Famoso caso de fraude, ocorrido na década de 1950, envolvendo dois repórteres da extinta Revista O Cruzeiro.
Neste artigo:
Introdução
O Caso da Barra da Tijuca teve seu início em 7 de maio de 1952, quando dois repórteres (Ed Keffel e João Martins) que realizavam uma reportagem sobre a Barra teriam fotografado um disco voador em evoluções sobre a região. Tal fato foi amplamente divulgado pela extinta Revista O Cruzeiro em sua edição de 17 de maio de 1952, que trazia um encarte extra com o título Disco Voador na Barra da Tijuca. Os repórteres teriam obtido 5 fotografias do referido objeto.
O caso tornou-se conhecido no mundo inteiro despertando o interesse de ufólogos e autoridades. Até mesmo a Força Aérea Brasileira (FAB) realizou investigações nas fotografias confirmando sua autenticidade. Mais tarde a Força Aérea Americana realizou outro estudo nas imagens também confirmando sua autenticidade. Estas baterias de testes que confirmaram as imagens aumentaram a confiança dos ufólogos nas imagens e por décadas ela foi citada em livros, revistas, palestras e reportagens.
A Força Aérea Brasileira (FAB) enviou agentes à paisana ao local onde as imagens teriam sido obtidas e realizou testes com tampas, calotas discos de papelão. Esta investigação ocorreu apenas 3 dias depois de obtidas estas fotografias. Estes oficiais produziram um relatório bem minucioso confirmando a autenticidade das imagens. No final de 2008 os documentos gerados nesta investigação finalmente tornaram-se desclassificados e podem ser acessados no link:
Esta investigação da FAB indiretamente deu origem às primeiras controvérsias em torno do caso. No dia em que estes agentes estiveram no local fazendo os testes, repórteres estrangeiros estiveram no local entrevistando os pescadores que mencionaram a presença dos militares fazendo testes com réplicas de papelão e tampas de panela. Os repórteres publicaram a notícia de que tudo era falso. Como não houve manifestação imediata dos autores da foto a polêmica aumentou.
O Dr. Olavo Fontes, médico e ufólogo enviou o artigo original da Revista O Cruzeiro e as respectivas fotos para a APRO (entidade de pesquisa ufológica americana muito ativa na época) e estas acabaram sendo incluídas no relatório Condon.
Devido à estes fatos o caso dividiu ufólogos. De um lado haviam defensores do caso que as aceitavam como genuínas. De outro ufólogos contestando a autenticidade das mesmas. A polêmica quase terminou décadas depois quando o ufólogo paulista Claudeir Covo (INFA) conseguiu provar que o caso era na verdade uma farsa. Para isso ele foi até o local no mesmo dia do ano e horário em que as fotografias foram obtidas e realizou diversos testes.
A polêmica só não encerrou-se definitivamente pois ainda existe ufólogos da velha guarda da Ufologia Brasileira que ainda aceitam tais fotos como genuínas.
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