
Um OVNI deixou um jovem temporariamente cego
No meio do Oceano Índico existe uma pequena ilha, de colonização francesa que foi palco de dois casos extraordinários de contato ufológico com tripulantes de um OVNI. Um deles resultou na cegueira temporária de um jovem, de 21 anos, morador da ilha.
Neste artigo:
Introdução
O protagonista deste caso chama-se Antoine Séverin, na época com 21 anos de idade. Na noite de 11 para 12 de fevereiro de 1975, ele sonhou que estava ouvindo, ou talvez tivesse ouvido mesmo, uma espécie de bip-bip, que às vezes parecia vir de muito perto e, outras vezes, de muito longe e que durou a noite toda.
No dia seguinte, ele ainda ouvia o misterioso som, que continuou até sexta-feira, 14 de fevereiro.
“Naquele dia, sexta-feira, 14 de fevereiro, às 12h05, eu disse à moça para quem eu trabalhava que eu simplesmente tinha que ir. Ela ficou surpresa, porque era bem na hora de fechar a loja. Mas isso poderia ter acontecido a qualquer momento durante aquela manhã. O barulho do bipe-bipe era ensurdecedor. Eu corri para fora e corri pelo estádio, e depois pelo cemitério — minha rota habitual. Enquanto isso, o som estava ficando cada vez mais alto. Às vezes eu diminuía o ritmo para uma caminhada, e então começava a correr novamente. Não havia mais ninguém por perto. Então, de repente, me senti parado, como se estivesse sendo contido por alguma força sobrenatural.
“A essa altura eu já estava perto do caminho que levava para minha própria casa de campo e para a casa dos meus pais, mas ainda estava na estrada principal. Senti como se meus tímpanos estivessem prestes a estourar. Virei-me lentamente e saí da estrada, e andei alguns metros para dentro do campo de milho. Então senti um tipo estranho de calor, acompanhado por uma rajada de ar ardente. Fiquei ali, apenas enraizado no local, como se estivesse paralisado. Não conseguia mover um dedo. Foi então que avistei uma máquina em forma de um grande chapéu, ou como uma xícara colocada em cima de um pires de cabeça para baixo”.

O croqui feito pela testemunha e representando seu contato.
O objeto era intensamente brilhante. Era de alumínio cor, e estava a uma altura de cerca de 1.50 m acima do chão e emitia o estranho bip-bip ouvido pelo jovem desde o dia 12. O jovem continuou observando o estranho aparelho e percebeu o surgimento de uma escada de 3 graus, na parte inferior do disco e por ela desceram três tripulantes.
“Então um homenzinho estranho saiu da máquina, com roupas justas como o “homem Michelin” e ele também estava todo brilhante, assim como o disco. Na mão direita ele segurava algo, também brilhante, com cerca de 30 cm de comprimento. Na escada, ele parecia estar bastante livre e fácil em seus movimentos, mas assim que ele estava no chão seu andar se tornou diferente, desajeitado. Ele andava com os pés juntos. Um segundo homenzinho veio e se juntou a ele, e então um terceiro. O primeiro estava arranhando o chão. O segundo estava segurando uma pequena bolsa, também muito brilhante, mas eu não vi o primeiro colocar terra nela. Todos os três pequenos companheiros tinham antenas na cabeça, uma de cada lado.”

Representação do contato, feita pelos investigadores.
O jovem ficou olhando a cena por alguns instantes e então, aparentemente, os tripulantes deram-se conta da presença do jovem.
“Então, de repente, meu olhar se moveu para o topo do disco, para a torre. E lá, através de uma das vigias, vi a cabeça de um quarto “robô”. Acho que o terceiro homenzinho deve ter dado o alarme quando me avistou. Então, me senti arremessado de costas por um poderoso clarão de luz. Consegui ver como os homenzinhos subiram a escada novamente, mais rápido do que desceram. A escada foi puxada para cima, fazendo um som tipo “hidráulico”. Então, imediatamente, a máquina subiu no ar, emitindo um apito muito alto. Não consegui ver em que direção ela foi. E não sei quanto tempo fiquei ali no chão. Então, levantei-me, arregacei as calças e corri direto de volta para cá, para a casa dos meus pais.”
Ao chegar em casa, em estado de choque, ele relatou o fato à sua mãe, Marie Severin, e em seguida ficou cego e mudo. Um médico de Petite-île foi chamado para atender Antoine, ainda no mesmo dia. Ele o encontrou em estado de fadiga, com muita fraqueza, angústia e muita dificuldade de fala. Ele não apresentava queimaduras ou ferimentos pelo corpo.

