Um arquipélago autônomo espanhol, próximo à costa da África, é palco de numerosos avistamentos ufológicos, que impressionaram moradores locais e militares da Força Aérea Espanhola.
Neste artigo:
Introdução
As Ilhas Canárias (em castelhano: Canarias) são um arquipélago espanhol no Oceano Atlântico, a oeste da costa de Marrocos. Constituem uma Região Autónoma do Reino da Espanha. É também uma das oito regiões com uma consideração especial da Nacionalidade histórica reconhecidas como tal pelo Governo espanhol.
É na região deste arquipélago que ocorrem numeros fatos ufológicos que chamam a atenção dos militares espanhóis, que registraram muitos desses fatos, investigando alguns deles. Atualmente, 610 páginas de documentos oficiais da Força Aérea Espanhola já foram disponibilizados publicamente.
Um dos primeiros casos registrados na região ocorreu em 14 de março de 1968 e envolveu o voo 371/372, da companhia Spantax, que fazia um voo entre Las Palmas e Villa Cisneros.
O fato ocorreu por volta de 20h30 (hora local), quando a aeronave já estava em preparativos para o pouso no aeroporto de Villa Cisneros, no Marrocos. Neste momento, o comandante do voo, Andrés Ciudad Aldehuela e o 1º oficial, Paco Andreu, observaram um objeto luminoso, aparentemente a 20 Km de distância e voando em paralelo ao avião. Imediatamente questionaram a torre de controle, solicitando informações sobre a presença de outra aeronave na região. Em resposta, a torre de controle informou que não havia outra aeronave voando sobre a região.
“Naquela época, eu voava no Fokker -27. Fazíamos a linha regular Las Palmas – Villa Cisneros e vice-versa. Por volta das nove horas da noite. Já escurecera. Iniciamos a aproximação do aeroporto de Villa cisneros. Parece-me que estávamos a uns dois mil pés de altitude quando o co-piloto, Francisco Andreu, viu aquela luz, à nossa esquerda e voando paralela ao nosso avião. Era como um grande disco luminoso. Branco e com uma luz muito forte“.
“Estava perto. Tanto Andreu como eu achamos que não estava muito longe. Enfim, aquele disco nos acompanhou durante uns quarenta ou cinquenta segundos. Ao iniciarmos as operações de aterrissagem não o vimos mais“.
O 1º oficial, Paco Andreu, também prestou depoimento sobre o fato.
“Naquela ocasião eu era o encarregado das comunicações. Ao ver a luz, perguntei à torre de controle de Villa Cisneros se havia algum tráfego naquela posição. A resposta da torre foi: ‘Para sua informação, não temos tráfego instrumental reportado’. Depois de poucos segundos, quando o comandante iniciava o giro para aterrissar, aquele disco desapareceu da nossa vista, ascendendo a grande velocidade“.
O avião pousou tranquilamente no aeroporto de Villa Cisneros e após foi feito o desembarque dos passageiros e o embarque dos passageiros para o voo de regresso. Os procedimentos de regresso foram feitos normalmente e a decolagem para Las Palmas ocorreu uma hora depois.
Menos de um minuto após a decolagem do Fokker-27, a torre de controle de Villa Cisneros informou que uma estranha luz estava a direita da aeronave, em rota de aproximação, acrescentando que enquanto o voo taxiava para decolar, o misterioso objeto havia manobrado e passado sobre a torre, posicionando-se sobre um quartel militar ali próximo. Com a decolagem do Fokker, o objeto movimentou-se para acompanhar a aeronave.
O comandante Ciudad descreve este novo voo da seguinte forma:
“Decolamos normalmente e iniciamos a viagem. Apenas um minutos depois, a torre de controle de Villa Cisneros chamou. Lá, o oficial de tráfego estava acompanhado do chefe do aeroporto, do médico, de um oficial da legião e de outras pessoas. Comunicaram-nos que a luz agora estava à direita do nosso avião e se aproximava dele. Naquele instante estávamos talvez à 150 metros do chão, em plena decolagem. O oficial de tráfego, Eusébio Moratilla, continuou informando: ‘Enquanto vocês taxiavam da área de estacionamento até a cabeceira da pista, o objeto passou por cima da torre de controle e parou sobre o quartel da legião. Lá parece ter ficado à espera da decolagem do Fokker. Agora se aproxima de vocês, pela direita!’. De fato, segundo Paco Andreu, o disco estava novamente do nosso lado direito. Não pude vê-lo nos primeiros minutos, pois ia atento aos instrumentos. Ao alcançar a alturad e voo e fixar o rumo para Las Palmas,o vi de novo. Apagamos as luzes dos passageiros e “aquilo” era impressionante mesmo. E ali ficou até chegarmos a Las Palmas“.
“O voo durava cerca de uma hora e vinte minutos. O disco nos acompanhou talvez durane mais de uma hora. Mantinha-se à mesma altura que nós, entre quatorze mil e dezesseis mil pés, e à mesma velocidade: uns 210 nós. Isto é, uns 420 quilômetros por hora. Às vezes ascendia ou descia, e também mudava de cor, passando do branco ao laranja. Pelo que me lembro, perdeu-se entre as nuvens ao iniciarmos a descida em Las Palmas“.
A comissária de bordo, Pimpina Gómez, não viu o OVNI no voo de ida e somente foi informada após o pouso da aeronave. Entretanto, no voo de retorno, ela foi avisada pelo comandante do voo logo no início da observação e assim pôde observar o objeto ao longo do voo de regresso.
“Pude observar que a luz estava à direita do avião, muito brilhante sem dar a impressão de foco, a uma grande distância, cerca de 15 km. E se movia na mesma direção mas mudando de altura, ou seja, subia e descia. Dada a sua distância, não consegui especificar o seu tamanho“.
O voo pousou novamente em Las Palmas. No dia seguinte, Ciudad foi convocado pelas autoridades aeronáuticas para prestar depoimento. A investigação da Força Aérea Espanhola foi mantida em sigilo e os relatórios oficiais somente foram desclassificados em 1992.
Segundo os documentos oficiais, mais de 50 pessoas foram testemunhas diretas do OVNI. Entretanto, apenas aqueles envolvidos com as atividades aéreas foram entrevistados pelos militares.
Além disso, ao invés de buscar explicações para o fato, ou mesmo tentar identificar o objeto observado, os militares optaram por explorar possíveis discrepâncias no relato. Uma delas diz respeito à estimativa de distância, por parte dos pilotos, em relação ao objeto, como sendo algo em torno de quinze quilômetros, enquanto que as testemunhas em terra teriam estimado em cerca de três quilômetros.
A real natureza do objeto observado, ou as causas do fenômeno ainda são desconhecidas.
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