EQUIPE SBEDV - Artigo originalmente publicado no Bol. da SBEDV, 121/125, de Março-Dezembro de 1978. Adaptado por Jackson Luiz Camargo (CIPEX)
Sumário:
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Introdução
Na sexta-feira, dia 30 de setembro de 1977, Antônio saiu do local de trabalho e chegou em casa às 21 horas. Sentindo-se indisposto, informou à esposa e foi logo para casa, sem jantar.
A seguir, iniciou-se em Antônio uma diarréia, cujo surto durou a noite toda, com interrupções, fazendo-se ainda acompanhada de vômitos frequentes.
Antônio lembrou-se nessa ocasião da projeção que havia visto no interior do disco voador, onde ele mesmo aparecia sofrendo daquele mal. Parecia-lhe que os ufonautas quiseram avisá-lo daquilo que mais tarde ele chegaria a sofrer e, de fato, naquela noite estava sofrendo.
Nessa ocasião, talvez tenha vindo à tona a lembrança daquela projeção no disco voador, em que um cachorro fora aniquilado (aparentemente) por um raio luminoso desfechado na tela, por um dos ufonautas. Será, teria pensado Antônio, que esses tripulantes não me possam agora causar um maior mal, com um daqueles raios, desfechados na minha própria imagem, projetada em algum lugar no disco voador? Temos a impressão de que as preocupações de Antônio, pela sua vida e pela sobrevivência de sua família, tenham falado alto na sua mente. E isto ao ponto de ele revelar os receios que sentia do ridículo, que ate então estavam bloqueando a comunicação do episódio, à sua comunidade e à sua esposa. Assim, naquela noite de sexta feira, de vômitos e diarréias, Antônio resolveu relatar à esposa a sua experiência ufológica. Ela foi a primeira pessoa a saber do assunto.
Procuramos dar estas explicações ao leitor, para que mais bem se possa avaliar a opinião de outras pessoas que não foram informada de todos esses detalhes, como por exemplo, o médico da empresa.
Posteriormente, dentro das possibilidades da psicologia aplicada, gostaríamos de ver abordado este assunto, assim como a significação do impacto na mente de Antônio, naquela noite de sexta-feira.
De nosso ponto de vista, houve uma estreita relação mental entre o acontecimento daquela sexta feira (30/9/1977) e o episódio propriamente dito ocorrido aproximadamente duas semanas antes (quinta feira, dia 19/9/1977). Entendemos então que isto fez submergir (desaparecer? diminuir?) na mente de Antônio o intervalo relativamente calmo entre as duas datas (ele sofria apenas de algumas dores no ombro e no tórax).
Assim, mentalmente Antônio adiantou o fato acontecido no disco voador: em vez de quinta feira dia 15/9, ele menciona quinta feita dia 29/9. Isto porque, esta ultima data (29/9/1977)é a mais próxima da sexta-feira, dia 30/9(noite dos acontecimentos previstos nas projeções dentro da nave).
Entretanto, outro intenso quadro patológico manifestou--se em Antônio 72 horas depois, na segunda feira, dia 30/10/1977. Talvez tenha esse fato acentuado mais ainda o funcionamento do hipotético esquema psicológico por nós aqui proposto.
OBS.: Outra causa para o estranho comportamento de Antônio, na coordenação de sua memória, poderia ser uma certa "modificação de sua personalidade" pós-episódio ufológico, ao exemplo do que se descreve no Bol. SBEDV nº 74/79 - pág. 28.
