O Caso do Embornal

Por: Fenomenum Comentários: Um comentário

Um dos mais importantes casos de contato imediato da Ufologia Brasileira ocorreu em Baependi, sul de Minas Gerais, em 16 de maio de 1979.


Um dos casos mais importantes da Ufologia Brasileira ocorreu em Baependi, sul de Minas Gerais, em 16 de maio de 1979. Nesta data, o sitiante Arlindo Gabriel dos Santos observou e fotografou o pouso de três objetos voadores estranhos, além de testemunhar o pouso de um objeto de maiores dimensões, tripulado. O Caso do Embornal, ou Caso Baependi, é fortemente apoiado em evidências e ainda hoje é objeto de estudos da Ufologia.

Nesta seção, você encontrará relatórios de pesquisa do Centro Varginhense de Pesquisas Parapsicológicas (CEVAPPA), da Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores (SBEDV), uma entrevista com o protagonista Arlindo Gabriel dos Santos, croquis e desenhos da testemunha e dos pesquisadores e estudos realizados no Embornal de pano, de Arlindo.

O caso ocorreu em Baependi (MG), que está destacado em vermelho no mapa do estado de Minas Gerais.

Resumo do Caso

Por Jackson Luiz Camargo

Em 16 de maio de 1979, por volta das 8 horas da manhã, Arlindo saiu com mais dois amigos para caçar no alto da serra. Na ocasião ele portava uma espingarda calibre 28, um revólver calibre 32, uma máquina fotográfica Tuca e um embornal de pano com alimentos. Por volta das 16 horas, os três amigos encontravam-se em bosque existente em um planalto situado a 3 quilômetros da fazenda Sobrado, onde Arlindo morava.

Eles resolveram separar-se para cobrir melhor o terreno. Arlindo atravessou uma grota e saiu em um descampado. Logo em seguida ele observou, um objeto descer muito rapidamente do céu. O aparelho desceu atrás de uma crista, a uns 500 metros de distância de sua posição.

Desenho de Jairo, irmão de Arlindo. Mapa da região com os dados referentes ao episódio, assinalando os locais de onde foram batidas as fotos. [crédito da imagem: Boletim 132/135 – SBEDV]

 

Curioso, Arlindo dirigiu-se ao local para observar melhor. Ele caminhou aproximadamente 300 metros, e logo pôde observar um objeto parado no chão. Ele tinha formato cilíndrico e cor amarela. Tinha uma altura estimada de 1,5 m e largura aproximada de 50 centímetros. Este cilindro apoiava-se em uma base escura um pouco mais larga. No topo do objeto havia uma esfera, com o mesmo diâmetro do cilindro, que piscava alternando entre as cores vermelha e branca. Próximo à esfera haviam duas hastes, como braços ou asas, de cor mais escura.

O primeiro aparelho observado segundo diferentes autores. A primeira, em desenho da SBEDV, a segunda de pesquisadores do CEVAPPA e a terceira elaborado pela Rede Globo, especial para o Globo Repórter de 1993.

 

Cópia de contato das fotos do primeiro objeto fotografado. Infelizmente devido à qualidade dos Boletins, originais em preto e branco, a qualidade das fotografias ficou comprometida. [crédito da imagem: Boletim 132/135 – SBEDV]
Ampliação da imagem 1 (Cópia de contato das fotos do primeiro objeto fotografado). Infelizmente devido à qualidade dos Boletins, originais em preto e branco, a qualidade das fotografias ficou comprometida. [crédito da imagem: Boletim 132/135 – SBEDV]

Ampliação da imagem 2 (Cópia de contato das fotos do primeiro objeto fotografado). Infelizmente devido à qualidade dos Boletins, originais em preto e branco, a qualidade das fotografias ficou comprometida. [crédito da imagem: Boletim 132/135 – SBEDV]
Arlindo Gabriel permaneceu observando o aparelho por 2 ou 3 minutos, quando então lembrou-se de sua que portava sua máquina fotográfica. Ele a apanhou e obteve duas fotografias do objeto. Devido à distância em que se encontrava, e ao fundo escuro da paisagem, o objeto é visível na fotografia como uma mancha branca.

Arlindo deixou de observar o objeto momentaneamente. Ao tentar fotografar novamente o objeto percebeu que este tinha desaparecido misteriosa e silenciosamente. Então o fazendeiro resolveu investigar o lugar, caminhando até o local. Ele percorreu um trecho aproximado de 50 metros quando observou outro objeto que desceu e fincou-se ao chão, a uma distância de 46 metros da testemunha. Este aparelho tinha o formato ovóide, com um diâmetro longitudinal de aproximadamente 1 metro. Estava em posição vertical e apresentava, na sua parte inferior, uma haste com uns 20 centímetros de comprimento. Na ponta desta haste havia uma espécie de espada, de cor avermelhada, que fincou-se na terra. Na parte superior deste objeto havia um cilindro curto, com aproximadamente 5 centímetros de diâmetro. Sobre o cilindro girava lentamente uma hélice (em sentido anti-horário). Esta hélice era formado por uma roda, de aproximadamente 50 centímetros de diâmetro, que apresentava 4 hastes eqüidistantes. As hastes achavam-se fixadas em um angulo de 45 graus, inclinando-se no sentido da rotação da roda. Arlindo fotografou este novo objeto e enquanto preparava a câmera para obter nova fotografia ele ouviu um chiado, vindo do objeto. Ao olhar ele percebeu que no local onde o objeto estava havia agora uma fumaça muito branca e densa, com dimensões superiores ao do objeto observado. Arlindo fotografou a nuvem, que dissipou-se rapidamente não havendo tempo hábil para uma nova fotografia. Ao dissipar-se a nuvem, o objeto havia desaparecido.

O segundo aparelho observado segundo diferentes autores. A primeira, em desenho da SBEDV, a segunda de pesquisadores do CEVAPPA e a terceira elaborado pela Rede Globo, especial para o Globo Repórter de 1993.

 

Cópia de contato das fotos do segundo objeto fotografado. Infelizmente devido à qualidade dos Boletins, originais em preto e branco, a qualidade das fotografias ficou comprometida. [crédito da imagem: Boletim 132/135 – SBEDV]

 

Fotografia da estranha fumaça branca que surgiu no local de observação do segundo objeto observado por Arlindo feita pela Rede Globo especial para o Globo Repórter, em 1993.[imagens: Rede Globo e Ubirajara Franco Rodrigues]
Ampliação da imagem 3 (Cópia de contato das fotos do segundo objeto fotografado). Infelizmente devido à qualidade dos Boletins, originais em preto e branco, a qualidade das fotografias ficou comprometida. [crédito da imagem: Boletim 132/135 – SBEDV]
Ampliação da imagem 4 (Cópia de contato das fotos do segundo objeto fotografado). Infelizmente devido à qualidade dos Boletins, originais em preto e branco, a qualidade das fotografias ficou comprometida. [crédito da imagem: Boletim 132/135 – SBEDV]
Fotografia do segundo objeto, publicado na Revista OVNI Documento, edição 5, pág. 10.

Intrigado com o que acabava de presenciar, Arlindo resolveu procurar seus companheiros para comentar os fatos. Então ele seguiu a direita do descampado. Mal caminhou 10 metros e observou um terceiro objeto, que pousava a uns 80 metros de distância da testemunha. Este novo objeto, que pousou com certa força no chão, tinha a forma de um barril, com aproximadamente 1 metro de altura. Era listrado em vermelho e branco, tendo o topo e a base, algo em torno de 20 ou 30 centímetros de diâmetro. A base estava assentada em um cilindro escurro, com aproximadamente 25 centímetros de altura por 15 centímetros de diâmetro. Na parte superior do cilindro, um posição horizontal, havia uma hélice que girava lentamente, em sentido anti-horário. Tal aparelho balançava da esquerda para a direira, sobre a base, como se fosse cair. Após o objeto parar estático no solo a hélice também parou de movimentar-se. O corpo do objeto, apresentava um movimento curioso, aumentando e diminuindo ritimadamente a parte mais larga de seu corpo, lembrando movimentos respiratórios. Arlindo fotografou este novo objeto por três vezes. A primeira mostrando o objeto em seus ultimos movimentos. A segunda e a terceira fotografia mostrando o objeto já estático no solo. O tempo entre uma fotografia e outra foi de aproximadamente 1 minuto e meio.

O terceiro aparelho observado segundo diferentes autores. A primeira, em desenho da SBEDV, a segunda de pesquisadores do CEVAPPA e a terceira elaborado pela Rede Globo, especial para o Globo Repórter de 1993.

 

Fotos 5, 6 e 7. Fotografia n°5 não houve exposição da chapa. Fotografia 6 e 7 registrando o terceiro objeto. Cópia de contato das fotos do terceiro objeto fotografado. Infelizmente devido à qualidade dos Boletins, originais em preto e branco, a qualidade das fotografias ficou comprometida. [crédito da imagem: Boletim 132/135 – SBEDV]
Ampliação da fotografia do terceiro objeto observado por Arlindo Gabriel. [crédido da imagem: Rede Globo e Ubirajara Franco Rodrigues]

 

Concepção artística da hélice do terceiro objeto. [crédito da imagem: Boletim 132/135 – SBEDV]
Ampliação da imagem 7 (Cópia de contato das fotos do terceiro objeto fotografado). Infelizmente devido à qualidade dos Boletins, originais em preto e branco, a qualidade das fotografias ficou comprometida. [crédito da imagem: Boletim 132/135 – SBEDV]

Arlindo resolveu buscar seus companheiros, se afastando do local. Ele havia caminhado aproximadamente 10 metros, quando ouviu um barulho estranho, definido por ele como o de um motor afogado. Ao olhar na direção do som, avistou um objeto bem maior do que os anteriores que desceu 10 metros à direita do 3° objeto. este novo objeto tinha cor cinza e formato oval, tendo entre 10 e 12 metros de diâmetro. Na lateral do objeto havia uma estrutura, semelhante à uma nadadeira. Havia também dois objetos, quadrados, de cor escura, com 50 cm de lado, que Arlindo interpretou como sendo janelas. O aparelho tinha aproximadamente 8 metros de altura, com uma haste comprida na parte superior.

O quarto aparelho observado segundo diferentes autores. A primeira, em desenho da SBEDV, a segunda de pesquisadores do CEVAPPA e a terceira elaborado pela Rede Globo , especial para o Globo Repórter de 1993.

