Fotografias e documentos inéditos da NASA comprovam: astronautas sempre foram acompanhados por UFOs no espaço.
Artigo de Jackson Luiz Camargo, originalmente publicado na revista UFO, edição 277 , de fevereiro de 2020.
Por décadas ufólogos de todo o planeta buscaram informações e provas sobre avistamentos de UFOs durante missões espaciais dos Estados Unidos. Apesar de conseguir algumas poucas fotografias, declarações de astronautas e curtos trechos de diálogos travados durante estes encontros espaciais, eles mantiveram a esperança de um dia poder conhecer mais profundamente estes casos.
Eis que, após um longo tempo, o trabalho e a paciência dos ufólogos foi recompensada graças à iniciativa de agências independentes que tiveram acesso aos negativos originais de fotos dos programas Mercury, Gemini e Apollo. São dezenas de milhares de fotografias escaneadas em altíssima resolução e disponibilizadas gratuitamente em sites na Internet: o Flickr Apollo Archives (https://www.flickr.com/photos/projectapolloarchive/) e o Tothemoon (https://tothemoon.ser.asu.edu/), lançados no segundo semestre de 2015. Além destes dois acervos, a NASA desclassificou transcrições completas das comunicações travadas em missões três programas espaciais, disponibilizando-os no site do Johnson Space Center (https://historycollection.jsc.nasa.gov/JSCHistoryPortal/history/mission_trans/mission_transcripts.htm). Agora, tais acervos nos permitem conhecer centenas de fatos ufológicos ocorridos no espaço, que antes eram omitidos pela agência espacial, sendo também desconhecidos da comunidade ufológica internacional.
Os Primeiros Registros
O Programa Mercury foi o primeiro projeto espacial tripulado da NASA, que tinha por objetivo garantir a superioridade espacial norte-americana. Cada cápsula tinha capacidade para realizar manobras na órbita da Terra, tendo a bordo apenas um astronauta.
Desde a década de 1960, sabe-se que astronautas deste programa tiveram avistamentos de UFOs no espaço. Fato confirmado por membros do programa e por duas fotografias de um estranho objeto alongado, obtidas durante a missão Mercury 7, que acabaram vazando para a imprensa. Agora, com a divulgação das fotos da missão, é possível conhecer tais fatos e muitos outros. No acervo fotográfico disponível no site Tothemoon, encontram-se as fotografias obtidas ao longo do Programa Mercury e várias delas registram UFOs. Estas imagens são bem interessantes, pois mostram que as inteligências por trás dos UFOs de fato acompanham nossos passos na exploração espacial. Já nas primeiras missões espaciais houve registros de UFOs, como mostra a fotografia MR-2-13009-176, da Mercury 2.
Na foto, observa-se a presença de dois objetos luminosos, de cor esverdeada, acompanhando a cápsula espacial. Em outra fotografia, da missão Mercury 3, observa-se uma marcação à caneta com a identificação da fotografia e um sinal apontando um objeto luminoso alongado, de cor azulada, posicionado numa altitude superior ao da cápsula, como se estivesse monitorando o processo de lançamento espacial. Isso sugere que o próprio técnico da NASA que revelou as imagens impressionou-se com a presença de tal objeto. E embora estas fotografias já chamassem a atenção pela sua qualidade e nitidez, outras ainda mais impressionantes foram obtidas mais tarde. É o caso de uma fotografia, obtida na missão Mercury 4, em julho de 1961. A foto MA-4-4713-075, registra a superfície da Terra e nela pode-se ver nitidamente, contra o azul do Oceano Pacífico, um objeto sólido, de formato circular. Inclusive, o padrão de luz e sombra das nuvens e do objeto são coincidentes, confirmando a veracidade da imagem. Outra fotografia impressionante foi obtida pela Mercury 5, em novembro de 1961. A fotografia, identificada como MA-5-4712-158, registra um UFO luminoso em órbita da Terra. A qualidade da fotografia é excelente, permitindo ver detalhes da estrutura externa do objeto.
Em maio de 1962, a NASA realizou o lançamento da Mercury 7, com o astronauta Scott Carpenter. Nesta missão, um UFO cilíndrico aproximou-se da cápsula e em dado momento soltou um objeto menor. Ambos os objetos foram registrados nas fotografias MA-7-6795-039 e MA-7-6795-040. Em uma terceira imagem, identificada como MA-7-6795-158, se observa outro UFO luminoso próximo à Mercury.Esta sequência de fatos deixou a NASA e autoridades americanas impressionadas, pois as missões espaciais estavam sendo acompanhadas com muito interesse, por objetos, de origem desconhecida, que apresentavam comportamento inteligente e dispunham de tecnologia muito avançada. Mas seguindo suas diretrizes de sigilo, nada poderia ser relatado ou confirmado ao público.
