O Caso do Navio Caiobá Seahorse

Por: Jackson Camargo Comentários: 0

Em 27 de julho de 1980, ocorreu um interessante fato ufológico envolvendo marinheiros do rebocador Caiobá Seahorse e a Marinha do Brasil. O evento gerou 43 páginas de documentos oficiais, originados na Marinha do Brasil, Força Aérea Brasileira e no Centro de Lançamento de Foguetes na Barreira do Inferno.


Neste artigo:


Introdução

Nessa noite, o céu estava escuro e o mar calmo e a viagem do rebocador Caiobá Seahorse transcorria normalmente, sem qualquer anormalidade. Navegando atrás do barco, à 8 quilômetros de distância, navegava outro barco, da mesma companhia, a lancha Teche Seahorse. Os navios da frota Seahorse, pertenciam à Firma Arthur Levy do Brasil, subsidiária da Arthur Levy Service INC.

Ambas as embarcações partiram de uma plataforma da Petrobrás e seguiam em direção à Natal, no Rio Grande do Norte.

Anos depois do fato, o Caiobá Seahorse foi vendido. Hoje, ele opera com o nome Deep Ocean Surveyor, realizando estudos submarinos no Mar do Caribe.

 

O Caiobá Seahorse contava com dois radares de superfície. Estes equipamentos, que tinham um alcance de aproximadamente 48 milhas, captava objetos na superfície do mar, mas não captavam alvos aéreos. Nesta dois, um dos equipamentos estava inoperante e outro funcionando com alcance de apenas 12 Km. A outra embarcação, a Teche Seahorse, contava com apenas um radar de bordo, que naquela noite operava normalmente. Assim, sua tripulação orientava a tripulação do Caiobá, quanto à sua posição.

Além desse inconveniente, a bússola giroscópica e o rádio VHF não estavam funcionando adequadamente. O comandante do barco, capitão José da Silva, estava recolhido à cabine, devido à uma intoxicação alimentar e repassava as informações ao imediato, Fernando Fangueiro.

O fato ocorreu em alto mar, em uma área situada 24 milhas da cidade de Pititinga.

 

Os barcos seguiram rota 150 (sudeste), quando por volta das 18h50, o imediato Fangueiro e o marinheiro Ivan de Souza Melo que conduziam a embarcação, avistaram uma luz sobre a água. Inicialmente, esta luz era semelhante à um estrela brilhante, e estava à frente da embarcação, 30º à direita.

Ambos continuaram observando a luz que realizava um movimento aparente em relação ao barco. Às 18:55, o imediato Fangueiro, passou a observar o fenômeno com binóculos. A luz se moveu até por volta das 19h quando então ficou estática, pairando entre 10 a 15 metros acima da água.

Neste momento, segundo o marinheiro Ivan, o objeto, que era ovalado, apresentava luz de cor branca na sua parte superior e com um tamanho estimado de metade da Lua Cheia.

Os dois marinheiros continuaram observando a estranha luz e perceberam que ela estava conectada à uma estrutura que estava junto à água. Como o objeto estava justamente na rota da embarcação, ambos colocaram os motores em ponto morto e curvaram a embarcação rapidamente para evitar uma possível colisão.

Área em que o caso ocorreu.

O navio parou ao lado do objeto, a aproximadamente 40 metros de distância, e nesse momento a estrutura que estava na água brilhou intensamente, por aproximadamente 20 segundos e após isso apagou-se, ficando apenas a parte superior iluminada.

A parada da embarcação chamou a atenção do comandante, José da Silva, que rapidamente foi à ponte de comando para verificar o motivo.

Ao chegar lá, ele percebeu que o barco estava com proa 050. O marinheiro Ivan chamou a atenção do comandante para a presença da estranha luz. Em depoimento posterior, o comandante declarou que o objeto, que pairava estático, tinha a forma de um prato e tinha um tamanho grande, com o dobro do tamanho visual da Lua. Ele emitia luzes nas cores azul e laranja e em dado momento emitiu um facho de luz intensa para baixo, em direção ao mar. Depois, focou esse facho de luz sobre a embarcação por aproximadamente 2 segundos.

Nesse momento, o comandante subiu à ponte de comando, com o chefe de máquinas Pieter Wersh, que também passou a observar o fenômeno.

Representação do objeto segundo a tripulação.

 

Depois disso, ele se afastou rapidamente, posicionando-se à direita do barco, a aproximadamente 8 Km de distância. Após alguns minutos de observação, com auxílio de binóculos, o comandante falou:

“Olha gente, se existe disco voador, nós estamos vendo um”.

Ele ficou apreensivo com o que poderia ocorrer com a tripulação de seu barco e então decidiu comunicar o fato pelo rádio ao serviço marítimo em Natal, descrevendo o que estava avistando.

O fato gerou 43 páginas de documentos oficiais.

Além do serviço marítimo os tripulantes contataram por rádio a lancha Teche Seahorse. Fangueiro, em aparente estado de tensão, pediu ao operador do outro barco para verificar a presença do objeto.

O operador de radar da Teche Seahorse verificou o radar de bordo, mas não havia qualquer sinal anômalo no local indicado. Havia apenas um plote indicado na tela do equipamento. O radar utilizado não descriminava alvos a distância inferior à 100 metros entre si. Os alvos estariam fundidos em um único plote, o que pode explicar a existência de apenas um plote na tela do sensor.

O chefe de máquinas do Teche Seahorse, Atílio Scarpati, e um marujo avistaram uma luz incomum, de cor branca, tão intensa que dificultava a observação. Do ponto de vista deles, a luz estava sobre e um pouco à frente do Caiobá.
Por volta de 19h20, o objeto se afastou rapidamente, seguindo à noroeste e em movimento ascendente e logo desapareceu. Aproximadamente uma hora após o início do avistamento, a embarcação retomou sua viagem para Natal.

O fato foi retransmitido para o III Distrito Naval da Marinha e para a Capitania dos Portos, sendo também compartilhado com a Força Aérea Brasileira. O fato foi investigado pelo Tenente Coronel Aviador Francisco José Hennemann Filho, na época comandante do Centro de Lançamentos da Barreira do Inferno, que menosprezou os depoimentos, ignorando vários detalhes relatados pelos envolvidos e focando muito nas poucas divergências existentes, relação à variação de distâncias, posições e outros detalhes. Em sua explicação, o militar procurou de todas as formas explicar o fato como erro de interpretação envolvendo a Lua e outro barco que poderia estar passando pela região.

 

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