Arlindo havia fotografado os objetos anteriores e sacou a máquina para fotografar este quarto objeto. No momento em que apontou sua câmera o objeto emitiu uma luz intensa que ofuscou sua vista, deixando-o atordoado. Assustado ele correu, ainda com a vista ofuscada, na tentativa de se afastar do objeto. Seu medo era tanto que nem pegou o boné e o embornal que ele havia soltado para fotografar o objeto. Nesta corrida, Arlindo pôde dar apenas alguns poucos passos. De alguma forma ele se sentiu paralisado, e assim ficou por quase um minuto. Sua visão foi voltando aos poucos e logo sentiu algo segurando seus braços. Logo percebeu que eram dois homens, baixos (aprox. 1 metro de altura), que o agarraram firmemente pelos braços. Assustado, Arlindo falou:

“- Me soltem, pelo amor de Deus”

Nisso, o homem à sua direita respondeu:

“- Em Deus nós todos somos irmãos. Nós não fazemos mal à ninguém. Queremos apenas uma informação sua”.

Em seguida os tripulantes levaram Arlindo para o objeto ovóide, pousado a uns 100 metros de distância. Eles pararam a uma distância de 4 metros do objeto. Nas proximidades do objeto, Arlindo sentiu frio. No alto da escadinha havia um terceiro tripulante, semelhante aos dois primeiros que comunicou-se com uma voz grossa, perguntando-o se ele havia visto uma Zurca. Arlindo responde que não sabia o que era isso. Em resposta o tripulante afirma que Zurca era um aparelho que eles “transmitiram de lá para cá”, em comunicação, como todos os aparelhos da Terra. Ele falou, ainda, que tal aparelho tomou contato com uma “Linha Universal” que teria queimado “a linha de transmissão e que havia desregulado o motor de montagem e havia descido na Terra”.

Combinação de planta baixa e corte, do interior do Disco Voador. Desenho feito por Jairo, conforme explicação de Arlindo. [crédito da imagem: Boletim 132/135 – SBEDV]

Arlindo então perguntou:

– “De onde são vocês?”

Em resposta o tripulante respondeu:

– “Nós somos do lado de uma costa. Você tem estudo, tem inteligência?”

Arlindo respondeu negativamente. Diante de tal resposta, o tripulante estendeu a mão à Arlindo, ajudando-o à entrar no aparelho. Após subir os quatro degraus da escada, Arlindo viu-se dentro de uma sala circular, com 7 metros de diâmetro, aproximadamente. No piso havia uma abertura na parte central, por onde Arlindo entrou. Após Arlindo, os dois tripulantes que o capturaram entraram no objeto e fecharam a porta. O teto da sala era em forma de cúpula, com aproximadamente 7 metros de altura. No centro da cúpula havia uma lâmpada muito forte. Nas paredes haviam lâmpadas pequenas que acendiam e apagavam continuamente. Havia também, um grande indicador, semelhante à um medidor de voltagem, com mostrador.

Representação do interior do objeto ao qual Arlindo foi levado. Feito pela Rede Globo especial para o Globo Repórter, em 1993.[imagens: Rede Globo e Ubirajara Franco Rodrigues]
Nesta sala havia um aparelho, com numerosas teclas. À frente deste equipamento havia duas cadeiras ocupadas por dois tripulantes que operavam o aparelho produzindo um som de tec, tec, tec (conforme descrição de Arlindo). Estes seres também utilizavam uniforme e capacete. Com a entrada de Arlindo nesta sala, estes seres levantaram-se e conversaram entre si numa linguagem desconhecida para Arlindo. Em seguida, surgiu, vinda de um corredor lateral, um novo tripulante, sem capacete e aparentemente do sexo feminino, que dirigiu-se aos tripulantes com quem conversou, utilizando a mesma estranha linguagem.

Após algum tempo, a tripulante seguiu em direção ao corredor. Um dos dos tripulantes que havia capturado Arlindo colocou a mão em seu ombro indicando para que seguisse a tripulante. Arlindo, escoltado por dois tripulantes, seguiu a moça através de um pequeno corredor. Eles entraram em uma pequena sala onde havia um pequeno aparelho que Arlindo descreveu como semelhante à uma geladeira, tendo 3 metros de comprimento por 1,5m de altura. Na metade superior deste aparelho haviam duas telas de formato circular. Um dos tripulantes acionou um mecanismo à esquerda das telas que acenderam-se. A jovem tripulante, com o auxílio de uma espécie de varinha, explicou à Arlindo o que era projetado nas telas. Ela mostrou a Terra, o Sol e a Lua, sempre explicando o que era sempre observado. Em dado momento, surgiu na tela uma “mancha”, cor de prata amarelada, de contorno irregular. A tripulante explicou assim o que era projetado:

Representação da tela do aparelho segundo Arlindo. [imagens: Rede Globo e Ubirajara Franco Rodrigues]
O aparelho, segundo um desenho de Arlindo. Em “s” os botões tipo sanfona; em “b”, os botões menores. [crédito da imagem: Boletim 132/135 – SBEDV]

– “Aqui é onde nós estamos. Nós viemos aqui e voltamos em poucas horas, mas é de acordo com a rotação da Terra, entre a sua própria Lua e o seu próprio Sol”.

Arlindo Gabriel estimou que estas explicações duraram aproximadamente 5 minutos. Um detalhe curioso, observado por Arlindo, é o fato de que não havia sincronia entre o que era falado e o que era ouvido, ou seja, o movimento labial dos tripulantes não correspondia ao som ouvido. Na maioria das vezes, os tripulantes apenas abriam um pouco a boca, ao falar. Outro detalhes curioso, é que ao falar o som não parecia vir da boca dos tripulantes, e sim do ambiente ao redor.

Ao final da pequena explanação, um dos tripulantes retirou o capacete, desconectando inicialmente a tubulação ligada ao elmo. Este tripulante era semelhante à jovem tripulante que se comunicou com Arlindo. Ele então falou:

– “Nós somos de uma só matéria, igual à de você Arlindo, do mesmo sangue, e vivemos do mesmo trabalho. Daqui a pouco teremos transmissão”.

Após isso, Arlindo foi levado de volta à entrada da nave. Os tripulantes recomendaram:

– “Desça e siga à vista, porque o aparelho condena a visão”.

Arlindo seguiu a recomendação, caminhou, sem olhar para o disco, por uns 200 metros, tendo sua espingarda ainda pendurada no ombro, tendo seu revólver preso na cinta, à direita. Ele caminhou com dificuldade, sentindo seus ombros um pouco presos.

Após Arlindo caminhar aproximadamente 200 metros, seus movimentos voltaram ao normal. Ele então correu aproximadamente 300 metros, chamando pelos companheiros; que encontravam-se ainda a uns 300 metros de distância.

Durante aproximadamente 20 minutos não conseguiu descrever o que havia acontecido. Ele sentia sede intensa, e acabou por beber aproximadamente 1 litro de água em uma fonte natural nas proximidades. Em seguida, ele relatou o episódio para seus companheiros, omitindo o contato com os tripulantes e a entrada no aparelho. Todos voltaram ao local do pouso dos objetos, encontrando as várisa marcas deixadas. O 2° objeto observado, que se transformou em uma espécie de fumaça branca, deixou uma marca circular, de capim queimado. Havia também uma marca deixada pelo objeto em forma de “piorra” e as marcas do trem de pouso do objeto tripulado. Eles procuraram exaustivamente o embornal onde Arlindo havia deixado. Como não o encontraram voltaram para casa.

Ao chegar em casa, a esposa de Arlindo, D. Terezinha da Silva Santos, constatou que os olhos da testemunha estavam avermelhados. Nos três dias seguintes, Arlindo sentiu dor de cabeça e seus olhos ficaram inchados. Além disso, Arlindo sofreu desânimo por alguns dias, sem alteração de apetite ou em seu sono regular.

Na mesma noite em que ocorreu o contato, Arlindo recebeu a visita de seu irmão, Jairo Esaú dos Santos, na ocasião com 54 anos. Este constatou os olhos avermelhados de Arlindo e seu aparente desânimo. O protagonista relatou o episódio, omitindo o encontro com os tripulantes.

Em 14 de julho, Arlindo, seus companheiros de caçada voltaram ao local onde ocorreu o contato. Um dos ufólogos encontrou o embornal perdido de Arlindo. Este estava coberto de desenhos e inscrições.

 

A Investigação do CEVAPPA

O artigo a seguir foi publicado na revista OVNI Documento, nº 5, de out/dez de 1979. O autor, Ubirajara Franco Rodrigues apresenta em primeira mão os detalhes do caso do Embornal e sua investigação.

Dados Básicos

Investigação de campo: 12 de julho de 1979.

Investigadores:

– Ubirajara Franco Rodrigues (relator secretário CEVAPPA);

– Malius de Figueiredo (Engenheiro eletricista – Coordenador de Pesquisas CEVAPPA);

– Francisco Antonio Romanelli (Advogado – Bibliotecário – CEVAPPA).

Local: Planície algo de possível pouso de UFO. Aproximadamente 6km, da sede da fazenda de propriedade da testemunha

Características: Local montanhoso destacado por imensa pedreira a nordeste da sede. O local do possível pouso situa-se após a transposição da pedreira. Cerca de 2 horas e meia a cavalo ou 3 horas a pé. Deve-se contornar o topo da pedreira ao se chegar a uns 30 ms deste, em sentido leste.

Tipo do terreno: planície com pequena mata, após depressão em seguida à transposição da pedreira. Solo de resistência boa. Capim-grama enraizado, baixo.

Metodologia utilizada: interrogatórios da testemunha no próprio local. Reconstituição do CE. Medição das marcas em comprimento, largura, profundidade, etc.

Pistas:

– 5 (cinco) marcas no solo – uma independente e 4 (quatro) deixadas por uma mesma ação simultânea.

– Máquina fotográfica marca “Tuca”, modelo simples para amador, já em desuso, possuindo a chapa metálica interna coberta por fuligem; chamuscada.

– Embornal encontrado no local – alças rasgadas, encardido por ação de chuva e terra. Face anterior inteiramente coberta por desenhos e caracteres desconhecidos.

Desenvolvimento da investigação e comentários

Achamos mister completar o presente relatório com os comentários envolvendo, tanto o relato da testemunha, quanto os resultados da pesquisa de campo realizada, por crermos que a sequencia de idéias far-se-ia mais acessível.