Num indivíduo, a personalidade é formada pela soma das absorções de suas experiências com o mundo externo e ainda cinzelada pelo gravame que ela dá a elas. Daí, talvez se possa concluir que o efeito da experiência ufológica sobre Antônio tenha sido a tal intensidade que chegou até a afrouxar o arcabouço de sua personalidade. Constatamos que a testemunha é pessoa inteligente mas, até então, das mais despretensiosas. Poder-se-ia entretanto conceber que, no decorrer dos meses, nela surgisse um certo "vedetismo", ainda que não tenha havido logo modificações profundas perceptíveis. Tudo isto, como consequencia de ter vivido uma experiência traumática, mas sem por isto ordinária. Poderíamos também explicar porque Antônio não voltou ao trabalho, meses após o seu episódio ufológico, mesmo tendo sempre sido um funcionário exemplar (trabalhando cerca de 12 horas diariamente). É concebível que após a experiência traumática a testemunha tenha sido psicologicamente levado a fazer uma revisão do seu passado. Talvez então quisesse escolher um emprego menos cansativo que o de motorista de ônibus, por ter imaginado enxergar, em si próprio, qualidades que o capacitavam para um trabalho mais categorizado e menos extenuante.
Outra Dramática Manifestação Patológica no Corpo de Antônio
No sábado e domingo seguintes àquela noite de sexta-feira, 30/9, Antônio ficou em casa, extenuado.
Na segunda-feira, 3/10/1977, cedinho, Antônio tomou o ônibus 689, linha Campo Grande - Meier. Após 30 minutos de viagem, esse ônibus o deixaria na Empresa Oriente, onde ele pretendia comunicar que não se sentia em condições de assumir seu trabalho.
Já durante essa curta viagem de meia hora, uma quentura e uma coceira, intensas, por todo o seu corpo, começaram a incomodar bastante a Antônio. Essa quentura foi tão intensa que, ao parar o ônibus na Estrada Campo Grande - Santíssimo, em frente à Empresa Oriente, Antônio correu diretamente para o lavatório que fica na estrada. Lá, ele procurou a torneira para mitigar seus sofrimentos, deixando cair água na cabeça, pescoço, braços, joelhos, etc. Entretanto, Antônio achou que o fluxo dessa bica já não era suficiente. Assim ele correu para os fundos da garagem, onde os carros são lavados em esguichos d'água de mangueiras. Chegando lá, tratou de tomar a mangueira das mãos de um colega que naquele momento lavava o chão. Antônio devia estar desesperado, pois dirigiu o jato dessa mangueira sobre seu corpo, molhando toda a sua roupa, camisa, paletó, calças, assim como sua carteira com todos os seus documentos dentro. Vendo este gesto, incompreensível no momento, mas, solidários com ela na significação de uma emergência, outros lavadores de carros dirigiram instintivamente suas mangueiras também sobre Antônio. Esses colegas pressentiram talvez que tivesse acontecido um desastre com matéria cáustica ou que se tratava de extinguir vestígios de algum incêndio. Em seguida, houve um corre-corre e aglomeração de pessoas em torno de Antônio. Alguns companheiros interpretavam o gesto de Antônio de diversas maneiras: "La Rubia: o que está acontecendo?", "Você está maluco?", "Ele está com alergia?".
Antônio acabou falando "em particular" com o encarregado geral do serviço. Sr. Edgar. Pela fisionomia deste senhor, ele não deu crédito (pelo menos, assim pareceu a Antônio) ao episódio que Antônio lhe falou a respeito e um disco voador, sua tripulação e de seus padecimentos como consequencia disso tudo.
A seguir, Antônio foi levado a uma sala, foi atendido pela enfermeira da empresa, de nome Estelita. Esta senhora queria ministrar-lhe uma injeção. Antônio recusou, argumentando que não precisava de tranquilizantes para dormir, pois não estava maluco. Ele queria apenas que ouvissem a sua história e achassem um meio para mitigar seus sofrimentos.
Antônio relatou-nos que a enfermeira tomou-lhe a temperatura axilar duas vezes em seguida. Uma vez o termômetro teria acusado 41º C e, da outra vez, teria acusado 40º C.
