Noite Oficial: Declarações do Cel. Ozires Silva

Por: Jackson Camargo Comentários: 0

O Coronel Ozires Silva é uma importa autoridade que testemunhou a aparição de vários OVNIs sobre o Vale do Rio Paraíba, em 19 de maio de 1986. 


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Ozires Silva nasceu em Bauru (SP), em janeiro de 1931. Desde criança se interessou pela aviação e iniciou a carreira militar em 1948. Em 1951, formou-se oficial-aviador e piloto militar pela Escola de Aeronáutica do Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro. Serviu na Amazônia durante quatro anos voando no Correio da Fronteira, mantido pela Força Aérea Brasileira (FAB), e, mais tarde, no Correio Aéreo Nacional. Ozires se formou em engenharia aeronáutica em 1962, pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), de São José dos Campos (SP), e em 1966 concluiu sua pós-graduação na área, recebendo o título de mestre em ciências aeronáuticas pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia (CalTech), nos Estados Unidos.

Seu currículo é extenso e merece ser parcialmente descrito aqui. Ozires Silva desenvolveu inúmeras atividades profissionais, entre elas a de professor do ITA e líder do grupo que promoveu a criação da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), que ele próprio presidiu desde sua fundação, de 1970 a 1986. Posteriormente, entre 1991 e 1995, Ozires conduziu o processo de privatização da companhia. Ele foi ainda presidente da Petrobrás, ministro de Estado da Infra-Estrutura no Governo Collor e presidente da Varig. Atualmente, Ozires é presidente do Conselho Consultivo do World Trade Center (WTC), de São Paulo, e de inúmeras empresas e instituições, e reitor da Universidade Santo Amaro. Ele ainda atua como consultor do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CNPq) e é membro do Conselho de Política Social da Federação de Comércio de São Paulo, do Centro de Estudos Estratégicos Avançados do Centro das Indústrias de São Paulo etc. Em sua brilhante carreira, Ozires recebeu inúmeras condecorações e homenagens em dezenas de países.

Coronel Ozires Silva, uma grande personalidade brasileira, testemunha dos eventos da Noite Oficial dos OVNIs.

 

Em várias ocasiões, Ozires relatou sua experiência naquela noite:

 

TV Vanguarda (Maio de 2016)

A mim pareceu mais uma grande lâmpada fluorescente, né? Alongado. Er como se fosse um cilindro no espaço, ai falei, vou lá dar uma olhada. En~tao pus o avião nessa direção. Foi ai que o Alcir quase saltou do avião. Não sei o que era. Não, eu não sei“.

 

Rede Manchete (Maio de 1986)

“O que dizem é que foi um salto muito grande entre presidente da embraer e presidente da petrobras, que eu cheguei muito alto e cheguei a ver disco voador. Mas na realidade, o Controle Brasília me chamou. Eu estava pilotando o Xingu para chegar aqui na Embraer. E disse que estava tendo indicações positivas no radar de alvos, que estariam se deslocando sem estarem registrados em voos regulares e pedi que nós observássemos. E nós observamos. O máximo que vimos foram luzes, desse tipo que nós estamos acostumados a ver quando voamos normalmente. O controle de trágego de Brasília reportou que havia variação de velocidade muito grande e reportou como algo positivo. A única diferença é que normalmente quando se voa e do que foi visto é exatamente a plotagem desses alvos no radar. E muita gente viu também, todas as pessoas viram, mas eu não sei se são discos voadores. Na verdade são pontos luminosos no espaço, uma alaranjada, tendendo para o vermelho e nada mais do que isso. Mas de qualquer maneira eu diria que se não fossem realmente as indicações do radar que era realmente uma coisa concreta, que foi visto e registrado em fitas pelo radar, eu não teria nem coragem de mencionar”.

Jornal da Bandeirantes (Maio de 1986)

“Não. Eu não tive visão nenhuma. Eu apenas procurei colaborar com o cenro de controle em Brasília, que estava denunciando certos alvos primários, no radar e tentei colaborar com eles. Mas na realidade eu não consegui identificar coisa nenhuma e nem ajudar. O que eu vi foram pontos luminosos e escrevi isso pro centro de controle e tenho certeza que o controle Brasília vai fazer uma análise e colocar isso em termos tão racionais quanto possível.”

