Em 1991, militares que faziam rondas pelo Complexo Penitenciário da Papuda, em São Sebastião, informaram que viram um objeto brilhante, de forma oval, sobre o presídio. Na época, a situação foi relatada pelos policiais à imprensa e consta nos documentos confidenciais da Força Aérea Brasileira já revelados pelo Ministério da Defesa.
Neste artigo:
Introdução
Afastado da rodovia DF 001, na altura do km 4, está a DF 465, pista de acesso a área de segurança do Presídio da Papuda, que localiza-se 1,5 km a sudeste do Plano Piloto.
É um local isolado do meio urbano, onde a maior parte de sua área não possui nenhuma iluminação. Apenas no interior do presídio de segurança máxima, a iluminação é feita com 10 holofotes de alta potência, possui 10 guaritas para guarda superior e postos de guarda em terra.
Toda a área de segurança possui um total de 5 km, englobando o Núcleo de Custódia – NCB, o Centro de Internamento e Reintegração – CIR, e a Companhia de Polícia Militar Independente – 3a CPMInd, que encontra-se em uma região privilegiada para observação e guarda da área de segurança. É um local alto e menos iluminado.
Foi nessa área que ocorreu um interessando fato ufológico registrados em documentos oficiais da Força Aérea Brasileira. Na noite de 11 de abril de 1991, Tenente Damasceno e seus soldados faziam a guarda.
Por volta das 19 horas, Tenente Damasceno foi até o motorista, Soldado Reinado, solicitando que ele preparasse a viatura para fazer uma ronda externa das instalações. Ao se virar para retornar à Companhia, nota a uns 300 ou 400 metros de altura, um objeto estranho luminoso, que se destacava no céu. Imediatamente, chamou a guarda para ver, uns 20 policiais, naquele momento. O OVNI alternava entre as cores azul, vermelho, amarelo e verde. Em alguns momentos ele emitia um flash muito forte de cor avermelhada.
Nos minutos iniciais da aparição, o OVNI foi observado a partir de 3 pontos diferentes, dentro do perímetro da área de segurança, além de pessoas em áreas próximas. Ten. Damasceno conferiu o desenho e confirmou sua forma ovalada dividindo-se em cores. Observou que a posição da forma aparente do objeto era vertical e a velocidade de mudança de cores muito alta para precisar uma sequência, uma ordem.
“O vermelho era a única cor que não aparecia, de repente, ela tomava todo o objeto. A mudança de cores era muito rápida. Não é a primeira, nem é a terceira vez que isso acontece aqui. Converse com o pessoal do presídio e verão como todos têm medo disso. Não havia movimento, ele estava parado e nós nos deslocamos para uma parte mais escura para observar melhor. Aí, nós voltamos para o pátio, olhamos e ele ainda estava lá. De repente, quando olhamos novamente ele já não estava. Nós não vimos esse deslocamento… O objeto se deslocou da primeira posição para nordeste, voltou a posição inicial e em seguida se deslocou para uma terceira posição mais à nordeste e ficou ali até mais ou menos 22:40h. O objeto sumiu da primeira posição, apareceu numa segunda, retornou à primeira e depois reapareceu numa terceira posição e nessa última ele ficou. Não houve distração e eu não vi deslocamentos”.
Aqui no depoimento do Tenente Damasceno vemos ele falando, inicialmente sobre um deslocamento ou mudança de posição do objeto de uma posição para outra em três ocasiões. Ao final da mesma fala ele diz que não viu deslocamentos. Neste caso, temos o desaparecimento de um objeto e o reaparecimento em outra posição, de forma muito rápida, dando a noção de deslocamento, embora o movimento em si não tenha sido percebido. Esta é uma característica comum em avistamentos. Coronel Ozires Silva e o comandante Alcir Pereira relataram a mesma coisa, durante voo sobre o Vale do Paraíba, quando perseguiam luzes não identificadas na Noite dos OVNIs, em 19 de maio de 1986.
Comunicações com o CINDACTA I
Durante o período de observação do objeto, que se deu de 19:10h às 22:40h aproximadamente, houve 4 contatos telefônicos com o CINDACTA I, para que se fizesse a identificação do objeto. O primeiro contato foi feito pelo ten. Damasceno um pouco antes das 20:00 horas. Nesta oportunidade, ele solicitou esclarecimento para o fato. Os contatos seguintes foram feitos pelo operador de radar, Sargento Petrônio.
O primeiro contato telefônico ocorreu por volta das 20 horas. Neste contato, o Tenente Damasceno conversou com o Sargento Petrônio, informando o avistamento e a posição estimada do objeto. O militar afirmou que faria busca no radar e entraria em contato posteriormente.
Este segundo contato telefônico ocorreu por volta das 21 horas. Nesta ligação, Sargento Petrônio informa que está junto ao operador do radar, Sargento Alexandre e que estão captando um alvo desconhecido a nordeste, na posição indicada pelo Tenente Damasceno, a 2 mil pés de altitude (609 metros).