A última missão do programa, a Mercury 9, foi lançada em maio de 1963, com o astronauta Gordon Cooper. Durante o voo, ele observou e fotografou um objeto de cor esverdeada que possuía algo como uma cauda de cor avermelhada. A estação de rastreamento da NASA, em Muchea, na Austrália, captou o UFO e aproximadamente 200 pessoas presentes na estação saíram das instalações e viram, a olho nu, a cápsula passando no céu, acompanhada por um objeto visivelmente maior e mais luminoso. Coincidência ou não, um curto circuito deixou inoperante o seu sistema de estabilização e controle, obrigando o astronauta a assumir o controle manual. Apesar do contratempo, todos os objetivos da missão foram alcançados. Dias depois, um relatório foi elaborado e enviado ao Centro de Inteligência Técnica Avançada, da Força Aérea Americana, que investigava casos ufológicos. Além disso, a NASA determinou que o astronauta não comentasse nada além do que o jornalista da NASA, John Chancellor, iria noticiar. Apesar disso, o fato ficou amplamente conhecido no meio ufológico e Gordon Cooper foi várias vezes questionado publicamente a respeito do caso, inicialmente negando-o, mas depois admitindo tal experiência.
Com este tema sendo abordado na mídia, tanto a NASA quanto o público voltaram suas atenções para cada nova missão espacial à espera de novos fatos interessantes.
Os Casos Continuam
Após o Programa Mercury, a NASA conduziu o Programa Gemini, com o objetivo de realizar pesquisas, testes de equipamentos e manobras, além de realizar as primeiras caminhadas espaciais, que eram de extrema importância para os voos espaciais tripulados à Lua, cujos preparativos já estavam em andamento.
Quase todos os voos espaciais do programa estiveram às voltas com o fenômeno UFO, resultando em dezenas de belíssimas fotografias destes objetos, ou mesmo vários e vários diálogos travados entre astronautas e controladores de voo, na Terra. Em muitos casos, é possível cruzar informações contidas nas transcrições com as fotografias disponíveis, permitindo entender a sequencia de eventos ocorridos nestas missões.
A Gemini IV, por exemplo, foi lançada em junho de 1965, com os astronautas James McDivitt e Edward White, com o objetivo de realizar testes de navegação espacial. A missão é famosa no meio ufológico devido a um filme feito pelos tripulantes mostrando um UFO, com projeções laterais, semelhantes a antenas. Minutos mais tarde, os astronautas avistaram dois outros objetos semelhantes sobre a região do Caribe. Devido ao contexto da Guerra Fria, das informações estratégicas envolvidas e da ocorrência de fatos ufológicos nestas missões, os diálogos entre astronautas e os controladores em Terra foram censurados e classificados como confidenciais. No entanto, informantes da própria agência espacial vazaram trechos da comunicação para a imprensa e a NASA viu-se obrigada a comentar a respeito, emitindo uma nota onde afirma que McDivitt e White tinham visto apenas o satélite Pegasus, que também era grande e possuía longos painéis solares. No entanto, a declaração foi rapidamente refutada, pois bastava verificar a trajetória de voo do Pegasus para confirmar que ele se encontrava no lado oposto do planeta Terra, sendo impossível ser avistado da cápsula. Pressionada novamente, a NASA emitiu outra nota, reconhecendo o erro, mas não explicando o que era o objeto observado. Posteriormente, os astronautas reconheceram publicamente o fato como inexplicável, pois não podiam identificar com exatidão o que haviam visto.
O documento Gemini IV Air-to-Ground and Onboard Service contém as transcrições das comunicações entre os astronautas e o Centro de Controle. Avistamentos de UFOs são relatados nas páginas 134, 137, 158, 160, 195 e 196 deste documento. Em um dos trechos, Ed White avistou um “fogo negro” na superfície da Terra e tentou fotografá-lo com uma câmera Hasselblad que imediatamente apresentou algum problema. Em seguida, ele tentou filmar, mas a câmera Maurer também não funcionou. Por fim, ele tentou usar um sextante instalado a bordo da cápsula, mas o aparelho também falhou sem uma causa aparente. Assim, real identidade do objeto permaneceu um mistério.
A Gemini V, foi lançada em agosto de 1965, com os astronautas Gordon Cooper e Charles Conrad, que também registraram UFOs no espaço. Há anos circula no meio ufológico trechos de comunicações, atribuídas à missão, referentes a um avistamento ocorrido em 24 de agosto de 1965. Estas comunicações estão presentes na página 317, do documento Gemini V Air-to-Ground Transcription, onde percebe-se que embora os astronautas não tenham observado diretamente o UFO, este foi registrado por radares instalados na superfície terrestre.
