Na noite de 6 de março de 1982, durante a partida histórica entre Operário e Vasco, no Estádio Morenão, em Campo Grande (MS) um objeto voador não identificado foi avistado por uma multidão de torcedores ali presentes.
Neste artigo:
- Introdução
- Jogo do Disco Voador
- Relatos de Jornalistas
- Relatos da Arquibancada
- Outros Casos Similares
- Fonte
Introdução
O Brasil foi varrido por uma onda de proporções gigantescas em 1982, só comparável às de 1954, 1957, 1968 e 1986. No Carnaval, os radares da Base Aérea de Anápolis detectaram um OVNI (Objeto Voador Não Identificado) a 50 quilômetros de Goiânia.
O CODA (Centro de Operações de Defesa Aérea) colocou um caça Mirage em seu encalço. A perseguição terminou a 12 quilômetros de altura, já que o OVNI continuou a subir em direção ao espaço.
Em Presidente Prudente, oeste do estado de São Paulo, um objeto sem forma definida, emitindo luzes multicoloridas, com predominância do verde, surgiu num sábado à noite e desapareceu velozmente deixando um rastro luminoso.
O controlador da Rádio Patrulha da cidade, cabo Torres, o avistou às 21h10. Soldados de plantão nas unidades de Regente Feijó, Rancharia, Lins e Tupã, e funcionários de aeroportos, também testemunham o fenômeno.
Um dos argumentos mais usados pelos que insistem em negar a existência dos OVNIs, é o de que estes aparecem somente em lugares ermos ou pouco habitados, e, na maioria das vezes, para um único observador solitário ou, no máximo, para um grupo reduzido. Existem, porém, casos fantásticos, com milhares de testemunhas diretas posicionadas em áreas densamente populadas.
Um dos casos que mais se destacam desta forma é, sem dúvida, é o caso que ficou conhecido como “O Jogo do Disco Voador”.
Há 40 anos, na noite de sábado, 6 de março de 1982, o Estádio Pedro Pedrossian (Morenão), localizado dentro do campus da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), ao sul da cidade de Campo Grande (MS), estava lotado para o jogo do Campeonato Brasileiro envolvendo o time local, o Operário, contra o Vasco da Gama, do Rio de Janeiro.
Eram por volta das 20h15 e a partida mal tinha começado, quando, de repente, uma bola de fogo, com um grande facho de luz, surgiu no céu, assustando o público de 24.575 pagantes (em uma capacidade total para 44.200 torcedores), sem contar os cartolas, jornalistas esportivos e penetras.
As versões divergiram quanto à quantidade de objetos. Para alguns eram dois objetos, para outros, quatro. Mas todos concordaram que as luzes eram intensas e de várias cores. O agente de serviço noturno da Base Aérea de Campo Grande viu dois objetos e consultou o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) de Brasília, o qual informou que não detectara nenhuma aeronave conhecida naquele horário.
Treze anos depois, a revista esportiva Placar publicou uma matéria especial a respeito, de autoria do repórter Sérgio Ruiz Luz, que entrevistou o veterano meia-direita Cocada, ídolo do Operário local. Cocada lhe contou que nunca viu nada igual àquilo: “Era uma roda de fogo com um facho de luz muito forte”, descreveu. “De repente, foi embora a uma velocidade incrível. Que parecia um disco voador, parecia”.
Aquela partida foi a mais marcante na carreira de Cocada, não tanto pela vitória de seu time – considerado pequeno diante do poderoso Vasco – e pela consagração pessoal, mas justamente por causa do disco voador. Desde então, Cocada adquiriu o hábito de vasculhar o céu de Campo Grande na esperança de reviver aquele momento inesquecível. “Rapaz, nunca vi nada igual”, Cocada declarou posteriormente à imprensa.
Porém, por ter se convertido a uma seita evangélica que obriga a uma devoção e a um fervor absolutos a seus rígidos preceitos, Cocada procura afastar a tentação de acreditar na existência dos OVNIs, por mais paradoxal que isso soe: “Não combina com os princípios bíblicos”, ele justifica.
Cocada até hoje continua esperando uma explicação para a bola de fogo que viu em 1982. “Parecia um disco voador, mas só acredito mesmo se eles voltarem, pararem na minha frente e acenarem para mim.”
O ex-jogador Rosemiro, um dos laterais do Vasco naquela noite, ainda se lembra muito bem do OVNI: “Fiquei olhando para cima e até me esqueci da partida.” Um dos torcedores, o professor Antônio Carlos do Nascimento, recorda-se que “Era uma luz intensa e bonita.”
