
OVNI é recebido à tiros na África do Sul
Em 26 de junho de 1972, um estranho objeto luminoso avistado na fazenda Braeside, em Fort Beaufort, África do Sul, foi perseguido a tiros por Bennie Smit e policiais, deixando marcas misteriosas no solo e permanecendo sem explicação.
Neste artigo:
Introdução
Na manhã de 26 de junho de 1972, a tranquilidade da fazenda Braeside, localizada na região de Fort Beaufort, África do Sul, foi interrompida por um episódio que até hoje intriga pesquisadores e curiosos. O proprietário, Bernardus “Bennie” Smit, e seu capataz, Boer de Klerk, foram testemunhas diretas de um fenômeno insólito.
De Klerk realizava sua rotina diária de inspeção em um pequeno açude da fazenda quando, ao preparar uma fogueira, notou algo incomum pairando sobre as árvores: um objeto brilhante que parecia desafiar qualquer explicação lógica. Atônito, correu até a sede para alertar o patrão.

A fazenda Braeside fica ao norte da pequena cidade de Fort Beaulfort, na África do Sul.

Mapa da região de Fort Beaulfort
Poucos minutos depois, Bennie Smit foi até o local junto do capataz e confirmou o relato. Diante de seus olhos, um objeto luminoso oval permanecia suspenso no ar, silencioso, mudando de cor entre o vermelho, o verde intenso e um tom amarelado esbranquiçado. Acima de sua borda superior direita, destacava-se um ponto brilhante e piscante, semelhante a uma estrela.
Decidido a agir, Smit deixou o capataz de guarda no local, enquanto corria para casa a fim de pegar seu rifle e avisar a polícia. Quando retornou, não hesitou: abriu fogo contra o objeto, conhecido na região por sua habilidade de caça e pontaria precisa. No entanto, seus disparos pareceram inúteis — o artefato continuava a se mover lentamente, indiferente às balas.

Representações do avistamento segundo as testemunhas.
Por volta das 10 horas, atenderam ao chamado da fazenda dois policiais de Fort Beaufort: o comandante da estação, W/O van Rensburg, e o Sargento A. P. C. Kitching. Junto deles, Smit organizou uma tentativa de cercar o objeto. Enquanto De Klerk e outros trabalhadores eram enviados para o matagal denso, os policiais observaram que o artefato parecia responder inteligentemente: quando os homens gritavam na vegetação, o objeto baixava altitude, mantendo-se fora da vista.
Insatisfeito, o próprio Smit entrou na mata, levando consigo uma vara com um lenço amarrado na ponta para ser identificado à distância. Mas também não obteve sucesso.

Vista panorâmica da região onde o caso ocorreu.
Diante da impossibilidade de capturá-lo, restou tentar abatê-lo. Assim, novamente, tiros foram disparados contra o OVNI. O sargento Kitching atirou de uma distância de cerca de 250 metros, enquanto Smit se aproximou perigosamente, chegando a apenas 10 metros do objeto. Ao todo, foram efetuados 15 disparos, sendo que o oitavo foi descrito por Smit como tendo causado um “baque”, como se houvesse acertado o alvo. Porém, sem resultado aparente.
O comandante Van Rensburg descreveu o que testemunhou:
“Depois que o Sr. Smit e o Sgt. Kitching dispararam alguns tiros, vimos um objeto redondo preto e brilhante emergir de trás das árvores… poderia ser metal, embora tenha mudado de preto para vermelho e depois para o amarelo. O OVNI não era uma espécie de ‘bola de fogo’. Era claramente um objeto escuro e brilhante, no centro de um brilho circundante.”

Representação da Flying Saucer Review sobre o momento em que as testemunhas dispararam contra o OVNI.
Logo após, o objeto emitiu um zumbido mecânico, desviou para a esquerda e desapareceu sobre a área inóspita conhecida como Fordyce Bush. Eram mais de meio-dia quando finalmente sumiu de vista.
O caso ganhou as páginas da imprensa sul-africana, que se dividiu entre relatar os fatos e criticar a postura dos envolvidos. Muitos questionaram a atitude de atirar contra o fenômeno:
“O que não entendemos, matamos a tiros. Se fosse um veículo do espaço sideral, tripulado por seres inteligentes, você acha que eles agora consideram os habitantes da Terra hostis? Beligerantes? Agressivos? Ou simplesmente estúpidos?”

Bernardus “Bennie” Smit e seu filho.
Dois dias depois, em 28 de junho, o Brigadeiro A. Vosloo, Comandante da Divisão de Polícia do Cabo Oriental, liderou uma missão de investigação até a fazenda Braeside. No local, a equipe encontrou marcas enigmáticas na argila úmida, sugerindo que o objeto havia pousado.
Foram identificados três conjuntos de três impressões circulares, com cerca de 5 cm de diâmetro cada, como se pernas em espiral tivessem descido até o solo, deixando um movimento de rotação no sentido horário. Os vestígios foram fotografados, moldados em gesso e amostras de solo foram recolhidas para exames de resíduos químicos, combustíveis ou óleos.

Local onde o fato ocorreu.
Apesar das investigações, nenhuma explicação definitiva foi dada. O Caso Braeside, como ficou conhecido, permanece como um dos mais impressionantes episódios ufológicos da África do Sul — não apenas pela quantidade de testemunhas envolvidas, mas também pela reação inusitada de enfrentamento armado contra um fenômeno desconhecido.

Estranha marca deixada pelo objeto.

Croqui detalhando a marca deixada pelo OVNI.

Bernardus “Bennie” Smit, indicando a posição da marca no solo.

O comandante da estação W/O van Rensburg e o Sgt. A P. C. Kitching da Polícia.

A barragem do açude da propriedade foi danificada na ocasião.

Amostra de solo coletada no local onde o objeto pousou.

Jornais da época divulgando o fato.

Jornais da época divulgando o fato.
Com informações de:
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HIND, Cynthia. UFOS – contatos africanos. Tradução de Irene Granchi. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982.