Na manhã do dia 19 de janeiro de 1966, por volta das 9:00 um fazendeiro de 28 anos de idade chamado George Pedley estava dirigindo seu trator próximo à Horseshoe Lagoon, na propriedade de Albert Pennisi, near Tully, ao norte de Queensland, na Australia. Quando ele estava a 25 metros da lagoa ele ouviu um ruído mais alto que o barulho do trator.
“De repente, um objeto surgiu vindo do pântano. Quando eu olhei ele já estava a uns 10 metros de altura, e na altura do topo das arvores. Ele era largo, cinza, em formato de disco, convexo no topo e na base e media aproximadamente 7 metros de diâmetro por 2 de altura. Enquanto eu observava surgiu outro aproximando-se muito rapidamente. depois ele fez um mergulho raso e foi embora numa velocidade tremenda. Subindo num angulo de 45 graus e desaparecendo em segundo na direção sudoeste”.
Outra surpresa veio quando Pedley percorreu a região e chegou ao local onde o objeto havia surgido. No pântano no meio da lagoa havia uma grande área circular que estava livre de caniços e onde a água rodopiava lentamente. Estava bem diferente de três horas antes quando a testemunha passou pelo local.
Poucas horas mais tarde, Pedley retornou à lagoa para dar uma segunda olhada. O local havia mudado porque a área circular estava agora coberta por plantas verdes flutuantes que estavam distribuídas seguindo um padrão radial tendo aproximadamente 10 metros de diâmetro.
Pedley ficou impressionado e procurou Albert Pennisi, dono do engenho de açúcar onde a lagoa estava localizada e um outro amigo. Pennesi lembrou-se que seu cachorro tinha agido de forma estranha durante a manhã, latindo loucamente, demonstrando que havia alguma coisa errada na região da lagoa por volta das 5:30 da manhã. Pennisi e o outro homem ficaram impressionados com a marca circular produzida pela massa de plantas. Eles entraram na água e perceberam que as plantas estavam soltas na água sendo possível inclusive nadar por baixo da massa de plantas.
Curiosamente, as bordas da massa de caniços começaram a formar um angulo que dava a impressão de tratar-se de um grande pires.Pennisi voltou para buscar sua câmera e obteve várias fotografias da estranha marca. Rapidamente as plantas na borda da marca passaram a ter coloração marrom na parte superior. Pedley relatou estes fatos à polícia de Tully que por sua vez repassou à Força Aérea já no dia seguinte, 20 de janeiro.
Com o passar dos dias, a imprensa cobriu o desenrolar da pesquisa de diversos investigadores, muitos querendo provar a teoria de que a marca foi produzida por helicóptero, grandes aves, crocodilos ou outra origem natural qualquer. O avistamento do disco voador por parte de Pedley foi deixado de lado durante essas investigações. Durante as investigações surgiram cinco outros ninhos, menores que o original. Em muitos deles, as plantas estavam dobradas em sentidos anti-horário e alguns deles apresentavam sinais de queimado no centro do circulo. Amostras foram coletadas e enviadas à Brisbane para analises, mas nada de anormal foi detectado. A única estranheza detectada foi o fato de que os caniços de dentro do circulo mudaram sua tonalidade para marrom aproximadamente 8 horas depois de descobertos os círculos, enquanto que os caniços de fora dos círculos levaram mais de três dias para adquirir esta coloração.
Mas o que aconteceu na Lagoa Horseshoe? Não existe qualquer evidência que sustente a possibilidade de ser um helicóptero pois ninguém viu ou ouviu nenhum aparelho semelhante em toda a região na época do caso. A possibilidade de marcas produzidas por animais locais também está descartada pois marcas produzidas por animais são pequenas, irregulares e desaparecem em pouco tempo. A melhor explicação que a Real Força Aérea Australiana pôde oferecer é que a marca foi produzida por um “willy-willy”, um pequeno redemoinho que ocorre na região. Porém como se explica o fato de nunca ter ocorrido marca semelhante antes ou depois deste caso? E o avistamento de Pedley? Se realmente fosse um fenômeno atmosférico produzido por vento teríamos água turva e detritos por toda a região, além de testemunhos adicionais relatando a presença do tornado.
O Caso de Tully permanece como um dos mais interessantes casos de pouso de OVNI ocorridos na Austrália que encontra semelhanças em vários outros casos ocorridos pelo mundo.
Referências:
- BONDARCHUK, Yurko. UFO – Observações, Aterrissagens e Sequestros. Tradução de Wilma Freitas Ronald de Carvalho. São Paulo: Ed. Difel, 1982.
- http://www.project1947.com/forum/bctully.htm
- http://www.uforq.asn.au/casefiles/tully.html
- http://www.ufocasebook.com/tullysaucernest.html
- http://www.ufoevidence.org/cases/case65.htm
- http://www.ufoevidence.org/Cases/CaseSubarticle.asp?ID=271
- http://www.ufoevidence.org/Cases/CaseSubarticle.asp?ID=272
- http://www.ufoevidence.org/Cases/CaseSubarticle.asp?ID=804
- http://ufos.about.com/od/ufocrashes/p/tullynest.htm
- http://www.oldcropcircles.weebly.com/australia-1966-tully.html
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