Outros

“Olha, foi em maio de 1986, eu estava voando com um dos nossos aviões da Embraer, vindo de Brasília para São José, era noite, a minha hora de chegada era em torno de 21:00 horas, 09:00 horas da noite. Quando eu estava sobre Poços de Caldas, eu entrei em contato com o Centro de Controle de Brasília, solicitando autorização para iniciar a descida já para o aeródromo de São José dos Campos. O Controle autorizou, mas perguntou se eu estava vendo alguma coisa de estranho no ar. Eu disse que não, que não estava vendo nada, e eles me relataram que estavam tendo algo no radar, quer dizer, estavam tendo indicações no radar que existiam três objetos não identificados em torno de São José dos Campos há uma certa distância, um mais próximo de São Paulo, outro um pouco mais ao sul de São José e o outro na direção do Rio de Janeiro. Eu disse que não, mas que ficaria olhando na medida que descia. Quando estava bastante próximo de São José, há um momento no vôo que se transfere do Controle de Brasília para o Controle de aproximação de São Paulo. Um pouquinho antes de transferir eu perguntei se eles ainda tinham a imagem no radar e o que estava acontecendo, e aí, eles me deram a direção aonde eu deveria olhar, no azimute, e de fato eu olhei e vi, o corpo celeste bastante luminoso, em tudo parecia um lastro comum exceto pelo tamanho talvez um pouquinho mais alongado.

Neste momento eu pedi autorização para o Controle para me dirigir, para voar na direção desse objeto, estava eu e o meu co-piloto sós a bordo, só nós dois, e nesse momento nós viramos para São Paulo, com a proa na direção de São Paulo, na direção do objeto, e voamos nessa direção, na direção desse objeto e cada vez se aproximando mais, mas ele se mantendo mais ou menos como estava, tinha uma certa cor alaranjada que talvez pudesse ser explicada até pela poluição de São Paulo que é laranja os astros celestes de um modo geral. Mas o fato é que o radar de Brasília tinha plotado esse objeto e astros celestes não aparecem no radar. Eu fiquei mantendo contato com o Controle, aí nessa altura já com Controle de São Paulo, eu fui na direção do objeto, mas na medida em que me aproximava ele foi desaparecendo, ele até que desapareceu por completo e eu retornei para São José. Quando estava no início novamente do tráfego para pousar em São José, o chefe do Controle me alertou que um segundo objeto estava agora na direção do Rio de Janeiro, bastante visível no radar. Novamente eu pedi orientação do radar de como eu me aproximar do objeto e seguir na direção dele, e na medida que eu chegava notei que ele estava em uma altitude bem mais baixa do que a minha. E aí nesse momento era um corpo bastante mais alongado talvez da cor de uma lâmpada fluorescente, uma lâmpada dessas comuns que vê aí, e ocorreu que ele estava abaixo de mim e eu circulei, circulei várias vezes o avião em torno dele, olhando pra baixo e sinceramente não sei dizer o que era. Era um objeto alongado como disse, do tipo de uma lâmpada fluorescente bastante claro e o problema é que eu não podia baixar mais.

Era noite, a altitude que eu estava voando já era a altitude mínima para a área porque a área ali é bastante montanhosa, quer dizer, eu não podia baixar mais do que tinha abaixado, e ele continuou permanentemente ali abaixo. Eu com sinceridade não sei o que era, a única coisa que eu posso dizer é que na minha visão de aviador, eu tenho mais de quarenta anos de aviação, eu tenho visto objetos semelhantes, mas sempre de rastro que tem uma explicação, outra explicação e nesse caso em particular, isso era visto pelo radar em Brasília. No dia seguinte eu tentei falar com o Centro de Controle de Brasília, o CINDACTA, e tentar falar com o operador para ver o que o operador tinha visto em termos de radar, a essa altura o Ministério da Aeronáutica já estava fazendo uma investigação e infelizmente a qualidade dessa investigação não foi muito boa e não se pode chegar a nenhuma conclusão, mas essa efetivamente foi a minha experiência”.

“Na altura de 600 metros, vimos pontos luminosos, de cor laranja-avermelhado, com brilho muito intenso. Tentamos nos aproximar das luzes, mas não desistimos. As luzes apagavam e acendiam em lugares diferentes (10 a 15 segundos). Observamos variações muito rápidas de velocidade. As luzes tinham presenças reais, eram alvos primários no radar, alvos positivos, uma coisa concreta. Se não fosse detectados pelos radares, eu não teria falado nada. Está registrado em fitas pelo radar”.

 

 

 

Referências:


  1. Arquivos CIPEX
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  8. Relatório Manuscrito da Força Aérea Brasileira; Telex da Base Aérea de Anápolis para o Comdabra; relatório de voo e relatório dos pilotos envolvidos. Arquivo em PDF com 27 páginas (9.50 MB).
  9. Relatório do Tenente Hugo Nunes Freitas, Chefe controlador do COpM I, para o Chefe da Seção de Informações do COpM I. Arquivo em PDF com 4 páginas (1.65 MB).
  10. Ofício nº 07/OOP/C-130, de 29 de maio de 1986, com encaminhamento de documentos e gravações, emitido pelo Comandante do CINDACTA I para o o Comandante do COMDA. Arquivo em PDF com 11 páginas (3.29 MB).
  11. Ofício nº 001/SCOAM/C-046, emitido pelo comandante da Base Aérea de Anápolis, Coronel João Fares Neto, para o Comandante do COMDA, contendo quatro relatório, sendo de 3 pilotos de caça e de um controlador de voo. Arquivo em PDF com 5 páginas (1.95 MB).
  12. Relatório pessoal do Capitão Márcio Jordão, sobre seu voo de interceptação à OVNIs, em 19 de maio de 1986. Arquivo em PDF, com uma página (421 Kb).
  13. Relatório pessoal do Tenente Kleber Marinho, sobre seu voo de interceptação à OVNIs, em 19 de maio de 1986. Arquivo em PDF, com 2 páginas (362 Kb).
  14. Relatórios de voo, de caças que decolaram em missão de interceptação aos OVNIs, em 19 de maio de 1986. Arquivo em PDF, com 7 páginas (2.14 MB).
  15. Despacho nº 022/A2/C-376, relatando fatos ufológicos ocorridos em setembro de 1986, envolvendo pilotos da FAB. Arquivo em PDF, contendo 9 páginas (2.84 MB).
  16. Relatório Mensal do COpM, de agosto de 1986, contendo transcrição de ocorrências ufológicas registradas pelo CINDACTA I, e dois questionários feitos à testemunhas. Arquivo em PDF contendo 17 páginas (4.54 MB).
  17. Ofício nº 11/OOP/C-199, de 14 de julho de 1986, contendo relatos, depoimentos e transcrições do livro do Ajudante de Chefe Controlador do COpM, envolvendo registros de OVNIs em maio e junho de 1986. Arquivo em PDF contendo 19 páginas (4.27 MB)
  18. Informe nº 005/SI/86-CINDACTA II, de 5 de junho de 1986, referente à aparecimento de OVNI próximo à cidade de Bandeirante (PR). Arquivo em PDF, com 1 página (483 KB).
  19. Relatório de avistamentos ufológicos registrados pela FAB nas noites seguintes à Noite Oficial. Arquivo em PDF, com 12 páginas (2.63 MB).
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  21. Telex contendo relato de avistamento na costa do Espírito Santo, em agosto de 1986. Arquivo em PDF, contendo 2 páginas (494 KB).
  22. Transcrição do Livro de Ocorrência Operacional do Ajudante Chefe Controlador, com relato de avistamento de piloto de caça em Junho de 1986. Arquivo em PDF contendo 2 páginas (774 Kb).
  23. Reportagens de jornal, coletadas pela FAB, sobre os eventos de 19 de maio de 1986 (1). Arquivo em PDF, contendo 4 páginas (6.06 MB).
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  86. Gravações da Noite Oficial: Fita 1 – Lado A – Audio da Torre de Controle do Aeroporto de São José dos Campos
  87. Gravações da Noite Oficial: Fita 1 – Lado B – Audio da Torre de Controle do Aeroporto de São José dos Campos
  88. Gravações da Noite Oficial: Fita 2 – Lado A – Audio da Torre de Controle do Aeroporto de São José dos Campos
  89. Gravações da Noite Oficial: Fita 2 – Lado B – Audio da Torre de Controle do Aeroporto de São José dos Campos
  90. Gravações da Noite Oficial: Fita 3 – Lado A – Audio da Torre de Controle do Aeroporto de São José dos Campos
  91. Gravações da Noite Oficial: Fita 3 – Lado B – Audio da Torre de Controle do Aeroporto de São José dos Campos
  92. Gravações da Noite Oficial: Fita 4 – Lado A – Gravação das Comunicações entre o caça Jaguar 98 e a Defesa Aérea
  93. Gravações da Noite Oficial: Fita 4 – Lado B – Gravação das Comunicações entre o caça Jaguar 98 e a Defesa Aérea
  94. Gravações da Noite Oficial: Fita 5 – Lado A – Gravação das Comunicações entre o caça Jambock 07 e a Defesa Aérea
  95. Gravações da Noite Oficial: Fita 5 – Lado B – Gravação das Comunicações entre o caça Jambock 07 e a Defesa Aérea
  96. Gravações da Noite Oficial: Fita 6 – Lado A – Gravação das Comunicações entre o caça Jaguar-116 e a Defesa Aérea
  97. Gravações da Noite Oficial: Fita 6 – Lado B – Gravação das Comunicações entre o caça Jaguar-116 e a Defesa Aérea
  98. Gravações da Noite Oficial: Fita 7 – Lado A – Gravações telefônicas diversas
  99. Gravações da Noite Oficial: Fita 8 – Lado A – Gravação das Comunicações entre o caça Jambock- 17 e a Defesa Aérea
  100. Gravações da Noite Oficial: Fita 8 – Lado B – Gravação das Comunicações entre o caça Jambock- 17 e a Defesa Aérea
  101. ROCHA JR, J. S. Invasão de Tráfego Aéreo em 1986. Revista UFO, nº 55, p. 27. Novembro de 1997.
  102. EQUIPE UFO. Entrevista com Brigadeiro Sócrates Monteiro. Revista UFO, 163. Março de 2010
  103. Reportagem do programa Fantástico da Rede Globo exibido em 22/05/2016.

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