O espanto também cerca os jogadores do Vasco que estavam no Estádio Morenão naquela noite. Zagueiro da equipe comandada por Antônio Lopes, Rondinelli recordou:
“O jogo estava acontecendo e, de repente, a gente viu uma luz muito forte atravessando o campo. Lembro que foi no momento em que o saudoso Dudu e eu estávamos atentos para evitar que viesse uma jogada. Por mais que o aeroporto fosse próximo ao estádio, como é o caso do Morenão, aquilo não era um avião. Tinham sido luzes muito fortes e, do nada, tudo se esvaiu e virou um breu. Foi muito estranho“.
O árbitro da partida, José de Assis Aragão não esconde como foi desafiador lidar com aquela situação que veio dos ares no primeiro tempo.
“Coincidiu de ser em um momento de paralisação da partida, sabe? Assim que iam cobrar uma falta, alguém olhou para cima. Depois, todos que estavam por perto começaram a ver também. Aí a gente nota aquela luz enorme lá em cima. O clarão estava no meio de campo, pendendo um pouco para a esquerda. Todo mundo ficou apreensivo na hora. Depois que se dissipou, a gente deu continuidade à partida“.
Obcecado pelo “Jogo do Disco Voador”, o hipnólogo Mário Nogueira Rangel, um dos maiores especialistas brasileiros em casos de abdução e membro da Associação de Pesquisas Exológicas (Apex), é o ufólogo que mais tem se dedicado a pesquisar esse importante episódio, procurando todo tipo de subsídios que o corroborem.
Em Campo Grande, Rangel conseguiu localizar o jornalista Marco Eusébio, um dos presentes à partida, obtendo dele valiosos esclarecimentos. Segundo Eusébio, o objeto era uma espécie de “bola de fogo grande, semelhante a um cometa, com cauda e pequenas bolas de fogo logo atrás”.
A altitude em que se encontrava era elevada, superior à dos aviões. O objeto maior era pelo menos dez vezes maior do que um Boeing visto naquela altitude. A velocidade, porém, era muitas vezes superior à de qualquer avião.
Ainda de acordo com Eusébio, ninguém fotografou ou filmou o objeto porque a passagem dele foi rápida pelo ângulo de foco do estádio. E, de tão espantados, os fotógrafos não tiveram reação para captar a imagem. O juiz, por sua vez, não suspendeu o jogo, já que não havia motivo para isso.
Eusébio acredita ter sentido o que todos sentiram ao ver o OVNI: “Espanto e um certo temor de que aquilo caísse, já que parecia um meteoro. Era essa a sensação que todos sentiram: um meteoro, tal qual os vistos em filmes e ilustrações. Porém, diferentemente de um meteoro, ele não caía. Seguia em linha, como num trajeto de voo coordenado.”
Curiosamente, um ano antes, Eusébio já tinha visto objetos idênticos passando pelo mesmo trajeto próximo ao Morenão – não havia jogo nesse dia – quando se encontrava à noite em um bairro vizinho ao do estádio.
Rangel lamenta que os ufólogos não tenham valorizado devidamente o caso do “Jogo do Disco Voador”, pois, conforme suas palavras, “é um verdadeiro ‘chega para lá’ nos cépticos”, os quais desafia: “Como estes vão dizer que mais de 24.500 pessoas imaginaram ver um disco voador que não existia?” De fato, esse foi o dia em que fizemos contato.
Em seu início de trabalho como repórter do “Correio do Estado” e da Rádio Cultura, Paulo Nonato de Souza observou a trajetória do OVNI, que surgiu quando o Operário já havia aberto o placar, com gol de Jones. Nonato contou que inicialmente fez conjecturas.
Eu estava atrás do gol quando tudo aconteceu. Como o Morenão fica ao lado da FAB, havia uma tradição de paraquedistas se apresentarem antes dos jogos, principalmente os com casa cheia. Os aviões sobrevoavam o estádio e militares saltavam de paraquedas. O pessoal se acostumou, fazia parte de um espetáculo que acontecia nos jogos à tarde. Só que não fazia o menor sentido acontecer numa noite de sábado e no meio de uma partida”, declarou Nonato.
“De repente, aquele objeto para na marquise do estádio bem silenciosamente. Aí, vem para o centro do campo. O Cocada e o Aragão ficam olhando para cima. Depois de alguns instantes, a luz girou, fez movimentos e saiu do estádio. Foi muito rápido, questão de um minuto“, completou.
Nonato lembrou como foi o desafio de pôr no papel a situação.
“Eu era jovem e fui escalado para cobrir o jogo. Confesso que fiquei inseguro de relatar que tinha visto aquele clarão no céu. Podiam achar bobagem. Ainda bem que no “Correio do Estado” já tinham feito (o autor do texto da capa foi Ordonês Etcheverría). Mas sou testemunha. Não era uma coisa desse mundo, não havia tecnologia daquele nível“, declarou.