Antes de deixarmos bem clara nossa imagem do fenômeno ufológico classificado de CEIV – um fato que, por mais completo em dados sempre deixa o pesquisador em dificuldade. Por isso, limitar-nos-emos em traçar os comentários, de maneira mais objetiva possível, omitindo-nos quanto à veracidade ou não dos acontecimentos.

Também desejamos confessar que esta pesquisa se realizou nos limites de nossas possibilidades, mas se constitui uma sincera contribuição às proposições da Ufologia. Portanto, esclarecemos nossas falhas, devidas a inúmeros motivos de força maior:

– Não submetemos o solo a teste de resistência com pesos.

– Não encontramos óbvios meios de analisar a tinta usada no embornal.

– Não possuímos condições de comparar os caracteres nele inscritos com outros conhecidos.

Quanto à testemunha

Arlindo Gabriel dos Santos impressionou-nos à primeira vista com seu caráter. Pessoa inegavelmente honesta, numa conseqüência natural de alguém que muito lutou para adquirir estabilidade.

A fazenda onde mora compunha-se antigamente de uma vasta extensão de terras situadas no Município de Baependi que, diga-se de passagem, é enorme.

Ele adquiriu as terras do pai, antes do falecimento deste. O restante pertence aos irmãos de Arlindo.

Hoje, longe da cidade durante toda a semana, onde somente vai em caso de extrema necessidade, Arlindo acomoda-se ao lado de sua esposa, após longos dias de trabalho. Quando no preâmbulo dissemos que Arlindo não é muito expressivo financeiramente, quisemos falar que se trata de um chefe de família estável economicamente. Mas uma estabilidade mantida com honesto trabalho. Ele não é um homem rico, mas sossegado.

Não temos dúvida de que há honestidade em suas palavras. Não se perde em divagações, não exagera, é objetivo. Sua gentileza e educação contagiam.

Ainda criança, contraiu tétano e em conseqüência, apanhou uma deficiência auditiva, o que provocou gagueira na articulação das palavras. Mas jamais teve problemas de ordem psíquica, segundo seus familiares. Ao contrário, parece-nos firme e sóbrio, muito sensato.

Sua instrução escolar vai até o curso primário completo. Culturalmente não é nenhum ingênuo. Possui bom círculo de amizades, assiste televisão, lê de vez em quando, mas não poderia atingir conhecimento de certos detalhes, a nosso ver. Tem espontaneidade.

Redige mal e seus pensamentos transpostos para o papel coincidem com seu grau de instrução. No entanto, desenhando, ele surpreende. Sempre gostou de desenhar. Ma opinião do Dr. Francisco Antonio Romanelli, e corroboramos, possivelmente sua faculdade de desenhar bem, com riqueza de detalhes, trata-se de compensação, de um desenvolvimento desse dom provocado pela surdez parcial. Sua sensibilidade visual e memória aumentaram com a deficiência auditiva. Apenas uma hipótese e, ressaltamos, não necessária.

Arlindo Gabriel dos Santos, protagonista do caso.

Quanto ao depoimento

Para proceder à investigação de campo, fomos acompanhados por dois irmãos de Arlindo e um cunhado. Um deles levava sua câmera “Instamatic”. Notamos que todos adoram tirar fotografias. Antes Arlindo nos mostrara sua máquina “Tuca” e tem muito amor por ela. Por isso não é de se estranhar que levava a câmera consigo na caçada. Muitos estranham que seu depoimento refere-se a essa caçada, já que aos jornais ele declarou que saíra para procurar uma vaca perdida. Mas na entrevista isto se esclarece. Apenas medo de sofrer alguma sansão da polícia florestal, por estar caçando e então justificou-se com a estória da vaca.

Seria repetir inutilmente hipóteses quanto à diversificação de objetos avistados por Arlindo naquele dia 16 de maio. Já está consagrado na Ufologia que “naves-mãe” transportam diferentes tipos de “sondas”, geralmente pequenas, como “in casu”. Suporíamos: os três objetos que precederam à descida da “nave mãe” (CE III) seriam aparelhos de sondagem e busca. Isso é corroborado pela INFORMAÇÃO que os possíveis ufonautas desejaram de Arlindo – se alguém avistara um aparelho lançado anteriormente.

A testemunha conseguiu que o filme acusasse 4 imagens diferentes. Duas delas, pela distância, estão quase imperceptíveis. Daí, incluímos apenas duas neste trabalho. Pudemos ver os negativos e a sequência coincide perfeitamente com o depoimento. A ultima foto, a do objeto maior e ultimo, saiu toda em branco. Note-se que Arlindo disse que, quando a tirou, o objeto disparou um “relâmpago” justamente naquele instante, que o paralisou. A intensidade da luz queimou a chapa.

O terceiro objeto, em solo, transformou-se em “fumaça”. Sabe-se de certos UFOs que, no ar, vem apresentando uma série de fenômenos relacionados com fumaça ou nuvens, como a famosa foto tirada no Canadá, por volta de 1972. O próprio filme, “Contatos Imediatos de Segundo Grau nos mostra o fenômeno, um pouco estilizado, quando UFOs traçam rotas “camuflando-se” em imensas nuvens artificiais. E o filme foi baseado em fatos e pesquisas reais.

O astrônomo Antônio R. Guedes, fundador e presidente da Associação Astronômica Galileu Galilei de Vitória, ES, vem estudando este aspecto da Ufologia e tem constatado que UFOs realmente se “camuflam” ou se envolvem por fatores não sabidos em nuvens e fumaça artificiais.

Essas “sondas” tem sido observadas por diversas testemunhas. Algumas, ao que parece, são pura forma de energia e já chegaram a atravessar pela fuselagem de aviões de passageiros para depois desaparecer. Mas, nota-se, a incidência de observações desenvolveu-se até agora somente à noite, na maioria. O caso de Arlindo nos mostra, portanto, tal aspecto inédito: o avistamento desses pequenos engenhos, de dia e com detalhes.

Outro ponto positivo em favor do depoimento é que as “sondas” possuíam hélices e uma delas apresentou sintomas de queima de combustível (o terceiro objeto). Isso indica que são máquinas destinadas a observações dentro da atmosfera, a pouca altura e não engenhos interplanetários, ou para viagens interestelares.

Vejamos o CE III, com a prévia descida de um grande UFO ovalado. Apoiou-se em 4 pés, era branco e caracterizado por uma “ponta” em sua parte superior. A descrição coincide com objeto mostrado na OVNI Documento n° 4, pág. 18, o ultimo objeto de cima para baixo. (1ª fila vertical). Na revista o objeto possui três pés e o de Arlindo quatro. Achamos que seria o mesmo tipo de aparelho e a diferença de 1 pé comentaremos ao falar das Pistas.

Diz Arlindo sobe os demais efeitos: “Fez um barulho esquisito, feito motor quando está afogado”. Sabemos que a grande maioria dos contatos, de qualquer dos três graus, não apresenta o mínimo de ruído. Mas há um engano por parte dos ufólogos, ao se fazer tal afirmação. Pelo que temos observado, e não se nega, a testemunha geralmente crê ter avistado o UFO a baixa altitude e estranha a ausência de ruído. Mas o leigo, normalmente à noite, quando não há pontos de referência, erra no calculo da distância. Vendo um UFO à enorme altitude, e talvez até em órbita fora da atmosfera, julga estar ele voando baixo. Daí a ausência de ruído perceptivel.

Temos notado em nossas pesquisas que, quando há o contato, bem próximo de fato (250 m ou menos) as testemunhas são unânimes em afirmar terem ouvido forte ruído.

Outro sintoma fisiológico comum é a paralisação parcial ou total das testemunhas por ação de um raio de luz emanado pelo UFO. Arlindo, semi-paralisado após tentar correr, não viu o que o prendia. Um fenômeno talvez magnético provocado através da emissão de energia luminosa.

Olhando para trás, notou dói homens. Aí começa o maior ponto em favor de Arlindo: além das coincidências de detalhes com outros depoimentos, existe total ausência de fantasia, exageros e longas “prosas” cheias de uma filosofia duvidosa. Capacetes “quase do tamanho da cabeça deles mesmos”. Coberturas para cabeça, pequenas, como na foto do caso clássico de Elizabeth (Inglaterra) quando seu pai a fotografou e constatou a figura de um “astronauta” situado quiçá em outros planos dimensionais, acima da cabeça da garota (década de 60). Tal declaração coincide com o incidente famoso de Antonio Villas Boas, quando o conduziram ao interior do UFO. E muitos outros.

Os dois ufonautas conversaram com Arlindo por intermédio do “tambor” que possuíam nas costas, em Português. Seria uma espécie de tradutor simultâneo? A tecnologia terrestre já usa tal aparelho. Aquele tambor, ao que parece, servia também de deposito da substância que os ufonautas respiravam. Mexiam com a boca, portanto não se tratava de transmissão telepática. É possível até que servia de mero amplificador, necessário por causa do capacete. Como se vê na entrevista, a testemunha chegou a parlamentar, com pessoas sem capacete, no interior do objeto.

Arlindo, ao se aproximar, sentiu que o objeto era frio. Um ar frio Betty Hill também depôs a mesma coisa, e o detalhe é lembrado por Hans Holzer, em “Os Ufonautas”: …não tinha a menor dúvida de que se tratava de um aparelho físico, e que era frio, também. Era mais frio dentro dele, do que fora” (pág. 123). Também disse Betty Hill: “… Eles davam a impressão de gente normal; mas tudo parecia um tanto frio, a meu ver. Quando saí do disco, estava mais quente fora” (pag.129).

Tal como no caso de Barney e Betty Hill, um homem, suposto comandante, o esperava, no alto de uma escada de 4 degraus. Perguntado sobre o que era a “ZURCA” que procuravam, tal ufonauta lhe respondeu: “… que era um aparelho que eles transmitiram de lá para cá, em comunicação, como todos os aparelhos da Terra. Disse que ele tomou contato com uma Linha Universal…”.

O emprego dos termos Transmitiram e Linha Universal vem corroborar uma lógica nos termos científicos atuais. Ou seja, as viagens a grandes distâncias no Espaço seriam empreendidas de maneira ideal, se se lograsse desmaterializar e rematerializar em moléculas ou átomos uma espaçonave, com tripulantes e tudo. Daí, o termo TRANSMISSÃO retrataria exatamente um sistema como tal. Teriam, quem sabe, as moléculas desintegradas da nave, quer sejam projetadas em correntes vibratórias ou magnéticas, ou seja lá de que tipo, que sem dúvida, cortam o Universo, ligando mundos e espaços? Seriam tais correntes as Linhas Universais?

