Os casos envolvendo danos à vegetação, à altura das copas das arvores, são extremamente raros. No Canadá, o mais conhecido aconteceu nas margens do Lago Shoal, Ontário, próximo ao limite de Manitoba.
Na noite de 18 de junho de 1967, Mr. Robert G. e alguns membros se sua família estavam voltando para casa de barco quando notaram um objeto oval e brilhante flutuando a cinquenta pés de altura das copas das árvores, cerca de meia milha de distância. À medida que eles se aproximavam da nave metálica e prateada, ela, subitamente, deu uma guinada para baixo rumando, em alta velocidade, para o barco em que se encontravam. A família bateu numa retirada apressada em direção à outra margem do lago, enquanto o objeto voltava à sua posição original, acima das arvores. Ao tentarem aproximar-se novamente do misterioso aparelho, este tornou a descer rapidamente rumo a eles, forçando-os a recuar.
Nesta altura, todos estavam profundamente abalados e resolveram acordar vários moradores das casas ao longo da margem, que também observaram o fenômeno. Após quinze minutos, o objeto, repentinamente, decolou numa velocidade inacreditável e pareceu ter tomado uma direção noroeste, rumo à fronteira de Manitoba. Um morador local, que não fora avisado do incidente contou mais tarde, que no momento exato da observação, a estática no seu rádio tinha sido tanta que foi obrigado a desligá-lo. Apesar de só podermos especular se o desarranjo foi ou não causado pelo UFO, vale a pena observar que outras dificuldades em aparelhos receptores já foram amplamente descritas em conjugação com observações de UFOs (Comprovações eletromagnéticas).
O Departamento Federal de Defesa Nacional, após ter ouvido falar do incidente, conduziu uma profunda investigação que incluiu, entre outras coisas, uma aerofoto local para observação de reconhecimento. O sumário do órgão de investigação, datado de novembro de 1967, enviado ao Comandante do Pessoal da Defesa no Quartel-General das Forças Armadas, em Ottawa, revelava que:
“O objeto foi descrito como de formato oval com uma ligeira elevação na parte superior, bastante parecido com uma capota. Quando foi observado pela primeira vez, foi descrito como metálico ou de coloração vítrea. Todavia, não havia luzes visíveis enquanto o objeto descia rumo ao barco; as copas brancas e brilhantes. O objeto estava perfeitamente visível e seu tamanho foi calculado em vinte e cinco e trinta pés de largura e, aproximadamente, dez pés de altura. À medida que se aproximou do barco, adquiriu uma coloração alaranjada e nenhum ruído foi notado por nenhuma das testemunhas”.
Também foram encontradas folhas murchas nas copas de três tipos de árvores diferentes – bétula, aveleira e cerejeira silvestre – todas localizadas na área de observação. O relatório revelava que estas folhas foram mais tarde…
“… analisadas pela Universidade de Manitoba e um conjunto de amostras revelava a presença de um fungo que fora o causador da perda do viço, contudo outras amostras não demonstravam a presença do fungo ou praga. O Departamento Florestal examinou várias árvores na área de observação do UFO e comunicou não estar capacitado a explicar a razão da presença de folhas murchas num certo numero de arvores. Várias árvores estavam afetadas, sem apresentarem um sinal padronizado e evidente, exceto o fato de que a perda de viço poderia ter sido causada por calor, embora não dispusesse de outra evidência para servir de apoio a esta possibilidade.
A investigação foi concluída sem que tivesse chegado a qualquer conclusão ou descoberta”.
O físico James M. McCampbell, da Califórnia, afirma que os UFOs emitem formas de radiação microondas que podem gerar emissões de plasma luminoso de calor de cerca de 400º F (93º C). Isto pode estar ligado ao “branco brilhante” visto na copa das árvores e à tonalidade alaranjada do UFO, que sugere fortemente um efeito de plasma.
Os relatórios preliminares do Departamento de Defesa indicam, para aumentar ainda mais o mistério, que uma das árvores tinha sido derrubada, misteriosamente, no local da observação. Posteriormente, não foi feita ainda nenhuma outra referência a este respeito, nem no relatório final nem no relatório do Departamento Florestal.
Ainda mais intrigante são as declarações feitas pelo astrofísico Dr. Peter Millman, àquela altura Diretor de Pesquisa nas Camadas Superiores da Atmosfera do Conselho Nacional de Pesquisa. Numa carta endereçada ao Dr. J. Allen Hynek, datada de 2 de julho de 1970, ele escreveu:
“Não me aprofundei nesta observação em particular antes, porém a semelhança do relato com muitos outros dados que temos sobre Venus deixou-me, imediatamente, curioso. Por isto, acabo de realizar um levantamento rudimentar da posição de Vênus, durante a hora em questão, em Shoal Lake. Vênus estava no seu maior afastamento no céu ocidental, 6º acima do horizonte numa WNW direta e dentro e 40 minutos de ajustamento. A Lua encontrava-se à esquerda do observador, conforme foi declarado, enquanto que o planeta achava-se à sua direita. É possível que alguma refração anômala tivesse acontecido, porém a movimentação irregular do barco acrescida do bem conhecido efeito do ponto de movimento, poderia, muito bem, ser o responsável por todo o relato do fenômeno aéreo”.
Devemos concluir que Venus foi responsável por ter se aproximado e ameaçado os ocupantes do barco por duas vezes, por ter murchado as folhas das arvores, mudado seu próprio aspecto de metálico para uma coloração alaranjada, criado estática eletromagnética e, finalmente, desaparecido numa velocidade inacreditável? Uma proeza por demais fantástica para um planeta que se encontra a milhões de milhas de distância!
Referências:
- BONDARCHUK, Yurko. UFO – Observações, Aterrissagens e Sequestros. Tradução de Wilma Freitas Ronald de Carvalho. São Paulo: Ed. Difel, 1982.
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