Mistérios e Anomalias na Superfície Lunar

Por: Jackson Camargo Comentários: 0

Dezenas de sondas espaciais já visitaram nosso satélite natural e muitas delas fotografaram elementos anômalos na superfície lunar.


 

Além das missões espaciais tripuladas em órbita da Terra, a Corrida Espacial foi marcada pelo envio das primeiras sondas não tripuladas para exploração da nossa Lua ou mesmo de outros planetas do Sistema Solar. Graças a estas explorações foi possível obter as primeiras fotografias do solo lunar e mais tarde realizar os primeiros mapeamentos de sua superfície.

Com a evolução da tecnologia, estes aparelhos teleguiados realizaram outros estudos envolvendo radiação, magnetismo, telemetria e comunicações. Algumas chegaram a pousar na superfície, realizando estudos com amostras de solo ou trazendo-as para serem analisadas na Terra. Curiosamente, algumas delas registraram estranhas estruturas na superfície lunar, gerando especulações sobre a existência de construções alienígenas em nosso satélite natural.

Zond-3

Em 18 de julho de 1965, a União Soviética lançou a Zond 3, com a missão de realizar uma série de fotografias de excelente qualidade da superfície lunar. Em 20 de julho, a sonda passou a 9.200 km de distância da Lua e obteve 25 fotografias de alta resolução, registrando o lado oculto da Lua, num intervalo de 68 minutos. As fotos obtidas cobriam 19.000.000 Km² da superfície lunar. Após esta aproximação, a Zond 3 continuou a exploração espacial entrando em uma órbita heliocêntrica.

Uma das fotografias obtidas nesta missão gera polêmica até hoje. Nesta imagem, observa-se o lado oculto da Lua onde se destaca uma gigantesca torre, com aproximadamente 30 km de altura erguendo-se sobre superfície lunar, em uma região conhecida como Mare Orientale. Nas imagens seguintes, a torre não é mais visível devido ao movimento orbital da própria sonda, porém, observa-se outra estrutura anômala, desta vez semelhante a um domo quase transparente.

Embora estas estruturas tenham permanecidas ignoradas ou inexplicadas por cientistas do mundo inteiro, ufólogos acreditam na possibilidade de elas terem sido construídas por civilizações extraterrestres que estariam usando a Lua como base de apoio às suas incursões ao nosso planeta. A partir deste momento, eles deram mais atenção às explorações de nosso satélite natural na esperança de surgiram novas estruturas anômalas. E suas expectativas foram atendidas, pois elas voltaram a aparecer, junto com luzes e até objetos voadores não identificados.

Imagem obtida pela sonda soviética Zond-3, onde observa-se uma gigantesca torre elevando-se da superfície lunar.

 

Imagem obtida pela sonda soviética Zond-3. O chamado Palácio de Cristal é observado no canto superior direito da fotografia.

 

Imagem obtida pela sonda soviética Zond-3. Ampliação.

 

Lunar Orbiter 1

A exploração da Lua continuou com a sonda Lunar Orbiter 1, também americana, lançada em 10 de agosto de 1966. Ela tinha por objetivo apenas orbitar a Lua, fotografando a superfície em busca de locais planos e seguros para pouso, tanto para as sondas Surveyor, quanto para as missões espaciais tripuladas. Foram obtidas, 42 imagens de alta resolução, além de 187 de média resolução, abrangendo uma área de 5 milhões de quilômetros quadrados da superfície Lunar. Algumas destas imagens apresentavam manchas, que prejudicam um pouco sua qualidade, embora não inviabilizassem estudos científicos. O site do Lunar and Planetary Institute (LPI) disponibiliza 210 fotografias obtidas pela Lunar Orbiter 1 com ótima resolução.