Conduzido ao interior do aparelho, lá estavam mais dois homens, também de capacete, roupa preta (idêntica à dos ufonautas de Betty Hill), olhos rasgados e puxados, nariz reto, boca rasgada com lábios finos. Descrição fisionômica inteiramente coincidente com o relato sobre humanóides do tipo ora tratado.

Nisso surge a presença já conhecida de uma moça, sem capacete. Mais tarde outro ufonauta tirou também seu capacete.

Isso nos faz aventar algumas hipóteses, na falta de outras melhores:

– como Arlindo não usava capacete, dentro ou fora do aparelho, os ufonautas estariam usando como proteção contra bactérias terrestres.

– eles o usavam para respirar seu próprio ar e adaptaram o interior do objeto com o ar terrestre a fim de receber Arlindo.

– a moça e o homem estariam adaptados ao ar da Terra.

– respirar por longo tempo o ar terrestre que tem excesso de oxigênio, seria prejudicial aos não adaptados.

Tendo sido aberta a porta de entrada do aparelho, houve receio de contaminação. Constatado o contrário, e dois deles tiraram o capacete.

Vale aqui citar um pensamento abalizado de Carl Sagan, em “A Civilização Cósmica”, pág, 55:

O Chauvinismo acerca do oxigênio é comum. Se um planeta não possui oxigênio é considerado inabitável. Esse ponto de vista ignora o fato de que a vida surgiu na Terra na ausência do oxigênio. De fato, o chauvinismo quanto ao oxigênio, se aceito, logicamente irá demonstrar que a vida é impossível em todo o resto do Universo. Fundamentalmente, o oxigênio é um gás venenoso. Ele tanto se combina quimicamente como destrói as moléculas orgânicas das quais é composta a vida terrestre. Há muitos organismos na Terra que vivem sem oxigênio e muitos organismos que são envenenados por este elemento…. Num cenário brilhante de adaptações evolutivas, organismos como insetos, sapos, peixes e gente aprenderam não somente sobreviver na presença desse gás venenoso, como na realidade a usá-lo para aumentar a eficiência com que se processa o metabolismo dos alimentos. Mas isso não deve nos impedir de perceber a natureza fundamentalmente venenosa desse gás”.

Arlindo foi então conduzido a um outro comodo, passando por um corredor. Lá a moça o colocou diante de um aparelho, semelhante a uma geladeira, que foi acionado. Numa espécie de monitor, surgem as figuras da Terra, Lua e Sol. Com o afastamento da imagem da Terra, apareceu uma mancha em seu lugar. Ao que tudo indica, a moça se referiu a viagens interestelares através do chamado hiperespaço. Inclusive, por sua palavras referidas por Arlindo, a coisa talvez dependa de uma posição espacial provocada pela situação da Terra, Lua e Sol. De acordo com possíveis graus, e efeitos de gravitação, a tão sonhada “passagem” para um universo coexistente permita acesso ao nosso.

À frente, perguntamos à testemunha se não acontecera algo mais do que narrava, ou se sonhara posteriormente com outros detalhes, dos quais não se lembrava. A resposta foi afirmativa, mas seus posteriores sonhos são recordados confusamente e vagos. Daí supormos que houve, no caso, canalização ao inconsciente de fatos vividos. São inúmeros os fenômenos de 3° grau em que a testemunha não se lembra da experiência. Submetida a hipnose regressiva, revela novos pontos.

Cremos que Arlindo, segundo seu depoimento, viajou no UFO. Note-se que a moça, ao apontar a “mancha” que substituíra a imagem da Terra, diz: “Aqui é onde nós estamos. Nós viemos aqui gastando poucas horas. De acordo com a movimentação da Terra, temos um contato com o Sol, a Luz e a Terra”.

Estariam eles, naquele momento, no lugar de origem do UFO?

O CEVAPPA procederá posteriormente a um estudo estatísticos envolvendo os períodos de “ondas” de aparições ufológicas e certas posições espaciais da Terra, Lua e Sol, sob orientação do astrônomo Antônio Guedes, consultor. Um aspecto de muito interesse, a essa altura dos acontecimentos.

Um ponto que corrobora a suposição de que Arlindo foi levado à origem dos ufonautas, encontramos nas palavras do humanóide que tirou o capacete: ‘Daqui a pouco, teremos conjunção”. Depois Arlindo foi libertado.

Talvez a viagem de volta estivesse chegando ao fim, e a nave teria conjunção com o plano dimensional terrestre.

Finalmente notamos uma frase incompreensível que o ufonauta disse à testemunha ao recebê-lo no aparelho, no início de sua experiência: “Nós somos do lado de uma costa”. O Dr. Málius de Figueiredo supõe que o sentido da frase referir-se-ia à teoria da origem intraterrestre dos UFOs. Muitas correntes, e aqui nos referimos apenas às científicas objetivas, como “A Terra Oca”, de R. Bernard, creen que os Ufonautas vivem em regiões subterrâneas que abrigam civilizações adiantadas, situadas abaixo da crosta terrestre. O Dr. Malius pergunta, assim, se pela deficiência auditiva ou falta de conhecimento, Arlindo não tivera entendido mal a frase. Talvez o humanóide falara Crosta e não Costa.

 

Mas os indícios são mais numerosos em favor da outra hipótese já comentada. A experiência começara por volta das dez e meia, quando Arlindo se separou dos companheiros. Saindo do UFO e os reencontrando, era cerca de onze e meia. Tudo acontecera em uma hora.

Encerrando este tópico, comecemos a imaginar:

Se Arlindo entrou no UFO, foi levado a outro plano de existência (planeta, mundo paralelo, ou que seja) em poucas horas até seu destino, e depois regressou ao nosso Universo pela mesma técnica, perdendo o tempo, a lógica, com discrepância de uma hora;

Se tal técnica utiliza recursos de velocidades ainda inconcebíveis para a nossa ciência;

Se para os homens em terra passou-se apenas uma hora e, quem sabe, há algo mais envolvendo a Teoria da Relatividade que não conheçamos, então tomamos a liberdade de descontraidamente, usar uma frase do filme “Contatos Imediatos de Terceiro Grau”, quando um cientista da base de pouso secreta, ao ver a sair do enorme UFO o comandante Taylor, desaparecido em 1945, tão jovem quanto na época em que sumira com seu avião, exclama maravilhado “Einstein tinha mesmo razão!”.

Equipe do CEVAPPA fazendo um molde em gesso das marcas deixadas pelo disco voador.

Máquina Fotográfica

Antes de nos dirigirmos, a cavalo, para o local do suposto pouso, o Dr. Francisco Antonio Romanelli solicitou de Arlindo a câmera com que havia obtido as fotos do fenômeno.

A testemunha reclamou que não conseguira mais bater fotos, pois todos os filmes que utilizavam saíam totalmente brancos. Fato constatado por nós com um rolo de negativos inutilizados.

Abrindo a câmera, o pesquisador constatou que a chapa de proteção, interna, está queimada e coberta de fuligem. A impressão é que este efeito físico foi provocado por intensa radiação, no momento em que o UFO soltou um “relâmpago”, na testemunha, justamente na ora em que esta bateu a 4ª foto.

Nos negativos, justamente a 4° chapa está totalmente em branco, mas se nota que foi batida.

Mecanismo interno da máquina fotográfica de Arlindo Gabriel que ficou danificado durante o contato.

Marcas e sulcos

No local do pouso há 5 (cinco) marcas. Uma independente, deformada, irreconhecível. Diz Arlindo que por ação de tatu. Realmente, esse animal não pode ver um pequeno buraco no chão; apressa-se em aumentá-lo. Seria o traço físico do terceiro UFO, tipo “piorra”.

As outras 4 foram provocadas pelo ultimo objeto. Aparentam 3 pés de apoio terminando em sapata e outra também deformada segundo o mesmo fator – ação de tatu.

Pesquisadores do CEVAPPA investigaram exaustivamente o local de pouso do objeto.

Se a hipótese desse animal não é tão aceitável, apesar de possível, então pensemos em outra:

Arlindo viu o terceiro objeto apoiando-se em uma haste fina que penetrou no solo. Chegando lá depois, não notou a marca que ele supunha ter ficado, ao ter a ilusão de ótica da penetração. O UFO maior não deixaram 4 marcas e sim três. Tinha somente 3 suportes de solo. Então a testemunha fraudou os dois buracos de tatu, ingenuamente, com boa fé, no receio de que aquele aparente contrasenso viesse colocar sua história em dúvida. Após tanta coisa, aquilo que, segundo seu entender, não teria lógica, seria por demais irônico.

Uma fraude, sem malícia, justificável, com boa fé.

Essa pista coincide com o desenho do UFO, já citado, publicado em OVNI Documento. A situação das 3 marcas reais provam a posição de Arlindo com relação ao UFO – de frente – quando este pousou.

Fotografia de uma das marcas produzidas pelo UFO tripulado.

 

Molde em gesso feito a partir de uma das marcas de pouso.

 

Croquis das impressões deixadas no chão, pelos suportes do Disco Voador. Desenho de Tadeu, irmão de Arlindo. [crédito da imagem: Boletim 132/135 – SBEDV]

Embornal

Já no local, a equipe se espalhou em busca de novos indícios. Eis que o Dr. Malius de Figueiredo, distante de todos e sem influência da testemunha, encontrou espontaneamente o embornal.

Péssimo estado de conservação, reconhecido por Arlindo como se fosse o que soltara ao chão, para fotografar o ultimo objeto.

Vazio e coberto por inscrições e desenhos. A testemunha mostra espanto e surpresa.

Equipe da CEVAPPA, no local onde ocorreu o pouso do UFO, nos terrenos da Fazenda Sobrado, em Baependi (MG).

 

Um indício que permanecerá à espera de explicação correta, que pode representar uma prova concreta e uma chave para a descoberta de conhecimentos revolucionários.

Compara-se o desenho central de um UFO com o desenho publicado em OVNI Documento n° 1, à página 20, relativo ao caso de Paciência, esboço pela testemunha.

O embornal encontra-se em poder do Centro Varginhense de Pesquisas Parapsicológicas.

O Embornal de plano de Arlindo Gabriel, com caracteres estranhos estampados no pano.

Consideração final

Não damos por encerrada a pesquisa do caso de Arlindo. Pretendemos continuar desenvolvendo uma série de necessários estudos, quanto às provas e indícios.