Desfalque do Operário na partida devido a uma lesão, o zagueiro Amarildo teve outro enfoque do objeto.
“Eu ia assistir à partida da arquibancada. O jogo estava rolando e eu estava a caminho do estádio quando senti que alguma coisa passou por cima de mim. Olhei e era rastro de fogo que vinha muito forte e ia em direção ao estádio. Foi muito rápido. Depois que cheguei lá ao Morenão, fui para o lugar onde eu ia pegar o ingresso para assistir à partida bem preocupado“, disse.
Em seguida, o hoje comentarista falou sobre o burburinho que ecoou entre a torcida do Galo.
“Foi um tumulto. Tinha gente assustada demais e ninguém sabiam o que era. Alguns diziam que era avião, outros estavam surpresos porque aquilo parecia muito perto do campo…“, afirmou.
O futuro dirigente da Federação de Futebol do Estado do Mato Grosso do Sul (FFMS), Marquinhos Tavares foi um dos que se espantaram diante daquele objeto que sobrevoou o estádio.
“Estávamos assistindo ao jogo. De repente, brilhou uma luz e ela se deslocou em uma velocidade surpreendente. Parecia um avião supersônico, fez até o jogo paralisar. E, do nada, a luz some. Todo muito ficou atônito. Alguém falava que era um disco voador. Outros acreditavam que era um teste num avião da FAB. Só que era difícil pensar nisso. Não teria condições de um avião se deslocar daquela forma e com tanta luz daquele jeito“, complementou.
Um dos torcedores que estavam na arquibancada do Morenão em 6 de março de 1982, o professor Ascânio Bottini dá a dimensão daquele episódio ocorrido entre Operário-MS e Vasco.
“Muitas vezes me perguntam: “ué, mas todo mundo de Campo Grande estava lá neste jogo?”. Acho que um quinto ou um sexto da população estava lá. O futebol aqui era uma febre… O Operário no final da década de 1970 até meados de 1980 tinha um time muito forte, então a cidade girava em torno do time. Depois, gestões ruins do clube e da Federação foram afundando o futebol local. Em meio a isto, o Morenão estava cheio, o jogo rolando e, de repente, vem aquele zum-zum-zum…“, declarou.
“O cara do seu lado estava olhando para cima, o outro estava olhando e também apontando e aí o estádio momentaneamente parou para ver o objeto. Quando todos perceberam a chegada, ele já estava parado. Não sabíamos se era um objeto voador ou se era um ser. Não dava para identificar. Era como se fossem quatro cilindros com quatro luzes muito fortes nas duas extremidades, duas em cima e duas mais abaixo. A gente imagina que algo ligasse aqueles dois cilindros, mas não dava para ver. Também não dá para ver a altura, mas eram visíveis as luzes muito fortes paradas. Durante alguns segundos aquele objeto ficou ali. E, de repente, numa velocidade, os cilindros subiram e desapareceram sem nenhum ruído. Só se ouvia o rumor da torcida depois da estranha aparição“, completou.
Bottini enfatizou sobre o episódio no Morenão.
“Quando perguntam que se eu acredito no episódio de vida extraterrestre eu digo “como é que não vou acreditar numa coisa que eu vi?”. Quem estava ali, todos recordam frequentemente o episódio. O negócio foi assombroso“, concluiu.
Depois de sobrevoar o estádio, o OVNI teria passado por cima da casa de Francisco Serafim de Barros, superintendente do Banco da Amazônia, que morava ao lado do Morenão, fazendo as folhas das árvores de seu quintal murcharem. Entretanto, apesar da presença de muitos fotógrafos e cinegrafistas no jogo, ninguém conseguiu flagrar o disco voador.
Ao contrário do que se pensa, o surgimento de OVNIs sobre multidões em estádios de futebol lotados não é um acontecimento assim tão raro ou inusitado. Na tarde de quarta-feira, 27 de outubro de 1954, em Florença, Itália, a equipe de futebol do Fiorentina realizava um jogo-treino em seu estádio.
Pouco depois das 14 horas, objetos luminosos arredondados, de contornos esfumados, surgiram no céu. Os jogadores e os torcedores pensaram inicialmente que aquelas coisas voando em ziguezague fossem balões de publicidade.
Os OVNIs roubaram o interesse da partida e os torcedores passaram a tentar pegar os filamentos do “algodão em rama” que “choviam” dos objetos e refletiam intensamente os raios solares.
Um jovem estudante de engenharia conseguiu enrolá-los em volta de um pedaço de madeira, guardou-os em um recipiente e os levou ao Instituto de Química da universidade local. Os resultados da análise foram mantidos em segredo. “Vazou-se” apenas que o “algodão” era composto de boro, sílica, cálcio e magnésio.