Todas as fotografias obtidas pelos astronautas estão disponíveis, gratuitamente, no site ToTheMoon, em altíssima resolução. Entre estas, existem 9 fotografias que registram objetos luminosos ou sólidos, de origem desconhecida, próximos à cápsula espacial. Duas fotografias, identificadas como GT5-50603-011_G05-U e GT5-50603-012_G05-U são particularmente interessantes, pois apresentam um grande objeto luminoso, esférico, acompanhando a cápsula.
Após o fim da missão, a NASA realizou uma reunião confidencial com os astronautas, para definir procedimentos para contornar os problemas causados pelos vazamentos das comunicações. Uma das ações adotadas foi a adoção de códigos para se referir aos objetos e avistamentos registrados durante os voos espaciais. Assim o acobertamento sobre fatos ufológicos intensificou-se, embora estas ações não impedissem o vazamento de novas informações.
Em dezembro de 1965, foi ao espaço a Gemini VI, com os astronautas Walter Schirra e Thomas Stafford, que fotografaram um objeto em forma de bumerangue que aproximou-se da cápsula espacial. A fotografia, identificada como S65-63203_G06-H, também está disponível no site Tothemoon.
A missão seguinte, Gemini VII, também foi ao espaço em dezembro de 1965. Em órbita, os astronautas avistaram e informaram aos controladores sobre a presença de um UFO. A transcrição das comunicações trocadas na ocasião está disponível no documento Gemini VII Composite Air-to-Ground and Onboard Voice Tape Transcription, Vol. 2, disponível no site do Johnson Space Center. Além disso, os astronautas fizeram doze fotografias de UFOs no espaço. Três delas mostram claramente objetos em forma de disco, enquanto outras três registram um objeto luminoso que deslocava-se em alta velocidade nas proximidades da cápsula espacial. A trajetória de voo do objeto, em zig-zag, ficou registrada em duas fotografias.
Em junho de 1966 foi lançada a Gemini IX, com Thomas Stafford e Eugene Cernan, que também fizeram fotografias de UFOs no espaço. A fotografia S66-38322_G09-H, por exemplo, registra um objeto em forma de disco, de cor laranja, próximo à cápsula com os astronautas. Outra fotografia interessante é a S66-38323_G09-H, onde observa-se outro UFO, de formato lenticular, muito brilhante a curta distância da Gemini. Segundo a NASA, tal objeto seria provavelmente a Lua, fotografada com superexposição. Entretanto, o objeto visível na foto não tinha formato circular, como seria de se esperar. Além disso, ele apresentava um intenso brilho azulado, enquanto que a Lua apresenta um brilho acinzentado, quase branco. Assim, a real identidade do objeto fotografado permanece um mistério.
A missão seguinte, a Gemini X, foi lançada em julho de 1966, com os astronautas John Young e Michael Collins. Logo após entrar em órbita, Collins observou um objeto luminoso que o impressionou muito. O documento Gemini X Composite Air-to-Ground and Onboard Voice Tape Transcription contém todos os diálogos travados por ocasião do avistamento. No acervo fotográfico da missão é possível encontrar várias fotografias do UFO feitas por Collins. Sem condições de explicar tais registros à opinião pública, a NASA limitou-se a mantê-las sob sigilo.
A ultima missão do programa Gemini ocorreu em novembro de 1966, com a Gemini XII, com os astronautas Edwin Aldrin e James Lovell, que obtiveram dezenas de fotografias documentando o surgimento de sete objetos multicoloridos na órbita da Terra. A impressionante sequencia pode ser encontrada também no site Tothemoon.
Mensagens em Código
Maurice Chatellain, especialista de comunicação da NASA, revelou que existiam várias palavras-códigos para se referir à avistamentos de UFOs no espaço. Ele, que era como uma espécie de treinador psicológico dos astronautas norte-americanos, declarou:
“Os astronautas viram coisas que não podem comentar com ninguém fora da NASA. No entanto, todos os voos das missões Apollo e Gemini foram seguidos por espaçonaves de origem extraterrestre.”
Os documentos da NASA confirmam a adoção de códigos para referir-se à UFOS no espaço. O termo fire (fogo), por exemplo, foi usado pelos astronautas da Gemini IV, enquanto o termo bogey foi usado nas missões Gemini VII, VIII e X. O termo Papai Noel foi usado em missões Apollo. Em alguns casos o astronauta simplesmente o descreveu como uma luz ou estrela, de brilho intenso e de aspecto diferente dos demais objetos espaciais.