Utilizaremos as controvérsias, teses e outras consequências inevitáveis que, temos certeza, surgirão em torno do presente caso.

Até lá, chegaremos a uma conclusão definitiva. Ou talvez não.

Este relatório, reconhecemos, é longo e cansativo. O fenômeno CEIV assim exige, um tipo de acontecimento sério, profundo, ao qual se deve dedicar um estudo calmo, objetivo, sempre com os pés presos em terra firme. Por isso, só comentamos os pontos que podíamos, de que tínhamos dados. Vamos continuar mantendo nossos pés em terra firme… ao lado do embornal.

Fotografia obtida durante a pesquisa do CEVAPPA. [crédito da imagem: Revista OVNI Documento, edição 5, pág. 10]

A Pesquisa da SBEDV

Texto original da SBEDV

A Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores (SBEDV), uma das pioneiras na pesquisa ufológica nacional, realizou investigações sobre o Caso do Embornal em três ocasiões: em 1° de dezembro de 1979, 22 de dezembro de 1979 e 17 de fevereiro de 1980. Em seu Boletim 132/135, de agosto de 1980, ela apresenta um relatório de sua investigação em Baependi (MG), a qual transcrevemos alguns trechos abaixo:

“Afim de colher mais dados sobre o caso, pusemo-nos em campo. Tivemos um bom acolhimento por parte da família da testemunha e uma grande ajuda em nossas pesquisas.

Tivemos também, oportunidade de ver os negativos e admirar as ampliações, aqui reproduzidas.

Como contribuição maior, descobrimos um magnetismo, (bastante aumentado) na extremidade do cano da espingarda, com a qual Arlindo, a tiracolo, havia entrado na nave extraterrestre.

Este ultimo dado, representa um valioso indício, já que se diz que os extraterrestres conseguem vencer as enormes distâncias interplanetárias e interestelares, por meio da atração de seus potentes eletroímãs.

Considerações sobre provas materiais do episódio

As fotos (itens I a V)

As fotos de Arlindo, 11 películas de 42 x 42 mm (veja as cópias de “contato” fig n° 1 a 11), estão contidas num rodo do filme n°. 127; isochrom pan 21.

As películas de n°. 5 a 9 nada registram, provavelmente, pelo nervosismo do fotógrafo e/ou ausência ou funcionamento defeituoso do controle de exposição da máquina Tuca. As de n° 10 e 11, as duas ultimas do filme, são fotos de familiares de Arlindo.

O primeiro objeto registrado – películas 1 e 2, veja pequeno circulo na fig1 e 2 – foi ampliado aproximadamente 12 vezes em A.1 e A.2 – veja circulo maior – igual procedimento foi adotado com o segundo objeto – figs. 3 e 4, respectivamente B.1 e B.2 – e também com o terceiro objeto – figs 6, 7 e 8, respectivamente C.2 e C.3. somente a película C.2 teve aumento maior que o resto.

Com relação às fotos e ao fotógrafo poderão ser feitas as seguintes considerações:

I – Honestidade do fotógrafo

É frequente os “experts” ufológicos governamentais suspeitarem da honorabilidade do fotógrafo de Disco Voador especialmente quando se trata de contato amistoso. No passado isto aconteceu com George Adamski. Desse modo, a reação destas pessoas no caso Arlindo constituirá uma forma de avaliar a reação da política ufológica terrestre no presente.

II – Qualidade da lente da máquina Tuca

Parece que a lente precisava de uma rigorosa limpeza e/ou que ela é demasiadamente simples e fraca para permitir uma ampliação 12 vezes maior de detalhes fotografados (a falta de sofisticação da lente produz uma falha no “Power of resolution”).

Lembramo-nos de ter lido artigos que explicavam a possibilidade científica de serem corrigidas deficiências de fotos feitas, tanto por lente de qualidade inferior quando por uma focalização incorreta (da distância do objeto). Para tal seriam levados em consideração a distância focal da lente, a constituição da lente propriamente dita e a distância do objeto fotografado. A correção seria feita através de calculo matemático, em computador acoplado a recursos de aparelhos óticos complementares. Estes recursos só são possíveis nos laboratórios multinacionais ou governamentais, hostis à Ufologia e, portando à publicação de resultados de confirmação e prova da existência extraterrestres.

III – Complementação dos desenhos pelas fotos

Pelas ampliações do objeto n°3 (C.1, C.2 e principalmente C.3), podemos complementar o desenho deste objeto, colocando, no plano horizontal, uma hélice com os braços levantados obliquamente e ainda uma cúpula central como se vê nas ampliações onde se vê, ainda, que o objeto irradiava luz ou forma de energia capaz de sensibilizar os sais de prata da película (ver fig. “c”).

IV – Cálculo das dimensões dos objetos

Comparando os triângulos semelhantes vistos na figura “N”, o tamanho do objeto poderá ser calculado tomando por base os valores da imagem na película (vista nas cópias de “contato”) e a distância focal da máquina de um lado e o tamanho real do objeto e sua distância do fotógrafo de outro.

Conhecendo-se apenas três destes dados, inclusive a distância focal da máquina fotográfica poderemos calcular a 4ª grandeza (procurada) – o tamanho do objeto fotografado. Para maior precisão, o calculo deverá, considerar o tamanho do objeto nas ampliações e este valor será dividido por 12 (fator da ampliação).

OBSERVAÇÃO

Tentamos em vão adquirir no mercado (cessou a fabricação?) uma máquina fotográfica Tuca. Arlindo doou a sua à Ubirajara, o qual não nos informou ainda sobre a distância entre a lente e a chapa (distância focal).

V – consideração sobre o movimento dos objetos resp. do fotógrafo, durante a tomada de fotos.

Poderá ser considerada a movimentação do fotógrafo ou do objeto – DV – entre uma e outra como, por exemplo, entre C.2 e C.3 pois, enquanto numa se vê o céu como fundo, na outra se vê a serra, à direita.

Possivelmente, entre uma e outra o fotógrafo se moveu para a esquerda.

O magnetismo nas armas

O magnetismo, evidenciado pelo aço das armas, uma espingarda americana CO 28 GA – CHOKI, de 28 mm, e um revolver brasileiro, Castelo, 32 mm, cano curto, foi por nós pesquisado, durante a nossa primeira estada, na casa de Arlindo, e registrava índice muito baixo: ¼ a ½ Gauss, no revólver e ¼ de Gauss, na região do gatilho da espingarda (usando o magnetímetro Perrin-jaquet, Suíça).

Por ocasião da nossa segunda visita ao local, Tadeu, irmão de Arlindo, nos sugeriu a pesquisa do magnetismo, ao longo de todo o cano da espingarda. A surpresa foi grande, quando constatamos, que em direção à boca do cano, tal índice era muito maior; chegando a alcançar uma intensidade, relativamente alta, de quase 2 gauss.

É valido lembrar que a testemunha do caso, Arlindo, entrou no disco, segurando a sua máquina fotográfica com as mãos; o revólver preso ao cinto, à direita; e à esquerda, a espingarda ereta, a tiracolo. Daí, o nosso argumento em relação à boca da arma, ter ficado mais próxima de fontes energéticas; possivelmente, de ordem magnéticas, alojadas no alto da sala circular, no disco voador (ver fig. G).

Durante sua pesquisa, a SBEDV obteve croquis representativos do contato de Arlindo. Ao longo do Boletim já mencionado, os pesquisadores comentam tais croquis e o relacionam com o depoimento ou com a pesquisa desenvolvida. Em relação aos objetos desenhados por Arlindo, os pesquisadores da SBEDV comentam:

“Arlindo, na Figura B, no seu croquis do objeto em vista lateral, por engano desenhoua hélice em planta baixa. Também, no seu croquis do objeto, não enfatizou graficamente a forma ovóide; o leitor então poderá imaginar que teria sido elipsóide. No croquis do 3° objeto (em vista lateral) – fig. C – Arlindo cometeu o mesmo engano que em B, desenhando a hélice em planta baixa”.

 

Entrevista com Arlindo Gabriel dos Santos

Transcrevemos a seguir trechos da entrevista realizada por pesquisadores do Centro Varginhense de Pesquisas Parapsicológicas (CEVAPPA), com Arlindo Gabriel dos Santos, protagonista do contato de terceiro grau na zona rural de Baependi, Sul de Minas Gerais, e publicado na Revista OVNI Documento, n°5, de outubro/dezembro de 1979.

CEVAPPA: Senhor Arlindo, qual é o seu nome completo?

Arlindo Gabriel dos Santos.

CEVAPPA: Quantos anos o senhor tem?

Trinta e dois.

CEVAPPA: O senhor tem fazenda aqui?

Tenho.

CEVAPPA: É de sua propriedade mesmo?

De minha propriedade particular.

CEVAPPA: Onde fica localizada esta fazenda?

O lugar é na fazenda do sobrado.

CEVAPPA: Quantos quilômetros daqui, mais ou menos?

Daqui lá, tem 42 a 43 quilômetros.

CEVAPPA: O senhor fica lá o dia todo?

Fico.

CEVAPPA: Quais são as suas funções lá na sua fazenda?

Bem, lá tenho vacas, café não.

CEVAPPA: No momento o negócio de café não está compensando muito, não é?

[Risadas]

CEVAPPA: Arlindo, nós ficamos sabendo, por intermédio de outras pessoas e jornais, que o senhor viu naquelas paragens alguma coisa estranha. E que o senhor fotografou isso. Gostaria então que me dissesse quando foi que isso aconteceu.

Como que foi né?

CEVAPPA: Quando?

Foi no dia 16 de maio.

CEVAPPA: A que horas mais ou menos?

Era mais ou menos dez e meia.

CEVAPPA: Da noite?

Do dia.

CEVAPPA: Então o senhor nos conte como foi tudo, desde o começo, com o máximo de detalhes.

Estávamos eu e mais dois companheiros, caçando há seis quilômetros da sede da fazenda. A certa altura, resolvemos nos separar. Fomos cada um para um lado. Eu entrei em um mato, e, quando saí do outro lado, num campo após uma vala, avistei um aparelho que desceu. Aí eu fiquei muito cismado com aquilo e cheguei lá para ver. Aí quando eu cheguei lá, avistei um aparelho numa baixada, numa distância que já foi medida, de 180 metros.

CEVAPPA: Este aparelho como era?

