dos variados pontos de vista. Outros casos se caracterizam por terem como protagonistas pessoas isoladas geográfica e culturalmente eliminando influências da ficção científica e da exploração espacial. Um caso que podemos citar para ilustrar é o de um agricultor do município de Pinhão (PR), analfabeto, que sobrevivia de trabalhos ocasionais e de uma pequena plantação que garantia sua sobrevivência. Sua residência, situada em zona rural, não possuía energia elétrica nem água encanada. Em determinada noite, este agricultor passou por uma experiência de abdução do qual relembra poucos detalhes. Entretanto, tudo aquilo que permaneceu em sua memória é exatamente igual à outros relatos de contato imediato ocorridos em outras partes do planeta. Este caso, assim como inúmeros outros registrados pelo mundo inteiro, não estão influenciados pela mídia, no entanto são rigorosamente iguais aos relatos ocorridos em grandes centros urbanos. Este tipo de situação pode ser encontrada praticamente no mundo inteiro. Relatos de agricultores brasileiros idênticos à outros ocorridos em zonas rurais da Europa, América, Oceania, África e Ásia. Levando em conta a ausência de ligação cultural entre os povos e a existência de um mesmo relato base, podemos afirmar que se a Hipótese Psicossocial existe e ocorre na Ufologia ela é exagerada pela comunidade cética.

Além disso devemos considerar e não ignorar a realidade material de inúmeras evidências a favor do fenômeno OVNI como real e fruto de manifestação de uma inteligência dotada de alta tecnologia e comportamento científico atuando no meio terrestre. Na seção intitulada comprovações, no Portal FENOMENUM, do CIPEX (www.fenomenum.com.br), podemos ter uma pequena idéia da quantidade de evidências que relacionam-se entre si evidenciando uma origem real e desconhecida, literalmente alienígena (que não quer dizer necessariamente extraterrestre).

Fraudes e Erros de Interpretação

Esta é a hipótese preferida por céticos e autoridades governamentais que tentam negar o fenômeno OVNI perante a opinião pública. De fato, a grande maioria dos casos é originada em fraudes ou erros de interpretação. Estatisticamente mais de 60% dos casos reportados são originados desta forma. Os outros 40% acabam sendo explicados como fenômenos naturais desconhecidos, ou testes de tecnologia secreta. Entretanto, uma pequena parcela dos casos permanece sem explicação plausível. Nesta parcela de casos, todas as evidências sugerem a atuação de uma inteligência atuando em nosso meio através de dispositivos tecnológicos avançadíssimos, que não estão disponíveis em nosso mundo.

 

Hipóteses Conspiratórias

Aqui temos uma hipótese principal, que em alguns casos aparecem correlacionadas em algumas fontes. Em geral são hipóteses que beiram a utopia, sendo absolutamente mal fundamentadas, e com sérias inconsistências características das teorias conspiratórias.

A hipótese maçônica/iluminatti é defendida por alguns teóricos da conspiração, geralmente oriundos de meios religiosos, que acreditam que o fenômeno OVNI seja fruto de uma conspiração que reúne governos, sociedades secretas, elementos-chave da mídia, alguns ufólogos e alegadas testemunha do fenômeno. O objetivo seria enganar a humanidade afastando-os dos ensinamentos cristãos com a finalidade de destruir o cristianismo. Segundo adeptos desta teoria, os casos ufológicos seriam montados a partir de fenômenos raros e artefatos construídos pelos governos mundiais. O objetivo desta conspiração toda varia conforme aquele que a defende. Para uns seria para a dominação mundial. Para outros seria a preparação para a vinda do Anticristo. Outros defendem que seria para a implantação da chamada Nova Ordem Mundial.

Não existe qualquer evidência a favor destas teorias. Muitos dos questionamentos anteriores relacionados à possíveis origens em tecnologia secreta também podem ser aplicados à esta hipótese. À estes podemos citar inúmeros exemplos de meios bem mais eficientes de alienação e manipulação em massa. O futebol, novelas, propaganda em massa, mensagens subliminares, etc, são meios de manipulação bem mais eficientes do que o uso de um fenômeno desconhecido.

OVNIs Nazistas

A Teoria dos OVNIs nazistas também é muito aceita e defendida entre teóricos da conspiração. Em alguns casos, dependendo da versão da história, ela mescla-se com a hipótese da origem terrestre para os OVNIs.

Em geral eles defendem que durante a Segunda Guerra Mundial, cientistas alemães desenvolveram protótipos de discos voadores para serem usados como armas contra os exércitos aliados. Pela Internet existem várias fotos atribuídas à estes projetos onde observam-se discos voadores em solo ou em testes. Segundo alguns, existem mesmo documentos e testemunhos envolvendo estes projetos. Não vamos questionar aqui a existência real destes projetos, pois aparentemente eles realmente existiram. O que vamos discutir é os aspectos envolvendo esta possibilidade.