Estes fatos levaram a NASA a impor diretrizes de sigilo mais diretas, o que incluía omitir fotografias, vídeos e transcrições de comunicações, além de aplicar sanções a astronautas que relatassem fatos ufológicos ocorridos no espaço.
Após o término do Programa Gemini, a NASA deu inicio ao Programa Apollo, cujo objetivo máximo era realizar pousos tripulados na superfície lunar. A Apollo 7 foi a primeira missão tripulada do programa, lançada em outubro de 1968, para testar o Módulo de Comando. Era tripulada por Walter Schirra, Don Eisele e Walter Cunninghan. No espaço, foram feitas 533 fotografias, que atualmente estão disponíveis no site Tothemoon, em altíssima resolução.
Destas, 19 registram UFOs na órbita da Terra, sendo duas fotografias especialmente interessantes. A primeira foi obtida logo após a nave entrar em órbita. Conforme se observa na transcrição dos diálogos, os astronautas desfrutavam de momentos de descanso e contemplavam nosso planeta pelas janelas da nave, quando puderam observar dois objetos luminosos contra a superfície do planeta. Cunninghan portava uma câmera e fez um registro destas luzes. A fotografia, identificada como AS07-03-1512, registra os dois objetos luminosos observados na ocasião.
Na segunda fotografia, identificada como AS07-03-1527, observa-se o adaptador do foguete e ao fundo, contra a superfície terrestre, um objeto idêntico ao chamado Black Knight. Este misterioso objeto chamou a atenção da comunidade ufológica em 2014, após a divulgação de imagens de uma missão do Ônibus Espacial Discovery, ocorrida em 1998. Posteriormente, outras missões espaciais destinadas à Estação Espacial Internacional (ISS) registraram imagens do mesmo objeto. Devido à crescente polêmica, a NASA viu-se obrigada a dar explicações.
Segundo ela, o Black Knight seria apenas uma manta de isolamento perdida pelos astronautas que trabalhavam na construção da ISS. Entretanto, o objeto fotografado nesta missão sugere que ele é mais antigo do que se supunha. E o fato de aparecer em diferentes regiões da órbita terrestre, em várias missões espaciais é um indicativo de que existe uma inteligência por trás deste objeto.
Em dezembro de 1968 foi lançada a Apollo 8, com os astronautas Frank Borman, James Lovell e Willian Anders. Eles seriam os primeiros seres humanos a sair da órbita terrestre em uma missão espacial da NASA. A missão transcorreu com pleno êxito, colocando o nome destes aventureiros na história. E assim como nas missões anteriores, os tripulantes avistaram UFOs no espaço. O documento da NASA, intitulado Analysis of Apollo 8 – Photography and Visual Observations, publicado em 1969, apresenta estudos detalhados, tanto das informações fornecidas pelos astronautas quanto outras oriundas de equipes de apoio, distribuídas em diferentes pontos do planeta. No capítulo 3, abordam-se dados relativos às observações astronômicas, na Terra e no espaço. Para apoio ao programa, a NASA recrutou observatórios e cientistas, de vários países que apontariam seus telescópios à Lua, monitorando a missão e nosso satélite natural. E vários deles conseguiram observar e fotografar a Apollo 8 em sua viagem à Lua. No dia seguinte ao lançamento, o U.S. Naval Observatory, situado em Washington D.C., observou e fotografou não apenas a Apollo 8, mas também quatro objetos luminosos acompanhando a cápsula com os astronautas. Curiosamente, durante a viagem de ida à Lua, ocorreu uma transmissão de TV ao vivo para todo o planeta, onde os astronautas comentavam aspectos da missão. Mais tarde, após esta transmissão, o Centro de Controle, em Houston, transmitiu uma enigmática mensagem para os astronautas:
“Controle: Frank, você provavelmente já foi informado disso, mas você foi ótimo na TV hoje. Contudo, uma pequena informação de casa… Na área de El Lago vocês foram surpreendidos por Papai Noel. Ele veio com um motor flamejante quase ao mesmo tempo em que vocês vieram. Depois, a maioria dos bichinhos se afastaram…
Frank Borman: Isso é bom“.
Mais tarde, os astronautas observaram luzes na superfície da Lua, quando passavam sobre o lado oculto. Ao sair do lado oculto, Jim Lovell transmitiu a famosa frase: “Por favor, saibam que Papai Noel existe!”, informando por código a presença destas luzes no lado oculto da Lua.