"Rapaz, vá para o hospital!" foi o consenso geral das pessoas presentes naquele momento no recinto, com respeito a Antônio. E, de fato, acompanhado por Estelita e por um colega, Antônio foi levado para o conceituado hospital municipal Rocha Faria. Esse hospital fica situado bem no centro de Campo Grande e, assim, talvez a uns 10 minutos de ônibus distante da Empresa Oriente, em Santíssimo.
A Impotência da Medicina Contemporânea face a distúrbios provocados por campos energéticos extraterrestres
A melhoria do atendimento médico de distúrbios da ordem dos que Antônio era portador só poderá ser conseguido de uma forma. Será quando a realidade da existência dos extraterrestres for aceita oficialmente e encetarem-se estudos dos campos energéticos com os quais esses extraterrestres costumam se cercar. Logicamente, não poderá haver estudo de determinada matéria cuja existência se nega (oficialmente) até hoje.
A odisséia de Antônio no hospital que o atendeu começou com um investigador de polícia que escutou sua história. Depois, foi a vez de um soldado que também ouviu a narração. A este, seguiu-se outro policial que, na hora da troca da equipe de plantão, substituiu o anterior. E esse desfile de pessoas foi aumentando depois por enfermeiros e enfermeiras do hospital. A todas essas pessoas Antônio foi obrigado a contar sua história. Vez por outra, um ouvinte piscava o olho para outro e pouco entenderam da narrativa de Antônio.
Finalmente, após um cochicho entre um médico e uma enfermeira (pelo menos, foi assim que Antônio interpretou, desconfiadamente, a troca de idéias entre os dois), foi administrada uma beberagem a Antônio. Ele acredita que essa bebida era calmante.
Entre uma e outra abordagem por todas essas pessoas no hospital, Antônio foi também entrevistado pelo repórter do jornal o Dia, que estava de plantão. Essa entrevista foi publicada no jornal, no dia seguinte, 4/10/1977. Embora não tenha fixado com exatidão todo o episódio ufológico, essa entrevista de Antônio serviu de base para uma reportagem que é para nós um verdadeiro tento na história ufológica brasileira. Ela será descrita mais adiante, em um trecho mais apropriado.
Opinião de uma Psicóloga
Antônio achou que seria melhor voltar à empresa onde trabalhava e consultar o médico desta. Esse profissional já o conhecia e daria então mais crédito e atenção ao seu relato. Antônio percebia que havia mais interesse pelo sensacionalismo de sua história do que a intenção de ajudá-lo a diagnosticar e curar seu mal.
OBS.: Parece que não foi feito o boletim de atendimento do caso de Antônio, no Hospital Rocha Faria. Isto porque, posteriormente, procuramos esse registro e não o encontramos nesse hospital.
De volta do hospital, Antônio chegou à Empresa Oriente às 9:00 hs. Entretanto, o médico não se encontrava lá naquele momento.
Assim, Antônio foi atendido pela psicóloga da organização, Dª. Nelli Carbonell. Esta moça interrompeu uma reunião que fazia com outras pessoas, para dedicar sua atenção a Antônio, cujo caso lhe pareceu da maior emergência.
Este pesquisador ficou grato a essa jovem, mas segura, profissional, não só pelo cortês e correto atendimento que deu à pesquisa, mas também pelo seu bom senso e certeira rapidez com que diagnosticou o caso de Antônio, naquele dia. Para ela, a história do motorista era real, não se tratando de um embuste. A jovem achava que realmente devia ter acontecido alguma coisa grave à Antônio, já que naquela época ele desconhecia a verdadeira extensão do problema dos extraterrestres.
Conforme nos relatou Dª. Nelli, em 20/10/1977, na ocasião Antônio encontrava-se com o mesmo aspecto que apresentara no Hospital Rocha Faria, conforme já descrevemos. Enquanto falava, ele se coçava constantemente, por sentir a pele em fogo. Talvez mesmo em consequencia disso, apresentava arranhões nas partes desnudas, lado direito do pescoço e cotovelos. Na oportunidade, Dª Nelli soube que a roupa molhada, de Antônio, originava-se da aplicação dos jatos d'água das mangueiras, na garagem, duas horas antes.