Este aparelho, quando eu o avistei, tinha forma de um poste, mais ou menos uns dois palmos de largura por um metro e meio de altura. Ao, meio cismado, com a “Kodak” no embornal…

CEVAPPA: O senhor tinha ido lá pra caçar?

Aí tirei a máquina… Sim, para caçar.

CEVAPPA: E durante essas caçadas, o senhor leva sempre sua câmera?

Levo. Não foi a primeira vez que eu levei. Alguma vez a gente leva. Então eu resolvi levar somente para a gente brincar. Quando eu vi aquilo, resolvi tirar a câmera do embornal, rodei o filme e fotografei aquele aparelho. Depois fiquei apreciando aquilo e aquilo de repente desapareceu e eu não vi para onde ele foi.

CEVAPPA: Desapareceu na sua vista?

Na minha vista. Não vi para que lado ele desapareceu e fui até o local. Quando cheguei mais embaixo, de repente desceu na minha frente outro aparelho. Tinha a forma de uma piorra, com um metro e pouco de altura e em cima tinha um hélice girando.

CEVAPPA: O aparelho tinha um metro e pouco de altura, ou estava a essa altura do chão?

Era um metro e pouco de altura, o tamanho do aparelho. Por baixo, ele tinha uma ponta que parecia uma ponta de espada. Aquilo veio, desceu na minha frente, e eu parei. Parei, troquei o filme logo.

CEVAPPA: Como? O senhor trocou o filme? Ele já tinha acabado?

Não. Eu passei o filme. E fotografei o aparelho. Aí fiquei parado, de repente fez “chiuuu”! Deu aquele sopro, e aquilo se transformou numa fumaça. Eu fiquei meio encabulado, passei o filme de novo e fotografei. Saí. Quando eu andei poucos metros, desceu um outro. Este, tinha a forma de um barril, com um metro e meio, ou mais de altura. Desceu, bateu no chão, cai-não-cai, balançou, aí se afirmou. Tinha uma hélice grande com asas do lado e o hélice estava girando poucas voltas. Ele era listado de vermelho e branco. Tinha a forma de um barril. Ao que eu olhei, rodeio o filme e fotografei de novo.

Croquis dos objetos e do relevo local. [Créditos: Revista OVNI Documento, edição 5, pág. 8]

CEVAPPA: O senhor tirou três fotos?

Três. Aí saí. Quando andei uns dez metros ele tinha desaparecido e desceu um aparelho muito grande. Este tinha a forma de um ovo, todo branquinho, mais ou menos uns 10 metros. Em cima ele tinha uma ponta. Dos lados do aparelho tinha uma asinha que parecia uma asa de peixe. E de um lado e do outro, da asinha, tinha umas janelinhas. Quando ele desceu, a uma distância de 1,5 ms, de mim ele parou. Fez um barulho esquisito, feito um motor que está afogado.

CEVAPPA: Este era muito grande?

Era do tamanho de uma casa.

CEVAPPA: Este aparelho grande, desceu dentro do mesmo buraco ou era em um campo?

No mesmo lugar.

CEVAPPA: E o espaço? Tinha muito espaço para ele poder descer?

Era grande. Quando ele desceu, eu vi sair dele 4 pés.

CEVAPPA: Como eram esses pés?

Pareciam uns pés chatos, com uma espécie de latinha… com uma largura de uns seis ou sete centímetros. (!)

CEVAPPA: O senhor viu alguma janela neste ultimo aparelho?

Aí, quando deixei minhas coisas no chão e tornei a passar o filme, levei a “Kodak” para fotografar, deu um relâmpago!

CEVAPPA: Relâmpago? Luz?

Deu aquele relâmpago na minha vista, me ardeu os olhos, fiquei apavorado com aquilo, soltei as coisas da mão e corri. Quando corri uns 10 metros ele me prendeu.

CEVAPPA: Quem prendeu?

O aparelho. Me prendeu, eu quis sair…

CEVAPPA: Quer dizer: o aparelho estava lá e o senhor tentou andar e não conseguiu?

Não. Aí eu corri. Quando deu aquele relâmpago que me atrapalhou a vista, eu senti medo e corri. Quando eu corri um pouco, fiquei preso. Eu não vi o que me prendeu, mas…

CEVAPPA: Não conseguiu se mexer?

É. Não podia me movimentar. Aí eu fiquei nervoso, essa hora, e quando eu olho para trás tinha dois homens. Com aquele capacete, borracha, luvas…

CEVAPPA: Era mesmo capacete, ou uma espécie de boné?

Era capacete mesmo.

CEVAPPA: Estava muito apertado na cabeça dele?

Ah… o modelo era quase do tamanho da cabeça dele mesmo. Vi também um tamborzinho nas costas, dele saía um cano, que fazia uma volta, e se prendia no alto da cabeça. Na frente era de vidro. Eu só via o rosto deles. Fiquei nervoso essa hora e os homens me pegaram cada um num braço. Falei pra eles: “Pelo amor de Deus, me soltem!”. Eles então disseram: “Em Deus nós todos somos irmãos!”

CEVAPPA: Ele lhe disse isso com a boca?

É. Mas o som saía pelo tamborzinho nas costas.

CEVAPPA: Mas ele mexia com a boca ao falar?

A boca mexia. Mas a voz parecia que não era na frente. Era do outro lado. Então ele falou assim: “Em Deus nós todos somos irmãos!”. Não fazemos mal à ninguém. Apenas queremos uma informação”. E me levaram para o aparelho. Quando eu cheguei perto do aparelho, senti que ele era frio.

CEVAPPA: Dentro?

Fora do aparelho. Quando cheguei perto, senti um ar frio. Ali, um homem em pé, numa escada, com 4 degraus. Então o homem tava em pé, eu cheguei meio nervoso, olhando prum lado e pro outro… ele vai e pergunta prá mim…

CEVAPPA: Este também tinha capacete?

Tinha capacete. Da mesma forma, igual aos outros.

CEVAPPA: E o rosto dele, era diferente do dos outros?

Era diferente. Então ele me perguntou se eu não dava notícia se foi visto uma “ZURCA” ali por perto.

CEVAPPA: Como?

Uma “Zurca”.

CEVAPPA: Zurca?

É, em terra. Falei que não. Perguntei então o que era “Zurca”. Ele disse que era um aparelho que eles “transmitiram” de lá para cá, em comunicação como todos os aparelhos daqui da Terra. Disse que ele tomou contato com uma “linha universal” e desregulou o rotor e queimou a transmissão do aparelho. Aí falei que não e perguntei de onde eles eram. E disseram: “Nós somos do lado de uma costa”. E não perguntei nada. E me disse: “Tu tens inteligência? Tem cultura?” E falei: Não. Então ele me deu a mão direita e me levou prá dentro da nave, junto com seus companheiros dele.

Arlindo Gabril foi entrevistado por vários ufólogos brasileiros e estrangeiros.

 

 

CEVAPPA: A mão dele tinha luva?

Tinha. Era frio e liso.

CEVAPPA: Nesse momento o senhor já estava dentro do aparelho, ou na escada?

Não. Ele pegou minha mão, eu subi a escada de quatro degraus, e entrei no aparelho.

CEVAPPA: Como era a porta?

A porta era quadrada, com mais ou menos 1 metro e pouco.

CEVAPPA: O senhor notou algum controle para abrir essa porta?

Não. Já estava aberta quando entrei.

CEVAPPA: E a temperatura dentro do aparelho?

Parecia que eu estava dentro de um outro mundo. Era meio frio, esquisito, com um cheirinho de poeira. Tinha dois outros homens sentados numa cadeira poltrona.

CEVAPPA: Os homens estavam de capacete também?

Estavam de capacete, da mesma forma.

CEVAPPA: De que cor era a sua roupa?

Era preta.

CEVAPPA: O senhor observou seus olhos?

O olho deles era meio rasgado, puxado, o nariz reto, a boca rasgada também, como estivessem rindo.

CEVAPPA: Lábios?

Lábios finos, as feições eram como a de um homem como nós, sem barba. Esses homens estavam fazendo barulho, batendo máquina. Batendo máquina.

CEVAPPA: Batendo máquina?

É. Batendo máquina, mas não posso descrever essas máquinas, não eram de escrever sei lá! Eram máquinas esquisitas e eles batiam… de repente se levantaram, conversando um com o outro, chacoalhando a cabeça, mas eu não compreendia nada. Então saiu de uma sala uma moça vestida de branco, luvas…

CEVAPPA: Capacete?

Não. Essa não tinha. Cabelo assentado dos lados, cor da pele morena, bonita moça. Olhos, nariz e boca eram da mesma forma dos outros. Mesmo modelo; ombro esburrachado, baixinha.

CEVAPPA: E a cor do cabelo dela?

Era escuro. (posteriormente, no dia 25/6/79, o senhor Arlindo escreveu uma carta ao relator, corrigindo o que na fita dissera quanto aos cabelos da suposta mulher. Segundo ele , errara ao conceder a entrevista e agora ressalvava: “acho que no meio desta gravação, a moça é loira e do rosto rosado, e usava um aparelho no ouvido como se fosse um ouvidor de telefone. Acho que foi dito morena clara. Se estive gravado, poderá acertar, eu confundi, é rosado.”). Aí eu notei que ela era muito diferente de nós… não era uma pessoa comum, tinha um aparelho no ouvido, um ouvidor, não sei como é que era. Ela conversou com um rapaz, olhou para mim, ele pôs as mãos nas minhas costas e me levou lá num cômodo. A moça na frente,eu no meio e o moço atrás. Quando ele pôs a mão nas minhas costas, eu entrei num corredor.

CEVAPPA: A moça falou alguma coisa para o senhor?

Na hora não. Quando me levou no cômodo, tinha um aparelho em forma de uma geladeira, maior.

CEVAPPA: Tinha algum móvel sem ser essa espécie de geladeira, tipo sofá, cadeira?

Isso era diferente. Lá dentro não tinha não. Eu só vi o tal aparelho. Então o homem apertou um botão e aquele aparelho acendeu. Era repartido em duas partes. Parecia uma pedra de marfim, de mais ou menos um meio metro quadrado. Quando o homem mexeu no botão ele acendeu. A moça então pegou uma varinha e quando o aparelho acendeu, ela mostrou pra mim a Terra, a Lua e o Sol. Eu fiquei quieto, não dei resposta e nada perguntei. A Terra foi movimentando, movimentando e desapareceu. Quando a Terra desapareceu, apareceu uma mancha do outro lado. Então a moa falou: “Aqui é onde nós estamos: Nós viemos aqui gastando poucas horas. De acordo com a movimentação da Terra, temos um contato com o Sol, a Lua e a Terra”.