Duas imagens, identificadas como 1031 e 1032, obtidas por esta sonda mostram uma interessante anomalia na superfície lunar. Estas fotografias, obtidas a 237.71 km de altitude, mostram um conjunto de crateras situadas numa região conhecida como Mare Fecunditatis. Nela observa-se uma formação perfeitamente circular, simétrica de 1.200 metros de diâmetro, contendo outra formação circular, em sua parte interior. Curiosamente, esta imagem não é citada ou mesmo conhecida nos meios ufológicos porque este conjunto de fotos ainda não havia sido objeto de estudo dos ufólogos.

Formação anômala na superfíce lunar, fotografada pela sonda Lunar Orbiter 1.

Lunar Orbiter 2

Ainda naquele ano, os americanos lançaram a Lunar Orbiter 2, que foi ao espaço no dia 6 de novembro, com a missão de fotografar possíveis locais de pouso para outras sondas e futuras missões tripuladas do programa Apollo. Entre 18 e 25 de novembro, a sonda obteve 211 fotografias da região de Mare Tranquillitatis, sendo que uma delas é particularmente interessante. A fotografia 2061-h3, obtida em 20 de novembro de 1966, registra estranhos obeliscos erguendo-se sobre a superfície lunar. Como se isso já não fosse suficientemente estranho, estes objetos estão alinhados, como se tivessem sido colocados seguindo um padrão inteligente, inclusive com alinhamentos precisos, formando padrões geométricos alinhados com o eixo de rotação da Lua.

Estranha estrutura presente no interior de uma cratera na superfície lunar, fotografada pela Lunar Orbiter 2.

 

Ampliação de uma fotografia obtida pela Lunar Orbiter 2. Nota-se o que seriam obeliscos gigantescos, na opinião de alguns pesquisadores.

 

Ampliação da fotografia obtida pela Lunar Orbiter 2.

 

Ampliação da fotografia obtida pela Lunar Orbiter 2. As formações estão perfeitamente alinhadas com o eixo de rotação da Lua.

 

Lunar Orbiter 3

Em 5 de fevereiro de 1967, a NASA lançou a Lunar Orbiter 3, com o objetivo de fotografar áreas da superfície lunar que poderiam ser locais seguros para pousos de sondas e aparelhos tripulados. Ela contava com câmeras de média e alta resolução, além de instrumentos para análise radioativa. Ao todo, foram obtidas 626 fotografias de média e alta resolução, atualmente disponíveis no site do LPI. Algumas delas são particularmente interessantes do ponto de vista ufológico, pois apresentam estruturas anômalas e estranhos elementos na superfície lunar. A fotografia 3092_h2, por exemplo, mostra uma região situada ao sul de Sinus Medii, onde se observam duas anomalias, muito próximas entre si. A primeira é uma espécie de cratera, com formato absolutamente irregular, se comparada às demais presentes na região. Ela possui escarpas muito íngremes, aparentando, em alguns casos, ter 90º graus de inclinação em alguns pontos (crateras, na imensa maioria das vezes possuem escarpas com inclinação variando entre 30º e 45º e possuem formato circular). O interior da cratera em questão, também possui características distintas com coloração mais escura, sendo igualmente irregular. Não muito longe desta cratera, existe uma mancha irregular no solo lunar, como se o solo local tivesse sido remexido, expondo camadas inferiores do solo.

Outra fotografia obtida durante esta missão é ainda mais surpreendente. Na imagem, identificada como 3107_h1, temos uma imagem aproximada da cratera Mösting, localizada a sudeste de Mare Insularum. Ela possui aproximadamente 26 km de diâmetro, 2,6 km de profundidade e possui colinas irregulares em sua parte interna, que também estão salpicadas por outras crateras bem menores, algumas com centenas de metros de diâmetro. Em uma delas, situada na parte mais alta de uma colina, observa-se um objeto tridimensional, com dimensões perfeitamente regulares, posicionada próximo à borda da cratera. Neste misterioso objeto observam-se claramente estruturas externas definidas, como uma cúpula e uma aparente torre, que se eleva do misterioso objeto. Todos estes elementos possuem iluminação e sombra que estão plenamente de acordo com o restante da imagem, evidenciando que se trata de um objeto real, físico e que estava presente naquele local no momento em que a sonda fazia o registro fotográfico.

