Sumário:

• Introdução
• A Investigação Inicial
• O Artigo
• Novos Fatos
• Comentários

Introdução

O Universo é fascinante. É realmente difícil encontrar alguém que contemple o céu e não se impressione com sua beleza e grandiosidade. E com o avanço da tecnologia terrestre, surgem mais e mais ferramentas que auxiliam a investigação dos mistérios celestes, ou mesmo facilitam a divulgação das informações oriundas destes estudos. Isso é particularmente útil a quem se interessa por Ufologia, pois oferece uma nova e vasta área de estudos ainda pouco explorada.

Em 1999, lancei um pequeno site, na época chamado GEPUC On-Line, onde publicava alguns textos, casos e investigações que eu havia realizado. No ano seguinte, conheci o ufólogo Carlos Alberto Machado e comecei a participar do seu grupo de pesquisas, o CIPEX. Em 2004, reformulei o site e o relancei, agora com o nome CIPEX On-Line, com a proposta de apresentar materiais e artigos com seriedade, qualidade e objetividade.

Logo após ser relançado, preparamos um artigo sobre UFOs na Lua, reunindo tudo o que havia sobre o tema até então. Entretanto, as imagens disponíveis em livros, revistas e sites da época, eram de qualidade baixa. A busca por fotografias de melhor qualidade me levou ao site do Lunar and Planetary Institute (LPI), que disponibiliza mais de 30 mil fotografias obtidas durante o Programa Apollo, com a vantagem de possuírem qualidade superior em relação àquelas existentes em sites ufológicos da época. E para a nossa surpresa, as fotografias que circulavam no meio ufológico estavam todas lá, com UFOs e sem retoques!

A investigação inicial

A descoberta do acervo de imagens no site do LPI foi o divisor de águas, pois agora, ao invés de reunir material ufológico oriundo de sites, livros e revistas, seria possível reunir material original do Programa Apollo. Uma rápida olhada no acervo de imagens da Apollo 11 revelou novas fotografias, até então desconhecidas, onde havia objetos anômalos, tanto na Apollo 11, quanto nas demais missões .

Fascinados por esta descoberta, passamos as semanas seguintes olhando cada fotografia, em busca de novos e inéditos registros ufológicos. Ao final deste trabalho, reunimos pouco mais de 350 fotografias com objetos desconhecidos. Desta, uma análise mais detalhada permitiu excluir aproximadamente 50 imagens, em que tais objetos eram de alguma forma identificados. Infelizmente, a qualidade dos arquivos fornecidos pelo LPI ainda era relativamente baixa, para os padrões atuais, pois os arquivos possuem, em sua maioria 450 pixel de altura e largura.

Visando complementar a investigação, buscamos informações técnicas sobre as imagens restantes e buscamos versões em alta resolução para complementar estas análises. Assim, encontramos o site do The Project Apollo Archive, onde havia várias centenas de imagens em alta resolução, algumas delas registrando objetos espaciais não identificados.

O Artigo

Mais ou menos ao final desta investigação inicial, recebemos o convite do editor da Revista UFO, para escrever um artigo sobre o tema para publicação. Então, redigimos um artigo bem completo e ilustrado, que foi publicado, em matéria de capa, na sua edição 107, de fevereiro de 2005 [Artigo na UFO].

O artigo, que foi muito elogiado na época, apresentou imagens obtidas diretamente do site do LPI, incluindo uma obtida pelos astronautas da Apollo 11, que é bem famosa, por sinal. Trata-se da fotografia AS11-36-5319, obtida horas depois da saída da órbita terrestre. Nela observa-se nosso planeta e um objeto luminoso, em contraste contra o fundo escuro do espaço. Descobrir esta fotografia nos arquivos do LPI nos surpreendeu, pois há décadas ela circula no meio ufológico internacional, sendo apresentada como um legítimo registro ufológico. Ao longo do texto, citamos sua localização, assim como as demais fotografias, interessantes do ponto de vista ufológico e por nós descobertas nessa fase inicial.

Esta etapa da investigação encerrou-se, pois na época não havia mais fontes de informação disponíveis. Ao longo dos anos, o artigo foi citado em outros trabalhos nacionais na área e citado em debates sobre tema.

Novos fatos

No final de 2015, várias centenas de fotografias do Programa Apollo foram publicadas no Portal Flick, e a intenção dos responsáveis pelo projeto era de postar mais e mais imagens com o passar do tempo. Hoje em dia, existem mais de 19 mil fotografias em alta resolução, ali disponibilizadas. Os arquivos têm, em média, 4.275 pixels de largura e altura. Mas o melhor de tudo é que tais imagens são escaneadas diretamente dos negativos, sem qualquer retoque por parte da NASA.

Pouco depois, surgiu outro importante banco de dados, fornecendo fotografias, também em altíssima resolução, escaneadas diretamente dos negativos originais, mas usando equipamentos e processos diferentes daquele utilizado nas imagens disponibilizadas no Flickr. O site ToTheMoon, além de disponibilizar tais imagens oferece, em alguns casos, informações sobre a fotografia. Isso nos motivou a retomar a investigação, verificando as imagens selecionadas na primeira pesquisa e talvez descobrindo novos registros ufológicos. Aproveitando que o ToTheMoon também disponibiliza, com a mesma qualidade, as fotografias dos programas Mercury e Gemini, estendemos a investigação abrangendo também estas missões.

No começo de 2017, acessamos o site do LPI, em busca das imagens já relacionadas na primeira investigação. Ao verificar a já citada fotografia AS11-36-5319, descobrimos que ela foi adulterada para esconder o objeto registrado na imagem. Felizmente, tanto o Flickr do Apollo Archives quanto o site ToTheMoon, disponibilizam a mesma imagem em altíssima resolução.

Sabendo que apenas analisar estas fotografias não seria o bastante, procuramos novos elementos passíveis de análise. Assim, a partir de vários sites da NASA, além de outros independentes, pudemos analisaras várias sequencias de filmagens obtidas ao longo dessas missões.

Além destas imagens, buscamos confirmar os trechos de diálogos travados entre astronautas e o Centro de Controle, que já circulavam no meio ufológico. Eles aconteceram durante avistamentos ocorridos no espaço e tínhamos uma pequena esperança de confirmar de algum modo sua veracidade. Nessa fase da investigação, ficamos novamente surpresos ao encontrar documentos oficiais da NASA, contendo as transcrições originais completas, dos programas Mercury, Gemini e Apollo. Estes arquivos permaneceram confidenciais por muitos anos até que, em 2007, eles foram desclassificados e disponibilizados na Internet. Ali, entre mais 45 mil páginas de comunicações, encontramos a maioria dos trechos que circulavam no meio ufológico. E para a nossa alegria, havia várias dezenas de páginas com diálogos inéditos, referentes a eventos até então desconhecidos dos ufólogos. Em alguns casos foi possível cruzar estas informações, relacionando com as fotos e filmes de UFOs feitas durante estas missões. Estas transcriçõe estão disponíveis no site do Jonhson Space Center.

Depois de milhares de páginas de documentos oficiais analisados, milhares de fotografias e centenas de horas de filmagens de diferentes missões espaciais, alguns registros ufológicos foram esclarecidos e novos casos foram descobertos. Ao longo deste trabalho, apresentaremos cada uma dessas missões espaciais, apresentando algumas informações técnicas e apresentando os fatos ufológicos ou misteriosos a elas relacionadas. Tenho certeza que eles irão agradar aos leitores.