CEVAPPA: Mas não lhe disseram de onde vinham?

Eu não perguntei. Então ela fez a explicação para mim, mas eu achei que esse lugar dela não era na Terra, porque a nossa Terra sumira e escureceu o aparelho e apareceu uma espécie de mapa. Aí desligou-se o aparelho. Quando nós voltamos, um deles tirou o capacete fora…

CEVAPPA: Dentro do aparelho?

Dentro do aparelho. Tinha um cabelo baixinho, baixinho mesmo, olhos da mesma forma dos da moça.

CEVAPPA: E a conformação da cabeça dele?

Igual à dos outros. A não ser o cabelo da testa. Ele não tinha testa como nós não. Então eles falaram para mim assim: “nós somos da mesma matéria, do mesmo sangue e vivemos do mesmo trabalho. Daqui a pouco, teremos conjunção”. Quando eu fui para descer do aparelho, eles disseram: “Desce e protege a vista, que o aparelho condena a vista”. Aí eu desci, estava meio preso e não olhei para trás.

CEVAPPA: E eles desceram com o senhor pela escada?

Eles ficaram dentro do aparelho. Eu fiquei meio esquisito, meio tonto, chamei pelos meus amigos.

CEVAPPA: E o senhor não viu o aparelho levantando vôo?

Não vi ele levantar, não vi como ele saiu. Chamei os companheiros, eles vieram perguntando o que tinha acontecido. Eu estava ruim, sentindo enjôo, tontura. Voltamos ao local. Eu tinha deixado uma bolsa contendo bolo, sardinha, tudo tinha desaparecido. No lugar onde o aparelho tinha descido, ficou a marca de quatro pés.

CEVAPPA: Estão lá até hoje?

Até hoje.

CEVAPPA: Tem capim queimado lá?

Não, o capim ficou baixo com a marca dos quatro pés.

CEVAPPA: Quando tudo acabou, o senhor se lembrou de olhar o relógio?

Um companheiro meu tinha relógio, eu estava sem.

CEVAPPA: Sabe que horas eram?

Eles me falaram que eram uma dez e meia.

CEVAPPA: Quando começou?

Quando começou.

CEVAPPA: E quando terminou?

Se não me engano, tinha passado mais de hora.

CEVAPPA: Antes de começar tudo, o senhor estava junto com eles?

Estava.

CEVAPPA: Eles não viram nem ouviram nada daquilo que acontecia com você?

Não, a gente tinha se separado.

CEVAPPA: Porque vocês estavam separados?

Nós marcamos encontro, íamos cada um para um lado, depois nos encontraríamos. Eles não viram nada, nem antes nem depois.

CEVAPPA: Nós vimos pelos jornais, que o senhor havia tido um problema com uma vaca?

O problema é o seguinte: eu estava caçando. Não queria que dissessem isso e falei que quando tudo aconteceu, eu estava procurando uma vaca que desaparecera.

Porque o senhor não queria que falassem de sua caçada?

É que a guarda florestal anda muito por aqui e a caçada é proibida. Aí resolvi inventar a estória da vaca, com receio de ter problemas.

CEVAPPA: Sr. Arlindo, este lugar onde aconteceu é muito isolado? Vai muita gente lá?

Não. Lá não vai quase ninguém.

CEVAPPA: Lá tem muitas montanhas ou é planície?

Tem muita montanha por perto e campo.

CEVAPPA: Quantos objetos o senhor viu?

Quatro.

CEVAPPA: Durante isso tudo, durante qualquer das aparições, o senhor sentiu alguma coisa na pele?

Não.

CEVAPPA: E na hora que entrou no aparelho?

Senti um ar frio.

CEVAPPA: E depois que voltou para Baependi? O que o senhor sentiu?

Durante muitos dias eu fiquei com os olhos inchados.

CEVAPPA: O senhor ficou com a menina dos olhos, essa bolinha, dilatada? Sofria da vista?

Não.

CEVAPPA: Naquele dia, em que tudo aconteceu, dormiu bem?

Dormi, mas fiquei com aquilo na idéia.

CEVAPPA: Sonhou com alguma coisa?

Sonhei a mesma coisa. Que entrei dentro do aparelho…

CEVAPPA: No seu sonho, tinha alguma coisa diferente do que realmente aconteceu? O que viu no sonho que não viu no aparelho?

Sonhei que eles me levaram no aparelho, estava num mundo diferente. Fiquei nervoso, aquele mundo era uma coisa esquisita…

CEVAPPA: Tente lembrar algum aspecto deste mundo que viu no sonho.

Era diferente, o mundo deles, mas não posso dar notícia.

CEVAPPA: Viu neste mundo edifícios, casas?

Vi muita coisa, mas não sei se era casa

CEVAPPA: No seu sonho, por acaso, sonhou que eles o estavam examinando dentro do aparelho?

Não.

CEVAPPA: Posteriormente o senhor notou alguma coisa diferente na pele, como manchas, espinhas?

Não notei nada.

CEVAPPA: A parte inferior da sua barriga estava dolorida?

Não.

CEVAPPA: O senhor foi examinado pelo Dr. Evaristo. Foi ele quem lhe mandou chamar, ou o senhor mesmo quis fazer esse exame?

Ele me mandou chamar. Eu fui, ele me disse que meu coração estava um pouco acelerado.

CEVAPPA: Ele tentou hipnotizá-lo, fazê-lo dormir?

Não.

CEVAPPA: Uma pergunta que escapou: quando tudo terminou, que horas eram?

Onze e meia.

CEVAPPA: Para reencontrar seus amigos o senhor andou muito?

Andei muito, fiquei frouxo porque estava me sentindo mal.

CEVAPPA: O aparelho em forma de piorra, ou seja, o segundo, “rodava”? Muito?

Só a hélice dela.

CEVAPPA: O que o senhor acha que foi isso tudo que o senhor viu?

Antes de conhecer, eu achava que essas coisas eram daqui mesmo da Terra, algumas experiência que eles estavam fazendo.

CEVAPPA: Eles quem?

Gente daqui mesmo. Depois disso tenho certeza de que eles são de outro mundo.

CEVAPPA: O senhor acreditava em disco voador?

Não acreditava. Quando esse aparelho desceu, eu achei que não era daqui, não era da Terra. E lembrei do disco voador.

CEVAPPA: Sr. Arlindo, o senhor assiste cinema?

Assisto.

CEVAPPA: Assiste muito?

Muito poucas vezes, porque não moro aqui.

CEVAPPA: Já assistiu a algum filme de disco voador?

Já assisti na televisão.

CEVAPPA: Qual?

Não lembro o nome

CEVAPPA: O senhor gostava desse tipo de assunto? Interessava-se ?

Eu me interessava.

CEVAPPA: O seu irmão se referiu a um certo relógio. O que é isso?

Esse relógio estava dentro do aparelho. Parecia um relógio de usina, grande, que ficava dando a volta. Ia até no meio e voltava. Aquele aparelho era encantado, tinha muita coisa dentro dele. Alavancas, botões… a cor dele era meio marrom, não sei de que material era.

CEVAPPA: A cor do aparelho por fora era marrom?

Por fora era branco como uma neve. Por dentro era marrom. O material dele alumiava.

CEVAPPA: Os homens que o levaram para dentro não tiraram a sua roupa, nem examinaram o seu corpo?

Não. Só se me examinaram e eu não vi. Mas não senti.

CEVAPPA: A moça que o levou para o cômodo, só fez isso para lhe mostrar o aparelho?

Só.

CEVAPPA: O senhor disse que havia um homem na escada que o levou para dentro. Tinha a tal moça. Quantas outras pessoas havia?

Dois foram me buscar onde eu estava. Quando eu cheguei no aparelho, tinha mais um e dentro do aparelho, tinha mais dois. Depois, a moça. Tinha cinco homens e uma moça.

CEVAPPA: O que mais lhe falaram?

Falaram muita coisa, eu não compreendia nada. Muita palavra estranha, não sei que palavras eram.

CEVAPPA: Eles haviam perguntado se o senhor tinha visto um aparelho que se chamava “zurca” e o senhor respondeu que não. Mas, perguntaram se havia visto naquela hora ou dias antes?

Não falaram nada disso. Só perguntaram se não foi visto.

CEVAPPA: O seu assunto, foi muito comentando na cidade? Como os jornais ficaram sabendo?

Eu cheguei aqui, e contei para o meu irmão e ele espalhou contando para o jornal de Baependi, que publicou.

CEVAPPA: O senhor tirou muitas cópias das fotografias?

Por enquanto não.

CEVAPPA: Quantas mandou fazer?

Primeiro, só revelaram as fotos. Depois, o Dr. Evaristo mandou fazer cópias e levou para o Rio. Depois foram reveladas mais quatro. Eu tirei quatro fotos na hora.

CEVAPPA: Quanto o senhor entrou no aparelho, estava com a câmera na mão?

Sim

CEVAPPA: Eles não lhe perguntaram o que era aquilo? Nem tentaram lhe tirar?

Nada disso. Entrei no aparelho de revolver e espingarda. Não mandaram tirar, também não lembrei. O revólver estava na cintura e a espingarda no ombro.

CEVAPPA: Porque deixou os embornais no chão?

Eu estava com dois. Um ficou no ombro. Eu estava com o corpo preso e deixei o embornal no chão para poder fotografar o aparelho. E ali ficou.

CEVAPPA: O senhor viu se eles tinham alguma arma, ou alguma coisa que parecesse?

Dentro do aparelho tinha muita coisa, mas nada que parecesse com arma.

CEVAPPA: O senhor tem alguma coisa a mais a dizer sobre o seu caso?

Por isso é só. Muitas pessoas não acreditam, porque não viram o que eu vi. Mas eu tive o contato e tenho o prazer de falar.

 

O Embornal de Pano

Equipe CIPEX

Um dos detalhes mais polêmicos do Caso Baependi é embornal de pano, perdido por Arlindo Gabriel durante o contato, e reencontrado tempos depois durante investigações no local do pouso dos objetos. Quando perdido, o embornal continha frutas que a testemunha levou para alimentar-se durante a caçada. Ao ser encontrado, ele estava vazio, danificado, tendo em uma das faces externas coberto por inscrições e quatro desenhos. As investigações sobre o embornal continuaram por anos a fio, sendo que alguns dados interessantes puderam ser obtidos.