Embora tais imagens tenham sido liberadas sem qualquer retoque pela agência espacial americana, não houve qualquer comentário a respeito dessa estrutura. Devido à sua resolução e à quantidade de outras imagens disponíveis, esta estrutura permaneceu desconhecida do meio ufológico até o presente momento sendo, até onde sabemos, primeiramente divulgada por meio desta presente investigação.

Curiosamente, a cratera Mösting é o ponto de referência para a cartografia lunar, pois ela encontra-se muito próxima à coordenada Zero. Ela está situada a 3° 12′ 43.2″ de latitude sul e a 5° 12′ 39.6″ de longitude oeste. Olhando da superfície terrestre, ela estaria bem no centro do disco lunar visível da Terra.

Fotografia da Lunar Orbiter 3, indicando uma cratera, com características estranhas, e uma área com solo, aparentemente revirado, presente nas imediações.

 

Cratera de aparência anômala, fotografada pela Lunar Orbiter 3.

 

Fotografia da Lunar Orbiter 3, registrando uma estrutura com características claramente artificiais, presentes no interior de uma cratera, dentro da cratera Mösting. Em fotografias posteriores esta estrutura não é mais observada.

 

Área retangular, fotografada pela Lunar Orbiter 4.

 

Lunar Orbiter 5

Em 1º de agosto de 1967, a NASA lançou uma nova sonda, a Lunar Orbiter 5, que tinha por objetivo realizar novas imagens dos locais previstos para o pouso de sondas Surveyor e dos módulos tripulados do programa Apollo. Ela também tinha por objetivo fotografar o lado oculto da Lua, realizar estudos de radiação espacial, além de definir parâmetros de rastreamento e monitoramento de naves que a NASA adotaria a partir daquele ano. Entre 6 e 18 de agosto, ela obteve 844 fotografias de alta e média resolução, com uma definição melhor do que suas antecessoras.

Um das fotografias obtidas pela Lunar Orbiter 5, identificada como 5036_h317, é particularmente interessante. Nela observa-se a parte interna da cratera Petavius, que é uma gigantesca formação com 177 km de diâmetro situada nas coordenadas -25.3°S, 60.4°E. Dentro desta cratera, observa-se uma cratera menor, com aproximadamente 1.5 km de diâmetro, tendo em seu interior uma estranha forma, elevando-se da sua parte interna. Para aumentar a estranheza da figura, observa-se um prolongamento nesta estrutura, em direção à borda da cratera, como se fosse um equipamento de exploração ou extração, ali posicionado. Todo este conjunto produz sombra, o que permite estimar sua altura em aproximadamente 100 metros. Novamente, não existem quaisquer declarações ou explicações oficiais a seu respeito por parte da Agência Espacial Americana.

Neste momento da exploração da Lua, levando-se em conta todas as imagens obtidas pelas sondas da NASA, aproximadamente 99% da superfície lunar já havia sido mapeada, permitindo aos cientistas escolherem os locais de pouso para as missões futuras.

Estranha estrutura, presente no interior de uma cratera lunar. Fotografia da Lunar Orbiter 5.

 

Este estudo resultou na obra imperdível intitulada UFOs no Espaço e na Lua, de autoria de Jackson Luiz Camargo. O livro pode ser adquirido pelo Whatsapp/Telegram: (41) 98893-0383.

 

Referências:


  1. CAMARGO, Jackson. Entre o Céu a Terra – Uma história de aventura, mistérios e UFOs. Curitiba: Clube de autores, 2018.
  2. CAMARGO, Jackson. UFOs no Espaço e na Lua. Curitiba: Coleção Biblioteca UFO, 2020.
  3. CAMARGO, Jackson Luiz. Intrusos na Lua. Revista UFO, Campo Grande, nº 107, p. 21-21, fevereiro 2005.
  4. Site do Lunar and Planetary Institute – Lunar Orbiter – Galeria de Fotos

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