A psicóloga sentia que o relato de Antônio merecia crédito. Sua história correspondia àquilo já narrado pela enfermeira Estelita e por outras pessoas da garagem. Antônio descrevia os fatos com nexo. Embora se apresentasse nervoso e agitado, em nada o motorista demonstrava confusão mental. Algo de real devia ter acontecido com ele.
Por ser empregada nova na firma, Dª Nelli fez posteriormente um total levantamento da vida pregressa de Antônio naquela empresa. Trabalhando na organização desde 1975, na ficha limpa de Antônio constava ser ele um homem trabalhador e benquisto pelos companheiros. Além disso, ele havia recebido gratificação ou empréstimo da firma, por seu comportamento no passado. No decorrer do tempo, Dª Nelli ainda submeteu Antônio aos testes de Rorschbach (controle dinâmico) dos quais a parte interpretada foi normal.
No dia seguinte, 4 de outubro de 1977, Antônio procurou o médico da empresa, Dr. Adão Maria Filho. Diante do relato do episódio ufológico, esse médico disse a Antônio as seguintes palavras: "Antônio, depois de contar a sua história, ela morre aqui, entre mim e você...". Naturalmente, ele não disse isto com o intuito de intimidar ou levar Antônio ao silêncio. Em nosso entender, essas palavras foram ditas para colocar Antônio mais à vontade.
Visita a um Consultório Médico
Em 16 de novembro de 1977, fizemos uma curta visita ao Dr. Adão Maria Filho. Nessa ocasião, este ilustre colega informou-nos que, no dia da consulta, 4 de outubro de 1977, Antônio havia acusado uma temperatura axilar de 37,5º C. (OBS.: Presumindo-se que a temperatura corporal, ou sublingual, fosse meio grau maior que a axilar, isso corresponderia a uma temperatura corporal de 38 graus, possivelmente. Na véspera, na ausência do médico, a enfermeira Estelita havia tomado a temperatura de Antônio. O resultado teria sido 40 e 41 graus).
Entretanto, quando Antônio procurou o Dr. Adão, duas semanas antes, e deste recebera o abono dos dias de faltas, ele não informou ao médico (nem a outras pessoas) a verdadeira causa das dores no ombro e no tórax: o episódio ufológico. Desta maneira, este facultativo continuou a achar (e isso nos cientificou que as licenças de Antônio (21, 23 e 24 de setembro, pela empresa e 20 e 22 de setembro, pelo INPS), tiradas na última quinta-feira de setembro, nada teriam a ver com o episódio ufológico propriamente dito. Uma vez que nem Antônio, nem o médico tocaram mais no assunto, não houve retificação na opinião do facultativo. Para o Dr. Adão, o episódio ufológico teria acontecido em data posterior às licenças mencionadas, ou seja, no dia 29 de setembro de 1977 (ultima quinta feira do mês de setembro).
Já em duas ocasiões anteriores (em 19 de outubro de 1977, e em 31 de outubro de 1977), havíamos indagado à enfermeira da empresa de transporte, sobre a temperatura axilar de Antônio, que este profissional havia verificado em 3 de outubro de 1977. Este dia foi aquela segunda feira em que Antônio, espavorido, com o corpo a lhe parecer em foto, mesmo vestido, pediu que os lavadores de carro dirigissem os esguichos de água sobre sua pele. Nesta data, o termômetro teria acusado uma temperatura entre 40 e 42 graus em Antônio. Entretanto, a enfermeira Estelita sempre recusara nos confirmar isso, com evasivas tais como a de não querer "envolver-se em assunto disco voador". Para outros, ela alegava que o "seu marido não gostava que ela desse informações" e que "não queria passar pelo ridículo, na empresa onde trabalhava". Tais alegações pareciam estereotipadas. Em todo caso, em 19 de outubro de 1977, essa enfermeira nos confirmou que o corpo de Antônio, na ocasião, "estava quente e com a pele muito vermelha".