A primeira destas descobertas foi a notável semelhança entre caracteres estampados no pano e caracteres do hebraico antigo. Inclusive, existiam trechos inteiros idênticos à trechos encontrados nos Pergaminhos de Qunram, descobertos nas imediações do Mar Morto. Em 4 de dezembro de 1979, a pesquisadora Paullete Gustin enviou uma carta à ufóloga Irene Granchi, solicitando uma fotografia nítida do embornal e seus caracteres. Ela tinha um bom conhecimento sobre os manuscritos do Mar Morto e conhecida alguns pesquisadores dos pergaminhos. Dona Irene enviou a fotografia à estudiosa que repassou aos pesquisadores de Jerusalém, sem mencionar que eles estavam ligados à um caso ufológico. Algum tempo depois eles solicitaram mais dados, como origem da peça, medidas, etc, e a partir daí não houve qualquer retorno positivo ou negativo sobre as investigações.

Coube à estudiosos independentes a continuidade dos estudos e à divulgação dos mesmos. Assim foi possível identificar similaridades e padrões linguísticos interessantes. Os 146 caracteres estão divididos em 10 linhas. As ultimas linhas estão mais borradas que a primeira, dificultando o trabalho de análise. No total, foram identificados plenamente 110 caracteres, ou seja, 75% do total da mensagem.

No centro das inscrições estão inseridos 4 desenhos: um semelhante à um chapéu, um travessão diagonal, um retângulo e um hexágono. Paulo Stekel, ufólogo e estudioso de línguas antigas, em artigo para a Revista UFO, edição 37, de abril de 1995, cita que existe uma semelhança entre estes caracteres com escrita fenícia, aramaica, hebraica e egípcia. Ele cita, também, que sua característica fonética remete ao sânscrito, demonstrando que a linguagem do embornal é de natureza eclética, com características consonantais do hebraico,e um estilo cursivo da escrita egípcia hierática e demótica, tendo a riqueza fonética do sânscrito.

Quanto aos quatro desenhos, não se tem uma certeza definitiva sobre seu significado. Partindo hipoteticamente pelo lado simbólico, o travessão e o chapéu seriam alusões à dois tipos de aparelhos não identificados, catalogados pela Ufologia. O terceiro símbolo, do ponto de vista cabalístico, representa a autoridade e a confiança em valores estabelecidos. O quarto símbolo representaria, segundo Stekel, a relação do homem com o cosmo e a fraternidade universal.

No texto, propriamente dito, as ultimas quatro palavras (que compõem a ultima linha) não puderam ser identificadas corretamente. Das 66 palavras presentes no texto, apenas 18 não puderam ser traduzidas, não impedindo, entretanto, captar a o sentido geral da mensagem do texto. A mensagem original pode ser conferida no quadro 1, abaixo:

Quadro 1 – Texto impresso pelos tripulantes do objeto relatado no Caso, em idioma hebraico
( 1 ) Ros tsaq deshe’ bu (to)m po’
( 2 ) R****** laphí saz ioph tath hu’
( 3 ) G(one)n ******  laph sahv’ag tsan kaq ganô
( 4 ) T ****** íy *** u t *** ‘al-m(ah) kageh
( 5 ) ‘an lakthi tso
( 6 ) pag (ie) sh paz gag tash d(êah)
( 7 ) Doph (‘a)z kats nal geh luv taz
( 8 ) P *** z ****** (ko)l geza’ ut koah
( 9 ) ****** u * ‘(ets) paz d ********* liy bal
( 10 ) *** h ******  zol (za) g ********* th e *** z ***
Cada sinal * representa um caracter ou figura que não pôde ser identificada por estar borrado

Com base na mensagem original, Paulo fez uma tradução literal, na medida do possível, para a mensagem do pano, que pode ser conferida do quadro 2, abaixo:

Quadro 2 – Tradução literal da mensagem no embornal do abduzido mineiro Arlindo Gabriel
(1) Umedeça aquele que oprime a erva nova, faça-a nascer, para que esteja concluída e domine a matéria.
(2) (…) o que vem da palavra realize o destino da beleza que conserva perfeita a ele
(3) aquele que protege (…) palavra inútil e impura, tem um escudo que reforça seu jardim
(4) (…) ruína (…) sobr eo que? Sobre a força natural da vida
(5) agora é o momento para o que vem da evolução da forma e da consciência ordinária
(6) a consciência natural existe como ouro puro, como a chapa superior, como a síntese da existência e do conhecimento
(7) Defeito violento é a força da consciência objetiva, movimento evolutivo que isto é, sem nenhum amor, apenas para conservar o domínio
(8) (…) cada rebento possui um sublime poder
(9) árvore de ouro puro (…) dissolução do mal
(10) seja uma insignificante semente (…)

 

Outro pesquisador, Ricardo Ferreira Arantes, tentou traduzir a mensagem obtida no pano. Ele utilizou uma técnica diferente da utilizada por Paulo Stekel, na qual ele inverteu as inscrições em 180° e espelhou-as, supondo que tal imagem poderia ser impressa invertida no pano, sendo somente observada corretamente através de um espelho. Arantes identificou outra mensagem embutida no embornal, diferente da obtida por Stekel. Sua essencia, entretanto, permanece a mesma:

“(O) quando está determinado; Calamidades 06 vezes; Vermelho desolado; Nem a beleza das terras mais longínquas será preservada na nuvem; Escutai mensageiro, a dor (dos que foram) destruídos pelo clarão; Livrai-nos da maldição (de ter) o corpo consumido; Fazei saber (que) a ira de Deus cresce e se aproxima silenciosamente”.

O ufólogo Walter Buller, no Boletim da SBEDV, edição 132/135, de agosto de 1980, cita um outro caso, ocorrido em 1958, em São Paulo. No caso Luiz Henrique, os ufonautas entregaram ao protagonista do caso, Luiz Henrique uma mensagem escrita em caracteres na época desconhecidos dizendo: “Um homem da Terra deverá decifrá-la e quando isto for conseguido, saberão o que fazer”. Com o surgimento do Embornal percebeu-se uma semelhança com os caracteres da mensagem entregue à Luiz Henrique. Entretanto, uma análise mais aprofundada nunca foi realizada.

 

Os Tripulantes do Disco Voador

Equipe CIPEX

Um dos detalhes mais interessantes dos casos ufológicos de grau elevado é referente ao aspecto fisico-comportamental dos tripulantes dos aparelhos. O Caso do Embornal não é diferente neste aspecto, pois Arlindo foi levado para dentro do objeto e manteve uma contato amigável com os tripulantes. Ao todo, Arlindo avistou 6 tripulantes distintos, sendo 5 aparentemente masculinos e uma tripulante do sexo feminino.

Todos os tripulantes eram baixos, com 1 metro e meio de altura, aproximadamente. Todos os cinco tripulantes masculino vestiam um uniforme inteiriço, de cor escura, com capacete transparente que deixava o rosto à mostra. Em todos os trajes havia uma pequeno recipiente oval preso por tiras inferiores e laterais, e um tubo saindo deste e conectado ao capacete. Suas mãoes eram cobertas com uma espécie de luvas, da mesma cor do restante do uniforme. Nos pés, havia um sapato sem salto, ligado ao uniforme.

Os dois primeiros tripulantes com os quais Arlindo teve contato, demonstraram ter uma força considerável, ao agarrar os braços da testemunha. Após rápida comunicação ele foi levado em direção ao aparelho. Antes de entrar no aparelho ele conversou rapidamente com um terceiro tripulante que usava o mesmo tipo de vestimenta. Em gesto cordial estendeu a mão à Arlindo ajudando-o à entrar no aparelho.

Ao entrar no objeto, Arlindo encontra outros dois tripulantes que, sentados, operavam um equipamento semelhante à um computador. Estes levantam-se com a entrada de Arlindo na sala e comunicaram-se entre si numa linguagem que Arlindo não entendeu. A testemunha descreveu que tal comunicação era mais semelhante à um chiado do que com uma conversa humana normal.

Pouco depois entrou no ambiente a tripulante do sexo feminino. Seu uniforme era semelhante ao dos outros tripulantes, mas de cor branca. Não usava capacete e seu aspecto físico era o de uma mulher terrestre comum, embora de pequena estatura (1,5 aprox.). Todos os tripulantes tinham crânio arredondado, com olhos grandes que extendiam-se até a parte lateral do crânio. A raiz dos cabelos, curtos e em pé, começava logo acima dos olhos. Arlindo não viu sobrancelhas. Seu nariz era achatado e largo. A boca era grande, curvada para cima lateralmente, e com lábios finos. Os dentes não eram visíveis. Ao falar, os tripulantes entreabriam levemente a boca. O som decorrente era aparentemente sem sincronia com o movimento labial e ocorria em todo o ambiente, ao invés de vir de uma fonte localizada, no caso a boca do emissor. Isso sugere meios ou mecanismos auxiliares de comunicação. Walter Buller, ufólogo da SBEDV, sugere que tal meio seria de ordem telepática ou com tradutor eletrônico simultâneo.

As orelhas dos tripulantes eram pequenas, mais arredondadas do que as nossas e muito juntas à cabeça. No caso da tripulante fêmea, suas orelhas não eram visíveis pois ela usava um aparelho semelhante à fones de ouvido, que cobriam seus ouvidos inteiramente, sendo apenas este aparelho perceptível entre seus cabelos (que caíam até os ombros).

Retrato falado dos ufonautas, por Wilma Romito. [crédito da imagem: Boletim 132/135 – SBEDV]
Demonstração do vídeo, feita pelo ufonauta. Desenho falado de Wilma Romito. [crédito da imagem: Boletim 132/135 – SBEDV]

 

Chegada de Arlindo ao Disco Voador aterrisado. Retrado falado de Wilma Romito [crédito da imagem: Boletim 132/135 – SBEDV]

 

Tripulantes do disco voador operando equipamento, visto pela testemunha ao entrar no objeto. [crédito da imagem: Rede Globo]
Arlindo em entrevista ao Repórter Domingos Meireles, para o programa especial sobre Ufologia, realizado em outubro de 1993.

 

Referências:


Comment (1)

  • Sávio Danilo Reply

    Não existe a possibilidade de tentar melhorar as imagens com utilização de inteligência artificial e outros aplicativos?

    6 de outubro de 2023 at 07:17

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