Embora esta teoria tenha um foco comum, que é o desenvolvimento de discos voadores pelo Terceiro Reich, ela se divide em duas vertentes principais. Uma delas diz que estes projetos não chegaram a ser usados em batalha e acabaram caindo nas mãos dos exércitos americano e russo, sendo depois aprimorados e testados com freqüência. Outra vertente afirma que estes discos foram parcialmente desmontados, embarcados em submarinos e enviados para uma base secreta na Antártida onde estariam até hoje sendo operados por remanescentes do exército nazista.

Analisando a primeira vertente podemos de imediato questionar a alegação de que somente os americanos e russos tenham conseguido recuperar estes discos e documentos referentes aos projetos. Primeiro pelo fato de que não tínhamos apenas estes dois exércitos lutando contra a Alemanha Nazista. Existiam várias outras nacionalidades atuantes no conflito. Estas também teriam chegado à possíveis bases de desenvolvimento, pois lutaram lado a lado na maioria dos fronts à oeste e ao sul da Alemanha. No front oeste apenas os russos lutavam com os alemães. Entre todos os exércitos que lutaram na Europa, o sigilo sobre possíveis recuperação de discos voadores seria melhor mantido pelos soviéticos. Inclusive, existem documentos oficiais, disponíveis no site do Arquivo Nacional da Austrália, a respeito de boatos sobre recuperação de discos voadores nazistas por parte do exército vermelho. Há que se questionar também sobre a localização destas bases de desenvolvimento. Se estavam situadas à oeste, teriam caído em mãos americanas. Se estavam a leste teriam caído nas mãos do exército soviético. Seria muito difícil que ambos conseguissem todo este material, mesmo porque é política dos exércitos em retirada destruir tudo aquilo que pode beneficiar seus adversários. Mesmo que ambos os exércitos tenham recuperado estes materiais e desenvolvidos estes protótipos teríamos os mesmos problemas citados quando abordamos a HTST.

Analisando agora a segunda vertente, teríamos uma história ainda mais surpreendente. Segundo esta vertente, antes e durante a Segunda Guerra, os nazistas teriam chegado ao pólo sul onde construíram uma base subterrânea na Antártida. Com a derrota dos nazistas, alguns deles teriam embarcado estes discos voadores em submarinos e se refugiado nesta base onde retomariam os projetos. Tudo o que os adeptos desta teoria possuem é algumas fotografias questionáveis desta base e de alegados discos desenvolvidos. Eles também citam possíveis semelhanças entre alguns discos voadores avistados na década de 1950, com modelos desenvolvidos pelos nazistas. Eles citam também, alguns casos de tripulantes observados na época que eram semelhante ao ser humano, sendo louros com olhos azuis, semelhantes ao modelo de raça ariana pregado por Hitler. Aqui também encontraríamos o velho problema de espaço e logística para o funcionamento destes objetos já citados anteriormente. Seria necessário muito combustível, e muito pessoal de apoio espalhado pelo mundo para que estes discos voassem de tal forma que fossem vistos com tanta freqüência como nos registros ufológicos.

Analisando o resto da história envolvendo esta hipótese temos um alegado ataque capitaneado pelos americanos à esta base. Segundo os defensores desta teoria, este ataque teria sido infrutífero o que teria levado os americanos a detonarem uma bomba nuclear na região causando danos à camada de ozônio. Até hoje nenhuma destas alegações foi fundamentada em provas e evidências.

Tipo 5 – Hipóteses Espiritualistas

As hipóteses espiritualistas são ainda mais estarrecedoras que as hipóteses conspiratórias. Este tipo de teoria observa-se em meios fanático-religiosos e em seitas extremistas que surgem de tempos em tempos. Como uma pequena parcela da população é sugestionável, alguns espertalhões e aproveitadores ou mesmo fanáticos religiosos, ganham adeptos e logo geram movimentos que não raras vezes promovem suicídios coletivos entre seus membros.

Manifestações Espirituais e Paranormais

Esta seria outra possibilidade aceita por parapsicólogos e algumas linhas religiosas. Seria originada em manifestações espirituais originada em outros planos de existência ou dimensões paralelas, segundo alguns. Seria uma espécie de forma de comunicação entre pessoas falecidas e nosso mundo. Uma questão inevitável que surgem é: Qual a necessidade de um veículo de transporte para uma pessoa que teoricamente é um espírito?