A missão seguinte, Apollo 9, foi lançada em março de 1969, com a missão de testar o Módulo Lunar na órbita da Terra. A bordo estavam os astronautas James McDivitt, David Scott e Russel Schweickart. Ao longo da missão, os astronautas viram e fotografaram UFOs. O documento Apollo 9 Onboard Voice Transcription-Command Module contém vários diálogos travados durante estes avistamentos. Em uma dessas comunicações os tripulantes comentam sobre objetos luminosos observados contra a superfície terrestre e sobre uma estranha sensação que tais objetos provocavam. Além das transcrições disponíveis nos documentos, existem nove fotografias de UFOs na órbita terrestre, não muito longe da cápsula espacial.
A Apollo 10 foi lançada em maio de 1969, com os astronautas Thomas Stafford, John Young e Eugene Cernan, com a missão de de testar manobras e equipamentos diretamente na órbita lunar. Este voo se destaca pela quantidade de fatos anômalos que ocorreram, em sua maioria, durante o período em que a nave esteve orbitando a Lua.
Os primeiros fatos ocorreram logo após o teste com o Módulo Lunar, quando os astronautas fotografavam a superfície lunar. Em dado momento, um misterioso som foi ouvido a bordo da nave, justamente quando ela passava pelo lado oculto da Lua e não há possibilidade de comunicação via rádio com a Terra. O incidente só veio à público em 2016, quando o documentário “Os Documentos Inexplicáveis da NASA” foi ao ar no Discovery Channel, sendo muito divulgado pela imprensa internacional.
Ainda na órbita da Lua, os astronautas estiveram às voltas com a presença de um objeto luminoso, com cores variando entre dourado e vermelho, que apresentava estruturas laterais e deslocava-se, colocando-se ora a frente, ora atrás, ora acima, ora abaixo da cápsula com os astronautas. Ao longo de suas várias aparições, eles não puderam identificar a natureza de tal objeto, que permaneceu inexplicado. Curiosamente, em dado momento, o UFO aproximou-se da Apollo 10 e alguns instrumentos de bordo falharam momentaneamente, voltando a funcionar quando o objeto se afastou. O documento da NASA, intitulado Apollo 10 Onboard Voice Transcription Command Module contém, os diálogos envolvendo tanto os misteriosos sons quanto as várias aparições do misterioso UFO luminoso presente na órbita lunar.
Com o sucesso da Apollo 10, além de todo o conhecimento e experiência gerado pelas missões anteriores, a NASA tinha a segurança necessária para tentar um pouso tripulado na Lua, já na missão seguinte, a Apollo 11. A missão foi lançada em 16 de julho de 1969, com os astronautas Neil Armstrong, Edwin Aldrin e Michael Collins.
Ao longo de várias décadas, muito se falou sobre o que eles teriam visto ao longo da missão, especulando-se sobre a presença de enormes naves nas proximidades do local de pouso. Agora, com as transcrições das comunicações e com as fotografias, disponíveis em altíssima resolução, podemos confirmar o que é verdadeiro e o que é falso em relação à esses boatos.
O primeiro registro ufológico da missão ocorreu logo após a manobra de impulso em direção à Lua, quando são acionados os motores do Módulo de Comando. Após o acionamento, o Módulo Lunar é liberado do adaptador sendo, em seguida, conectado ao Módulo de Comando para a viagem até a Lua. Muitas horas depois, os astronautas fotografavam nosso planeta, a meio caminho entre a Terra e a Lua. Na fotografia AS11-36-5319 pode-se ver um objeto luminoso, com forma amorfa, não muito longe da Apollo 11. A NASA explicou o objeto como sendo uma fagulha do motor do Módulo de Comando. Mas, analisando os fatos a partir dos dados fornecidos pela própria Agência Espacial, percebe-se que esta explicação não se sustenta e a própria imagem desmente esta versão. A separação citada ocorreu logo após a saída da órbita terrestre. A fotografia foi obtida bem depois dessa manobra, quando a distância entre a cápsula e nosso planeta era bem maior. Sabendo-se que as fagulhas geradas pelos retrofoguetes da Apollo são de curta duração, seria impossível que tal objeto registrado na fotografia tivesse tal origem.
Horas mais tarde, os astronautas observaram novamente o objeto e questionaram o Centro de Controle sobre a posição do foguete lançador, que naquele momento encontrava-se a mais de 11 mil Km de distância. Prudentemente, os astronautas não teceram mais comentários a respeito, temendo ridicularizações.
Ao chegar na órbita da Lua, os astronautas fizeram algumas fotografias a partir das janelas da Apollo 11 e em várias pode-se ver objetos luminosos em contraste com o escuro do espaço. Logo, iniciaram-se os preparativos para o pouso na superfície lunar. Após a checagem dos equipamentos e dos respectivos preparativos, Neil Armstrong e Buzz Aldrin desceram à superfície da Lua, a bordo do Modulo Lunar.
