Esta última missão foi lançada a 11 de novembro de 1966, levando a bordo os astronautas Edwin Aldrin e James Lovell Jr., com a missão de testar equipamentos e manobras para o programa Apollo.
Durante o voo, foram obtidas diversas fotografias de UFOs nas proximidades da cápsula espacial. Entretanto, nas transcrições das comunicações não existe qualquer referência à avistamentos de luzes ou objetos desconhecidos, o que é estranho ou suspeito, pois a missão obteve dezenas de registros fotográficos de objetos não identificados próximos à cápsula espacial.
No acervo de fotografias da missão, disponíveis no site ToTheMoon, existe uma sequencia de 25 fotografias, obtidas em sequencia onde observam-se de três a sete objetos luminosos, de cor verde ou avermelhada, voando em formação no espaço, não muito distantes da Gemini XII. A explicação oficial da NASA para estas luzes é de que se tratava de um painel externo da cápsula. No entanto, analisando as demais fotografias obtidas pelos astronautas percebe-se que essa explicação não se sustenta, pois não havia luzes de painel indicativas na parte externa da cápsula. Outra explicação para estas imagens é de que ela tratava-se de mero reflexo em instrumentos externos da cápsula. Porém, no momento do registro, a cápsula atravessava a sombra da Terra e não havia fonte luminosa com intensidade suficiente para ser refletida pelos instrumentos externos. Além disso, a diferente posição das luzes ao longo das fotografias eliminaria esta possibilidade.
Além desta impressionante sequencia de fotografias, existem outros registros interessantes, como por exemplo, a S66-62871_G12-S. Esta imagem, bastante conhecida no meio ufológico, foi obtida durante uma atividade extraveicular e mostra, além da escotilha aberta da Gemini XII, o nosso planeta ao fundo. Em contraste contra o fundo escuro do espaço, observa-se um objeto alongado, na órbita da Terra.
Outras duas imagens mostram objetos luminosos avermelhados no espaço. A fotografia S66-62793_G12-M, obtida em 13 de novembro, registra nosso planeta, a partir da órbita. Acima da superfície, contrastando contra o fundo escuro do espaço, observam-se três objetos luminosos. Dois deles possuem algo como um apêndice externo de cor azulada. A fotografia S66-62761_G12-M, por sua vez, mostra um objeto luminoso, avermelhado, não muito distante da cápsula espacial.
A Gemini XII encerrou sua missão em 15 de novembro de 1966. Ao longo dos quase quatro dias da missão, ela cumpriu os objetivos estipulados, sendo considerado um sucesso pela NASA. Do ponto de vista ufológico ela se destaca pela quantidade de fotografias de luzes não identificadas próximas à cápsula. Os registros ufológicos obtidos durante o voo da Gemini XII e das missões predecessoras chamaram novamente a atenção da NASA para a questão ufológica. Observa-se que ao longo do programa Gemini foram adotados vários termos para referir-se à UFOS no espaço. O termo fire (fogo), por exemplo, foi usado pelos astronautas da Gemini IV, enquanto o termo bogey foi usado nas missões Gemini VII e VIII. Curiosamente, em alguns casos o astronauta simplesmente o descreveu como uma luz ou estrela, de brilho intenso e de aspecto diferente dos demais objetos espaciais.
Estes avistamentos levaram a NASA a impor diretrizes de sigilo mais incisivas em relação a esses eventos. Isso incluiu omitir fotografias e vídeos, transcrições de comunicações e aplicar sanções a astronautas que relatassem eventos ufológicos ocorridos no espaço. Mais tarde, no Programa Apollo estas regras foram bem mais eficientes.
Referências:
- CAMARGO, Jackson. Entre o Céu a Terra – Uma história de aventura, mistérios e UFOs. Curitiba: Clube de autores, 2018.
- CAMARGO, Jackson. UFOs no Espaço e na Lua. Curitiba: Coleção Biblioteca UFO, 2020.
- CAMARGO, Jackson Luiz. Intrusos na Lua. Revista UFO, Campo Grande, nº 107, p. 21-21, fevereiro 2005.
- Transcrição das comunicações – Jhonson Space Center
- Gemini XII PAO Mission Commentary Transcript
- Gemini XII Composite Air-to-Ground and Onboard Voice Tape Transcription
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