No dia em que visitamos o Dr. Adão, pela terceira vez indagamos a Dª Estelita qual a temperatura que ela constatara em Antônio, em 3 de outubro de 1977. Também foi em vão esta última tentativa que fizemos, momentos antes de entrar no gabinete do médico.
Na entrevista com o Dr. Adão, interrogamos sobre a temperatura que ele próprio havia constatado em Antônio, no dia 4 de outubro de 1977. Com isso, imaginamos que automaticamente viria à baila a temperatura de Antônio, verificada pela enfermeira Estelita no dia anterior. Além disso, o jornal "O Dia" havia publicado naquela mesma data, 4 de outubro de 1977, e com grande estardalhaço, a temperatura de mais de 40 graus supostamente verificada em Antônio no dia anterior.
Entretanto, o Dr. Adão não tocou nesse assunto. De nossa parte, achamos de bom alvitre não abordá-lo tampouco. Isto, para não melindrar a enfermeira, que talvez estivesse sujeita a alguma pressão emanada de fonte superior (por exemplo: do seu marido? do médico? da empresa?). Por outro lado, temos grande estima pelo testemunho do profissional da medicina.
"A posteriori", achamos esquisita a altitude da enfermeira Estelita, ao nos introduzir no consultório do Dr. Adão. É que, insistentemente, esta enfermeira nos fez saber que ela não havia informado previamente, ao médico, sobre a finalidade da nossa visita; aliás, nós havíamos pedido expressamente a ela que o avisasse do nosso motivo.
Um Repórter Alerta
Nossa visita ao Dr. Adão não havia sido satisfatória no sentido de esclarecer a temperatura de Antônio no dia em que este foi socorrido no Hospital Rocha Faria. Assim, nada mais natural que fôssemos ouvir o relato da própria boca do repórter Orlando Alheira, que havia originando a notícia "Um hora preso no disco voador, saiu com febre de 42 graus", publicada em "O Dia" de 4 outubro de 1977.
Encontramos o repórter em seu posto de ação, no mencionado hospital. Embora com um rosto de bonomia, o cenho cerrado e o rápido olhar perscrutador sob a larga fronte deixaram perceber de imediato neste repórter um profissional inteligente, armado e alerta. Além disso, trazia ele um lastro de 30 anos de profissão, como soubemos depois.
Quando abordado por nós em 23 de novembro de 1977, o Sr. Alheira lembrou-se logo do "moço do disco", o qual havia entrevistado naquela época, no Hospital Rocha Faria; e como se sabe, dessa entrevista resultou a reportagem publicada no dia seguinte, 4 de outubro de 1977, no jornal "O Dia".
O Sr. Alheira relatou-nos que Antônio encontrava-se em estado lastimável, com excitação psicomotora. O entrevistado chegou até a jogar o lápis ao chão, quando não conseguiu se desincumbir de desenhar o tipo dos tripulantes vistos no disco voador, conforme havia lhe pedido o repórter. Ao narrar isto, o repórter virou-se rapidamente para nós e repetiu o pedido que fizera a Antônio. Solicitou-nos que desenhássemos o tipo do ufonauta que Antônio avistara. Parece que tal pedido tinha a intenção de testar o nosso verdadeiro interesse e capacidade sobre o assunto UFO. Satisfeito com o nosso desempenho, o jornalista abriu-se por completo. Relatou-nos cenas deveras impressionante sobre o estado em que encontrou Antônio naquela manhã da entrevista. O motorista estava todo descabelado, completamente molhado, com o busto nu e trazia as calças arregaçadas; as partes expostas de seu corpo, apresentavam manchas vermelhas, como por exemplo, no pescoço, tronco e membros inferiores. Nessas partes do corpo, Antônio procurava coçar-se constantemente. Complementando esta descrição, o Sr. Alheira fez um croqui, publicado neste relatório.