Após o pouso, os astronautas fizeram fotos a partir das janelas da cápsula. As comunicações presentes nas transcrições, bem como as fotografias da missão, desmistificam os boatos sobre grandes naves estacionadas nas proximidades, o que não quer dizer que não havia UFOs acompanhando a histórica missão. Após sair do módulo, Neil Armstrong realizou várias fotografias da paisagem lunar e uma delas, identificada como AS11-40-5938, é uma das mais interessantes em todo o programa espacial. Nela observa-se três luzes formando um triângulo, num padrão idêntico aos objetos avistados e relatados em uma onda ufológica na Bélgica, em 1990. Ainda durante a caminhada lunar, que durou duas horas, outros objetos foram fotografados pelos astronautas e todas as fotos estão disponíveis no site Tothemoon.
De modo geral, a Apollo 11 representou muito mais do que a primeira missão de pouso na Lua. Foi uma vitória da inteligência da raça humana que viu no espaço a esperança de dias melhores. Foi com esse ideal que os astronautas arriscaram suas vidas na missão ao qual se lançaram. Eles foram até a Lua, voltaram e entraram para a história.
Poucos meses depois, em novembro de 1969, foi a vez da Apollo 12, com os astronautas Alan Bean, Charles Conrad e Richard Gordon. Sua missão era realizar um pouso de precisão na superfície lunar. As transcrições dos diálogos travados durante a missão não revelam eventos ufológicos ou anômalos. Porém, os documentos estão aparentemente incompletos, pois existem trechos de diálogos ausentes. O Apollo 12 Onboard Voice Transcription-Command Module, por exemplo, omite mais de 52 horas de comunicações entre o segundo e o quarto dia após o lançamento. Contudo, no acervo de fotografias da missão existem várias imagens de objetos anômalos registrados pelos astronautas. Do acervo de imagens, a fotografia AS12-46-6848 é, com certeza, uma das mais interessantes. Nela, podemos observar um UFO muito semelhante a outro fotografado por Neil Armstrong, meses antes. Ambas as fotografias mostram um objeto com luzes triangulares, fotografado a partir da superfície lunar.
A missão seguinte, a Apollo 13, foi lançada em abril de 1970, com os astronautas James Lovell, Fred Haise e John Swigert. O seu lançamento ocorreu normalmente, porém um acidente ocasionou a explosão de um dos tanques de oxigênio líquido. Por conta disso, a missão de pouso foi abortada e todos os esforços se voltaram a trazer os astronautas com vida à Terra. Assim, ao longo da missão, os astronautas fizeram apenas 604 fotografias no espaço, sendo que várias delas registram UFOs. Algumas registram um objeto em forma de disco, metálico, acompanhando o retorno da Apollo à Terra. Curiosamente, sua aparência e forma é muito semelhante à outros fotografados em missões espaciais do programa Apollo e Gemini.
O voo da Apollo 13, apesar de tantos percalços terminou bem, com o resgate dos astronautas. O programa de voos à Lua foi paralisado momentaneamente, para revisões de segurança e novos lançamentos ocorreram apenas no ano seguinte.
Experiências Telepáticas
O voo da Apollo 14 é muito conhecido no meio ufológico, pois dela fez parte o astronauta Edgar Mitchell, que foi um grande simpatizante da causa ufológica. O lançamento ocorreu em janeiro de 1971 e além de Mitchell, estavam a bordo Alan Sheppard e Stuart Roosa. Do ponto de vista ufológico, a missão obteve dez fotografias que registram um objeto luminoso, esférico e de cor azulada, sobre o local de pouso do Módulo Lunar. Outras duas fotografias, identificadas como AS14-72-9923 e AS14-72-9925 são muito interessantes, pois apresentam um objeto em forma de disco, com coloração clara, quase branca, no espaço próximo a cápsula.
O documento Apollo 14 Technical Air-to-Ground Voice Transcription, que contém a transcrição das comunicações de bordo, revela alguns avistamentos ocorridos ao longo da missão. Nas páginas 127, 132 e 162, do documento, constam diálogos sobre um fato ocorrido no segundo dia da missão, ainda à caminho da Lua. Stuart Roosa utilizava o sextante e o telescópio de bordo e com estes instrumentos observou dois objetos luminosos aos quais ele não pôde identificar.