Após esse segundo contato, Sargento Petrônio continuou tentando identificar o estranho objeto. Ele entrou em contato com o Centro Meteorológico, questionando se algum balão meteorológico havia sido lançado. Em resposta, o Centro informou que um balão havia sido lançado às 20:15, mas rapidamente subiu, atingindo altitude máxima e estourou. E enquanto isso acontecia, o OVNI continuava sendo observado.
O terceiro contato telefônico ocorreu por volta das 22 horas. Sargento Petrônio questiona se o objeto ainda está sendo avistado. Ao telefone, Tenente Damasceno ouve o militar conversar com um capitão sobre a possibilidade de entrar em contato com os pilotos do voo VASP095, que acabava de decolar do aeroporto de Brasília. Os militares contataram o voo que confirmou a presença do objeto na posição informada.
O quarto contato telefônico ocorreu por volta das 23 horas. Neste contato, após o Tenente Damasceno afirmar que o objeto não estava mais visível, sargento Petrônio declarou que o objeto avistado era um balão. Embora o CINDACTA 1 tenha demonstrado um certo interesse no fato inclusive tentando identificar o objeto conforme solicitado, ao final, os militares afirmaram que se tratava de um balão e que a equipe de segurança do complexo penal se acalmasse. Essa postura reflete mais o interesse dos militares em manter a equipe calma do que identificar e investigar a aparição.
Declarações da Força Aérea
Existem atualmente 86 páginas de documentos oficiais da Força Aérea Brasileira sobre o incidente. Uma nota de esclarecimento do Centro de Comunicação social do Ministério da Aeronáutica – CECOMSAER afirma:
“A observação de um sinal que processado pelos computadores daquele centro (CINDACTA 1) não ficou caracterizado como qualquer aeronave que trafegava no local”.
A análise dos registros oficiais, em apoio ao relato das testemunhas eliminam a possibilidade de tratar-se do balão despachado pelo Centro Meteorológico, pois antes de ele ser lançado o avistamento do OVNI já estava acontecendo.
Os documentos oficiais revelam também que o lançamento do balão ocorreu às 21 horas e rapidamente atingiu mais de 24 mil metros. Na ocasião havia vento sudoeste de 90 Km/h.
Uma nova aparição
Três dias depois deste avistamento ocorreu outro, na mesma região e nas mesmas condições. Desta vez, em função do descaso dos militares nenhum relato foi feito ao CINDACTA I.
Os agentes Isis, Jucelino e Euclides trafegavam de carro nas proximidades do complexo, quando avistaram o objeto. A agente Isis relata seu avistamento da seguinte forma:
“O motorista de plantão foi nos levar em casa, eu e um colega. Quando subíamos, aqui na subida da mangueira tinha uma claridade no asfalto. Nós pensamos que fosse algum carro que estivesse vindo, com farol de milha ou coisa parecida e não nos preocupamos muito com aquilo não. Continuamos. Lá pelo meio do percurso que nos separava daquela claridade, notamos que ela se apresentava muito intensa. Continuamos ainda no sentido da claridade. Lá pelas tantas já era a luz que nos acompanhava e só víamos a claridade à nossa volta, resolvemos parar para ver o que era. A luz estava imóvel em cima de nós. Descemos da viatura, e ficamos olhando. Não fazia barulho algum. A viatura estava desligada e só ouvíamos barulho de carro ao longe, próximo de nós era silêncio total. Não era a lua porque ela estava bem de lado. Não era avião, não era helicóptero, pois não havia barulho, não foi nada disso o que nós vimos. Simplesmente uma luz, um foco de luz semelhante a Urna grande lanterna vindo do alto e clareando todo o espaço em torno da viatura. Podíamos apanhar qualquer coisa no chão, tão claro que estava. Doía os olhos para olhar de frente. Dava-se a impressão, que ela estava a uns 20 metros no máximo de nós, sem barulho, sem nada. Ela era redonda, tinha a forma de uma circunferência, como um foco de lanterna em todo o objeto. Pode até ser que aquele foco, fizesse parte de um objeto de circunferência maior, mas tudo o que deu para ver foi um grande ponto de luz, num azul mais fluorescente em cima da gente. Sua claridade também era azulada. Lá pelas tantas, deu aquele calafrio na gente, quando percebemos que não era alguma coisa comum, caímos na real e corremos todos para a viatura e fomos embora. Essa luz continuou nos seguindo lentamente. Nós seguimos na direção da escola fazendária e ela desceu rumo ao Plano Piloto. Ela não fez curva como nós. A viatura fez a curva para tomar a direção da Escola Fazendária e ela seguiu em linha reta para o Plano Piloto.”
Isis e seus colegas combinaram não falar nada para ninguém a fim de evitar que fossem chamados de loucos, mas quando chegaram no Núcleo de Custódia no dia seguinte, não resistiram e acabaram contando o que viram.
Para sua surpresa, segundo ela, foram confirmados por várias pessoas da papuda que também tinham visto a luz. O Sr. Heitor, que era funcionário do Núcleo na época também pode observar da Escola Fazendária, onde se encontrava naquela noite.
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