O repórter observou que, durante o relato de seu episódio ufológico e estada no hospital, Antônio constantemente pedia e tomava água.
OBS.: Acreditamos que, bebendo muita água e expondo-se às correntes de ar, Antônio fazia instintivamente a coisa acerta. Isto porque o suor que abundantemente se produzia nele ajudava-o a reduzir a sua temperatura corporal, talvez perigosamente alta. Além disso, os jatos d'água, atirados em Antônio pelos seus colegas, teriam realizado a mesma tarefa: baixar a temperatura de seu corpo.
Convencido de que Antônio teria uma experiência aterrorizante que o deixara naquele estado lastimável, o repórter encaminhou seu relatório ao jornal para o qual trabalhava. Com isto, democraticamente ele poderia informar ao público sobre o inquietante acontecimento.
Não fora essa atitude de Alheira e a consequente reportagem de "O Dia", de 4 de outubro de 1977, e o leitor nada saberia agora sobre este interessante caso ufológico. O Sr. Alheira também nos informou que posteriormente, em várias oportunidades, viajou em ônibus dirigido por Antônio com muita perícia e urbanidade. Em troca às informações recebidas, falamos um pouco, ao repórter, sobre a impiedosa luta, de quase trinta anos, movida pela política terrestre contra o assunto UFO.
Além disso, acreditamos que poderemos trazer a Antônio algum conforto moral ou psicológico, pela divulgação de seu caso. Com isto, achamos que talvez o ajudemos a sobrepujar o traumatismo psíquico que lhe foi infligido pela experiência pela qual passou. Passados seis meses desde o episódio ufológico, já em fins de março e abril de 1978, Antônio ainda padecia de seus efeitos.
Alguns Exames Complementares
Foram retiradas amostras de sangue de Antônio. Nelas procurava-se descobrir eventuais modificações, possivelmente relacionadas ao seu episódio; talvez isto permitisse interpretar melhor os padecimentos do protagonista, no sentido de eventualmente neutralizá-los. Entretanto, nesses exames foram feitos somente a partir do 33º dia após o fato ufológico e, assim, resultaram talvez pequena valia.
Dessa forma, em 18 de outubro de 1977, foram determinados os elementos figurados do sangue de Antônio, bem como escórias, níveis de glicemia, proteína (seringa globulina) e colesterol. Em 24 de outubro de 1977, foram pesquisador os eletrólitos; cloro, potássio, sódio e ainda o iodo protéico. Em 5 de novembro de 1977, realizaram-se exames para evidenciar o relacionamento da função tíreo-hipófisária pelos radio-imuno-ensaios T3, T4 e T41. Nada de anormal foi evidenciado em qualquer uma das amostras examinadas.
O peso normal de Antônio, antes do episódio ufológico, era de aproximadamente 62 kg. Pouco depois do episódio, passou para cerca de 57 Kg e atualmente está em torno de uns 60 kg.
Realmente, pelo aspecto que encontramos na testemunha, poucos dias após o episódio, achamos que houve um acentuado emagrecimento.
Capa de jornal da época noticiando o caso
No menu abaixo, você encontra vários artigos sobre este caso:
O Caso de Paciência Relatório do Caso de Paciência. |
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As 14 Projeções Um dos detalhes mais interessantes deste caso refere-se às misteriosas projeções de imagens a bordo do OVNI. |
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O Período Pós Abdutivo O período pós abdutivo caracterizou-se pelo surgimento de efeitos fisiológicos decorrentes do contato. |
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Efeitos Fisiológicos e Exames Médicos Conheça detalhadamente os efeitos fisiológicos decorrentes do contato e detalhes sobre os exames médicos realizados. |
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Relatório de Irene Granchi Relatório de pesquisa da ufóloga Irene Granchi (CISNE). |
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Galeria de Imagens do Caso Galeria de imagens do caso. |
Commentics
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