Em conversa com o Centro de Controle, ele tentou informar o fato aos controladores, mas foi interrompido devido às situações do momento. Mais tarde, ele foi questionado pelos controladores se ele observava algo fora da cápsula. O fato intrigou muito o astronauta, visto que os objetos não eram estrelas ou o foguete lançador descartado no espaço. Vale lembrar que os astronautas passavam por rigoroso treinamento para todas as etapas e circunstâncias da missão.
O conhecimento e a experiência adquirida pelos tripulantes e pela NASA em uma missão era aplicado já na missão seguinte. Dessa forma, a cada nova missão, os astronautas estavam mais preparados e treinados do que na missão anterior. Um dos treinamentos visava a identificação de objetos espaciais, sejam eles corpos celestes ou lixo espacial.
A bordo da cápsula, havia cartas celestes para identificação de cada planeta ou estrela observáveis pelos astronautas. Stuart Roosa era responsável pela navegação e, portanto o mais capacitado a reconhecer objetos espaciais. O fato de ele não ter identificado ambos os objetos é muito sugestivo.
Uma das facetas mais interessantes da Apollo 14 envolveu Edgar Mitchell e sua experiência com telepatia, realizada durante a missão. O experimento, com resultados significativos, confirmou que a telepatia pode ocorrer, independente da distância entre os comunicantes. Ele foi idealizado por Edward Maxey e Edward Boyle, doutores em Física, que estavam muito interessados no tema. Mitchell, movido por uma forte curiosidade científica, topou realizá-lo. Porém, sabendo que a NASA o vetaria, ele resolveu realizá-lo sem informar a Agência Espacial. Durante o voo, foram feitas quatro sessões de transmissão telepáticas, durante os períodos de descanso, a meio caminho entre a Terra e a Lua. Mitchell usou quatro tabelas com números aleatórios, usando números de 1 à 5. Para cada número, ele atribuiu um símbolo Zener. Durante cada transmissão, ele usava uma tabela, mentalizando o símbolo correspondente, por 15 segundos.
Após a missão, os dados foram comparados e analisados, se constatando uma elevada taxa de acertos. Embora no início não houvesse a intenção de tornar público o experimento, seus resultados foram publicados em periódicos científicos, mas acabou distorcido pela imprensa, que não soube interpretar os dados estatísticos apresentados e assim o estudo não obteve o reconhecimento que merecia.
Ao tomar conhecimento do experimento, a NASA o ignorou, porém, cientistas, engenheiros e técnicos do Programa procuravam o astronauta e pediam para ele descrever o procedimento. Uma destas pessoas foi o engenheiro Werner von Braun, que queria realizar novos experimentos nas missões seguintes. Porém, tanto Mitchel quanto Von Braun deixaram a NASA antes de conseguir realizá-lo.
Em julho de 1971 foi lançada a missão Apollo 15, com os astronautas David Scott, Alfred Worden e James Irwin. Este voo foi muito interessante do ponto de vista ufológico. Uma série de fotografias, identificadas como AS15-83-11218a, AS15-83-11218b, AS15-83-11218c, AS15-83-11218d, AS15-83-11218e e AS15-83-11218f registram uma luz circular, não muito longe da Apollo. Nas fotografias AS15-83-11218c e AS15-83-11218d, a misteriosa luz está movimentando-se tão intensamente a ponto de sua trajetória ficar registrada na fotografia, que foi obtida a meio caminho entre a Terra e a Lua. E assim como nas missões anteriores, existem vários registros de um UFO luminoso sobrevoando o local de pouso do Módulo Lunar. Este mesmo objeto foi, posteriormente, fotografado a partir da órbita lunar.
Curiosamente, não existem quaisquer diálogos referentes à estas aparições disponíveis nos documentos de transcrição das comunicações da missão.
O ano de 1972 marcou o fim do programa de viagens tripuladas à Lua. Pressões do Congresso Americano, por cortes do orçamento da NASA obrigaram o encerramento do programa Apollo. As duas missões programadas eram as ultimas oportunidades para estudo científico intensivo que a NASA teria por um longo tempo. E ela procurou aproveitar isso da melhor forma. O penúltimo lançamento do programa ocorreu em março de 1972, com a Apollo 16, tendo a bordo os astronautas John Young, Charles Duke e Thomas Mattingly.
No acervo fotográfico da missão existem várias fotografias muito interessantes, que registram UFOs no espaço ou mesmo sobre o local de pouso da Apollo 16. Os primeiros registros ocorreram logo após a saída da órbita da Terra, quando os astronautas realizavam a operação de extração e acoplamento do Módulo Lunar. Ao documentar a manobra, os astronautas fotografaram um objeto luminoso evoluindo nas proximidades da cápsula. Mais tarde, ao entrar na órbita da Lua, os astronautas passaram a fotografar sua superfície. Uma destas fotografias registra dois objetos brilhantes sobre a superfície lunar, justamente em um local não iluminado pelo Sol.