Os repórteres Piero Pasolini e Mila Romagnoli, publicaram uma matéria na edição de 10 de fevereiro de 1970 da revista Citta Nuova. Interrogaram Alfredo Jacopozzi, o estudante de engenharia que recolheu os filamentos:
“Lembro-me muito bem. Portava um binóculo e pude observar que aqueles objetos voadores tinham a forma de chapéus convexos em cima e côncavos em baixo. Surgiam aos pares e desapareciam repentinamente. Era como se assistisse a um espetáculo de prestidigitação. Os flocos de ‘algodão em rama’ que começaram a cair tinham a consistência do açúcar. Ocorreu-me então de recolher a ‘teia de aranha branca’ e levá-la ao professor Cozzi.”
O porteiro Costagliola contou que viu “globos de fumaça, mas de fumaça luminosa. Pareciam balões rodeados por um halo.”
Em 1967, um jogo entre os times do Grêmio e do Santos, no qual inclusive Pelé atuava, teve de ser interrompido por cerca de quatro minutos porque os torcedores, em vez de estarem prestando atenção às belas jogadas dos craques, admiravam OVNIs que com suas luzes brilhantes iluminavam o estádio.
Em 26 de julho de 1974, uma sexta-feira, cerca de três mil espectadores assistiam o jogo entre os times do Americano e do Sapucaia no Estádio Godofredo Cruz (com capacidade para 12.300 pessoas), em Campos dos Goytacazes, município do Rio de Janeiro, a 275 quilômetros da capital.
Às 22 horas, quando o primeiro tempo chegava ao final, o advogado campista Benedito Rubens apontou para o céu chamando a atenção de todos para um objeto arredondado, muito iluminado, com cores que variavam do vermelho-alaranjado ao azulado e que durante cerca de quinze minutos ficou fazendo manobras até que finalmente sumisse em direção sul, para Atafona.
A ufóloga Irene Granchi visitou Campos dos Goytacazes na companhia de Bill Burt, correspondente do jornal sensacionalista norte-americano National Enquirer, ocasião em que entrevistou Rubens e diversas testemunhas. Dois rapazes, Aldir e Airton, que observaram o objeto de outro ponto da cidade, alegaram ter visto oito objetos, um desligado do outro, sólidos, arredondados, cor de fogo, verde e outras colorações. Tanto eles como todos à sua volta ficaram apavorados.
Oswani, presidente do Clube Americano, que também era diretor da Coca-Cola na cidade, achava, por sua vez, que tinha sido apenas um objeto. Irene e Burt acabaram colhendo relatos de observações bem mais interessantes sobre o grande “show” de OVNIs no céu, que se iniciara poucas horas antes do acontecimento no estádio de futebol.
Numa noite de abril de 1998, um OVNI luminoso, tipo charuto, pairou por cima do Estadio Monumental Isidro Romero Carbo, do Barcelona Sporting Club, na Avenida Barcelona, entre os bairros San Eduardo e Bellavista, a oeste da cidade de Guayaquil, a 380 quilômetros a sudoeste de Quito, capital do Equador, interrompendo um jogo de futebol entre as equipes de Guayaquil e do Barcelona.
Por volta das 19 horas, no meio da partida, as pessoas notaram uma luz muito intensa que subia no céu a sudoeste. Os espectadores começaram a gritar assustados quando o OVNI, descrito como um “objeto branco tipo charuto cercado por uma luminosidade intensa”, atravessou a cidade e pairou sobre o estádio por cerca de dez minutos.
O cinegrafista do Canal 7 em Guayaquil, que estava cobrindo o jogo, conseguiu enquadrar o objeto com sua câmera antes que ele desaparecesse na direção norte em grande velocidade. Esse filme foi difundido através do Canal 7 no dia seguinte.
A Copa do Mundo da Alemanha em 2006 parece que atraiu não só a atenção de bilhões de espectadores de nosso mundo, mas também de outros mundos. Isso porque torcedores disseram que avistaram, fotografaram e filmaram OVNIs sobrevoando os estádios nos quais assistiam aos jogos.
Conforme noticiou o jornal El Popular, do Peru, o médico brasileiro Carlos de Souza Dumenni se encontrava no Estádio de Dortmund, em 22 de junho, acompanhando a partida entre o Brasil e o Japão, quando fotografou uma nave ovoide que pairava sobre o local.
Turistas japoneses, norte-americanos e franceses também reportaram avistamentos de OVNIs nas imediações de outras sedes da Copa, como Berlim, Munique, Colônia, Hannover e Nurembergue.
Com informações de:
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