O local onde o caso ocorreu, atualmente.
No dia seguinte, a mãe do jovem foi até o destacamento de polícia local para informar que seu filho havia visto um objeto luminoso, que o deixou cego, mudo e enfraquecido, nas proximidades do Pico Calvaire.
Ainda nesse dia, 15 de fevereiro, os policiais foram até a região do Pico Calvaire. O local é coberto por encostas de floresas de filaos, com um planalto cultivado no terreno montanhoso. Em função do terreno acidentado, sem referências precisas, os policiais não conseguiram chegar ao local onde o fato ocorreu. Em seguida, foram até a casa do jovem para coletar seu depoimento. A visão de Antoine começava a melhorar. Embora ele ainda não pudesse falar, ele descreveu através de gestos e desenhos como tudo aconteceu.
Os policiais continuaram investigando o incidente, verificando se alguma aeronave havia sobrevoado a ilha naquela data, e conforme os registros aeroportuários, nenhuma aeronave sobrevoou a ilha naquela data.

Investigador no local onde o caso ocorreu.
Em 17 de fevereiro, ele tentou levar os policiais ao local do pouso do OVNI, mas devido às suas condições de saúde não conseguiu chegar ao local onde tudo aconteceu.
No dia seguinte, 18 de fevereiro, o tenente coronel Lobet, que estava coordenando a investigação policial, tentou outra entrevista com o jovem e nessa ocasião, um contador Geiger foi usado para verificar se havia algum tipo de radiação residual nas roupas de Antoine. Nada foi encontrado.

O local onde o caso ocorreu.
Em 19 de fevereiro, o local de pouso foi localizado pela vizinha de Antoine, Marie-Madeleine Leveneur, que logo avisou os policiais.
“Mesmo quando ele estava temporariamente cego, ele foi capaz de desenhar não apenas a máquina que tinha visto, mas também uma planta do local. Foi assim que eu fui, eu acho, a primeira pessoa a ir lá, por volta das 10h00 da manhã seguinte, sábado, 15 de fevereiro de 1975. No entanto, o lugar me parecia ter sido muito pisoteado. Seguimos algumas pegadas que levavam ao fim de um pequeno campo não cultivado onde ainda havia alguns tocos de milho. As pegadas terminaram e, cerca de 20 metros adiante, encontramos três buracos, de formato irregular por causa da consistência fraca do solo ali. Esses buracos eram do tamanho de bacias. Eles formavam um triângulo medindo um metro de cada lado.”
As 3 marcas no solo estavam espaçados a um metro de distância, formando um triangulo isósceles. Cada buraco tinha aproximadamente 3 cm de profundidade. Novamente, o contador Geiger foi usado, mas nada de anormal foi detectado.
Finalmente, em 20 de fevereiro, o jovem conseguiu fazer um relato falado aos policiais, descrevendo todo o incidente. Ele acompanhou os policiais ao local onde o pouso ocorreu. Ao se aproximar do local exato, ele parou repentinamente, colocou as mãos nos ouvidos, pressionando-os com muita força e em seguida desmaiou.
Os policiais o acudiram e perceberam que seu pulso estava muito fraco e suas mãos frias. Ele foi levado de volta para sua casa, melhorando meia hora depois. Ao se recuperar ele relatou que uma força desconhecida o paralisou e o impediu de se aproximar do local exato do pouso.
Poucos dias depois ele foi examinado por um psiquiatra, que diagnosticou crise após choque emocional intenso e que não havia sinais de outros sintomas de natureza neurológica ou psiquiátrica.
Investigações posteriores revelaram outro avistamento ocorrido na ilha, na mesma data. Um senhor chamado Maxime Assaby, barbeiro em Saint-Denis, afirmou ter visto, entre 19h00 e 19h30, três luzes altas no céu sobre Saint Marie , que fica 8 km a leste de Saint-Denis. No início, as luzes estavam estacionárias. Depois, elas se afastaram para o oeste, em direção ao Cabo Bernard (3 kms a oeste de Saint-Denis.) As luzes eram de cor branca, sendo que a terceira, que estava separada das outras duas, era mais brilhante. A testemunha, que estava acompanhada por seu irmão de 17 anos, concluiu:
“Não posso estar enganado, porque estou bastante acostumado a ver aeronaves chegando e partindo. Essas luzes eram anormais por conta da altura em que estavam, por conta de seu brilho intenso e por conta de sua imobilidade quando observadas pela primeira vez por nós. Elas eram constantes e não piscavam.”
No mesmo dia, por volta de 19h15, a senh ora Colette Dayde e seu marido estavam com amigos, na estação meteorológica em Le Chaudron quando viram algumas luzes, que pareciam assemelhar-se a holofotes, movendo-se de leste a oeste, da direção de Sainte-Marie em direção a Le Port. A cor era vívida e ligeiramente amarelada. Duas dessas luzes estavam separadas delas. As luzes passaram lentamente sobre o mastro da estação meteorológica, emitindo um som opaco, quase imperceptível.
O caso de Luce Fontaine
O incidente envolvendo Antoine Severin não foi o único registrado na ilha. Anos antes, em 31 de julho de 1968, outro caso semelhante ocorreu.
Um jovem fazendeiro chamado Luce Fontaine relatou ter observado na manhã daquele dia, em uma clareira, uma máquina voadora extraordinária e duas entidades em trajes espaciais que também lembravam o homem da michelan.