Durante as manobras de separação entre os Módulos, em preparação para a alunissagem, um UFO passou atrás do Módulo de Comando, sendo acidentalmente fotografado pelos astronautas a partir do Módulo Lunar. Na fotografia, observa-se um objeto luminoso, de cor azulada, esférico e semelhante à outros fotografados ao longo do programa. Mais tarde, este mesmo objeto foi registrado em fotografias durante os trabalhos na superfície lunar.
Um documento da NASA, intitulado Apollo 16 Technical Air-to-Ground Voice Transcription, contém a maioria das comunicações entre astronautas da missão e o Centro de Controle. Na página 777, existe um diálogo, ocorrido no sexto dia da missão, onde o astronauta Thomas Mattingly relata que um UFO acompanha a Apollo 16, passando por uma zona de pouca iluminação solar. Ele descreve o objeto como luminoso e girando ao redor de si mesmo. Este fato ocorreu no momento em que o astronauta encontrava-se sozinho a bordo do Módulo de Comando, pois seus companheiros já haviam realizado o pouso na superfície lunar. Mesmo com todo o treinamento que recebeu para realizar a missão e com todos os dados e experiências das missões anteriores, não foi possível ao astronauta identificar a natureza do fenômeno luminoso.
O Gran Finale
O Programa Apollo é a realização do grande sonho da Humanidade sendo, até hoje, sua maior epopeia. E a Apollo 17 foi seu gran finale, com uma despedida em grande estilo. Depois de um lançamento noturno espetacular, em 7 de dezembro de 1972, o desenrolar da missão ficou marcado na memória daqueles que dela participaram.
Os primeiros avistamentos ufológicos ocorreram pouco antes da Apollo 17 entrar na órbita lunar. O documento da NASA, intitulado Technical Air-to-Ground Voice Transcription, possui vários trechos de diálogos travados durante estes avistamentos. Na página 340, por exemplo, Eugene Cernan comenta com o Centro de Controle sobre a presença de um objeto brilhante e sólido, em movimento que permaneceu com eles por aproximadamente 24 horas.
Ao chegar na órbita lunar, os astronautas checaram seus instrumentos, e começaram a observar e fotografar a superfície da Lua. Foi então que novos avistamentos ocorreram. Desta vez, eles observaram simultaneamente o objeto anterior e objetos luminosos próximos à Lua. No acervo fotográfico da missão, disponível no site ToTheMoon, encontram-se várias fotografias destes objetos. Uma delas foi tomada na direção da Terra e mostra um objeto luminoso, esférico, de cor azulada, destacando-se contra o fundo escuro do espaço. Outra foi tomada em direção à superfície lunar e acima dela, observa-se claramente três objetos luminosos, de formato esférico. Em pelo menos uma das fotografias observa-se superfície lunar e contra ela um objeto, de cor azulada e formato discoide, posicionado não muito longe da Apollo 17.
Mais tarde, enquanto Cernan e Schmitt trabalhavam na superfície, novos registros ocorreram. Ao longo das três atividades de exploração os astronautas obtiveram várias fotografias onde registraram estranhos objetos. Uma delas é particularmente interessante. No quinto dia da missão, durante a primeira saída à superfície, foram obtidas duas fotografias, identificadas como AS17-134-20416 e AS17-134-20424, registrando a presença de um objeto metálico, refletindo a luz solar, acima da paisagem lunar. Estas imagens são muito nítidas e captam, inclusive, detalhes externos do objeto. Enquanto isso, no espaço, Ronald Evans conduzia alguns experimentos e observações. Em comunicação com o centro de controle ele informou a presença de pontos luminosos na superfície da Lua, na região da da cratera Marius Rille, em uma área distante do local de trabalho dos astronautas.
Diante deste novo e valioso material de pesquisa, liberado pela NASA, surge a inevitável pergunta: o que mais falta ser liberado sobre estas missões? O que contém os arquivos das missões com os ônibus espaciais? O que contém nos arquivos russos? Perguntas que só o futuro poderá nos revelar. Assim esperamos.
Referências:
- CAMARGO, Jackson. Entre o Céu a Terra – Uma história de aventura, mistérios e UFOs. Curitiba: Clube de autores, 2018.
- CAMARGO, Jackson. UFOs no Espaço e na Lua. Curitiba: Coleção Biblioteca UFO, 2020.
- CAMARGO, Jackson Luiz. Intrusos na Lua. Revista UFO, Campo Grande, nº 107, p. 21-21, fevereiro 2005.
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