Outras pessoas alegam que o fenômeno OVNI seria originado em fenômenos paranormais produzidos involuntariamente pela testemunha. Este tipo de explicação torna-se um tanto polêmica pois fenômenos paranormais, embora existam, são raros. Além disso as características do fenômeno OVNI não condizem com a de um fenômeno paranormal ocorrido aleatoriamente. Em muitas ocasiões, OVNIs manifestam-se seguindo um princípio inteligente de atuação investigativa. Então é muito mais comum ocorrerem avistamentos em áreas específicas que podem estar associadas à um hipotético interesse científico. Caso fossem fenômenos paranormais eles ocorreriam aleatoriamente pelo mundo, com uma característica padrão, pois teria a mesma origem, e seria muito mais freqüente em São Paulo, Nova York, Cidade do México ou Tóquio que são densamente povoadas do que em áreas de incidência como no Norte do Pará, Litoral Paulista ou na Serra da Beleza, no Rio de Janeiro, com uma densidade populacional bem menor.

O problema das abduções permaneceria em aberto, pois não existe uma relação aparente entre uma manifestação espiritual e os casos de abdução, onde a vítima é usada como uma cobaia em experimentos desconhecidos.

Origem Divino/Diabólica

A origem divina ou diabólica é considerada em meios religiosos, notadamente aqueles mais dogmáticos e fanatizados. Segundo alguns, o Fenômeno OVNI teria origem em estratégias maléficas do demônio e teriam o objetivo de afastar a humanidade dos ensinamentos de Jesus Cristo. Segundo outros, os OVNIs seriam enviados divinos que estariam em nosso planeta a postos para cumprir as profecias bíblicas, como por exemplo o arrebatamento bíblico.

Analisando esta teoria e comparando com dados originados da casuística percebemos que a maioria absoluta das manifestações ufológicas não permite tirar qualquer conclusão definitiva que confirme ou descarte esta possibilidade. Se levarmos em conta os vários casos em que houve uma transformação espiritual nos envolvidos percebe-se que o fenômeno não tem esse caráter maligno que tenta-se atribuir à ele, ainda mais que em alguns casos, onde houve algum tipo de comunicação, foram transmitidas mensagens de amor e paz que conceitualmente são mensagens divinas. Além do mais podemos fazer a mesma pergunta já formulada anteriormente: Porque seres demoníacos ou divinos precisariam de veículos para vir ao nosso plano de existência?

Qual a Hipótese Verdadeira?

Observando a história da pesquisa ufológica mundial, a evolução dos casos e sua influência sobre a população, observamos que não existe uma única hipótese totalmente verdadeira. Existem várias. Se tomarmos como base 1000 relatos ufológicos aleatórios encontraremos ali evidencias que apontam para a maioria das possibilidades aqui levantadas, excetuando-se apenas as hipóteses ligadas ao fanatismo religioso e à teorias conspiratórias. Assim, dentro desta parcela de casos teremos a grande maioria originada em erros de interpretação, fraudes deliberadas e fenômenos naturais desconhecidos. Alguns estudiosos estabelecem em torno de 90% os casos originados desta forma. Alguns, de linha mais cética citam índices mais altos, variando entre 95% e 98%. Aparentemente, este numero varia conforme as opiniões de quem a emite. Alguns poucos conseguem fazer uma análise imparcial excluindo adequadamente estes casos com base em informações exatas. É o caso do GEIPAN, órgão oficial de pesquisa ufológica francês, ligado ao Centro Nacional de Estudos Espaciais, da França. Através de metodologia científica eles estabeleceram os casos segundo a seguinte classificação:

Tipo A: Casos confirmadamente explicados tendo origem natural ou artificial conhecida – 10%

Tipo B: Casos provavelmente identificados em que restam poucas dúvidas – 29%

Tipo C: Casos em que não foram encontradas explicações para o incidente por falta de dados – 34 %

Tipo D: Casos em que todas as análises e informações obtidas permitiram descartar fraudes, enganos, erros de interpretação, fenômenos naturais ou tecnologia secreta – 22%

Com base na classificação francesa teríamos apenas 39%% dos casos explicados satisfatoriamente e pelo menos 22% dos casos sem qualquer explicação plausível. São todos casos que nos remetem às hipóteses do tipo 1.

O Fenômeno OVNI pode ter várias origens. É como um mosaico, composto de inúmeras peças coloridas que formam todo o conjunto. Queremos saber a forma exata do mosaico, achando que trata-se de uma figura simples composto de uma única cor. Na pressa de descobrir a cor e a forma, misturamos as peças e nos confundimos na hora de afirmar. O correto seria antes de mais nada identificar os tipos (hipóteses), separando cada peça (casos) segundo sua categoria. Depois disso pegamos as peças de fora da imagem principal (fraudes, erros de interpretação, fenômenos naturais, e tecnologias secretas). Depois que separamos as mais simples e identificáveis partimos para montar a figura principal do mosaico separando as cores. Encontraremos os contornos da figura (hipóteses céticas) e a partir daí teremos as peças da imagem interna para trabalhar (hipóteses paracientíficas). Só a partir daí poderemos um dia compreender o real formato do mosaico (entendendo a origem e o significado do Fenômeno OVNI).

 

 

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