Representação do caso de Lucy Fontaine
Ele estava colhendo grama para seus coelhos em uma pequena clareira, no centro de uma floresta de acácias em um lugar chamado Le Tampon, na Plaine des Cafres, na ilha da Reunião.
Ali ele observou um objeto de formato ovoide, com um centro translúcido e extremidades azul-escuras, posicionado quatro ou cinco metros acima dele, a uma distância de 25 metros. A máquina media cerca de 5 metros de largura e 2,5 metros de altura.
De cor azul e branca, o objeto emitia uma luz esbranquiçada e forte, comparada à de um arco elétrico. Havia uma espécie de grandes pés de metal acima e abaixo da nave.
“Eu me encontrava no quilômetro 21 em uma pequena clareira no centro de um bosque de acácias. Curvado, eu estava juntando grama para meus coelhos naquela manhã quando de repente vi na clareira uma espécie de cabana oval a 25 metros de mim, como se estivesse suspensa a 4 ou 5 metros do chão. Suas extremidades eram azul-escuras, o centro era mais claro, mais transparente, um pouco como o para-brisa de um 404. Acima e abaixo, havia cerca de sessenta centímetros de vidro metálico brilhante.”
No centro da máquina, atrás da parte translúcida, Luce Fontaine observou dois personagens humanoides, com cerca de 90 centímetros de altura, vestidos da cabeça aos pés com uma espécie de traje roliço de cosmonauta que lembravam o famoso mascote da marca de pneus. Ambos os seres usavam uma espécie de capacete que escondia parcialmente seus rostos.
“No centro da cabine estavam dois indivíduos de costas para mim. O da esquerda virou a cabeça e ficou de frente para mim. Ele estava de pé, pequeno, 90 cm, aproximadamente, envolto da cabeça aos pés em uma espécie de terno estilo Michelin. O da direita simplesmente virou a cabeça para mim, mas ainda tive tempo de vislumbrar seu rosto, parcialmente escondido por uma espécie de capacete.”
Depois de alguns segundos, os dois seres notaram a presença de Luce Fontaine, virando as costas para ele e repentinamente a máquina desapareceu, em questão de segundos em um clarão ofuscante, acompanhado de uma rajada de ar quente.
“Ambos me deram as costas, e houve um clarão tão violento quanto o arco elétrico de uma máquina de solda. Tudo ao meu redor ficou branco, um forte calor foi liberado, então como um sopro, e alguns segundos depois não havia mais nada.“
“Aproximei-me então do local onde a nave estava parada; não havia nenhum vestígio. Este objeto media 4 ou 5 metros de diâmetro e aproximadamente 2,5 metros de altura. Era de cor azulada, branca nas partes superior e inferior. Contei tudo isso para minha esposa e para a polícia, todos acreditaram em mim imediatamente.”
Os policiais da ilha investigaram o incidente sob o comando do capitão Majean, da gendarmerie. Esta investigação não conseguiu explicar o incidente.
Após a investigação da gendarmaria, o diretor do serviço departamental de incêndio e salvamento, Capitão Léopold Legros, analisou as roupas usadas por Luce Fontaine, na ocasião do contato, detectando que elas tinham índices radioativos em proporções superiores aos níveis naturais.
Legros então inspecionou o local do contato e também detectou radioatividade anormal em seis locais específicos alinhados no solo.
“Num raio de cinco metros ao redor do ponto sobrevoado pelo OVNI, oito pontos de radioatividade chamaram nossa atenção. Em tufos de grama e em seixos, detectamos até 60 milésimos de Röntgens.”
Estas medições não são alarmantes, mais sim acima do norma. O ufólogo JP Lavilgrand também destacou que as medições foram feitas 10 dias após os eventos e que as fortes chuvas da estação podem ter influenciado as medições.
Outra evidência interessante do caso é o fato de que Luce Fontaine sofreu hemorragias nasais por oito dias após sua observação, mas não houve outras consequências observadas em sua saúde.
A Ilha de Reunião registrou outros casos ufológicos ao longo dos anos, que foram investigados pela comissão de cientistas, ligados ao Centro Nacional de Estudos Espaciais da França, fundado em 1976, para investigação ufológica nos territórios franceses.
Com informações de:
- GEPA – PHÊNOMENES SPATIAUX. Paris, n. 19, p. 21-24, mar. 1969.
- LUMIÈRES DANS LA NUIT. Boletim, n. 147, ago. 1975.